A Internacional

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terça-feira, abril 20, 2010

Chávez: Venezuela nunca mais será colônia ianque

 
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, fala em um evento na casa 
do herói nacional Simon Bolívar, em Caracas, 18 de abril de 2010. Chávez
 iniciou as comemorações neste domingo do aniversário de 200 anos de 
independência do país, mas os críticos aproveitaram o momento para 
acusá-lo de transformar a nação em um ditadura ao estilo cubano. 
REUTERS/Miraflores Palace/Divulgação
Foto: Reuters: O presidente da Venezuela, Hugo Chávez,
fala em um evento na casa do herói nacional..

América Latina

Vermelho - 20 de Abril de 2010 - 13h03

Chávez: Venezuela nunca mais será colônia ianque

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, assegurou que seu país "nunca mais será uma colônia ianque, nem de ninguém". A declaração foi durante o desfile cívico-militar em comemoração ao bicentenário da Independência do país. "Chegou a hora definitiva de nossa verdadeira independência, 200 anos depois", completou o presidente, que também convocou à integração regional.

Ele dirigiu um trecho da fala ao presidentes latino-americanos presentes, "para que, juntos, possamos garantir o que (o escritor Jorge Luis) Borges chamou de pátria perpétua".

Milhares de venezuelanos participaram da comemoração. O verde oliva dos uniformes militares misturava-se ao vermelho que coloria camisas em referência à "revolução bolivariana". Bandeiras do país balançavam ao vento.

"Estamos juntos e somos hoje uma só coisa: civis e militares unidos para garantir a independência da Pátria", disse. Insistindo na união popular e regional, ele citou o líder latino-americano: "Simon Bolívar, o pai, disse uma vez que a Venezuela nasceu na unidade."

Participaram do desfile os presidentes de Cuba, Raúl Castro; da Argentina, Cristina Fernandez de Kirchner; da Nicarágua, Daniel Ortega; da Bolívia, Evo Morales; da República Dominicana, Leonel Fernandez; de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonçalves; e da Dominica, Roosevelt Skerrit.

Ainda em seu discurso, o presidente Chávez disse que "a independência da Venezuela não seria possível sem a independência de nossa América Latina e Caribe. Nós conseguimos juntos e essa é a única forma de construir a pátria". O presidente da Venezuela defendeu ainda que o século XXI é o período da "consolidação definitiva da independência da América Latina", e que o conjunto dos povos do subcontinente "ressussitaram do túmulo para nunca mais dormir."

Chávez sublinhou que, nos últimos dez anos - ele chegou ao poder em 1999 - produziu-se uma revolução na Venezuela e na América Latina, que continua neste momento e continuará no futuro. "É uma revolução que está acontecendo. Muito diferente, muito espontânea, mas uma revolução de valores, idéias", disse o presidente, citado pela Radio Nacional de Venezuela. Ele avaliou que suas políticas socialistas são parte "da mesma batalha travada por Bolívar para a independência do país".

"Completam hoje duzentos anos exatamente desde aquele dia em que se iniciou o processo de independência do nosso povo. Caracas sempre foi um berço do fogo que contribuiu para acender toda a pradaria", acrescentou. "Em honra a Bolívar, aos pais libertadores, à pátria socialista, à revolução bolivariana, dizemos 'Pátria Socialista ou Morte'", exclamou o mandatário.

Defesa

Na conclusão do desfile, Chávez voltou a defender que a modernização das Forças Aermadas venezuelanas tem caráter estritamente defensivo. Ele indicou que se acusa, com perversidade, o seu país de estar se armando para a guerra, mas recordou que a Venezuela é o que tem sido agredida pelo império norte-americano e ameaçada permanentemente.

O mandatário reivindicou o direito de seu país, como república independente, de estar preparado para defender "até o último milímetro de sua terra". Chávez, que considerou o desfile o mais majestuoso de toda a história nacional, ressaltou seu caráter popular e de festa de grande conteúdo cultural, político, revolucionário nacionalista e independentista.

Ele disse que havia sido "o mais completo cortejo, florido, o mais profundo, de homens, mulheres, meninos e meninas que já passou aqui por essa avenida, em mais de meio século." Referindo-se aos presidentes que acompanharam o ato, ele disse que "nunca esta tribuna foi decorada com tantas pátrias". Ao todo, cerca de 12 mil pessoas participaram do desfile.

Cristina

A presidente da Argentina, Cristina Fernandez de Kirchner, também fez um discurso no parlamento venezuelano. Ela afirmou que, como há 200 anos, a América Latina também está agora em um período de grande mudança, e condenou uma ordem internacional na qual os estados poderosos impõem sua vontade impunemente às nações mais fracas, que são vítimas de todas as formas de abuso.

"Neste novo cenário internacional, quero exercer o multilateralismo seriamente em todas as áreas. Temos finalmente que conseguir que os direitos de todos sejam respeitados", disse, mostrando-se uma forte defensora da integração progressiva de todos os países latino-americanos.

A presidente da Argentina também fez uma defesa apaixonada das idéias como "ferramenta para conseguir a libertação do povo", e sublinhou o caráter universal de muitas delas. "A liberdade e a igualdade não têm nacionalidade: são valores universais e atravessaram a história muito antes de 1810", disse.

"O grande poder estava nas idéias, essa força que é capaz de que um povo faça sacrifícios extremos para conseguir a liberdade. Não há nenhum poder militar que possa com a determinação de um povo quando ele decide se libertar", disse ela.

Chávez elogiou a intervenção do sua homóloga na Argentina, enquadrando suas palavras nas mudanças ocorridas na região nos últimos tempos. "Quantas coisas tiveram que acontecer para que uma mulher peronista venha aqui discursar na Assembleia Nacional da Venezuela, e diga o que ela nos disse com essa clareza, com essa coragem, esse valor, essa chama, com esse fogo patriótico!", afirmou.

Com agências
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Chávez comemora bicentenário da independência venezuelana cercado de aliados
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CARACAS — O presidente venezuelano, Hugo Chávez, reuniu seus aliados, esta segunda-feira, em Caracas, para comemorar o bicentenário da independência, uma festa que começou diante do túmulo de Bolívar e terminará com uma cúpula extraordinária da Alba, dedicada a analisar os caminhos rumo à "independência definitiva".
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As celebrações se iniciaram com uma homenagem ao libertador Simón Bolívar, durante a qual Chávez depositou flores no Panteão Nacional, acompanhado dos colegas cubano, Raúl Castro; argentina, Cristina Kircher; boliviano, Evo Morales; nicaraguense, Daniel Ortega, e dominicano, Leonel Fernández.
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Também participaram do ato os primeiros-ministros de Dominica, Antigua e Barbuda, bem como de San Vicente e Granadinas.
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"Todos juntos, presidentes e companheiros, quisemos vir aqui homenagear as cinzas do pai Simón Bolívar e testemunhar nosso fervor, nosso amor, nosso compromisso de unidade e de libertação", disse Chávez, que se considera um herdeiro do libertador.
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"Completam hoje duzentos anos exatamente desde aquele dia em que se iniciou o processo de independência do nosso povo. Caracas sempre foi um berço do fogo que contribuiu para acender toda a pradaria", acrescentou.
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Todos os chefes de Estado e governo - aos quais depois se somou o presidente equatoriano, Rafael Correa - participarão depois da cúpula extraordinária da Alternativa Bolivariana para os Povos da América (Alba), iniciativa de integração regional impulsionada por Venezuela e Cuba, cujo histórico líder, Fidel Castro, é forte aliado de Chávez.
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Durante o encontro, "avaliarão o estado atual da independência no continente (...) frente a tantas agressões permanentes", disse o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro.
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Após a homenagem a Bolívar, teve início uma pomposa parada militar no extenso Passeio dos Próceres, em Caracas, onde diante de milhares de espectadores desfilaram as Forças Armadas Venezuelanas, bem como os corpos milicianos formados por Chávez, além de estudantes, trabalhadores, indígenas e esportistas.
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"Simón Bolívar, o pai, disse um dia que a Venezuela nasceu em unidade e aqui estamos juntos e somos de novo uma só coisa: civis e militares unidos, povo e milícia, garantindo a independência da Venezuela", disse Chávez no início do ato, vestindo uniforme de gala e boina vermelha.
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Durante o desfile, caças Sukhoi-30 russos e aviões de combate K-8 chineses, comprados pela Venezuela, rasgaram os céus de Caracas.
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"Nunca mais a Venezuela será colônia ianque, nem colônia de ninguém. Chegou a hora da nossa verdadeira independência, 200 anos depois", acrescentou o presidente, crítico feroz dos Estados Unidos na região.
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"Em honra a Bolívar, aos pais libertadores, à pátria socialista, à revolução bolivariana, dizemos 'Pátria Socialista ou Morte'", exclamou o mandatário, sentado à esquerda do governante cubano, Raúl Castro, na tribuna, de onde assistiram ao desfile militar.
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Após a parada, Evo Morales cumprimentou a Venezuela pela data comemorativa.
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"Parabéns à Venezuela. Continuamos trabalhando para conseguir uma verdadeira libertação dos povos da nossa América", declarou.
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O presidente da Nicarágua comemorou, por sua vez, "a grande batalha pela independência, a liberdade e a justiça".
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À tarde, os chefes de Estado tinham previsto participar de uma sessão especial da Assembleia Nacional (Parlamento), na qual a principal oradora será a presidente argentina, Cristina Kirchner. Posteriormente será celebrada a cúpula da Alba.
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Em 19 de abril de 1810 foi semeada a semente da luta pela independência da Venezuela com a instalação de uma primeira forma de governo autônomo, em um momento em que na Espanha, o rei Fernando Fernando VII, havia sido deposto pelas tropas napoleônicas.
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A independência da Venezuela se concretizou, finalmente, após a batalha de Carabobo, em 24 de junho de 1821.
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Chávez celebra 200 anos da independência da Venezuela sob críticas da oposição

18/04/2010 - 20h29 | da Folha Online


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, iniciou neste domingo as comemorações do aniversário de 200 anos de independência do país, mas os críticos aproveitaram o momento para acusá-lo de transformar a nação em um ditadura ao estilo cubano.

O líder socialista, que se considera herdeiro do líder venezuelano do século 19, Simon Bolívar, deve receber as visitas de líderes esquerdistas de outros países, incluindo o dirigente cubano, Raul Castro, e Evo Morales, da Bolívia.

Nesta segunda-feira, quando a Venezuela completa exatos 200 anos da declaração de independência da Espanha, os líderes da aliança Alba, liderada por Chávez, devem organizar uma reunião de cúpula em Caracas.

"Nós estamos há poucas horas da grande festa", escreveu Chávez. "Uma alegre comemoração de 200 anos de luta. Fraternidade, socialismo ou morte."

Além de adotar a linguagem de seu amigo e mentor Fidel Castro, ex-ditador de Cuba, Chávez tem se apresentado em seus 11 anos de governo como o líder capaz de levar a Venezuela ao que chama de verdadeira independência após décadas de regime capitalista.

Festas nas ruas e eventos especiais estão acontecendo neste domingo na Venezuela. Exércitos de funcionários e voluntários --vestidos com camisas vermelhas e o quepe utilizado por Chávez-- se espalharam por Caracas.

Críticas da oposição

A oposição, que venceu Chávez apenas uma vez desde 1998, irritou-se ao ver o presidente transformar o aniversário de independência do país em uma festa de apoio ao seu governo.

Alguns partidários do Primeira Justiça saíram às ruas de Caracas pedindo por uma "declaração de independência" alternativa.

"Após 200 anos, nós estamos novamente sob uma detestável dominação estrangeira", disse o líder do partido Primeira Justiça, Julio Borges, acusando Chávez de se "submeter indignamente" aos irmãos de Castro. "Os defensores da liberdade há 200 anos não lutaram por... ditadura."
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http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2010/04/18/chavez-celebra-200-anos-da-independencia-da-venezuela-sob-criticas-da-oposicao.jhtm
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.VENEZUELA » Correio Brasiliense  Publicação: 18/04/2010 09:57
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Hugo Chávez militariza a festa do bicentenário da independência Acossado pelo desemprego alto, pela crise energética e pela deterioração dos serviços. Adversários veem na comemoração uma manobra pirotécnica para maquiar a impopularidade do presidente
Viviane Vaz


A Venezuela celebra amanhã 200 anos de independência da Espanha. Com a popularidade em baixa, o presidente Hugo Chávez talvez não se atreva a imitar hoje o espanhol Vicente Emparán, que em 1810 perguntou ao povo reunido na Praça Maior se queria que ele continuasse no comando. A multidão caraquenha disse que “não”, ele renunciou ao cargo e voltou para a Espanha. Na sexta-feira, Chávez destacou que “a oligarquia apátrida nunca mais voltará a governar o país”, e que “estão se matando” por um assento no Congresso Nacional.

O professor de ciência política Trino Márquez, da Universidade Central da Venezuela (UCV), afirma que a conjuntura política e econômica do país não dá motivos para comemorar. “O cenário é de alto desemprego, inflação e crise nos serviços públicos”, disse ao Correio, por telefone. “Esta ligação, por exemplo, que toda hora cai, é fruto da estatização da telefonia. Desde que a empresa foi estatizada, não há manutenção nas redes.” Desde o início do ano, os venezuelanos sofrem também com os apagões e com o racionamento de eletricidade.

Nos últimos seis meses, a popularidade de Hugo Chávez caiu de 60% para 40%. Trino avalia que o presidente está utilizando o bicentenário “para tentar maquiar a situação do país e a dele mesmo”. Em primeiro lugar, o analista indica que os festejos e pequenas obras públicas na cidade de Caracas serviriam para diminuir a deterioração interna da imagem de Chávez e esconder o fracasso de seu “socialismo do século 21”. Em segundo lugar, seria uma tentativa de relançar o presidente no plano internacional. “Há dois dias, Barack Obama se reuniu com (a presidenta argentina) Cristina Kirchner, com (o presidente colombiano) Álvaro Uribe e com alguns líderes da América Central. Mas Chávez nunca foi convidado pela Casa Branca para uma reunião bilateral”, ilustra.

O analista ressalta ainda que alguns aliados do venezuelano se afastaram. “O presidente Lula, apesar de todas as aparições públicas com Chávez, em termos reais se distancia. Um exemplo é esse novo acordo de defesa entre Brasil e Estados Unidos”, exemplifica. Entre outros países, Trino cita Chile e Panamá, “onde a centro-direita ganhou as eleições” e não se alinhou com Chávez.

Convidados
O governo venezuelano vai comemorar o bicentenário da independência com um desfile militar em Caracas, para o qual foram convidados os presidentes dos países que integram a Aliança Bolivariana para as Américas (Alba): Cuba, Bolívia, Nicarágua, Honduras, Equador, São Vicente e Granadinas, Dominica e Antígua e Barbuda. A presidenta argentina será a oradora dos atos oficiais no Congresso.

“Raúl Castro vem para a cúpula bolivariana deste domingo e para a celebração do bicentenário”, anunciou Chávez na sexta-feira, em um ato pelo sétimo aniversário do programa social Bairro Adentro, desenvolvido com o apoio de Cuba. O venezuelano agradeceu a participação dos médicos e professores cubanos e destacou que “o que vem é revolução, revolução e mais revolução, socialismo e mais socialismo”. Por sua vez, o ministro da Defesa, general Carlos Mata Figueroa, prometeu que o desfile militar será o “mais grandioso e monumental da história da Venezuela”.

O historiador venezuelano Manuel Caballero criticou o fato de o governo de Chávez celebrar a data com um grande desfile militar. “É uma contradição, porque o que aconteceu naquela data (1810) foi um acontecimento puramente civil”, apontou. O acadêmico considera que os venezuelanos deveriam “resgatar o verdadeiro significado do 19 de abril” como uma data cívica. “Uma coisa foi a declaração da independência, que foi um fato civil, e outra a guerra da independência, que foi militar”, afirmou Caballero.

Para saber mais
Revolução popular


A revolução de 1810 foi um movimento popular ocorrido em Caracas, em 19 de abril, marco inicial da luta pela independência da Venezuela, na mesma época em que a chama da emancipação política se alastrava pela América do Sul — com mais intensidade nas colônias espanholas. Os moradores da cidade recusaram-se a aceitar Vicente Emparán, governador indicado por Napoleão Bonaparte, que tinha invadido a Espanha e derrubado o rei Fernando VII, na esteira do impulso republicano e expansionista que se seguiu à Revolução Francesa (1789). Na Praça Maior (hoje Praça Bolívar), os representantes da aristocracia e da burguesia locais recusaram-se a reconhecer Emparán.

Inconformado com a postura da elite crioula, o espanhol foi até a janela da prefeitura e perguntou ao povo reunido se queria que ele continuasse no governo. O padre José Cortés de Madariaga teria feito gestos para que a multidão gritasse que “não”. Emparán decidiu então voltar para a Espanha. Com a assinatura do ato de 19 de abril de 1810, foi instituída uma junta de governo, que decidiu estabelecer juntas provinciais, liberar o comércio exterior e proibir o tráfico de escravos. Apenas três províncias decidiram manter-se leais ao governo espanhol: Maracaibo, Coro e Guayana. Mas a independência da Espanha só ocorreria oficialmente depois da Batalha de Carabobo, em 24 de junho de 1821. (VV)


Ciberguerrilha chavista

Como parte das comemorações do bicentenário, o governo de Hugo Chávez criou na semana passada os “comandos de guerrilha das comunicações”. A iniciativa é controversa e reforçou as críticas dos que acusam o presidente de buscar o controle total sobre a informação. A orientação geral dos organizadores é capacitar cidadãos, principalmente adolescentes, para usar a internet como plataforma de contra-ataque à mídia “burguesa”.

“Pretendem recrutar jovens entre 13 e 17 anos, que manejam ferramentas tecnológicas como internet e Twitter, para navegar pela rede, defender a revolução bolivariana e atacar a oposição”, explica o cientista político venezuelano Trino Márquez. A ideia partiu da chefe de governo de Caracas imposta pelo presidente, Jaqueline Faría, e da ministra da Comunicação, Tania Díaz.

Na segunda-feira passada, foram juramentados os “comandos de guerrilha”, formados por estudantes. A vice-ministra de Gestão Comunicacional, Helena Salcedo, celebrou o ato. “Está ativada a guerrilha das comunicações, que se insere dentro da programação bicentenária e é uma atividade fundamental, pedida e exigida pela Lei Orgânica da Educação”, afirmou Salcedo.

Por sua vez, Faría detalhou que os participantes passam por um processo de formação, iniciado em fevereiro e com previsão de estender até julho, no qual receberão quatro horas semanais de “treinamento extracurricular”. Segundo ela, o “plano piloto” da guerrilha inclui 100 jovens. Sob o lema “prepare-se, indique, crie”, o treinamento já chegou a alguns colégios da capital, como a Unidade Educativa Simón Rodríguez de Sarría.

“Minha tia é chavista e me estimulou a vir aqui”, disse um adolescente da sétima série ao jornal El Universal. “Sabíamos que ia dar problema terem posto o nome de guerrilha”, reconhece o jovem. “A formação do ‘guerrilheiro’ inclui módulos de análise crítica de meios, mensagens radiofônicas, estrutura audiovisual e páginas web”, explicou o instrutor Enrique de Armas.

“Essa proposta está sendo muita questionada. Todo o país tem criticado essa iniciativa de caráter militarista, que nega a diversidade e estimula o ódio dos jovens contra quem pense diferentemente”, afirma Trino. O presidente da Federação Venezuelana de Professores, Orlando Alzuru, classificou a proposta como uma “aberração”, que “impõe aos jovens atividades de ódio e ressentimento em suas atividades escolares”. (VV) 
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http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/18/mundo,i=186973/HUGO+CHAVEZ+MILITARIZA+A+FESTA+DO+BICENTENARIO+DA+INDEPENDENCIA.shtml
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