A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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quinta-feira, dezembro 16, 2010

Fidel Castro: O império no banco dos réus

Mundo

Vermelho - 15 de Dezembro de 2010 - 6h53

Julian Assange, um homem que há varios meses muito poucas pessoas no mundo conheciam, está demonstrando que o mais poderoso império que jamais existiu na história podia ser desafiado.

O audaz desafio não provinha de uma superpotência rival; de um Estado com mais de cem armas nucleares; de um país com centenas de milhões de habitantes, de um grupo de nações com enormes recursos naturais, dos quais os Estados Unidos não podia prescindir; ou de uma doutrina revolucionária capaz de estremecer até as bases o imperio que se baseia no saque e na exploração do mundo.

Era apenas uma pessoa de quem dificilmente se ouvia mencionar nos meios de imprensa. Embora já seja famoso, pouco se conhece dele, exceto a muito divulgada imputação de ter praticado relações amorosas com duas damas, sem a devida precaução nos tempos de HIV. Ainda não se escreveu um livro sobre sua origem, sua educação ou suas ideias filosóficas e políticas.

Não se conhecem inclusive as motivações que o conduziram ao contundente golpe que assestou ao império. Sabe-se apenas que moralmente o colocou de joelhos.

A agência de noticias AFP informou hoje que “o criador de WikiLeaks continuará na prisão apesar de obter a liberdade sob fiança (…) mas deverá permanecer entre as grades até que se resolva o recurso apresentado pela Suécia, país que reclama sua extradição por supostos delitos sexuais.”

“…a advogada que representa o Estado sueco, [...] anunciou sua intenção de apelar da decisão de libertá-lo.”

“…o juiz Riddle estabeleceu como condições o pagamento de uma fiança de 380 mil dólares, o uso de um bracelete eletrônico e o cumprimento de um toque de recolher.”

O próprio despacho informou que no caso de ser libertado “…deverá residir em uma propriedade de Vaughan Smith, seu amigo e presidente do Frontline Club, o clube de jornalistas de Londres onde WikiLeaks estabeleceu há três semanas o seu quartel general…”

Assange declarou: “‘Minhas convicções não vacilam. Mantenho-me fiel aos ideais que tenho expresado. Se este proceso fez algo, foi aumentar minha determinação de que estes são verdadeiros e corretos’’…”

O valente e brilhante cineasta norte-americano Michael Moore declarou que ofereceu a WikiLeaks sua página na internet, seus servidores, seus nomes de domínio e tudo o que possa proporcionar-lhe para “…’mantener WikiLeaks vivo e próspero enquanto segue trabalhando para expor crimes que foram tramados em segredo e cometidos em nosso nome e com nossos dólares destinados aos impostos’…”

Assange, afirmou Moore, “está sofrendo ‘um ataque tão desapiedado’ [...] ‘porque envergonhou os que ocultaram a verdade’.”

“…'independentemente de que Assange seja culpado ou inocente [...] tem direito a que se pague sua fiança e a se defender’. [...] por isso, ‘me he uni aos cineastas Ken Loach e John Pilger e à escritora Jemima Jan e ofereci dinheiro para a fiança’.”

A contribuição de Moore se elevou 20 mil dólares.

A barragem do governo norte-americano contra WikiLeaks foi tão brutal que, segundo pesquisas do ABC News/Washington Post, dois de cada três estadunidenses querem levar Assange aos tribunais dos Estados Unidos por ter divulgado os documentos. Ninguém se atreveu, porém, a impugnar as verdades que contêm.

Não se conhecem detalhes do plano elaborado pelos estrategistas de WikiLeaks. Sabe-se que Assange distribuiu um volume importante de comunicações a cinco grandes transnacionais da informação, que neste momento possuem o monopólio de muitas noticias, algumas delas tão extremamente mercenárias e pró-fascistas como a espanhola Prisa e a alemã Der Spiegel, que as estão utilizando para atacar os países mais revolucionários.

A opinião pública mundial seguirá de perto tudo o que ocorra acerca de WikiLeaks.
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Sobre o governo direitista sueco e a máfia belicista da Otan, que tanto gostam de invocar a liberdade de imprensa e os direitos humanos, cairá a responsabilidade de que se possa conhecer ou não a verdade sobre a cínica política dos Estados Unidos e seus aliados.

As ideias podem ser mais poderosas que as armas nucleares.

Fidel Castro Ruz

14 de dezembro de 2010, 21 h 34

Fonte: Cubadebate

Tradução da redação do Vermelho
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domingo, dezembro 12, 2010

Quem manipula as acusadoras de Assange? - Ernesto Carmona

Geral

10 de Dezembro de 2010 - 10h47

Não são “flores que se cheirem” as virgens nórdicas que acusam Julian Assange de “violação” e “não utilização de preservativo”. Por exemplo, Anna Ardin - a acusadora oficial - nasceu em Cuba e escreve artigos contra Fidel Castro e o seu país de origem em publicações financiadas com dólares do contribuinte estadunidense, através de grupos cubano-americanos apoiados em Miami pela CIA.

Por Ernesto Carmona*

Sua sócia, Sofia Wilen, de 26 anos, montou a Assange conhecido engate tipo “meias de rockeira” [calcetinera rockera] até o levar para a cama, para depois ser a primeira a acusá-lo de violação, aparentemente como vingança pelo fato de o responsável da WikiLeaks não lhe ter telefonado no dia seguinte.

O historial político de Ardin foi detalhadamente descrito pelo jornalista canadiano-cubano do Granma, Jean_Guy Allard [1], enquanto a conspiração para destruir a imagem de Assange e desacreditar as divulgações de WikiLeaks foi esmiuçada exaustivamente por Israel Shamir e Paul Bennet, tão antecipadamente como o dia 14 de Setembro de 2010, numa documentada nota intitulada "Brincando com o crime de violação pelo sitiado Assange" em CounterPounch.Org, cuja epígrafe reza "A melhor newsletter política estadunidense" (exceto Bound magazine). [1]

As linhas abaixo são uma tradução da versão em castelhano da nota de Counter Pounch:

Tornou-se novamente nebulosa a conspiração contra o nosso herói preferido de Matrix. O nosso "Capitão Nero", Julian Assange, está outra vez frente ao perigo. Quando deixamos o lendário fundador de WikiLeaks no capítulo anterior, este suspirava de alívio depois de escapar das falsas acusações de dupla violação. As denúncias caíram, e o nosso herói ficou novamente livre para vaguear pelo globo. Mas as conspirações desta telenovela são repetitivas. A história foi rapidamente reciclada e agora o nosso valente capitão está, uma vez mais, sob a ameaça de castração por Stora Torget, de Estocolmo, o ansiado castigo por molestar sagradas virgens nórdicas numa terra onde em tempos reinaram os Vikings.

Por outras palavras, ressurgiram de novo as absurdas acusações de violação contra o Inimigo Público nº 1 do Pentágono. Assange agora é acusado de:

1) não ter telefonado no dia seguinte a ter desfrutado uma noite de amor;

2) ter-lhe pedido que pagasse o seu bilhete de ônibus;

3) ter feito sexo inseguro, e

4) participar em dois breves affairs numa semana.

Estas ridículas quatro acusações judiciais, dignas do simulacro de julgamento de Leopold Bloom no capítulo Nightown de Ulisses, foram mexidas e condimentadas até que pudessem ser cozinhadas como um desconchavado caso de violação! O Irã desceu e subiu a Suécia! Enquanto o Irã teve notoriedade pelas sentenças conservadoras contra o adultério, a Suécia mostra-nos o que parece ser o lado liberal da moeda, com a invenção de acusações criminais por não poder telefonar e pelo descuido de não usar preservativos em atos íntimos consensuais. Pior ainda, com propósitos políticos estão a misturar sexo convencional com violação. E nisto, a Suécia está a brincar com crime da muito real violação violenta.

Os suecos têm uma razão prática por trás do seu decepcionante e pífio trabalho policial. O fundador de WikiLeaks, perseguido pelas forças malévolas de todo o mundo, procurou um alívio momentâneo na reputação da Suécia como bastião da liberdade de expressão. Mas no momento em que Julian procurou protecção da lei de imprensa sueca, a CIA imediatamente ameaçou de deixar de partilhar informações com o Sepo, o Serviço de Informações Sueco. Desde que chegou ao poder, o atual governo de direita faz tudo o que pode para enterrar a herança de cuidadosa neutralidade do primeiro-ministro Olof Palme. A suspeita de que a farsa da violação é uma campanha orquestrada clarifica-se com estes dois fatos:

1) a Suécia enviou tropas para o Afeganistão;

2) Assange publicou em WikiLeaks o Diário de Guerra Afegão, que tornou visível esta campanha neocolonial, cruel e desnecessária [2].

Continuando, o website do norte-americano Tea Party (RightwingNews.com) [3] sugeriu que "a próxima vez que [Assange] apareça em público, um agente da CIA armado com uma carabina de franco-atirador dispare uma bala de advertência apontando próximo do crânio". Descansem, que a CIA é mais sábia que o Tea Party. Pelo menos aprendeu com a lição de Che Guevara. Hoje arrasam a reputação de um rebelde em vez de desperdiçar uma bala. A história testemunha que aumentou a eficácia no uso desta táctica. Não se esforçam para converter Assange em mártir. Recorrem, muito simplesmente, aos seus antigos aliados para o ridicularizar. Lançam sobre ele o opróbrio. É muito mais preciso e demolidor que a bala de um franco-atirador. Nos anos 70 só podiam dizer que Philip Agee [4] era um mulherengo e bonachão. Hoje não faltam acusações judiciais de pedofilia e, por exemplo, humilharam Scott Ritter [5] por não aceitar a piada de George W. Bush sobre as armas de destruição massiva no Iraque. Para espanto de todos vós, a campanha de violação lançada sobre Assange pode ser apenas o primeiro passo da contradança. Talvez venham a decidir que, afinal, ele é pederasta. A ameaça tácita é suficientemente evidente para que alguns defensores manifestem o seu apoio ao WikiLeaks, como supostamente aconteceu no Parlamento da Islândia [6].

A bala sempre pode ser disparada mais tarde, se a campanha de desprestígio da vítima vier a ter sucesso. Os Evangelhos dizem que ninguém seguiu Cristo até Gólgota, apesar de na semana anterior a população de Jerusalém lhe ter manifestado todo o seu apoio. Numa leitura surpreendentemente moderna de uma velha história medieval, um judeu anti-Evangelho dirá agora que este foi o resultado de uma correta campanha de desprestígio executada por Judas.

Para lançar uma nódoa é necessário um ex-apóstolo. A mera acusação de Caifás não impressiona. Quem quiser acusar um militante da esquerda, compare-o com um ex-militante da esquerda. Por exemplo, os trotskistas são acusados de serem capazes de se deixar utilizar contra os comunistas. Atualmente, estão a recorrer a pseudo anti-sionistas para parar um autêntico movimento favorável à Palestina.

Quem são os Judas desta campanha contra o nosso Julian?

Um grupo anônimo que proclama ter estado "dentro do WikiLeaks" criou um novo website repleto de "revelações" sobre o passado e o presente de Assange, proclamando que vive luxuosamente da África do Sul, apesar de na Suécia ele aparecer quase diariamente nas notícias dos media e nos relatórios da polícia.

Outro ex-apóstolo é a política islandesa Birgitta Jonsdottir, que falsamente se auto-intitulou como "porta-voz do WikiLeaks" e convidou Assange a "render-se", e a deixar o WikiLeaks à deriva, sem a sua direção, como se de alguma forma WikiLeaks fosse parte de Assange.

A pseudo progressista organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) atacou Assange por pôr em perigo as vidas de inocentes agentes secretos norte-americanos no Afeganistão. Apesar da sua fraseologia de esquerda, a RSF é uma organização não-governamental que recebe fundos governamentais dos EUA para financiar a sua campanha de destabilização em Cuba. A RSF está ligada às máfias cubano-americanas de Miami.

Anna Ardin (a denunciante oficial), é muitas vezes descrita pelos meios de comunicação como de esquerda, apesar de estar ligada a grupos anticastristas e anticomunistas financiados pelos Estados Unidos. Esta mulher, nascida em Cuba, publicou as suas diatribes anticastristas (7) em sueco na Revista de Estudos [Revista de Asignaturas] situada em Miscelâneas de Cuba. Em Oslo, o professor Michaerl Seltzer disse que esta publicação é uma produção de uma organização anticastrista abundantemente financiada na Suécia. Antes, já tinha dito que o grupo está ligado à União Liberal Cubana, liderada por Carlos Alberto Montaner, cujas ligações com a CIA foram desmascaradas por Forlián Rodríguez no website Machetera [8]. Seltzer observou ainda que Ardin foi deportada de Cuba por atividades subversivas, e depois interatuou com o grupo feminista anticastrista as Damas de Branco, que recebem fundos do governo dos Estados Unidos, e que um dos seus principais amigos e financiadores é o convicto terrorista e anticomunista Luis Posada Carriles [9]. Hebe de Bonafini, presidenta das Mães da Praça de Maio da Argentina, disse mesmo que "as supostas Damas de Branco defendem o terrorismo dos Estados Unidos".

No entanto, não devemos aceitar a teoria da simples bala. A vida é mais complicada do que isso. Além do seu vincado anticastrismo pró-CIA, ao que parece, Anna Ardin tem como desporto favorito o engate de homens. Segundo o jornalista Jean-Guy Allard, em 2007, ela fundou o clube "gay" Queer-klubb Feber de Gotland, numa ilha sueca situada a 60 km da costa, refúgio da chamada farândola. Um fórum sueco divulgou que Ardin é perita em assédio sexual e perita nas mal afamadas artes de "supressão anti-masculina". Uma vez, quando falava numa conferência, um estudante da audiência só olhava para as suas notas em vez de a olhar enquanto ela falava. Anna Ardin denunciou-o por assédio sexual. Disse que o estudante a discriminou pelo fato de ser mulher e acusou-o por suposto uso masculino de "técnicas superiores de supressão", pois o jovem, ao ignorá-la, fê-la sentir-se invisível. Logo que o estudante soube desta denúncia, procurou-a para pedir-lhe desculpa e dar-lhe explicações. A resposta de Anna Ardin foi acusá-lo agora de assédio sexual, e voltou a aludir à "técnica superior de supressão", acrescentando desta vez sensações de menosprezo.

Aparentemente, Ardin está envolvida com um grupo Social-democrata "Cristão". A Igreja sueca tem uma fraca implantação de clérigos do sexo masculino. São poucos os casais heterossexuais suecos que hoje em dia casam pela igreja ou mesmo os que casam. No entanto, a maioria dos casais gay sentem-se muito orgulhosos por serem "marido e mulher" perante a igreja.

A segunda acusadora, Sofia Wilen, de 26 anos, é amiga de Anna. No vídeo de uma conferência de imprensa de Assange podem ser vistas as duas mulheres juntas [10]. Os assistentes na conferência ficaram maravilhados com o seu comportamento como fãs. Embora as estrelas de rock se sirvam de jovens mulheres que dariam a vida por sexo, isto é muito menos comum no jornalismo político. Sofia, segundo a sua própria confissão, teve muito trabalho para levar Assange para a cama. Foi também a primeira a queixar-se à polícia. Sofia é pouco conhecida e os seus motivos são vagos. Por que é que uma jovem - que partilha a sua vida com o artista norte-americano Seth Benson - procurou uma aventura política tão sórdida?

Na sua divertida novela "O meu único e verdadeiro amor", o brilhante escritor israelita Gilad Atzmon descreve como os serviços secretos recorrem a jovens raparigas como doces armadilhas. É este o caso? Talvez não seja mais do que um caso de procura de dinheiro. A nova legislação sueca, e em toda a Europa, tornou os homens extremamente vulneráveis a vigarices neste tipo de extorsões. De acordo com o Daily Telegraph, uma jovem sueca (omite-se o nome), de 26 anos, conseguiu ganhar mais de um milhão de dólares durante umas férias na Grécia. Queixou-se de ter sido violada. Prenderam quatro homens que com divulgação dos nomes ficaram com o trabalho em perigo, mas a rapariga regressou a casa milionária, e a identidade protegida preservou a sua segurança futura. Este sucesso incentiva à imitação: de acordo com um relatório da União Europeia (UE), a Suécia tem 20 vezes mais denúncias de violação que as atribuídas aos apaixonados italianos. E a maioria esquece as denúncias e adeus…

A violação é um crime horrível que não deve ser alargado a delitos menores de pequena importância e pequenas falhas morais (como não fazer uma ligação telefônica no dia seguinte). Quando perguntaram ao advogado de acusação por que é que as jovens não estavam seguras de terem sido violadas, respondeu de forma reveladora: "Não são advogadas". A violação - tal como o assassínio - é um crime que não precisa de qualquer advogado para o reconhecer. A violação é um crime capital: se se provar que as acusações são falsas, certamente que o denunciante deve ser punido por difamação criminosa.

Quanto a Julian Assange, precisamos dele. Seja casto ou mulherengo, precisamos do nosso capitão Nero para desmascarar as atividades secretas dos nossos governos por trás de Matrix. Pelos nossos próprios motivos, todos nós devemos fazer o que nos compete para o proteger dos serviços secretos e das feministas pró castração.

Notas:

1) Counter Pounch, Americ’as Best Political Newsletter, editado por Alexander Cockburn y Jeffrey St.Clair, http://www.counterpunch.org/shamir09142010.html
Mais informações sobre a cubano-sueca Anna Cardin ler Jean-Guy Allard em http://contrainjerencia.com/index.php/?p=2730#more-2730

2) http://news.cnet.com/8301-31001_3-20015878-261.html

3) A “Festa do Chá”, na tradução literal, expressa a ultra-direita do Partido Republicano, que já é da hiper direita.

4) Philip Burnett Franklin Agee (1935-2008) foi um ex-agente da CIA que, em 1975, se celebrizou com a publicação do livro “Inside the Company: CIA Diary”, onde relatou as suas experiências na agência, desde que aí entrou em 1957; prestou serviço em Washington, Equador, Uruguai e México. Retirou-se em 1968 e converteu-se num denunciante dos métodos da CIA. Morreu em Cuba em 2008.

5) William Scott Ritter Jr., nascido en 1961, na Florida, foi o principal inspetor de armas das Nações Unidas no Iraque no período 1991-1998, tendo depois criticado a política externa dos Estados Unidos no Oriente Médio. Antes da invasão defendeu publicamente que o Iraque não possuía armas atômicas; posteriormente foi uma figura popular como conferencista anti-guerra. Foi preso em 2001 por duas acusações de exploração sexual de menores. Uma terceira acusação aguarda julgamento.

6) http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5hw8tO6zK5sQ4tShRWA1TdquuNmLA

7) http://www.miscelaneasdecuba.net/web/article.asp?artID=1315

8) http://machetera.wordpress.com/2009/11/17/oh-what-a-not-so-tangled-web-we-weave/

9) http://machetera.wordpress.com/2010/03/26/luis-posada-carriles-and-ladies-in-white-go-out-on-a-limb-in-miami/

10) http://www.youtube.com/watch?v=qWh1Mk2_GVg#t=03m42s

*Ernesto Carmona é jornalista e proprietário da Rádio Caracol, emissora de enorme difusão na Colômbia

Fonte: Anncol - New Colombia News Agency
Tradução: José Paulo Gascão, do Diario.info
Edição: Luana Bonone
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sábado, dezembro 11, 2010

Mauro Santayana: O mundo, depois do WikiLeaks, e os jornalistas

Mídia

Vermelho - 11 de Dezembro de 2010 - 14h24
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O presidente Lula e o primeiro-ministro Putin tiveram o mesmo discurso, (ante)ontem (9/12), em defesa de Julian Assange, embora com argumentos diferentes. Lula foi ao ponto: Assange está apenas usando do velho direito da liberdade de imprensa, de informação. Não cabe acusá-lo de causar danos à maior potência da História, uma vez que divulga documentos cuja autenticidade não está sendo contestada.

Por Mauro Santayana, no JB
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Todos sabem que as acusações de má conduta em relacionamento consentido com duas mulheres de origem cubana, na Suécia, são apenas um pretexto para imobilizá-lo, a fim de que outras acusações venham a ser montadas, e ele possa ser extraditado para os Estados Unidos.

O que cabe analisar são as consequências políticas da divulgação dos segredos da diplomacia ianque, alguns deles risíveis, outros extremamente graves. (Ante)ontem [9/12], em Bruxelas, o chanceler russo Sergei Lavrov comentava revelações do WikiLeaks sobre as atitudes da Otan com relação a seu país: enquanto a organização, sob o domínio de Washington, convidava a Rússia a participar da aliança, atualizava seus planos de ação militar contra o Kremlin, na presumida defesa da Polônia e dos países bálticos. Lavrov indagou da Otan qual é a sua posição real, já que o que ela publicamente assume é o contrário do que dizem seus documentos secretos. Moscou foi além, ao propor o nome de Assange como candidato ao próximo Prêmio Nobel da Paz.

O exame da história mostra que todas as vezes que os suportes da palavra escrita mudaram, houve correspondente revolução social e política. Sem Guttenberg não teria havido o Renascimento; sem a multiplicação dos prelos, na França dos Luíses, seria impensável o Iluminismo e sua consequência política imediata, a Revolução Francesa.

A constatação do imenso poder dos papéis impressos levou a Assembleia Constituinte aprovar o artigo XI da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, logo no início da Revolução, em agosto de 1789. O dispositivo do núcleo pétreo da Constituição determina que todo cidadão tem o direito de falar, escrever e imprimir com toda liberdade. As leis punem os que, mentindo, atingem a honra alheia. A liberdade de imprensa, sendo dos cidadãos, é da sociedade. Das sociedades nacionais e, em nossa época de comunicações eletrônicas e livres, da sociedade planetária dos homens.

É surpreendente que, diante dessa realidade irrefutável, jornalistas de ofício queiram reivindicar a liberdade de imprensa (vocábulo que abarca, do ponto de vista político, todos os meios de comunicação) como monopólio corporativo. A internet confirma a intenção dos legisladores franceses de há 221 anos: a liberdade de expressão é de todos, e todos nós somos jornalistas. Basta ter um endereço eletrônico. As pesadas e, relativamente caras, máquinas gráficas do passado são hoje leves e baratíssimos notebooks, e de alcance universal.

É sempre citável a observação de Isidoro de Sevilha, sábio que marcou o sétimo século, a de que “Roma não era tão forte assim”. Bradley Manning e Julian Assange estão mostrando que Washington – cujo medo é transparente em seus papéis diplomáticos – não é tão poderosa assim. É interessante registrar que o nome de Santo Isidoro de Sevilha está sendo sugerido, por blogueiros católicos, como o padroeiro da internet.

Os jornalistas devem acostumar-se à ideia de renunciar a seus presumidos privilégios. Todos os que sabem escrever e manipular um computador são cidadãos, e ser cidadão é muito mais do que ser jornalista. São esses cidadãos que, na mesma linha de Putin e Lula, se mobilizam, na ágora virtual, para defender Assange, da mesma forma que se mobilizaram em defesa da mulher condenada à morte por adultério. O mundo mudou, mas nem todos perceberam essa mudança.
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  • Padroeiro não!

    11/12/2010 19h33 A internet universal não precisa de padroeiro e sim de liberdade total para expor a verdade nua e crua.
    roberto correia matos
    Fortaleza - CE
  • DIREITO UNIVERSAL DE SE EXPRESSAR

    11/12/2010 18h11
    Um novo tempo, com um novo ideal e uma nova forma de utilizar o bem maior do ser enquanto indivíduo, o dom de interagir através da palavra. Assim é a internet, libertadora dos grilhões que a séculos é imposto ao cidadão como forma de dominação. A partir de agora a humanidade caminha para o píncaro da evolução, não haverá mais opressão e nem barreiras, pois o conhecimento está sendo universalizado na velocidade da luz. Só nos resta agora trabalhar, on line, para libertar Julian Assange, e acabar de vez com a petulância e empáfia norte americana e países subservientes a esta nação sem noção.
    Walquer Carneiro
    Dom Eliseu - PA
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    Movimentos

    11 de Dezembro de 2010 - 12h45

    Partidários do WikiLeaks protestam em todo o mundo

    Manifestações contrárias à prisão do editor do WikiLeaks, Julian Assange, e ao fechamento de sua conta bancária na Suíça estão programadas para este sábado em várias cidade do mundo. Segundo o site espanhol Free WikiLeaks (http://freewikileaks.eu/) os protestos serão realizados em Madri, Barcelona, Valência, Sevilha e em outras três cidades da Espanha. 

    Há manifestações planejadas também para acontecer em Amsterdã (Holanda) e nas capitais da Colômbia, México, Argentina e Peru. "Nós queremos a libertação de Julian Assange no território britânico", diz a organização em seu site, que convoca os manifestantes a se reunirem às 18 horas (horário espanhol, 15 horas em Brasília) nas cidades da Espanha.

    O portal também pede o "restabelecimento do domínio de internet do WikiLeakas (wikileaks.org)" e a retomada dos serviços dos cartões de crédito Visa e MasterCard para permitir a "liberdade de circulação de dinheiro", já que ninguém provou a ligação de Assange" ou do WikiLeakscom com qualquer tipo de crime.

    Muitas empresas de internet sediadas nos Estados Unidos romperam suas ligações com o WikiLeaks, dentre elas Visa, Master Card, PayPal e EveryDNS, medidas que prejudicaram a capacidade do site de receber doações e, dessa forma, manter a divulgação de documentos secretos.

    Assange, que está detido numa prisão britânica desde 14 de dezembro, foi transferido na sexta-feira para uma cela isolada, enquanto novos telegramas diplomáticos norte-americanos eram publicados pelo WikiLeaks.

    O australiano de 39 anos foi transferido para uma unidade isolada do presídio de Wandsworth, disse Jennifer Robinson, que faz parte do grupo de advogados de Assange. "Supostamente, as autoridades prisionais tomaram a medida para garantir sua segurança", disse ela à agência France Presse.

    Fonte: Agência Estado
     
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