A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

segunda-feira, agosto 17, 2009

Saúde - o negócio das privadas

Quarta-feira, Agosto 5

Pantominices, falsidades e jogos de sombras

art work NYTimes
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Por mais que os neo-liberais de pacotilha se esforcem a “produzir” notícias, estrategicamente, colocadas por agências de comunicação, principescamente pagas, não conseguem evitar que a realidade lhes caia em cima. Fazem soar que os seguros de saúde cresceram a 2,8 % omitindo, no entanto, a desgraça dos milhares de anulações por falta de pagamento. Escamoteiam as crises internas através de malabarismos mediáticos em que ocultam a realidade e se fagocitam entre si por desesperadas fatias de mercado.
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Vale a pena reflectir sobre o deambular das notícias dos últimos dias:
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Mercado dos seguros contra doença subiu 2,8%. Dois milhões com seguro de saúde. São cada vez mais os portugueses que optam por contratar um seguro de saúde. Nos primeiros seis meses do ano este segmento cresceu 2,8 por cento, abrangendo, segundo a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), mais de dois milhões de pessoas.
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Uma procura de protecção contra a doença que tem vindo a aumentar, em parte devido às listas de espera nos hospitais públicos. Em 2008, mais de meio milhão de pessoas aguardava por uma cirurgia no Sistema Nacional de Saúde, segundo dados oficiais. No total, este ramo do mercado segurador cresceu para os 284 milhões de euros. Com o aumento dos seguros de saúde, aumenta também a procura de cuidados nos três principais grupos de saúde privados do País.
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Enquanto isto:
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Os resultados líquidos consolidados do Grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD) atingiram 227,4 milhões de euros, no primeiro semestre, ou seja, menos 35,8% face a igual período do ano passado. A ajudar a este cenário esteve a evolução dos resultados na área seguradora e saúde explica a instituição financeira em comunicado.
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De novo a propaganda:
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O grupo HPP Saúde, da Caixa Geral de Depósitos, dona, por exemplo, do Hospital dos Lusíadas, registou no primeiro semestre um aumento da facturação de 130%, para 67 milhões de euros. No Espírito Santo Saúde, que entre outros detém o Hospital da Luz, as receitas subiram 17%, para 107 milhões de euros.
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Contrariada pela dura realidade:
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Só na área de seguros e saúde, o banco público registou prejuízos de 78,3 milhões de euros. «A contribuição negativa da Caixa Seguros e Saúde, em 78 milhões de euros, para o resultado líquido da CGD, ficou a dever-se principalmente ao reconhecimento de perdas em investimentos na carteira de títulos e participações financeiras (89,6 milhões de euros) e ao impacto de menos 23 milhões de euros registado na área de saúde com o desinvestimento no grupo USP Hospitales», justifica a instituição.
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De volta à manipulação informativa:
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A facturação dos grupos privados de saúde cresceu mais de dois dígitos no primeiro semestre, face a igual período de 2008. A CUF foi a única excepção. Já a José de Mello Saúde, dos Hospitais CUF, apenas dispõe de dados do primeiro semestre referentes a internamentos, que subiram 3,5%; as consultas aumentaram 27,5% e as urgências 23,9%. Uma tendência que arrancou em 2008, quando um estudo revelou que as 40 empresas gestoras das clínicas privadas existentes em Portugal facturaram nesse ano 690 milhões de euros, mais oito por cento do que no ano anterior.
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Para, finalmente, cair na realidade:
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British Hospital de Campo de Ourique encerra com dívidas a médicos e fornecedores. O British Hospital de Campo de Ourique, em Lisboa, fechou portas sexta-feira com dívidas a médicos e fornecedores, disse à Lusa o director clínico da unidade, que não soube precisar o valor da dívida.
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