A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

sábado, outubro 30, 2010

Cúpula econômica europeia é marcada por conflitos e divisão

Mundo

29 de Outubro de 2010 - 14h00


Quando vários analistas do mundo ocidental se empenham em afirmar uma unidade política na recuperação econômica, a Cúpula da União Europeia (UE) concluiu seus trabalhos nesta sexta (29) exibindo fortes contradições internas.

Ao dar por encerrado o encontro em Bruxelas, a chanceler alemã, Angela Merkel, deu a última alfinetada no encontro ao dizer que não logrou nem consolidação da unidade europeia nem a solução dos problemas que afligem o velho continente.

A proposta alemã de impor sanções aos países da União Europeia que violarem a disciplina fiscal (pela qual o déficit público não pode superar 3% do PIB) esquentou a reunião de dois dias.

Contradições

Alemanha e França, as duas maiores potências capitalistas do bloco, defendem a suspensão do direito ao voto dos estados membros do grupo dos 27 que descumprirem o chamado Pacto de Estabilidade, que contempla toda uma série de indicadores econômicos.

O presidente da Comissão Europeia (CE), o português José Manuel Durão Barroso, qualificou de "inaceitável" a proposta franco-alemã de modificar o Tratado de Lisboa, se o que se pretende é suprimir o direito de voto daqueles Estados membros que descumprirem as regras fiscais do organismo.

Para outros, o (mal) chamado velho continente está vivendo uma recaída da crise econômica global, no meio da qual se aplicam planos de austeridade para reduzir déficit fiscais e dívidas públicas na Grécia, Espanha, Itália, Portugal e até no Reino Unido. Isto tem acirrado os conflitos entre as classes sociais na região.

A crise gerada pelo excesso de endividamento trouxe à luz profundas divisões econômicas e culturais no bloco dos 27 países, surgido em tese para promover a paz e a prosperidade na região.

Num momento em que a economia global sofre os efeitos da recessão e das turbulências financeiras, as contradições transparecem na falta de acordos econômicos para buscar uma saída da crise econômica que os envolve.

Recaída na recessão

De acordo com os analistas, esta situação mantém exacerbados os riscos de uma segunda recessão econômica para a zona do euro e prognósticos de uma contínua deterioração do panorama econômico mundial.

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, reiterou que a atual situação grega evidenciou a urgência de enfrentar os desequilíbrios econômicos dentro da Zona Euro. Ele também insistiu na importância de aumentar o controle sobre a economia, e não só zelando pelo estado das finanças públicas, para evitar situações como a da Grécia e da Hungria.

O titular apontou que para manter a união monetária é preciso reforçar a aliança em todos o sentidos.

Também o comissário europeu de Economia, Olli Rehn, agregou que a economia da Europa precisa de reformas urgentes e efetivas para sair de seu endividamento e crescer.

Insistiu na importância de que as reformas se efetuem tendo em conta as características de cada um dos 27 países do grupo.

Neste ano, o crescimento será inferior a 1,5% e o desemprego se manterá próximo dos altos níveis atuais caso não se adotem medidas efetivas para combater o mal. Por sua vez, o diretor gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, afirmou que a crise europeia da dívida é o risco principal para a recuperação econômica global.

Fonte: La Prensa

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