A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

quinta-feira, setembro 23, 2010

É possível derrotar a pobreza sob o capitalismo?

Editorial.

Vermelho - 21 de Setembro de 2010 - 14h29


As pessoas mais realistas acompanharam o estabelecimento pela Organização das Nações Unidas, em 2000, das chamadas Metas do Milênio, para combater a pobreza e a fome no mundo até 2015, com uma pergunta: este é um objetivo viável sob o domínio do sistema capitalista?

A cúpula sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio iniciada ontem (20) na sede da ONU, em Nova York, com a presença de representantes de 140 países, é parte da resposta àquela pergunta. Faltam cinco anos para o cumprimento daquele prazo; neste período o mundo assistiu ao auge da hegemonia neoliberal e também ao início de sua derrocada com a grave crise econômica que, com epicentro nos EUA, varreu o mundo e arrasou algumas economias, principalmente as mais ricas e desenvolvidas.

É nesse contexto que o secretário geral da ONU, Ban Ki Moon apresentou um balanço sóbrio, para dizer o mínimo, do cumprimento daquelas metas. Ressaltando que parte do compromisso está sendo cumprido (a luta contra a pobreza) ele lamentou a dificuldade para alcançar os demais (acesso à educação, igualdade de gêneros, a melhoria dos serviços básicos de saúde, luta contra doenças como a Aids e a malária, elevação da qualidade de vida e o respeito ao meio ambiente). Investindo contra a falta de empenho dos países ricos, afirmou que será necessário um financiamento que ultrapassa 100 bilhões de dólares para que as metas sejam cumpridas no prazo.
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Mas não vai dar - é o que se depreende da posição de governantes como a alemã Angela Merkel, que foi clara em seu discurso: as metas não serão atingidas, disse ela. O problema, afirmou, não é o dinheiro, mas o que fazer com ele. Enquanto o primeiro ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, repetia as palavras de sua colega alemã, o representante do governo dos EUA dizia que o presidente Obama não deve fazer doações para completar o volume de recursos necessários. 
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No outro extremo, Evo Morales, presidente de um dos países mais pobres do planeta, a Bolívia, foi ao ponto: o fim da pobreza só é possível com a mudança do sistema político e econômico. “Se não mudam as condições nunca poderemos superar a pobreza”, disse, criticando a voracidade dos países ricos em se apropriar dos recursos naturais dos países em desenvolvimento e exigindo o cumprimento do compromisso daqueles países destinarem 0,7% do PIB para implementar aquelas metas. “Não se trata de dar um presente, mas isto é parte da dívida que têm” com os demais países, disse.
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O estabelecimento de metas tão ambiciosas quanto aquelas adotadas há uma década ajuda a entender a dinâmica do sistema hegemônico no mundo, o capitalismo, suas limitações e também as ilusões daqueles que as formulam. 
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O capitalismo é hegemônico há uns três séculos; há cem anos, o imperialismo emergiu e passou a conduzir a expansão planetária desse sistema; há dez anos, o neoliberalismo, carranca mais selvagem e agressiva do domínio do dinheiro, parecia imbatível. Esse desenvolvimento deixou um rastro de pilhagem dos povos, miséria crescente e desorganização da vida em quase todo o planeta. O domínio capitalista aprofundou as desigualdades e a miséria no mundo, sendo a causa e o fator do aumento da pobreza; hoje, em cada grupo de seis seres humanos, um passa fome (925 milhões, segundo a ONU) justamente porque a expansão da produção voltada para o mercado e para a remuneração do capital destruiu suas formas tradicionais de vida. Este é o papel histórico do capitalismo - superar formas rotineiras de produzir e aumentar a produtividade. Mas o passo seguinte só será possível com sua superação e o início de uma nova forma, superior, de organização da vida, da produção e da distribuição da riqueza. 
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Entretanto, esse patamar civilizatório mais avançado da humanidade não será alcançado nos salões badalados de cidades como Nova York, mas no duro combate dos povos e dos trabalhadores por seus direitos, em busca de uma nova ordem econômica e política que derrote o sistema imperialista e assegure as condições para uma vida digna para todos.
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  • Civilização ou Barbárie

    22/09/2010 16h07 Na contramão dos Urubólogos de todas as matizes o governo Lula abriu uma picada no meio da floresta do sistema feudalcapitalista brasileiro. Agora em 2010 temos a oportunidade de escolher qual o caminho que o Brasil vai trilhar nos próximos 4 anos, eis as opções: Marina uma ecocapitalista de bico verde que saiu das entranhas do governo para ser linha auxiliar da nova-UDN capitaneada pelo desnortiado candidato da midia Zé Serra, tem também o Plinio terminando seus dias na politica a frente dos esquerdistas do PSOL e para fechar uma grande administradora pública e uma mulher de luta forjada no Rio Grande. Todos atentos porque se houver qualquer retrocesso o povo brasileiro vai começar a viver um confronto com as elites que pode levar a barbárie, mas também com muita organização e luta podemos avançar para o começo da derrocada deste sistema que para os trabalhadores só gera sua miséria fisica,intelectual e espiritual, enfim Socialismo ou Barbárie.

    Flávio Maia
    Caxias do Sul - RS

  • Pergunta

    22/09/2010 11h50 Acho incoerente, afinal, o companheiro Lula esta usando o capitalismo para resolver as desiqualdades, inclusive as classes E D e C com forte poder de consumo. Acho melho rever seus conceitos pois é graças as capitalismo que Dilma será eleita.

    Washington
    Belo Horizonte - MG

  • Adorei

    22/09/2010 10h24 Muito bom o texto, parabéns! Em poucas palavras, tudo o que precisa ser dito.

    Rita Coitinho
    Brasília - SC

  • A ilusão capitalista

    22/09/2010 9h37 O capitalismo desperdiçou muitos séculos atrás de ilusória supremacia, sem se importar com a fimeza do alicerce, do bem estar da base, ou seja dos operários e trabalhadores em geral.

    Jeová Ferreira
    Frutal - MG

  • Imperialismo

    21/09/2010 18h57 Oi, Pessoal, sei que o Imperialismo, jamais deixará que a miséria do mundo chegue a fim, basta observar a fala da Merkel, observar atitude do presidente da França, na caça as conquistas dos trabalhadores, europeus, como as reformas de SARKORSY, que quer que os franceses morram trabalhando, ao tentar impedir a aposentadoria dos trabalhadores aos 60 anos, como o que esta ocorrendo nos Estados Unidos, onde duplicou o numeros de pobres norte americanos, a saída e derrotar o imperialismo....

    Joãozinho
    Itapecuru-mirim - MA

  • O capitalismo produz riquezas e...

    21/09/2010 17h59 O capitalismo produz riquezas e ilusões. Hoje, talvez hoje alguns estejam se iludindo com as possibilidades distributivista dele. A transição para um ajuste de contas desenvolvimentista mais sustentável depende sempre de mudanças estruturais. Não devemos nos iludir com certas conjunturas.

    jesse
    Niterói - RJ

  • excelente

    21/09/2010 17h36
    Brilhante editorial
    Luciano Rezende Moreira
    Viçosa - MG
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