A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Jerónimo de Sousa avisa direita: não contem com o PCP para tomar o poder

 
.
Visita à Madeira

08.02.2011 - 20:25 Por Tolentino de Nóbrega

Jerónimo de Sousa:“não somos prisioneiros nem cativos das decisões da direita sobre uma moção de censura” 
Jerónimo de Sousa:“não somos prisioneiros nem cativos das decisões da direita sobre uma moção de censura” (Miguel Dantas (arquivo))

Jerónimo de Sousa advertiu esta terça-feira as “forças de direita” que não contem como o PCP para “um ensaio e uma manobra de tomada de poder”.

Defendendo como questão central a “ruptura com esta política de direita” seguida pelo Governo, o secretário-geral dos comunistas garantiu que o tema da moção de censura não está na agenda da reunião do comité central, a realizar neste fim-de-semana.

“Não somos prisioneiros nem cativos das decisões da direita sobre uma moção de censura”, frisou Jerónimo de Sousa excluindo, por um lado, a hipótese de o PCP “servir para mudar de protagonistas para continuarem as mesmas políticas”, ou, por outro lado, de ser “sustentáculo desta política de direita seguida pelo governo PS”. A propósito, face às insistências dos jornalistas no assunto, esclareceu: “Não anunciámos [uma moção de censura], apenas admitimos como exercício de um direito constitucional”.

Em diferentes momentos da vista à Madeira, no âmbito da campanha nacional do PCP “Portugal a produzir”, Jerónimo de Sousa adiantou que a moção de censura ao governo de José Sócrates não é uma questão que, sob o ponto de vista institucional na Assembleia da República, o seu partido coloque neste momento. No entanto, ressalvou, trata-se de “um instrumento sempre admissível num quadro de agravamento da situação” e “num quadro de mudança de política”.

O líder comunista adiantou, em resposta a uma insinuação do líder parlamentar do PS, Francisco Assis, declarou que “a direita não precisa de qualquer muleta. Já tem os braços, as mãos e o corpo todo de um PS que tem vindo a fazer aquilo que o PSD faria se estivesse no governo”. Aliás, Jerónimo de Sousa declarou-se convicto de que também o PSD não avançará com uma moção de censura, porque tem interesse em que o executivo de José Sócrates fique com o “ónus” das medidas que estão a ser tomadas.

“Há uma identificação clara do PSD com estas políticas, por isso quer fundamentalmente que o PS vá assumindo o odioso dessas medidas para capitalizar no futuro”, adiantou Jerónimo de Sousa. “Como é que o PSD se pode demarcar de uma política com a qual está de acordo, designadamente, como se verificou na aprovação ou na viabilização do Orçamento do Estado, com as políticas europeias que estão a afundar o País, com os perigos que decorrem da alteração da lei laboral?”, questionou.
.

Sem comentários: