A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

sexta-feira, novembro 30, 2012

Wagner Gomes: A “nova classe média” e a velha ideologia burguesa


Página Inicial

28 DE NOVEMBRO DE 2012 - 18H57 

Wagner Gomes: A “nova classe média” e a velha ideologia burguesa


Dezenas de milhões de pessoas foram resgatadas da condição de extrema pobreza no Brasil desde a eleição de Lula em 2002, graças às políticas de redistribuição de renda instituídas pelo governo, com destaque para a valorização do salário mínimo, e à salutar expansão do mercado de trabalho. 

Por Wagner Gomes*, na CTB


Wilson Dias/ABr
Classe média
O que a imprensa chama de nova classe média, na verdade é uma extensão da classe trabalhadora
O fenômeno é inegavelmente positivo. Falsa, porém, é a interpretação que o caracteriza como a emergência de uma nova classe média no Brasil, amplamente disseminada e vulgarizada pela mídia nativa.

Num livro recente em que refuta tal caracterização, o economista Marcio Pochmann mostra que a causa principal da mobilidade social em tela foi a criação de 21 milhões de novos postos de trabalho ao longo dos últimos 10 anos, sendo 94,8% deste total com salários equivalentes até 1,5 mínimo. O nível de desemprego, que tinha subido a 20% no governo FHC, despencou. Mas não se pode falar com seriedade em nova classe média. 

“Seja pelo nível de rendimento, seja pelo tipo de ocupação, seja pelo perfil e atributos pessoais, o grosso da população emergente não se encaixa em critérios sérios e objetivos que possam ser claramente identificados como classe média”, argumenta Pochmann. Trata-se, na realidade, de classe trabalhadora - e de baixa remuneração. Os dois conceitos conduzem a estratégias políticas diferentes, uma vez que os interesses e objetivos históricos da classe trabalhadora, reiterados a cada 1º de Maio, nem sempre coincidem com os da classe média, apesar de não serem antagônicos.

Embora pareça inofensivo, o falso conceito de classe média (que a mídia monopolista, como quem não quer nada, procura transformar em senso comum), serve a um propósito ideológico e político reacionário, que é o de incutir neste novo contingente de assalariados a cultura do consumismo e do individualismo, tornando-os consumidores em vez de cidadãos.

É uma operação ardilosa da velha ideologia liberal-burguesa, hoje travestida de neoliberalismo, cujo objetivo é obscurecer a identidade e a consciência de classe das trabalhadoras e trabalhadores, afastando-os com isto da busca de soluções coletivas para problemas sociais comuns, das lutas solidárias e das bandeiras classistas, que desde sempre inspiraram e guiaram o movimento operário e sindical. Podemos notar em tudo isto um significado análogo ao do novo idioma que o patronato usa para caracterizar o empregado, chamando-o de “parceiro” ou “colaborador”, como se já não existisse a subordinação do trabalho ao capital (atestado pelos altos índices de rotatividade) e o trabalhador tivesse sido alçado à condição de sócio da empresa.

O sindicalismo classista deve não só rechaçar o falso conceito em voga como também, e ao mesmo tempo, procurar compreender com maior rigor científico o fenômeno social em questão, de forma a abordar este novo contingente da classe trabalhadora com espírito classista, visando sua conscientização, sindicalização e incorporação nas lutas sociais. Desta forma, daremos à agenda da 2ª Conclat por um novo projeto nacional de desenvolvimento com soberania e valorização de trabalho a energia e a força de amplas massas. 

*Wagner Gomes é presidente da CTB

sexta-feira, novembro 23, 2012

Raquel Varela - O Estado social é totalmente auto-sustentado por quem vive do salário



O Estado social é totalmente auto-sustentado por quem vive do salário
23 de Novembro de 2012 por Raquel Varela
Artigo meu publicado no Público de ontem

Nas últimas semanas fortaleceu-se um discurso, que vem de longe, sobre a impossibilidade de os Portugueses pagarem o Estado social. O aumento da dívida pública é associado à impossibilidade de sustentar os gastos sociais do Estado. Primeiro-ministro, ministros vários, comentadores dos media assumem esta premissa como verdadeira, com escasso contraditório. Mas ela é falsa. Quem vive do salário em Portugal (e não de lucro, renda ou juro) paga todos os seus gastos sociais.

O argumento do peso «excessivo» do Estado-providência deve ser rebatido com factos. Num estudo que publicámos (Quem Paga o Estado Social em Portugal?, Bertrand, 2012) calculámos quanto quem trabalha e vive do salário entrega ao Estado em contribuições e impostos (directos e indirectos) e quanto recebe deste em serviços públicos prestados (saúde, educação, segurança social, transportes, desporto, espaços públicos, cultura). Chegámos à conclusão de que os défices do Estado não podem ser imputados aos gastos sociais e na maioria dos anos há mesmo um excedente, isto é, os trabalhadores entregam mais ao Estado do que recebem dele em gastos sociais. Não nos surpreenderam os resultados, estando Portugal neste campo a par de outros países da OCDE, onde foram já realizados estudos semelhantes, como o do economista norte-americano Anwar Shaikh, que traduzimos no referido livro.

Acrescenta-se nas nossas conclusões que, em Portugal, o rendimento dos trabalhadores correspondia já em 2010 e 2011 a cerca de 50% do PIB (incluindo os pagamentos para a Segurança Social, tanto dos trabalhadores como a TSU, e antes de impostos); mas cerca de 75% da tributação entregue ao Estado provinha desses mesmos trabalhadores[1].

Um governo de um país não tem legitimidade para apresentar uma dívida, uma factura para pagar, sem explicar porque a contraiu, como a contraiu, em benefício de quem. Mas não é indispensável auditar a dívida para concluir que quem trabalha em Portugal não deve.

O montante da dívida gera uma renda sempre crescente na forma de juros – estando acordado no plano com a Troika a constante subida da dívida portuguesa a pagar: 2007 (68,3% do PIB), 2011 (107,8% do PIB), 2013 (117,1% do PIB) (previsão do governo)[2]. Este grande aumento da dívida é acompanhado por um gigantesco aumento da massa de juros. Na sua aparência trata-se de uma dívida – que apela à honestidade dos trabalhadores para pagarem –, mas na sua essência é uma renda fixa de capital.

O Orçamento do Estado para 2013 (OE-2013) explica porque aumentou a produtividade (aumentou porque a queda do PIB foi acompanhada de uma queda maior no emprego) e diminuiu o custo unitário do trabalho (CUT)[3]. Mas não explica porquê mesmo assim a dívida cresce, e cresce cada vez mais. Nós avançamos uma explicação que ainda ninguém rebateu: a dívida cresce porque os trabalhadores pagam cada vez mais para o Estado social e esse valor é desviado das funções sociais do Estado para o pagamento de «rendas privadas», entre elas os casos óbvios das parcerias público-privadas, do BPN, das subcontratações externas nos hospitais-empresa.

Uma das conclusões que apresentamos é a de que, desde que se iniciam os hospitais-empresa, o custo com salários baixa (de 2,4% do PIB em 1995 para 0,9% em 2010), a contratação de serviços externos aumenta (no mesmo período passa de 2% do PIB para mais de 5%) e o custo final do serviço prestado ao utente aumenta (aumenta mais que o aumento dos gastos totais em cerca de 0,5% do PIB). Ou seja, a produtividade cai, com um custo acrescido para os contribuintes. A «refundação do Estado social» proposta pelo governo não parece ser mais do que pegar nestes exemplos infelizes e generalizá-los.

Menos óbvio, mas essencial para explicar os gastos sociais foi o uso do dinheiro da Segurança Social (resultado da poupança dos trabalhadores) para financiar a reestruturação das empresas privadas e privatizadas, impelindo os trabalhadores para a reforma antecipada. Ainda menos perceptível é a forma como o Governo, em nome do equilíbrio das contas públicas, opta por uma política de queda da produção e de aumento do desemprego, de forma a reforçar os ganhos dos sectores exportadores (e abrindo um conflito nacional com as empresas que vivem do consumo interno), financiando essa política de desemprego massivo com os recursos da Segurança Social. O desemprego não é uma inevitabilidade, mas sim uma política consciente deste Governo e estipulada no Memorando de Entendimento com a Troika. No OE‑2013 prevê-se um aumento do desemprego até 16,4% (pp. 24 e 25 do Relatório OE 2013).

O dogma neoliberal é um dogma porque assume a economia como uma ciência a-histórica, ou seja, o homem não seria artífice da sua história, não faria escolhas na forma como a sociedade produz e se reproduz, ou seja, não escolheria as suas relações de trabalho, mas estaria fadado a aceitar a produção para o lucro, o desemprego, as dívidas “públicas” como se de inexoráveis leis da gravidade se tratasse.

Na verdade a primeira questão que nos devemos colocar hoje, em Portugal, é a seguinte: somos um país que produz uma riqueza anual em torno de 170 mil milhões de euros, podendo esse valor ser bem maior caso toda a mão-de-obra desempregada fosse utilizada, e não temos riqueza para pagar as necessidades mais básicas de qualquer sociedade? Se a riqueza de uma sociedade que tem um dos salários mais baixos da Europa e mais longas jornadas de trabalho, de acordo com a OCDE, não vai para a saúde, educação, auxílio mútuo e bem-estar na reforma, vai para onde?

[1] VARELA, Raquel  (coord), Quem Paga o Estado Social em Portugal?, Lisboa, Bertrand, 2012. Ver em particular artigos de GUEDES, Renato, e PEREIRA, Rui Viana; ROSA, Eugénio; SHAIKH, Anwar.

[2] GENERAL GOVERNMENT DATA, General Government Revenue, Expenditure, Balances and Gross Debt, PART I: Tables by country, primavera de 2012, Eurostat.

[3]    Relatório Orçamento de Estado, pp. 13-17.

http://5dias.net/2012/11/23/o-estado-social-e-totalmente-auto-sustentado-por-quem-vive-do-salario/

BPN - A maior burla de sempre em Portugal

Portuguese TimesEurico Mendes - EXPRESSAMENDES

A maior burla de sempre em Portugal

Parece anedota, mas é autêntico: dia 11 de abril do ano corrente, um homem 
armado assaltou a dependência do Banco Português de Negócios, ou 
simplesmente BPN, na Portela de Sintra, arredores de Lisboa e levou 22 mil euros. 
Trata-se de um assalto histórico: foi a primeira vez que o BPN foi assaltado por 
alguém que não fazia parte da administração do banco.

O BPN tem feito correr rios de tinta e ainda mais rios de dinheiro dos 
contribuintes.

Foi a maior burla de sempre em Portugal, qualquer coisa como  
9.710.539.940,09 euros.

Com esses nove biliões e setecentos e dez milhões de euros, li algures, 
podiam-se comprar 48 aviões Airbus A380 (o maior avião comercial do mundo), 16 
plantéis de futebol iguais ao do Real Madrid, construir 7 TGV de Lisboa a 
Gaia, 5 pontes sobre o Tejo ou distribuir 971 euros por cada um dos 10 milhões 
de portugueses residentes no território nacional (os 5 milhões que vivem no 
estrangeiro não seriam contemplados).

João Marcelino, diretor do Diário de Notícias, de Lisboa, considera que “é 
o maior escândalo financeiro da história de Portugal. Nunca antes houve um 
roubo desta dimensão, “tapado” por uma nacionalização que já custou 2.400 
milhões de euros delapidados algures entre gestores de fortunas privadas em 
Gibraltar, empresas do Brasil, offshores de Porto Rico, um oportuno banco de 
Cabo Verde e a voracidade de uma parte da classe política portuguesa que se 
aproveitou desta vergonha criada por figuras importantes daquilo que foi o 
cavaquismo na sua fase executiva”.

O diretor do DN conclui afirmando que este escândalo “é o exemplo máximo da 
promiscuidade dos decisores políticos e económicos portugueses nos últimos 
20 anos e o emblema maior deste terceiro auxílio financeiro internacional em 
35 anos de democracia. Justifica plenamente a pergunta que muitos 
portugueses fazem: se isto é assim à vista de todos, o que não irá por aí?”

O BPN foi criado em 1993  com a fusão das sociedades financeiras Soserfin e 
Norcrédito e era pertença da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que 
compreendia um universo de empresas transparentes e respeitando todos os requisitos 
legais, e mais de 90 nebulosas sociedades offshores sediadas em distantes 
paraísos fiscais como o BPN Cayman, que possibilitava fuga aos impostos e 
negociatas.

O BPN tornou-se conhecido como banco do PSD, proporcionando tachos para 
ex-ministros e secretários de Estado sociais democratas. O homem forte do banco 
era José de Oliveira e Costa, que Cavaco Silva foi buscar em 1985 ao Banco 
de Portugal para ser secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e assumiu a 
presidência do BPN em 1998, depois de uma passagem pelo Banco Europeu de 
Investimentos e pelo Finibanco.

O braço direito de Oliveira e Costa era Manuel Dias Loureiro, ministro dos 
Assuntos Parlamentares e Administração Interna nos dois últimos governos de 
Cavaco Silva e que deve ser mesmo bom (até para fazer falcatruas é preciso 
talento), entrou na politica em 1992 com quarenta contos e agora tem mais de 
400 milhões de euros.

Vêm depois os nomes de Daniel Sanches, outro ex-ministro da Administração 
Interna (no tempo de Santana Lopes) e que foi para o BPN pela mão de Dias 
Loureiro; de Rui Machete, presidente do Congresso do PSD  e dos ex-ministros 
Amílcar Theias e Arlindo Carvalho.

Apesar desta constelação de bem pagos gestores, o BPN faliu. Em 2008, 
quando as coisas já cheiravam a esturro, Oliveira e Costa deixou a presidência 
alegando motivos de saúde, foi substituido por Miguel Cadilhe, ministro das 
Finanças do XI Governo de Cavaco Silva e que denunciou os crimes financeiros 
cometidos pelas gestões anteriores. 

O resto da história é mais ou menos conhecido e terminou com o colapso do 
BPN, sua posterior nacionalização e descoberta de um prejuízo de 1,8 mil 
milhões de euros, que os contribuintes tiveram que suportar. 

Que aconteceu ao dinheiro do BPN? Foi aplicado em bons e em maus negócios, 
multiplicou-se em muitas operações “suspeitas” que geraram lucros e que 
Oliveira e Costa dividiu generosamente pelos seus homens de confiança em 
prémios, ordenados, comissões e empréstimos bancários. 

Ainda não se sabe o que levou o governo PS de José Sócrates a salvar um 
banco que era uma coutada do rival PSD. Não seria o primeiro nem o último banco 
a falir, mas Sócrates decidiu intervir e o BPN passou a fazer parte da 
Caixa Geral de Depósitos, um banco estatal liderado por Faria de Oliveira, outro 
ex-ministro de Cavaco e membro da comissão de honra da sua recandidatura 
presidencial, lado a lado com Norberto Rosa, ex-secretário de estado de Cavaco 
e também hoje na CGD.

Outro social-democrata com ligações ao banco é Duarte Lima, ex-líder 
parlamentar do PSD, que está a ser investigado pela polícia brasileira pelo 
assassinato de Rosalina Ribeiro, companheira e herdeira do milionário Tomé Feteira 
e que, em 2001, comprou a EMKA, uma das offshores do banco por três milhões 
de euros, tornando-se também acionista do BPN.

Em 31 de julho, o ministério das Finanças anunciou a venda do BPN, por 40 
milhões de euros, ao BIC, banco angolano de Isabel dos Santos, filha do 
presidente José Eduardo dos Santos e de Américo Amorim, que tinha sido o primeiro 
grande acionista do BPN.

O BIC é dirigido por Mira Amaral, que foi ministro nos três governos 
liderados por Cavaco Silva e é o mais famoso pensionista de Portugal devido à 
reforma de 18.156 euros por mês que recebe desde 2004, aos 56 anos, apenas por 
18 meses como administrador da CGD.

O Estado português queria inicialmente 180 milhões de euros pelo BPN, mas o 
BIC acaba por pagar 40 milhões (menos que a cláusula de rescisão de 
qualquer craque da bola)  e os contribuintes portugueses vão meter ainda mais 550 
milhões de euros no banco, além dos 2,4 mil milhões que já lá foram 
enterrados. O governo suportará também os encargos dos despedimentos de mais de 
metade dos atuais 1.580 trabalhadores (20 milhões de euros).

As relações de Cavaco com antigos dirigentes do BPN foram muito criticadas 
pelos seus oponentes durante a campanha das eleições presidenciais de 
janeiro último.  Cavaco Silva defendeu-se dizendo que apenas tinha sido 
primeiro-ministro de um governo de que faziam parte alguns dos trafulhas. Mas os 
responsáveis pela maior fraude de sempre em Portugal não foram apenas 
colaboradores políticos do presidente, tiveram também negócios com ele. 
Cavaco também beneficiou da especulativa e usurária burla que levou o BPN à 
falência. Em 2001, ele e a filha compraram (a um euro por ação, preço feito 
por Oliveira e Costa) 255.018 ações da SLN, o grupo detentor do BPN e, em 
2003, venderam as ações com um lucro de 140%, mais de 350 mil euros.
Por outro lado, Cavaco Silva possui uma casa de férias na Aldeia da Coelha, 
Albufeira, onde é vizinho de Oliveira e Costa e alguns dos administradores 
que afundaram o BPN. O valor patrimonial da vivenda é de apenas 199. 469,69 
euros e resultou de uma permuta efetuada em 1999 com uma empresa de 
construção civil de Fernando Fantasia, acionista do BPN e também seu vizinho no 
aldeamento.

Para alguns portugueses são muitas coincidências e alguns mais divertidos 
consideram que Oliveira e Costa deve ser mesmo bom economista: num ano fez as 
ações de Cavaco e da filha quase triplicarem de valor e, como tal, poderá 
ser  o ministro das Finanças certo para salvar Portugal na atual crise 
económica. Quem sabe, talvez Oliveira e Costa ainda venha a ser condecorado em vez 
de ir parar à prisão.

O julgamento do caso BPN já começou, mas os jornais nem sequer têm falado 
nisso. Há 15 arguidos, acusados dos crimes de burla qualificada, falsificação 
de documentos e fraude fiscal, mas nem sequer se sentam no banco dos réus. 
Os acusados pediram dispensa de estarem presentes em tribunal e o Ministério 
Público deferiu os pedidos. Se tivessem roubado 900 euros, o mais certo era 
estarem atrás das grades, deram descaminho a nove biliões e é um problema 
político.

Nos EUA, Bernard Madoff, autor de uma fraude de 65 biliões de dólares, já 
está a cumprir 150 anos de prisão, mas os 15 responsáveis pela falência do 
BPN estão a ser julgados por juizes amigos, vão apanhar talvez pena suspensa e 
ficam com o produto do roubo, já que puseram todos os bens em nome dos 
filhos e netos ou pertencentes a empresas sediadas em paraísos fiscais.
Oliveira e Costa colocou as suas propriedades e contas bancárias em nome da 
mulher, de quem se divorciou entretanto após 42 anos de casamento. Se 
estivessemos nos EUA, provavelmente a senhora teria de devolver o dinheiro que o 
marido ganhou em operações ilegais, mas no Portugal dos brandos costumes 
talvez não aconteça.

Dias Loureiro também não tem bens em seu nome. Tem uma fortuna de 400 
milhões de euros e o valor máximo das suas contas bancárias são apenas cinco mil 
euros.

Não há dúvida que os protagonistas da fraude do BPN tinham-na fisgada, 
preveniram eventuais consequências e seguiram a regra de Brecht: “Melhor do que 
roubar um banco é fundar um”.

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domingo, novembro 18, 2012

Sara Didelet, uma das capturadas pela PSP, durante a manif

Indicativo
Expressa o facto no momento em que se fala. Pessoal e transmissível.

NOV 12
POR JOSÉ MARIA BARCIA, ÀS 00:16 | COMENTAR
Explica, na primeira pessoa o que se passou e como foi no Tribunal de Monsanto:


''RELATO DA MANIFESTAÇÃO DE 14 DE NOVEMBRO

Ao contrário do que muitos possam pensar eu não tenho qualquer sede de protagonismo ou vontade de me expor, antes pelo contrário, há até alturas em que prefiro honestamente passar despercebida, mas esta altura não é (porque não pode ser) uma delas. 

Decidi escrever este texto porque como cidadã sinto-me não só no direito como na obrigação de relatar o que realmente aconteceu na passada manifestação de 14 de Novembro na Assembleia da República, e digo realmente porque infelizmente mais uma vez a comunicação social preferiu manipular e ocultar a verdade, já para não falar das nojentas e falsas declarações da PSP. 

Cheguei a São Bento acompanhada do meu namorado e dois amigos por volta das 16:00/16:30 quando o Arménio Carlos da CGTP ainda estava a discursar. Mantive-me lá alguns instantes, tendo depois chegado outra amiga nossa. Entretanto desloquei-me com uma amiga ao Mini Preço e qual não foi o meu espanto ao ver quando voltámos que já as grades tinham sido derrubadas e já um enorme alvoroço ocorria. Quem esteve presente não pode mentir e ser hipócrita dizendo que não houve violência da parte dos manifestantes pois é claro que houve, durante duas horas os polícias do corpo de intervenção foram agredidos com pedras da calçada, balões de tinta, garrafas de cerveja, etc. Foram agredidos sim, mas por uma MINÚSCULA minoria dos que estavam presentes na manifestação! No meio de milhares de pessoas talvez só umas 10 (e bem visíveis) arremessavam pedras e outros objectos. Independentemente da agressão que sofreram NADA justifica o que se passou em seguida… de repente, sem qualquer aviso prévio, (embora a comunicação social e a PSP insistam que houve um aviso feito através de megafone quem esteve presente na manifestação sabe tão bem quanto eu que não se ouviu absolutamente nada e que não foi feito qualquer esforço para que se ouvisse…) a polícia carregou sobre os manifestantes com uma brutalidade sem medida e que eu jamais tinha visto na vida. Como todos os outros comecei a correr e encostei-me à parede, de seguida várias dezenas de pessoas (muitas de idade avançada) se juntaram a mim e tentámos todos proteger-nos uns aos outros. A maioria das pessoas chorava e gritava “PAREM! PAREM POR FAVOR! NÃO FIZEMOS NADA!” e a polícia continuava a espancar toda a gente sem dó nem piedade e ainda com mais força! Vi velhotes a serem espancados, sei de pessoas que viram pais a serem espancados com os filhos pequenos ao colo, sei de pessoas que viram a polícia a tentar espancar uma pessoa de cadeira de rodas e vários manifestantes a rodeá-lo apanhando a pancada por ele para o protegerem. No meio de tanta violência, confusão e multidão histérica tentando sobreviver o melhor que sabia, consegui fugir com o meu namorado mas acabámos por nos perder dos nossos amigos. Continuámos sempre a fugir em direcção à Avenida Dom Carlos I, várias vezes parámos pelo caminho pensando que a polícia já não vinha atrás de nós, e várias vezes tivemos que fugir novamente pois a perseguição continuava. Acabámos por encontrar novamente um dos nossos amigos e depois de vários chamadas telefónicas soubemos que as duas meninas nossas amigas tinham ficado retidas pela polícia, marcámos um ponto de encontro e passados uns minutos elas lá conseguiram fugir e encontrámo-nos todos. Daí para a frente o nosso único objectivo era conseguirmos perceber o que se estava a passar mas acima de tudo assegurarmos também a nossa segurança, mas rapidamente percebemos que tal não seria possível. A polícia pura e simplesmente não parava de perseguir os manifestantes! Continuámos sempre a fugir, parando pelo meio para curtos descansos pois a perseguição continuava… já na Avenida 24 de Julho pensámos estar safos mas que mera ilusão, aí ainda foi pior! A Polícia continuava atrás de nós e de muitos outros mas desta vez disparando balas de borracha! Todos corremos apavorados o máximo que podíamos até que de repente mesmo ao pé da estação de comboios fomos interceptados por um grupo de polícias à paisana que violentamente e chamando-nos todos os nomes e mais alguns nos obrigaram a encostar às grades da estação enquanto mandavam ao chão e agrediam outras pessoas. Lá ficámos sendo enxovalhados e revistados vezes e vezes sem conta. Os rapazes foram todos algemados (uns com algemas e outros com braçadeiras) e separados das raparigas e de seguida fomos obrigados a sentarmo-nos todos no chão sem saber o que ia acontecer pois os polícias só nos intimidavam e não respondiam a nada. Devo frisar que devíamos ser cerca de 15/20 pessoas todos na sua maioria jovens adultos (18/20 anos) e inclusive um rapazinho de 15 anos! Lá fui posta dentro da carrinha com as minhas duas amigas, com o meu namorado e com mais 6 jovens (um dos amigos que tinha ido connosco conseguiu fugir), ou seja 9 pessoas dentro de uma carrinha com capacidade para 6. Fomos dentro da carrinha (os rapazes todos algemados) sem nunca nos ter sido fornecida qualquer informação sobre o lugar para onde íamos ou sobre o que nos ia acontecer. Chegando ao local estivemos uns intermináveis minutos todos fechados dentro da carrinha até que com intervalos pelo meio nos foram tirando de lá um a um, até no final só ficar eu. Fora da carrinha agarraram em mim sempre a gritarem “BAIXA A CABEÇA! OLHA PARA O CHÃO CARALHO!”. Já dentro da “esquadra” (Tribunal de Monsanto, o que por si só representa uma ilegalidade) fui escoltada por uma mulher polícia até à casa de banho onde me obrigaram a despir INTEGRALMENTE, onde me obrigaram a colocar-me de cócoras para verem se tinha algo escondido na vagina ou no ânus, onde me obrigaram a tirar todos os brincos, anéis, pulseiras, atacadores dos sapatos e os próprios sapatos! Fui obrigada a dar o meu nome e data de nascimento. Ficaram com todos os meus pertences (incluindo o telemóvel que antes me tinham obrigado a desligar) e fui levada até à cela de meias num chão gelado! Lá á minha espera estavam as minhas duas amigas e outras duas meninas que também tinham sido detidas. O que se passou a seguir foram duas horas e meia ridículas e sem qualquer sentido… foram-nos sempre negados os telefonemas para casa, sempre que alguém falava nisso alegavam que não sabiam de nada, nunca nos disseram porque estávamos ali, nunca nos respondiam concretamente a nada, apenas mandavam bocas estúpidas! Ficámos na cela duas horas e meia ao frio, sem comer, sem beber, descalços e vá lá que nos deixaram ir à casa de banho embora às meninas tenham dito “espero que tenham aproveitado pois só lá voltam amanhã”. Passadas essas duas horas e meia fomos sendo chamados um a um para recolhermos os nossos pertences e para serem feitas as identificações. Foram preenchidas folhas em que nos eram pedidos todos os nossos dados (BI, nome dos pais, morada, telemóvel, telefone fixo, profissão, etc. …) tendo que assinar no final, caso não o fizéssemos não sairíamos dali. Lá fomos embora, vendo-nos todos no meio do Monsanto muitos sem saberem sequer como ir para casa. 

Não fomos espancados na “esquadra” mas fomos todos vítimas de humilhação e violência psicológica. Todos fomos detidos injustamente sem nunca sequer termos sabido o porquê da detenção. Fomos perseguidos como criminosos desde São Bento até ao Cais do Sodré! Éramos todos jovens (como já frisei a média de idades devia rondar os 18/20 anos) cujo único crime cometido foi termos participado numa manifestação. Nem eu, nem nenhum dos meus amigos arremessámos qualquer pedra, garrafa ou o que quer que fosse, não o fiz desta vez nem em nenhuma outra manifestação. Fomos detidos e perseguidos injustamente quando já nos dirigíamos ao Cais do Sodré para apanharmos um táxi para casa! 

Quem não esteve presente e não viveu tudo isto certamente pensará que estou a exagerar ou a dramatizar, mas acreditem que não, as coisas foram bem piores até do que aquilo que descrevo. A repressão policial sentida ontem foi muito, muito grave e digna dos mais nojentos regimes fascistas e ditatoriais! As pessoas estavam literalmente a ser espancadas e perseguidas nas ruas e não tinham ninguém que as protegesse! Eu vi velhos cobertos de sangue! Vi mulheres e homens aos gritos de medo e desespero! 

Há quem sem sequer ter estado presente insista em “proteger” os polícias e dizer que agiram muito bem, que quem lá estava só tinha era que apanhar, que eles coitadinhos foram agredidos com pedras durante duas horas, que muito pacientes foram eles, que nós os manifestantes somos todos uns arruaceiros. A essas pessoas eu só vos digo: VÃO-SE LIXAR! Abram os olhos, abram a mente e vejam a realidade que vos rodeia! Vão a manifestações e vejam por vocês próprios o que realmente acontece! Sejam humanos, sejam solidários e deixem de acreditar em tudo o que a comunicação social vos mostra! NADA justifica tudo aquilo porque eu e milhares de pessoas passámos e isto não pode ficar impune! Toda a gente tem o direito de se manifestar sem ser agredido brutalmente ou perseguido! Fala-se num aviso feito pela Polícia de Intervenção mas ninguém ouviu esse aviso! Um dos rapazes que foi detido no Tribunal do Monsanto nem sequer tinha participado na manifestação, ia apenas a passar na Avenida 24 de Julho no momento das detenções! Acham isso bem? Acham correcto que dezenas de jovens inocentes tenham sido detidos sem terem cometido NENHUM crime? Eu não acho, acho vergonhoso, nojento e muito grave num país que se diz democrático e de 1º mundo! Foram queimados caixotes do lixo e postos a bloquear estradas? Sim foram, mas tudo como uma resposta de enorme ódio e revolta em relação à acção desumana da polícia! Eu era a primeira a ser contra o arremesso de pedras mas depois do que vi e vivi ontem digo com a maior tristeza do mundo: quem age assim não é um ser humano, é uma criatura maldosa e formatada e merecem o que lhes venha a acontecer daqui para a frente. São cães raivosos, mercenários do Estado que vestem a farda da ditadura em vez de protegerem o povo! 

A todos os que foram detidos comigo, principalmente quem veio comigo na carrinha e as minhas companheiras de cela: OBRIGADA a todos! Obrigada pelo apoio, pela união, pelo convívio e risos mesmo numa altura tão triste para todos, pelas canções e assobios, pela partilha de opiniões e experiências e acima de tudo por lutarem por um país melhor para todos! Obrigada também a todos os que estavam à nossa espera à saída do Tribunal do Monsanto e a todos os que se preocuparam connosco. 

Estou viva, bem fisicamente mas muito, muito triste e desiludida com tudo o que vivi … ainda estou em estado de choque e a achar surrealmente grave tudo aquilo que se passou. Peço desculpa se o texto não está o melhor possível mas é muito complicado relatar com exactidão tão chocante experiência. 

O objectivo era incutir-nos medo e fazer-nos não frequentar mais manifestações? Teve o efeito exactamente contrário: não me calam e jamais me impedirão de lutar por aquilo em que acredito! A luta continua sempre! VOLTAREMOS!''

tags: 
Não estava lá!
Acreddito no que dizes que se adivinha pelo que se viu nas tvs e alguns vídeos dad vítimas,
Estou contigo e ,para eles,há ums palavra e um sentimento:PORCOS,DESPREZO!
Joao Marques a 18 de Novembro de 2012 às 04:01

ola!! muito obrigada por este relato mas aqui fica uma dica: este tipo de testemunhos deve ser sempre, sempre escrito em ingles! a razao, claro e envergonhar as autoridades portuguesas ao espalhar isto pela internet. claro que u posso traduzir, mas ja nao ena primeira pessoa, logo perde forca ... obrigada!
daniela a 18 de Novembro de 2012 às 06:56

Caríssima Daniela, se a língua oficial de portugal é o português, se o assunto interessa meramente ao povo português, para que e porque relatar a história em inglês?
yamara a 18 de Novembro de 2012 às 17:00


Eu, considero a acção policial repressiva e indecorosa. Faço aqui uma exigência que há há muito se faz na Alemanha: os polícias deveriam ter uma identificação visível (um número, por exemplo) para se poderem efectuar as averiguações concretas nos casos de acção dubiosa. O Estado exige a minha identificação, quero ter o direito de identificar quem me violenta, sodomiza, escraviza! As Forças do Estado mostraram que são realmente do Estado, dum Estado incompetente que já não vê outra solução que não seja a arma dos impotentes: a violência! E as forças do Estado comprometeram-se com esse mesmo Estado, espelhando a mesma incompetência e servindo-se da mesma arma. Depois de ver as imagens monstruosas que vi fiquei de tal forma revoltado que digo aqui: Na próxima manifestação levem "sprays" de tinta escura, pintem as viseiras dos covardes e ataquem-nos como lobos às goelas pois estas estão, regra geral desprotegidas. Procurem isolar um só cachorro fardado e espanquem-no do mesmo modo como eles o fazem. Apelo à violência contra a repressão! Apelo à violência contra o Cavaco que a defende, contra o Passos que a instiga, contra o Macedo que a encobre e contra todos os que ousam erguer um bastão contra uma pessoa de costas voltadas ou de mãos erguidas a implorar: "parem! Sim, apelo à violência contra a violência! Um Estado de Direito só pode dar Direito a quem aceite esse Estado de Direito!
fachada a 18 de Novembro de 2012 às 18:11

Olá Sara,
Obrigado pela tua coragem e continua minha amiga. Estamos contigo. Apesar da minha idade ainda sinto energia para ir também para a rua e combater este regime fascista que nos está a querer intimidar e a encurralar-nos nos claustros do silêncio. Vós os jovens sois o futuro deste país e é dever de todos nós estarmos convosco de corpo e alma.
manuel gaspar a 18 de Novembro de 2012 às 10:22

Admiro a tua coragem. Isto é um belo testemunho do que se começa a passar neste país e que é deveras vergonhoso!! É bom que os jovens como tu se apercebam do que está a acontecer e, todos juntos, consigamos mudar o rumo das coisas para bem melhor. -Sei que não será fácil, Mas lutaremos!! Unidos, havemos de conseguir. Um beijo
Alguem a 18 de Novembro de 2012 às 16:18

Minha jovem amiga permita que a trate assim, vocês nasceram em democracia, o que se passou, serve para compreenderem melhor o que os mais velhos passaram no tempo da outra senhora. Só que nessa altura não nos libertavam! Aproveitem este ensinamento e não deixem que isto chegue mais longe. O futuro está na mao dos mais jovens, nao deixem regredir a nossa Liberdade que tanto custou!!!
Não digo o meu nome a 18 de Novembro de 2012 às 15:37

Esta foi a primeira acção das polícias ao serviço deste governo da extrema-direita e seus patrões e o prenúncio para muitas mais que se seguirão. Nós que passámos por isto antes do 25 Abril sabemos muito bem no que dá e como é feito. De facto agora são os jovens que felizmente não viveram esses tempos a tomarem conhecimento com a realidade e espero que lhes sirva de aviso para melhor se prepararem para as futuras lutas, em que o espírito salazarento impregnou esta democracia e se não os destruirmos a bem ou a mal este estado de coisas, lá virá o tempo em que se repetem as façanhas de cariz fascista. Obrigado pelo oportuno testemunho desta jovem e pela opinião do "não digo o meu nome". A batalha anterior durou cerca de 40 anos até ser ganha, agora espero que seja muito mais rápido. Que com cada carga de porrada e enxovalhamento das polícias nas pessoas de bem, nasçam mais e mais mobilização para as lutas que se avizinham, SEMPRE!
Zé Povinho a 18 de Novembro de 2012 às 18:40

Tenho muito orgulho em ser Policia e em todos aqueles que estiveram a ser apedrejados durante uma hora no Parlamento. Respondendo a todas as suas baboseiras ofensivas à ordem pública, que não só incitam a nova violência contra a Autoridade e ordem pública; Se a menina se apercebeu que estava eminente um despoletar de violência e resposta da PSP, devia ter sido inteligente e ter fugido atempadamente, como não o fez temos pena!! Não tenham problema em meter em Inglês ou n'outra língua, pois os Policias já não têm a 4ª Classe!! E pode tentar a sua sorte em vender os seus 5 minutos de fama para uma telenovela, quissá tenha mais sorte! Boa sorte para a próxima!
ORGULHO a 18 de Novembro de 2012 às 20:35

é triste....nem dá para ficar zangado...apenas triste com alguém que não dignifica a farda que usa...enfim...
Não digo o meu nome a 18 de Novembro de 2012 às 21:44

ah...e esqueci-me de te dizer... Nâo mintas; para teu azar conheço bem a corporação por dentro
Não digo o meu nome a 18 de Novembro de 2012 às 22:02

Bacano, ao dizeres que tens orgulho no que se passou deixas de poder questionar a inteligencia seja de quem for.
Es policia, devias ter vergonha no trabalho que fazes em vez de prenderes quem anda a foder o país há 100 anos
MD a 18 de Novembro de 2012 às 22:08

Não têm a 4ª classe?!!!
Pois parece!
Ah! Já agora..."quissá" está mal escrito.
Aula de borla...é quiçá.
eliza123 a 18 de Novembro de 2012 às 23:05

Muito obrigado pelo teu testemunho que vou enviar a todos os meus amigos.
Espero sinceramente que todos os que foram agredidos barbaramente se juntem numa ação em tribunal contra a PSP porque isto não pode ficar assim com as bestas a passarem por heróis.
Helder Capelo a 18 de Novembro de 2012 às 10:11

Obrigado Sandra pelo teu testemunho, não estive em S.Bento porque a minha saúde não me premite, mas acompanhei toda a tarde em directo o que se foi passando. Cães raivosos sim! Isto não pode passar impune. Não sei se daqui para a frente o povo será tão sereno nas suas manifestações.... Os media uns mentirosos.... os manifestantantes tentaram parar os apedrejamentos por diversas vezes, houve quem apela-se á oração.... na minha opinião aqueles 10 ditos arruaceiros não eram mais que agentes da PSP infiltrados para justificar o que se passou a seguir! Enquanto isso Passos Coelho divirtia-se não na festa do croquete, mas da salsicha e do fiambre.... tenho vergonha destes governantes e desta policia que supostamente defende a democracia....
Alexandra Cavaleiro a 18 de Novembro de 2012 às 10:34

é realmente incrível como podem ainda existir opiniões a favor da carga policial a uma manif inteira, justificada pelo arremesso de pedras de uma minoria facilmente identificável. Após os vários relatos como este (e outros e imagens), como podem ainda ser a favor e não abrir os olhos? a mim, bastou-me ver as primeiras imagens e não ligar às palavras dos comentadores dos media. A vocês que se manifestaram por mim UM MUITO OBRIGADO!
anónimo a 18 de Novembro de 2012 às 11:05

Na próxima vez os manifestantes que encham de porrada os apedrejadores pois lá pelo entre haverá vários polícias.
Não digo o meu nome a 18 de Novembro de 2012 às 11:25

ola sara!

é incrivel o que aconteceu! So posso lamentar, o fascimo que é a nossa politica, força, é incompreensível a atitude da policia, OBRIGADO POR PARTILHARES!
valter a 18 de Novembro de 2012 às 11:36

Se foste detida a culpa é tua. E para ja, quem la esteve realmente sabe que os avisos da policia eram audiveis e só la ficou quem quis estar na confusao. Pessoas como tu deixaram arruaceiros apedrejar a policia durante hora e meia, nada fizeram para os deter... A psp só fez o que lhes competia, lamento que tenhas ido atrás mas nao te faças de santinha.
ivo a 18 de Novembro de 2012 às 11:43

Quem és tu? Um polícia, um jotinha, ou apenas, hipótese benigna, um retardado?
João a 18 de Novembro de 2012 às 12:18

Deviam ter levado mais. Quem ataca policias que defendem um simbolo da nossa Republica merece aquela carga, quem la ficou a ver é culpado por associaçao. 
Republica a 18 de Novembro de 2012 às 19:55

curioso! os que defendem a carga têm assim umas assinaturas pomposas: Orgulho, República...! Isto faz lembrar qualquer coisa..
Espero que na próxiam ocasião a sua ma~e ou uma crinaça da sua famílai não vá a passar por acaso...
Não digo o meu nome a 18 de Novembro de 2012 às 21:51

Ou és um infiltrado, ou um ignorante, ou um atrasado mental, ou simplesmente gostas que se violem Direitos Humanos em Portugal...
Hugo Pires a 18 de Novembro de 2012 às 12:25

Então mas são os cidadãos que têm de parar os arruaceiros?! Então mas para que é que eu e todos os contribuintes pagamos o ordenado da bófia?! Ou esqueces-te que quem paga o ordenado desses policias sou eu e tu?! O que é aqui mais grave é o tratamento que foi dado a estas pessoas. A intimidação, o terror porque passaram às mãos das forças do Estado está, mais do que nas cacetadas, no facto de terem sido detidos aleatoriamente, encarcerados contra todas as normas legais, privados de falar com advogados e familia, torturados psicológicamente, e ainda obrigados a assinar papeis em branco que poderão ser no futuro utilizados para os acusar das mais variadas coisas!! Sabes como se chama isso? Terrorismo de Estado! É próprio de um Estado totalitário, fascista, de uma ditadura!! É isto que é verdadeiramente revoltante e preocupante. Como preocupante é que tantos ignorantes como tu defendam este tipo de práticas anti-democráticas. Deves ser mais um dos herdeiros dos bufos e dos lambedores de cu do tempo da outra senhora! O Otelo é que tinha razão... infelizmente não actuou em conformidade, e agora temos de levar com escumalha como tu!!
Kropotkine a 18 de Novembro de 2012 às 12:37

Deves ser anormal.
Ricardo a 18 de Novembro de 2012 às 12:43

O sr Ivo está enganado, não são os manifestantes que têm que deter os arruaceiros, isso é o trabalho da polícia. Portanto, o que o sr Ivo deve perguntar é: Porque é que a polícia, em vez de reprimir os manifestantes, não deteve os arruaceiros? Não será porque no meio dos lançadores de pedras e outros objectos podiam estar alguns dos seus colegas? Sabe-se que sim, e nós também sabemos que não nos vão desmobilizar, apesar dos métodos cada vez mais parecidos aos que usavam as forças repressivas no Chile de Pinochet.
faff a 18 de Novembro de 2012 às 13:40

Pode ser que te apanhe a ti numa próxima manifestação e parta te ao meio..!! Palhaço
Ze povinho a 18 de Novembro de 2012 às 16:09

violencia... para quê? mereces levar na tromba
Republica a 18 de Novembro de 2012 às 19:57

concordo sinceramente com o teu comentário. agora todos são vitimas.. Têm todo o direito á greve e a manifestar contra o k acham estar errado. agora não me digam k td o k a comunicação social passou é mentira k não fizeram nada.. k coincidência no meio de tanta gente a fazer vandalismo só apanharam os inocentes?? e gosto mt dos comentários enriquecedores que fazem a quem exprime opiniões diferentes. sendo logo retardado atrasado mental infiltrado.. se não concordam critiquem construtivamente.
daniel a 18 de Novembro de 2012 às 18:21

Exacto IVO, estou de acordo. Cego é aquele que não quer ver. Se virmos os videos dos populares (não a Comunicação social) pode ouvir-se nitidamente os avisos pelo Megafone e imediatamente um coro de assobios e despaupérios. quem quiz e foi inteligente e não queria confusão, afastou-se para a direita (rua de São Bento/Rua D.Caslos I) Quem quis ser vitima, continuou. se virmos bem o que se passou a seguir aos avisos e aos foguetes da PI vê bem que eles nãos e dirigiram para a direita, foram em frente onde estava a fonte do mal. Ora como ja disses-te, porque não detiveram os arruaceiros ? Já que a Policia o não fazia, os Manifestantes que dessem o exemplo. Não era bonito de er a Policia a ser agredida e resistir impavida e serena, durante cerca de duas horas. se eles tivessem partido logo para o ataque eram o quê? DITADORES. Preso por ter cão e preso por não ter. Pois olha Sara, lamento o sucedido. estive na de 15 de Setembro porque era LIBERAL não vou a Manif. criadas por Sindicatos esses são como os putos "batem e fogem" fizeram o discurso aqueceram os ânimos e bateram em retirada. ficaram lá até ao fim ??? É o ficas. Como disse não fui, mas se fosse e visse o que vi na TV, de certo afastar-me-ia ou então se houvesse mais gente a apoiar tentaria impedir os "putos" de arremessar pedras. Chamar aquels putos de "agentes infiltrados" é o mesmo que chamar ao meu velho Fiat de RolsRoyce....Como disses-te IVO, não tenho pena do que sucedeu a Sara e aos outros que se quiseram vitimizar. Tiveram tempo suficiente para se porem a centenas de metros "como muitos o fizeram" mas como sabemos como é a mente humana...até poderia haver alguém que se machucou de proposito para colocar as culpas na Policia...Há de tudo.
Antonio a 18 de Novembro de 2012 às 19:55

apoiado
Não digo o meu nome a 18 de Novembro de 2012 às 21:21

oh atrasado mental, quem tem que deter os arruaceiros é a Sara ou a Policia?
Eu a 18 de Novembro de 2012 às 22:51

Estive lá e consegui sair antes que houvesse esta tremenda confusão. Não concordo com apedrejar a policia mas eles actuam simplesmente pelo que lhes ensinam. Parecem computadores, com memória onde é gravado o que fazer e apagado quando se quer. Não se admite! É uma VERGONHA! Não têm família? Não? Foi vergonhoso o que se viu. E NÃO, NÃO SE OUVIU O COMUNICADO.
Ana a 18 de Novembro de 2012 às 12:26

Ana, não ouviu porque a Manifestação não deixou. Ouça este video no minuto 1.48 .http://www.youtube.com/watch?v=X2NqflAVmJQ
Antonio a 18 de Novembro de 2012 às 20:24

E mais, conheciam-se facilmente aqueles que estavam a apedrejar ;)
Ana a 18 de Novembro de 2012 às 12:28

Ehehehe: "Foram queimados caixotes do lixo e postos a bloquear estradas? Sim foram, mas tudo como uma resposta de enorme ódio e revolta em relação à acção desumana da polícia!" e queixa-se de ter sido detida... ;-)
Tiago Azevedo Fernandes a 18 de Novembro de 2012 às 12:40

Olha, outro limitado....
Não digo o meu nome a 18 de Novembro de 2012 às 12:44

Vê se aprendes a ler! A policia só tinha que deter os arruaceiros que fizeram não era toda a gente que estivesse na manifestação. E isso foi feito antes da intervenção da policia, como é que poderia ser em resposta da carga se ela ainda não tinha acontecido??? Pareces idiota pá.
Não digo o meu nome a 18 de Novembro de 2012 às 12:47

deves ser policia, só pode, ou então quando não houver trabalho para ti ou quando ganhares um salário mínimo de 400eurs ou quando tiveres que pagar pó teu filho frequentar escolas, isto porque qualquer dia a educação vai ser privatizada, só quando alguém da tua família passar muitas dificuldades financeiras ao ponto de não ter dinheiro para comer, ou pk o teu avo trabalhou durante anos e agora não tem reforma , ou tem uma reforma de 200e pois e amigo violência não e só atirar pedras e queimar caixotes do lixo, violência e também através de politicas causar austeridade a um povo violência e tb causar o desemprego a um povo , abre a pestana , muitas daquelas pessoas estão a lutar pelos teus direitos também , para que possas viver tranquilo tu e os teus filhos.
Duarte a 18 de Novembro de 2012 às 15:08

Tiago, os contentores foram incendiados depois da carga policial! Pelo menos foi assim que eu entendi das imagens em directo! Portanto, sim, pode-se afirmar que houve muita gente a reagir à parvoíce policial
fachada a 18 de Novembro de 2012 às 18:17

Isto é mesmo o máximo :-) "viram a polícia a tentar espancar uma pessoa de cadeira de rodas". Lá está: https://twitter.com/taf/status/269039741339590657
Tiago Azevedo Fernandes a 18 de Novembro de 2012 às 12:44

Há pessoas que até negam o holocausto, porque não negar isto! Este rellato não me ofereceu qualquer dúvida. Ao ver as imagens fico com a mesma opinião- Arruaceios sempre houve! Esses são bandidos! Mas o que chamar às lideres policiais e chefes deles, políticos sem vergonha! Corruptos! BANDIDOS, parece-me pouco. O palhaço que veio log a terreiro defender os polícias, devia ter lá os filhos e os sobrinhos. Oa filhos dele deviam passar pelo que passou a Sar e os amigos. Venha depois falar de democracia! QUal democracia? Em países que se não consifderam democratas, os polícias teriam protegido as crianças e os velhos e teria, identificado os arruaceiros. Nesses sim poderiam ter-se vingado. Esses sim, deveriam ter pago! Mas fehcar os olhos e arriar em todos, não é de homem, não é de polícia, não é de cidadão. É de COVARDE! Bens ajas Sara pela demonstraçãp de coragem!
Jose Moreiras a 18 de Novembro de 2012 às 13:23

estou chocada e enraivecida. ao ler este testemunho parecia que estava a ler um testemunho de um pais em guerra onde a democracia e os direitos humanos não fazem parte do vocabulário. é triste ver o que esse pais se está a tornar. está sem duvida a tornar-se numa ditadura. há muito tempo que penso que vai acabar por haver uma guerra civil em portugal mas neste momento começo a pensar que nem a isso vai chegar pois o governo está a criar de tal modo um clima de medo e injustiça que o povo nem sequer vai ter coragem para se rebelar e vai acabar por aceitar tudo o que lhe for imposto regressando assim a uma ditadura total e irreversível. esta rapariga merece ser lida e traduzida, o seu testemunho merece correr o mundo para que todos saibam o que se passa em Portugal, um país da União Europeia, um país conhecido pelo futebol, pela cultura, pela música pela moda, pela literatura, pela gastronomia... mas que infelizmente não é tudo o que aparenta ser.
Carla Marisa Bento a 18 de Novembro de 2012 às 13:31

Coitadinha.. se nao anda ses a atirar pedras e garrafas á PSP nao tinhas sido detida.. Eu inventar posso inventar o que quero.. Agora nao brinques.. Para a proxima vais te la meter para levares mais...
Justiceiro a 18 de Novembro de 2012 às 13:57

Não enganas ninguém! Se não tens nada de produtivo a dizer abstem-te, cinge-te à tua reles ignorância. Um dos grandes problemas deste pais é o facto de cada pessoa não se avaliar e pensar a si própria e ir apenas atrás do rebanho, por comodidade ou preguiça. è a teoria de todos os estados autoritários ou grupos baseados na violência.
Vivemos sobre a maior e mais dissimulada ditadura de sempre, liderada por poderes que se dão ao luxo de ter marca própria, que mediam a pobreza por forma a controlarem os mais pobres e mais desprovidos de educação, e tu, achas mesmo que toda esta história é inventada?
Hgo a 18 de Novembro de 2012 às 14:19

Independentemente de na parte que se pode verificar o testemunho ter muito pouco de rigoroso, expliquem-me bem devagarinho como é que com a violência que dizem que a polícia usou só há 50 feridos (dos quais metade polícias), incluindo dez que foram feridos antes da carga (pelos manifestantes apedrejadores).
Que estranho haver tantos velhinhos e pessoas com filhos (a fazer o quê ao fim de uma hora de apedrejamento? a treiná-los para o adultério no caso de irem viver para países muçulmanos?) e tanto violação de diretos e não haver queixas.
Tudo boa gente, já se vê.
henrique pereira dos santos
henrique pereira dos santos a 18 de Novembro de 2012 às 14:58

Esse número de feridos refere-se aos tratados nas imediações (visionados pela polícia) e já agora, se eram meia dúzia de "atiradores" como é que eles conseguiram ferir vinte e tal polícias e os polícias ferir também vinte e tal do lado oposto? De meia dúzia para vinte vão pelo menos mais três meia-dúzias. E quais são os feridos da polícia e que tipo de ferimentos eles sofreram?... Bastões quebrados? Biqueiras das botas descambadas?...
fachada a 18 de Novembro de 2012 às 18:34

Boa tentativa de se deitar a adivinhar. Só que as coisas não são assim. Os ferimentos dos polícias são quase todos de pedradas e coisas que tal (dois com tratamento hospitalar) e dos manifestantes 17 tiveram tratamento hospitalar. E do seu lado, para que hospitais foram as vítimas da carnificina? Não consigo perceber o interesse em pretender desmentir o que é evidente em todas as imagens.
henrique pereira dos santos
henrique pereira dos santos a 18 de Novembro de 2012 às 18:49

Não estou a desmentir imagem nenhuma! Tenho bem presente o sangue que escorria da cabeça das pessoas, só não vi, lamento, NÃO VI nenhum agente ferido. Não vi a polícia prender nenhum dos provocadores mas vi-a espancar brutalmente (até pelas costas) pessoas de todas as idades. Só me pergunto dessas 17 pessoas "agressoras" quantas é que arremessaram pedras!!! Pois era só "uma meia-dúzia", afirmou Macedo (eu terei contado uma vintena bem identificável até pela vestimenta), donde surgem os restantes 11 que receberam tratamento hospitalar? E quantos estarão em casa a tremer de medo de ir ao hospital com receio de que os encarcerem descalços nalgum calabouço obscuro, só porque decidiram participar numa manifestação e foram brutalmente espancados? As imagens mostram uma carga irracional!!! Estou desempregado mas tenho conhecimentos sobre acções deste tipo, se a polícia quiser ser cívica eu aceito o salário mínimo!!!
fachada a 18 de Novembro de 2012 às 19:05

Pode poupar nos adjectivos que não é por haver muitos adjectivos que a realidade deixa de ser o que é. Brutalmente espancados? Santa paciência. Sim há feridos (o sangue costuma escorrer quando há feridos, é assim uma coisa frequente), parte deles pelos idiotas que estavam a atirar pedras e garrafas e que continuaram depois da carga da polícia.
henrique pereira dos santos a 18 de Novembro de 2012 às 19:20

Amiga, a policia não andava atrás dos manifestantes, andava era atras de ti. toma cuidado lolol
Sérgio a 18 de Novembro de 2012 às 15:04

Para certos seres aqui custa aceitar certas opinioes e depois ofendem... Perdem toda a razao assim. Aprendam a argumentar. Sim, os verdadeirosmanifestantes deviam ter impedido esse grupo de anormais que mandou as pedras, se eram assim tao poucos e facilmente identifficaveis... Eu se visse isso acontecer ao meu lado eu faria algo, nao ia ficar a ver anormais a estragar uma manif que podia ter sido pacifica. Deixem de ser victimas, sejam cidadaos acima de tudo. Lamento que inocentes tenham sido levados pela carga mas sujeitaram-se a isso, por mais que custe aceitar essa realidade. Comecem a tirar as maças podres de movimentos legitimos, sao faceis de identificar. É facil culpar a policia nao é? Ponham se voces a levar com pedras durante hora e meia e depois digam me se é porreiro.
ivo a 18 de Novembro de 2012 às 15:30

Nem mais. Quem tem a razão do seu lado não precisa de recorrer a ofensas! Esta gente quer fazer-se de vitimas e depois se surgem opiniões discordantes, ofendem as pessoas de todas as maneiras?
Não, eles não devem ter tido culpa nenhuma. Eles são tão bem fomados! Não se vê, pela maneira como reagem aqui, eles sim, como se fossem animais?
Joana a 18 de Novembro de 2012 às 15:39

Explique- me então por que razão fica a polícia, segundo dizem, mais de uma hora a deixar-se apedrejar. A mim parece-me que era extremamente fácil deter imediatamente os poucos agressores, no entanto se isso acontecesse diminuía-se a probabilidade de mais pessoas entrarem na agressão e os próprios polícias não ficavam tão irritados que só lhes apetecesse bater, ainda que indiscriminadamente. Uma das medidas de manipulação da opinião pública, e isso está devidamente fundamentado, é criar-se um problema para depois se apresentar a solução, solução esta que é uma medida que já se cria implementar. Cria-se uma agressão, provavelmente recorrendo a agentes provocadores, ( há imagens das manifestações em Espanha onde os manifestantes isolaram os polícias provocadores tendo estes que ser retirados pelo corpo de intervenção) e depois agride-se os manifestantes de modo a acabar com a manifestação e depois através dos média legitimam as suas acções e felicitam os polícias, que aliás no novo orçamento de estado já está prevista um atualização dos valores auferidos pelas forças policiais, apesar de todos os funcionários públicos terem as suas progressões na carreira congeladas e cortes nos vencimentos. Isto só acontece porque os polícias, que também são do povo estão ou estavam descontentes. Somos todos portugueses nunca nos devemos esquecer disso, Portugal e o povo português deve estar acima de meia dúzia de poilíticos e banqueiros que exploram o povo apenas por prazer.
Não digo o meu nome a 18 de Novembro de 2012 às 16:07

Ivo, estive lá e tentei falar com esses indigentes mal formados. Infelizmente, falei para uma parede. Pensei chamar a polícia mas eles já lá estavam sem fazer nada.
Maria Silva a 18 de Novembro de 2012 às 17:11

ó Ivo (não és filho do Iva, pois não?)
A polícia não agiu para prender nenhum dos agressores!!! O movimento inicial é lento permitindo a estes escaparem; só depois disso, é que avançam como irracionais (que sejam) e carregam indiscriminadamente contra pessoas que estavam do outro lado da praça, que nem sequer sabiam de nada!!! Antes de defenderes a polícia, interroga-te porque é que quando houve um movimento massivo a deslocar-se para longe dos agressores, a polícia não actuou logo e quando o fez foi de forma a deixar escapar os "atiradores". Entretanto já quiseram culpar as claques de futebol! Afinal quem é que anda a acusar quem e a fazer-se de vítima?... Eu gostaria de saber onde moras e onde ou em que é que trabalhas...
fachada a 18 de Novembro de 2012 às 18:28

Bem parece que estão a conseguir o que queriam! Por vos a todos uns contra os outros! A ver se há mas e outra manif e se enfrentam os bois pelos cornos! Assim se os deterem logo ou os rodearem a ver se eles vão atras de alguém!
Zeca treca a 18 de Novembro de 2012 às 16:32

Os 13% de aumento aos agentes toldaram a visão a muitos. É fácil criticar quando não se passa por elas. A partir de Janeiro vamos deixar de ver esses famosos arruaceiros a arremessar pedras, vamos passar a ver pais e mães de família desesperados e querer dar uma educação, alimentação e abrigo aos seus filhos e a não poder. Aí sim, venha a polícia que eles quiserem!
Maria Silva a 18 de Novembro de 2012 às 17:08

Gostava de saber quais serão as consegues para ti juridicamente, podes apresentar queixa? Tu como outros sem contacto legal e juridico, podem porcessar os agentos? Como foi dito por advogados que tudo isso foi uma ilegalidade. Gostava de saber se acontecera algo neste pais de modo como as coisas estão.
Alforreca a 18 de Novembro de 2012 às 17:23

A policia paga sempre as favas nunca ninguem faz nada, apenas passavam la naquele momento, ouviram dizer que estavam a dar pasteis de belem, ninguem ouviu os 3 avisos para abandonarem o local talvez seja melhor investirem no otorrino não me venham com tretas apenas vejam as imagens quando é dado o primeiro aviso foi so apenas um dos momentos que os manifestantes mais reagiram não sei talvez fui so eu que vi isso ou talvez ate tenha sonhado.
Pessoal acordem para a vida trabalhem mais que a vida boa não cansa.
Miguel a 18 de Novembro de 2012 às 17:49

Mas passa pela cabeça de alguém que o aviso de que vai haver uma carga é dado num mini megafone por um polícia escondido atrás de outros dois? E não leram ainda as notícias de hoje sobre a falta de coordenação entre os polícias infiltrados e os outros, procurando limpar a imagem? Espero que nenhum dos que estão aqui a defender aquela brutal carga seja um dia destes apanhado desprevenido numa qualquer rua e apanhe com um cassetete na mona.
JG a 18 de Novembro de 2012 às 21:58

Pedro Marques Lopes, comentador do programa "Eixo do Mal" da Sic Notícias, disse ontem que o comportamento do Ministro da Administração Interna foi fantástico, os polícias de choque foram sensacionais e que todos os manifestantes, os que levaram e não levaram, são energúmenos.
Miguel a 18 de Novembro de 2012 às 18:03

Quem é que garante que o senhor de cadeira de rodas não atirou pedras???? Quem é que me diz que o senhor com a criança ao colo não atirou um petardo??? Santinhos? Só no céu.
catf a 18 de Novembro de 2012 às 18:08

Também lá estive e quando vi que a manifestação começou a ficar mais violenta fui para trás.

Quando avisaram da carga policial fui-me embora. Não me aconteceu nada.

Quiseste estar a ver os problemas de perto sem fazer nada para o impedir e agora vens para aqui queixar-te?

Quando um policia toca num cidadão é um escandalo, todos aos gritos e a dizer que é injusto, mas quando estavam todos a atirar pedras aos policias e a insultar durante duas horas, ninguém dizia nada contra.

Queres.te armar em rebelde, aguentas as consequencias.
Carlos a 18 de Novembro de 2012 às 18:19

Pessoal faço um apelo, que ignorem esses comentarios feitos por inegrumes, e que nao desviem os vossos comentarios e esforços para responder a pessoas que nao interessam.
O que acho que realmente é importante discutir, é a necessidade de alertarmos a sociedade, e fazer com que toda a gente ganhe a noção, que hoje é preciso lutar pela democracia porque ela esta a desaparecer. Temos que lutar todos os dias e cada vez mais para não cairmos numa ditadura. Entender o que se passou na quarta feira foi propositado pelas autoridades e encontrar alternativas.
Quem esteve a atirar pedras na assembleia da republica sabia o que estava a fazer e com que proposito. Justificar a actuação da policia tal como a vimos.
Temos que nos organizar de uma forma seria. Porque eles estão organizados, os corruptos, os politicos, toda essa escomalha...
E pessoas desorganizadas nunca irão conseguir lutar contra pessoas organizadas.
Não digo o meu nome a 18 de Novembro de 2012 às 18:32

Para quem acredita no pai natal e ainda nao percebeu o que aconteceu na quarta-feira, junto envio um link com uma imagem. A imagem aconteceu na ultima manifestação em Espanha. O que aconteceu na quarta feira foi exactamente o mesmo.....

http://www.google.pt/imgres?um=1&hl=en&biw=1436&bih=739&tbm=isch&tbnid=Rd7hYbJ8VKtDaM:&imgrefurl=http://www.facebook.com/NaoSeSalvaPortugalComPortugueses/posts/398498163555657&docid=UN5VhmJLFwxxHM&itg=1&imgurl=http://sphotos-a.xx.fbcdn.net/hphotos-snc7/s480x480/602370_374683482610472_293412868_n.jpg&w=456&h=480&ei=QzCpUODfM4KEhQea3IGwBw&zoom=1&iact=rc&dur=245&sig=102809089654085737679&page=1&tbnh=140&tbnw=133&start=0&ndsp=1&ved=1t:429,r:0,s:0,i:65&tx=59&ty=46
Não digo o meu nome a 18 de Novembro de 2012 às 19:05

Só um cego é que não vê o que a violência gera: mais violencia.
A menina podia e devia era aproveitar a sua história para dissuadir quem realmente começou com a violência.
Talvez para a próxima sejam os populares a impedir que isto aconteça. A menina não tem culpa nenhuma, a culpa é mesmo de meia dúzia de parvalhões que não sabem estar em sociedade.
Estamos num estado de direito, a lei é para ser cumprida e acredite que a maior parte dos portugueses se revê na acção tomada pela polícia. Pessoalmente não aceito que se destrua mobiliário público ou propriedade privada.
Iguais à sua história existem bastantes.
marcos Valter a 18 de Novembro de 2012 às 19:11

Acho que no penúltimo parágrafo a Sara diz tudo o que é preciso; "é muito complicado relatar com exactidão tão chocante experiência."
Não digo o meu nome a 18 de Novembro de 2012 às 19:13

A menina fala de ditadura,como se tivesse vivido numa e soubesse como é. A menina,não têm ideia nenhuma de legalidade.
Se foi detida foi porque a policia deteve para poder detectar quem eles procuravam.

Agora,queria ser detida e bem tratada???Coitadinha que foi obrigada a despir-se.Está na LEI.Sabe o que é a LEI?

Sou a favor das manifestações.Mas ordeiras,sem destruição nem violência.Diz que eram para aí umas 10 pessoas a causar disturbios no meio de centenas de manifestantes?Não percebo essas contas.Centenas facilmente dominariam esses 10.E sim,é DEVER de cada CIDADÃO cumprir a LEI e ajudar a cumprir. Logo,essas centenas de pacificos deveriam dominar esses 10 e impedi-los de agredirem a PSP.

Mas como em moda está é a anarquia,comentem para aí que sou estupido e infiltrado e outras coisas que tal.
A maioria de vocês não passa de canalha que não sabe nada do mundo,não vê nada além do próprio umbigo e pensa que é mais especial do que os outros.

Manifestem-se sim!Este país não está bem.Mas para se manifestarem não precisam de agressões nem incendios.

E já agora,só porque a menina se sentiu maltratada pela policia,a PSP até é das forças policiais mais respeitosas e mais calmas.

Mas quando a menina crescer e deixar de ter 20 aninhos,vai ver que o mundo não é justo,nem como você quer.
JPS a 18 de Novembro de 2012 às 19:22

desculpa la ......um texto muito comovente mas nao tenho pena nrnhuma de ti
Não digo o meu nome a 18 de Novembro de 2012 às 20:12

Questão...quem não concorda com a Sara é obrigatoriamente atrasado e retardo?
Pelo o que leio nestes comentários os que são contra a violência acham bem quem que quem não concorde com a Sara leve porrado. Olha aí está uma grande incoerência.

Não, não sou GNR, PSP nem de nenhuma força policial. Sou um português que vive para sustentar uma familia, que apoia 2 instituições caridade e ainda participa nas manifestações.

Outra coisa: ouviu-se e bem o aviso. Se não ouviste é porque de certeza que estavas ocupada a beber a tua cervejinha do mini preço porque foi isso que foste lá fazer.

Quanto à tua história Sara, não acredito nem em metade. Principalmente na parte em que dizes que te viram a vagina e o anús...Até aí a história era credivel. Daí para a frente é tudo pura ficção. Fiquei espantado por não teres sido violada, a história era bem mais interessante.

Acho que devias era ir para a escola aprender e ler livros em vez de viveres pelas opiniões dos pobres coitados que te têm dado razão.

Restantes incultos: percam tempo a aprender e a analisar a história os factos. Na altura do salazarismo (que é muito diferente da ditadura :APRENDAM) o desemprego era menor, as exportações maiores e o país muito mais rico.

A questão que devem colocar é: o que a Alemanha fez nos últimos 15 anos que Portugal não fez? E não me refiro aos políticos, refiro ao povo.

Agora vá, insultem-me
Pedro a 18 de Novembro de 2012 às 20:43

Animo, rapariga: as velhotas sabemos que dizes verdade e estamos contigo até o fim:)))
Maria Carro a 18 de Novembro de 2012 às 21:27

Sara: saúde, sorte e coragem!
Luís Espada a 18 de Novembro de 2012 às 21:31

Sugiro que abras tu os olhos, e que abras tu a mente. E pensa bem na realidade que te rodeia tambem, principalmente na que te rodeou: viste policias (pessoas sabes? que tambem tem filhos, nao ao colo talvez, mas em casa) e deixaste-os serem apedrejados sem fazeres nada? se tivesses nocao da realidade tinhas ido embora e tinhas percebido que o simples facto de estares la a "fazer numero" foi o que deu oportunidade aos vandalos de atirarem pedras e garrafas, portanto no fundo, a culpa tambem e tua.
Porque achas que nao somos humanos e nao somos solidarios? Eu sou, e a minha forma de ser solidaria tem sido trabalhar mais e parar de alimentar iniciativas com fundo radicalista e destrutivo.
O que nao pode ficar impune, e o facto de terem destruido a imagem do nosso pais, de terem posto o nome de Portugal, num lixo como este. por VOSSA causa, porque voces nao souberam sair quando foi preciso, e nao souberam perceber quando aquilo deixou de ser uma manifestacao para passar a ser um puro acto de vandalismo.
ANA a 18 de Novembro de 2012 às 21:31

Sara: saúde, sorte e coragem!
Luís Espada a 18 de Novembro de 2012 às 21:32

adorei o filme que passou na tv na quarta-feira, gostava era de saber que merda de greve foi esta? onde está a ugt ? greve geral? greve geral somos todos, não só as empresas do estado...continuamos assim e continuaremos na mesma...já agora obrigado a TODOS os políticos desde o 25 de Abril de 1974, ainda não vi nenhum na miséria, não Sr . Soares?, não é Sr . Cavaco?, não é Sr , Guterres?, não é Sr . Socrates ? Não Sr , Barroso?, não é Sr , Sampaio?, não é Sr . Santana... os ladrões continuam a solta e a receber reformas milionarias de meia duzia de anos que trabalharam. Em 2008 a Islandia estava na banca rota, hoje já ninguém fala deles, nós o que fazemos BPN ? nacionaliza-se... VIVA Portugal... Onde andas tu D. Sebastião, aparece da merda do nevoeiro...
salve a 18 de Novembro de 2012 às 21:54

No dia 14 estava convocada uma greve geral não estava convocada uma manifestação anarquista. Apenas se deu porque 'essa minoria' facilmente identificável se aproveitou do facto de poderem causar o caos, no meio de uma multidão, contra agentes de autoridade. Pelos presentes, é possível ver que muitos eram meros espectadores de um espectáculo animalesco, como quem se entretém a ver um filme de guerra. Já os meus avós diziam que não devemos andar mal acompanhados! A meu ver, pessoas que atiram pedras a agentes da lei, sem qualquer tipo de pretexto, não é boa companhia nem tem mínima inteligência para prever futuras consequências. Se as pessoas que estavam presentes repararam na agressão a agentes da autoridade, deveriam ter ido embora e, desta feita, reduzir o número da multidão de modo aos tumultuosos serem realmente identificados e não dar aso a agressões policiais desnecessárias. Quem brinca com o fogo queima-se! Se ver agressões nos filmes e afins não basta, aconselho uma ida ao psicólogo pois neste caso, todo este acontecimento foi devido à ideia humana de entretenimento, a mesma que faz parar para ver acidentes na estrada e a mesma que faz ficar a ver uns ignorantes arremessarem pedras. Permanecer no local depois de aviso é irracional, e a meu ver masoquismo. Mais uma vez, era uma manifestação de greve não anarquista!
Manuel Reis a 18 de Novembro de 2012 às 22:15

tadinha ! eu tambem não ouvi os avisos porque comecei a berrar que nem um louco, mas consegui fugir, fui pela A1 ainda se chegaram ao pé de mim alí em a chegar a figueira mas lá consegui chegar a braga, já a respirar de alí vio e pronto para beber uma imperial vieram 12442 policias a paisana mais o portas, e pronto lá me prenderam os fascistas xiça ! depois levaram para a prisão de peniche ! apanhar sabonetes!
luis a 18 de Novembro de 2012 às 22:23

fostes advertida para sair daquele local pela policia, nao saistes levastes no focinho e tivestes o que procuravas ao permanecer ali, ainda bem que temos policia neste pais para travar parasitas como tu da sociedade
pedro a 18 de Novembro de 2012 às 23:16

Até concordo que a forma como o CI carregou foi brutal. Digam-me que muito menino do CI é uma autentica besta, concordo.
Agora que te perseguiram, a ti e ao teu grupo (que até já se havia dispersado), no meio de milhares é porque boa coisa não andavam a fazer. Além do mais só te revistam os buraquinhos se desconfiarem de que tinhas lá alguma coisa que não devias.
Para quem não está à procura de protagonismo 5 páginas de pesquisa no Google mais subscrições em tudo o que é rede social que mexe é obra. Balelas Sara, deves pensar que somos todos ursos.
Queres revolução? Eu digo-te o que é revolução... é uma coisa feita por homens e mulheres com direitos e deveres e não por canalha só com direitos de ganzazinha na mão e cervejinha na outra!
Tu para mim és da mesma laia do Passos, nasceste com o rabinho virado para a lua, caguetaste o que quiseste até quereres e cheiraste o pó que o Passos também cheirou, e quando finalmente aos 30 e muitos te cansares dessa vida cair-te-á o empregozinho e a boa vidinha do céu. Isto tudo sem no meio tempo teres sequer trabalhado um bocadinho!
Rui a 18 de Novembro de 2012 às 23:31
http://indicativo.blogs.sapo.pt/11307.html?page=4#comentarios