A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

terça-feira, maio 25, 2010

Jerónimo de Sousa na moção de censura



A boca e os figos



«(...) Censura ao embuste de quererem fazer crer aos portugueses que os sacrifícios toca a todos por igual quando todos sabem que o grosso da factura vai ser cobrada a quem menos tem e menos pode, aos trabalhadores, aos desempregados, aos reformados ou quem vive dos seus pequenos rendimentos.
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Culpa e saca a quem não teve responsabilidades da crise! Ou não?

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Foram os mais de 700 mil desempregados ou os que já nem direito têm ao subsídio de desemprego? Foram os trabalhadores despedidos da indústria naval, da siderurgia, da Quimonda, da Rodhe, da Delphi do sector têxtil, os mais de um milhão de trabalhadores com vínculos precários os mais de 40 mil jovens diplomados sem emprego nem alternativas, os milhares de comerciantes sufocados e arruinados na concorrência desleal com as grandes superfícies, nas centenas de milhar de pequenos agricultores que viram arruinadas as suas explorações agrícolas, os pequenos empresários da indústria que entraram na falência devido aos custos dos factores de produção e a falta de firmeza do Governo nas negociações da OMC, foram os pescadores e os trabalhadores da Marinha Mercante que viram as respectivas frotas serem abatidas?

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Foram 2 milhões de portugueses que vivem abaixo do limiar da pobreza, foram os que vivem com o salário mínimo nacional, os reformados e as baixas pensões, foi quem vive do seu trabalho e do seu salário? Não foram ! Mas sabemos quem foi!

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Ou foram os que ganharam à tripa forra com a especulação e a economia de casino que apanhados tiveram logo a ajuda de dinheiros públicos do Estado aumentando o deficit e mordendo a mão amiga, voltam a especular e ter lucros escandalosos!

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Bem se aplica aqui aquele ditado popular. Uns comeram os figos e a outros rebentaram-lhe a boca. (...)».

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Texto integral aqui.

Como elas se fazem...




Um pouco mais de rigor, s.f.f.

Olho a primeira página do Público de hoje e, no canto inferior direito, como título para uma chamada para uma entrevista com Jerónimo de Sousa, leio que «Jerónimo de Sousa/ Moção do PCP não é para fazer cair o Governo». Vou à página 6 e encontro o sub-título acima (em conversão gráfica minha e com sublinhados meus). E vai daí, não vá dar-se o caso de algum estimável radical livre também tresler, resolvo informar os leitores que, sobre esta matéria, o que Jerónimo de Sousa efectivamente afirmou (sublinhados meus) foi: «Quando apresentamos esta moção de censura e associamos PS e PSD, não temos muitas ilusões em relação ao desfecho institucional. Mas também não aceitamos que o Governo diga «ou eu ou o caos». Se caísse, não se perdia grande coisa. Mas o que procurámos foi fazer uma censura política a estas medidas e a este rumo de desastre nacional e dar uma dimensão institucional ao grande sentimento de insatisfação dos portugueses perante esta política de direita».E, pronto, depois de demonstrado que no Público algum editor há-de haver que não percebe a diferença entre «vontade de» e «previsão de que», agora é tempo de dar alvíssaras a quem fôr capaz de encontrar a confissão de Jerónimo de Sousa a que o sub-título (na imagem) do Público alude.
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