A Internacional

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sexta-feira, julho 16, 2010

Declaração soviética provoca ruptura com chineses em 1963

Mundo


A divisão comunista: a vermelho a URSS e seus aliados; a amarelo a China e seus aliados (Camboja e Albânia); a negro outros regimes comunistas. - anos 1960
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Vermelho - 15 de Julho de 2010 - 19h41

As relações entre a União Soviética e a China atingem o ponto de ruptura em 15 de julho de 1963 assim que os dois governos adotam um irado debate ideológico a respeito do futuro do comunismo. Os Estados Unidos, à espreita, se deliciavam ao abrir-se um fosso entre as duas superpotências socialistas.

Por Max Altman, no Opera Mundi

Em meados de 1963, funcionários da União Soviética e da República Popular da China reúnem-se em Moscou para tentar soldar a fissura ideológica que se estava abrindo. O governo chinês mostrava-se abertamente crítico quanto ao que entendia ser o crescimento das “tendências contra-revolucionária” na União Soviética.

Em particular, a China estava descontente com a política da União Soviética de cooperação com o Ocidente. De acordo com uma declaração pública expressada pelo governo chinês em 14 de junho de 1963, uma política muito mais agressiva e militante se fazia necessária a fim de espraiar em todo o mundo a revolução comunista.

Não poderia haver “coexistência pacífica” com as forces do capitalismo e a declaração repreende os russos por tentar alcançar um entendimento diplomático com o Ocidente, em especial com os Estados Unidos.

Exatamente um mês mais tarde, à medida que os encontros de Moscou continuavam a se deteriorar em meio a uma atmosfera de mútua suspicácia e recriminação, o governo soviético emite uma fervente refutação a uma anterior declaração chinesa.

Os russos concordam que o comunismo mundial é ainda a meta final, porém novas políticas são necessárias. A “coexistência pacífica” entre as nações comunistas e as capitalistas é essencial numa era atômica e a declaração soviética afirmava com todas as letras que “Nós sinceramente desejamos o desarmamento.”

A declaração soviética referiu-se também à Crise dos mísseis em Cuba de outubro de 1962, em que a União Soviética ajudou no estabelecimento de bases de mísseis nucleares em território cubano. Sob pressão dos Estados Unidos as bases foram retiradas.

De acordo com os chineses, a União Soviética capitulou diante dos Estados Unidos. Essa não era a opinião de Moscou. As bases de mísseis haviam sido implantadas para deter uma possível invasão de Cuba pelos Estados Unidos.

Uma vez que Washington se comprometeu a abster-se de tal ação, as bases foram retiradas a fim de evitar uma Guerra nuclear absolutamente desnecessária. Este era um tipo de “cálculo responsável”, indicou a União Soviética, fundamental nas relações internacionais modernas.

Fonte: Opera Mundi
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  • Concessões e traições

    16/07/2010 15h14 A mesma China que acusou a ex-URSS de coexistência pacífica com o ocidente é a mesma que hoje usa do expediente de co-existência e atrelamento econômico aos E.U.A. A URSS trocou seus mísseis em Cuba pelos mísseis ianques na Turquia, quem ganhou ou perdeu nesse episódio não sei, mas ainda estamos vivos. Penso que o melhor seria não ter cedido à época, mas o poder estava nas mãos do Kruchev e não mais de Stálin e nem de seus verdadeiros sucessores: Molotov, Béria(este fuzilado por kruchev). O pouco que resta hoje de "socialismo"(como deturparam o conceito filosófico do mesmo), é a China com seu capitalismo disfarçado de socialismo de mercado. Seria preciso uma nova Revolução Cultural na China e punir os revisionistas chineses. Não adianta querer tapar o sol com a peneira.

    Carlos Loyo
    São Paulo - SP

  • O conflito sino-soviético

    16/07/2010 8h16 Realmente, o texto está muito conciso e o autor não foi capaz de contextualizar adequadamente a questão fundamental que levou à ruputura sino-soviética. Eu, sincesaramente, gostaria muito de ver um artigo mais detalhado sobre esta questão. Não tenho argumentos sólidos para decidir sobre quem estava certo nesta contenda. Mas, de uma coisa estou certo, e posso concordar com o texto: os EUA desejavam uma ruptura naquele estilo e devem ter se sentidos muito gratificados. A ruptura sino-soviética me parece ter sido uma das maiores tragédias política do século XX. Um campo socialista unificado do Elba, no centro da Europa, aos mares da China, no Extremo Oriente, poderia ter se transformado num baluarte invencível frente às manobras traiçoeiras do imperialismo norte-americano. Assim, provavelmente, o Muro de Berlim não teria caído e a humanidade poderia estar caminhando firmemente para a construção do socialismo em escala mundial.

    José Lourenço Cindra
    Guaratinguetá - SP

  • Matéria deseducativa

    16/07/2010 2h49 Não entendí por que publicar uma matéria fora de contexto completamente. Ela é, rigorosamente, falsa. Se era para fazer um resumo tão atrapalhado da polêmica de 1963 e da chamada crise dos mísseis pelo menos deveria se respeitar os argumentos das duas partes.

    josé vieira loguercio
    porto alegre - RS

  • Declaração soviética provoca ruptura

    15/07/2010 22h52 Para quem viveu esta época e participou das discussões, o texto soa excessivamente simplista. Não se trata de criticar entendimentos diplomáticos, mas de criticar o início da capitulação. Este foi o início de um processo que terminou com Gorbachev e a destruição da URSS.

    Francisco Parentes Corrêa
    Niterói - RJ
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    ver no D'Ali e D'Aqui
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    O Imperialismo e a Revolução - Enver Hoxha - Abril de 1978

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