A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

terça-feira, setembro 19, 2006

EFEMÉRIDES ENTRE AGOSTO E SETEMBRO



1.- O HOLOCAUSTO NUCLEAR, no Japão

Com a rendição incondicional do Japão em 14 de Agosto de 1945 terminou a mortífera 2ª Grande Guerra Mundial, precedida do lançamento, pelos EUA, das duas primeiras bombas atómicas, sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaqui, completamente arrasadas, respectivamente em 6 e 9 de Agosto desse ano.

Dos 400 mil habitantes de Hiroshima, cerca de 260 mil morreram instantaneamente. Em Nagasaqui, com cerca de 170 mil habitantes, o lançamento da bomba nuclear provocou de imediato cerca de 39 mil mortos, atingindo nos dois casos cerca de 200 mil feridos cuja forma de tratamento era completamente desconhecida.

A necessidade militar deste acto de barbárie é questionado, resultando duma decisão do Presidente Truman que não teve em conta a opinião de comandos militares dos EUA nem o facto do Japão estar derrotado, designadamente após a declaração de guerra feita pela URSS com a consequente invasão da Manchúria.

As sequelas dos bombardeamentos ainda se fazem sentir nos dias de hoje entre as populações civis japonesas e seus descendentes e acabaram por dar origem à corrida aos armamentos entre os EUA e a URSS bem como ao aparecimento de várias potências nucleares, algumas regionais, apesar dos tratados de não proliferação nuclear.

2.- ONZE DE SETEMBRO, no Chile

Em 11 de Setembro de 1973 um golpe militar apoiado pelos EUA e liderado pelo General Pinochet derrubou o Governo democrático de Salvador Allende, pondo fim a uma experiência de transição pacífica para o socialismo, por via eleitoral.

Por detrás do golpe militar estava o Secretário de Estado norte americano Henry Kissinger, laureado com o Prêmio Nobel da Paz em 1973, que afirmara: «Eu não vejo porque nós temos de esperar e olhar um país se tornar comunista devido a irresponsabilidade de seu povo»

Apesar da dissolução do Parlamento e da imediata instauração duma feroz e repressiva ditadura, das caravanas da morte e do assassinato e tortura de milhares de chilenos, o Governo de Pinochet foi reconhecido quase de imediato pelos EUA, cujo Presidente na altura era Nixon, e apoiado durante 17 anos.

Nada de original para um País que em nome da «Democracia e da Liberdade», por todo o mundo, incluindo a América Latina, conspira para derrubar Governos que ponham em causa os interesses do capitalismo, travestido de «economia de mercado» mais ou menos «neo-liberal».

3. - Vinte e oito de SETEMBRO, em Portugal

Um fracasso foi o 28 de Setembro de 1974, em Portugal, onde abortou uma pretensa «manifestação da maioria silenciosa», apoiada pelo então Presidente da República General Spínola, para tentar travar a participação popular nas transformações sociais e políticas emergentes do 25 de Abril de 1974 e tentar também inverter o processo de descolonização então em curso.

Aqui não foram avante as teses de Kissinger para transformar Portugal numa «vacina» exemplar para a Europa, apostando-se com êxito no PS de Mário Soares que, desde 1976, em alternância com o PPD/PSD e a muleta do CDS/PP, em nome da «democracia e da liberdade», têm rasgado sucessivas promessas eleitorais, trapaceando sistematicamente o sentido maioritário do voto popular.

Assim, desde 25 de Novembro de 1975 e após as eleições de 1976, aqueles partidos, paulatinamente, têm traído e destruído as esperanças, os sonhos e as conquistas de Abril. Esperanças, sonhos e conquistas então consagradas pela Assembleia Constituinte, que se pretendiam baseadas na Paz entre os Povos e na construção duma democracia política, económica, cultural e social rumo ao socialismo e a uma sociedade igualitária, mais justa, fraterna, livre e solidária.
VN

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