A Internacional

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sexta-feira, setembro 24, 2010

Suécia - Perda da maioria absoluta motiva protesto




24.09.2010 - 13:02 Por Pedro Crisóstomo
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Em causa está um punhado de votos que corresponde em duas regiões da Suécia: a segunda cidade, Göteborg, no sudoeste do país e a região de Arvika, onde habitam 15 mil pessoas, no oeste.

No rescaldo dos resultados definitivos anunciados ontem, os Liberais de Reinfeldt alegam terem ocorrido irregularidades que põem em causa dezenas de votos potencialmente decisivos nestas duas regiões. Razão que levou o número dois do partido, Erik Ullenhag, a exigir esta quinta-feira que “tudo se passe dentro das regras”.

“É normal que haja um contestação [dos resultados] em Göteborg”, assumiu ao diário Dagens Nyheter, citado hoje pela AFP, para depois pedir mesmo uma revisão do sistema eleitoral sueco, sem, contudo, querer precisar a sua ideia.

Dois deputados é o que separa o centro-direita de Fredrik Reinfeldt da maioria absoluta de 175 lugares no Parlamento, de acordo com os resultados finais anunciados ontem ao fim da tarde, após uma contagem extremamente controlada pela comissão eleitoral.

A direita, na qual se incluem moderados, liberais, democratas-cristãos e o Centro, obteve 49,28 por centos dos votos. A esquerda, dos sociais-democratas, Verdes e o partido da Esquerda, alcançou 43,60 por cento. E o partido de extrema-direita Democratas Suecos (SD) conseguiu 5,8 por cento.

Entretanto, ontem os Liberais propuseram uma coligação com os Verdes para chegar à maioria absoluta, mas ouviram uma recusa imediata, o que significa que ainda está tudo em aberto quanto às alianças parlamentares. O primeiro-ministro tem até 5 de Outubro para formar governo.

Extrema-direita ao lado do centro-esquerda?

Os Democratas Suecos (SD) – partido de extrema-direita, anti-imigração e com raízes nos movimentos neonazis dos anos 1980 e 90 – continuam a fazer as manchetes dos jornais nacionais.

A imprensa sueca especula se o partido que catapultou Jimmie Akesson para a ribalta, e que conseguiu eleger 20 deputados para o Riksdag (o Parlamento sueco), pode ser capaz de votar ao lado da oposição, ou seja, com os partidos de centro-esquerda.

À parte da questão da imigração, que tem, aliás, feito correr tinta nos media suecos e já provocou uma manifestação contra o racismo por parte de milhares de pessoas na terça-feira, em Estocolmo, a verdade é que existem pontos políticos comuns entre o SD e a esquerda. Quem o diz é uma rádio sueca, que hoje apontava que ambos pedem, por exemplo, a redução de impostos para os pensionistas e a retirada das tropas suecas no Afeganistão.

As dúvidas persistem por estes dias na Suécia, ao ponto de a Radio Sweden International perguntar no seu site: “Podem o centro-esquerda e a extrema-direita estar de acordo?”.
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