A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

sábado, julho 24, 2010

Momento Político

  • Manuel Gouveia

No caminho
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Querem colocar o País em campanha eleitoral para as presidenciais e para umas hipotéticas legislativas antecipadas. Sentem a necessidade e a urgência de afastar o debate político das opções concretas que estão a ser executados conjuntamente por PS, PSD e CDS.
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É certo que é assim há 34 anos. Mas não se trata mais de reconstruir o capitalismo monopolista de Estado, trata-se agora de lidar com as consequências do processo num quadro de brutal crise do sistema capitalista, e quando a tarefa que lhes encomendaram é passar à acelerada espoliação das massas, mesmo que à custa da hipoteca da soberania nacional, do arrasar da economia e da pauperização das massas. Convenhamos que é tarefa árdua concretizá-lo, contendo a indignação popular e ainda mantendo o apoio eleitoral suficiente. Para mais, num país como Portugal, onde ao lado das massas e na vanguarda da luta está um partido como o PCP.
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É certo que os meios de que dispõem são esmagadores. Que, nas empresas, os instrumentos que acumularam nos últimos anos, como o Código do Trabalho, são usados para criar medo e desmobilização num proletariado que depende da possibilidade de vender a sua força de trabalho para sobreviver. Que um exército de «jornalistas», «comentadores», «analistas» e «professores» travam a guerra ideológica pela inevitabilidade das políticas anti-populares. Mas a realidade brutal das consequências dessas políticas rasga rombos permanentes nesta construção.
O precoce lançamento da campanha procura afastar a atenção do concreto, descentrar as massas da resistência a estas políticas para o marco eleitoral, e reduzir esse marco eleitoral à opção entre dois pólos alimentados numa retórica sem conexão com o real, criando num mesmo lado da luta de classes duas opções artificialmente opostas, Cavaco e Alegre, PSD e PS. Procura impor a alternância no que tende para a construção da alternativa, impor a cosmética mudança no que tende para uma ruptura.
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Os próximos meses serão de intensas e duras batalhas – incluindo eleitorais. Mas a luta é a mesma. E em todas o que é decisivo é resistir e alargar a resistência, afirmar a alternativa patriótica e de esquerda, construir a ruptura.
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Avante 2010.07.23
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