A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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quinta-feira, janeiro 05, 2012

Jorge Messias ~ Um manual do crime impune

Avante!

N.º 1988 
5.Janeiro.2012 


  • Jorge Messias


Um manual do crime impune
«A Igreja não é uma grande empresa porque a Igreja tem uma desmultiplicação de pessoas jurídicas. Cada uma dessas entidades é uma empresa pequena. O elo entre todas elas é a Igreja como comunhão. Houve outros países que cometeram o erro de concentrar tudo na personalidade jurídica da diocese …» (Cardeal-patriarca, D. José Policarpo em entrevista ao Diário de Notícias, Dezembro de 2011)
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«As Misericórdias, as IPSS, os Centros Sociais, representam uma panóplia muito pesada para nós. Esse tecido empresarial está a actuar já neste momento. São instituições que subsistem porque têm tido um apoio estruturado e negociado com o Ministério da Segurança Social e … bem! O Estado tem consciência de que através das nossas instituições presta um serviço público mais barato com grande qualidade humana e espiritual e, hoje, até técnica. A ajuda do Estado, neste momento, não oferece, quanto a mim, razão de queixa. A única coisa que está a acontecer é que não abre a novas frentes!» (idem, ibidem)
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Passagens da Constituição da República Portuguesa: «É tarefa fundamental do Estado… promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os portugueses... mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e sociais – Art. 9.º; as igrejas e outras comunidades religiosas estão separadas do Estado - Art. 41.º; incumbe prioritariamente ao Estado...orientar a sua acção para a socialização dos custos dos cuidados médicos e medicamentosos – Art. 64º »
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Numa recente entrevista do cardeal-patriarca de Lisboa, o mais elevado membro da hierarquia católica reconheceu implicitamente um facto evidente mas até aqui deliberadamente ignorado pelo clero: a Igreja amolda-se aos gostos dos mercados. Como empresa capitalista, entra nos negócios correntes para garantir a ampliação dos seus lucros e uma maior penetração na sociedade; sob diferentes capas instala em todos os sectores sociais redes de malha fina cada vez mais extensas e diversificadas que obedecem cegamente às orientações centrais do Vaticano.
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Pelo menos, bispos e cardeais esperam que assim seja. Para se justificarem, defendem a tese de que apoiar os ricos é beneficiar os pobres. Mesmo sabendo que é caricatural a noção de caridade que a Igreja propõe como substituto das funções do Estado social.
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Portugal tem 89 mil quilómetro de superfície, 11 milhões de habitantes e 20 dioceses que albergam 4364 paróquias. As IPSS são mais de 3000. Lares e pontos de abrigo, para lá dos 2000. As Misericórdias gerem cerca 400 hospitais e centros de Saúde. Mas não é só em Portugal que isto acontece. Se quisessem falar, os multimilionários de Bilderberg muito teriam para contar. E se o discurso papal fosse «sim, sim; não, não», então o povo veria claro nas trevas das concordatas, das sociedades secretas e dos off-shores...
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No plano social, com um governo português como este, a Igreja parece imparável mas não é tanto assim. Há IPSS que funcionam só no papel e também muita corrupção no meio de tudo isto. As instituições «não lucrativas» associam-se a «lobies» lucrativos e a breve trecho já ninguém sabe onde «a terra acaba e o mar começa». As tais «empresas pequenas» de que se gaba D. José infiltram-se no SNS com as suasparapúblicas destinadas a criar e a sonegar novos lucros mas os resultados são insuficientes. A nível administrativo – onde as instituições privadas preferencialmente se instalam – na Saúde aumentam os défices, os dinheiros mal parados e a luta pelo poder. Com «cortes sobre cortes» e com a crescente exploração do trabalho, escasseia o pessoal médico e paramédico e degrada-se a qualidade anteriormente reconhecia ao sector. Há hospitais que encerram enquanto outros aguardam a sua vez ou são «oferecidos» à Igreja por um governo para o qual a Constituição não existe. As «taxas» agora estabelecidas para a prestação de serviços do SNS rivalizam com os das clínicas privadas quando, constitucionalmente, seria dever do Estado pagá-los com o dinheiro das contribuições normais dos cidadãos.
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Cá fora, nos hospitais estatais que restam, vão acumular-se os jovens, os velhos e os pobres. Como gado. Como nos tempos de Salazar. Como quando a vida dos indefesos dependia dos caprichos da Virgem de Fátima.
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A situação social dos portugueses é já uma ruína. Miséria crescente. Até que os pobres deixem de consentir nestes jogos de salão e façam escutar a sua voz.
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Mesmo que outros a não queiram ouvir.

quinta-feira, dezembro 30, 2010

O Estado Súcial em que os eleitores têm votado



* Victor Nogueira

Vergonha é sentimento que não têm. O Ministro dos "blindados" responde "estou aqui apenas para falar deste acontecimento", qual disco rachado. Quanto a um subcapataz do governo, sobre estas medidas "moderadoras", teve o desplante de afirmar que era uma questão de Justiça Social. Estamos num Estado Súcial; a mim não me incomoda que os ricos beneficiem do SNS mas sim que eles e as empresas escapem aos impostos e que o Estado gaste milhões com as unidades "privadas" de saúde e de meios complementares de diagnóstico e com a indústria farmacêutica quando poderia aplicar esses milhões nas unidades de saúde públicas. Ao Hospital Privado de Setúbal, do Grupo Melo, chegam diariamente ambulâncias transportando doentes do Torrão, Sines, Torres Novas ...
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O mesmo Grupo Melo inaugurou em Évora uma unidade de radioterapia idêntica à de Setúbal, pois não existiam naquele Distrito, e paga a pensão completa aos doentes em tratamento ambulatório nos dias de tratamento.
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segunda-feira, novembro 15, 2010

"Bancos portugueses estão fortes porque não pagam impostos”

"Os testes de stress realizados à banca demonstram que o sistema financeiro está a mandar no sistema político", avaliou Francisco Louçã, esta sexta-feira, perante cerca de 120 pessoas no primeiro comício do Bloco de Esquerda na Praia da Barra, Ílhavo.
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"Os testes de stress realizados à banca demonstram que o sistema financeiro está a mandar no sistema político", avaliou Francisco Louçã, esta sexta-feira, perante cerca de 120 pessoas no primeiro comício do Bloco de Esquerda na Praia da Barra, Ílhavo.
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"Para nos tramar PS e PSD estão sempre de acordo", disse o deputado do Bloco Pedro Filipe Soares, eleito por Aveiro, comentando a introdução de portagens nas SCUTs. Foto Paulete Matos 
O comício do Bloco em Ílhavo contou também a com as intervenções do deputado Pedro Filipe Soares e da eurodeputada Marisa Matias. Ver fotogaleria do comício.
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Durante a sua intervenção, Francisco Louçã abordou os resultados positivos dos quatro bancos portugueses nos testes de stress. "José Sócrates considera que estes resultados mostram a robustez do sistema financeiro e a boa regulação" começou por referir, demonstrando em seguida que estes bancos estão fortes porque não pagam impostos e que a regulação não existiu em muitos dos negócios e fraudes conhecidas do BPP, BCP e BPN.
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No ano passado, a banca apenas pagou 5% de imposto quando qualquer outra empresa paga bastante mais. Agora, "PS e PSD acordaram um aumento de IVA em 1% em tudo o que compramos: mercearia, comida, roupa, viagens, tudo. Mas as verbas resultantes desse aumento nos últimos seis meses deste ano equivalem aos 450 milhões de empréstimos que o Estado garantiu ao BPP e que agora tem que pagar. Ainda antes de pagarmos o aumento de impostos, esse aumento já tem destino" destacou Francisco Louçã.
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Relativamente ao BCP, o coordenador da Comissão Política do Bloco de Esquerda realçou as inúmeras falhas de supervisão e as indemnizações principescas dos administradores que lesaram o banco.
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"Paulo Teixeira Pinto foi um deles, saiu com uma indemnização de 10 milhões e uma reforma anual de 500 mil euros. As entidades reguladoras já nos disseram que esta pessoa é perigosa e que por isso não deve exercer cargos de gestão na banca, mas isso não o impede de escrever a proposta de revisão constitucional agora avançada pelo PSD. Como o compreendemos: a saúde pode muito bem não ser gratuita, no seu caso 10 milhões e 500 mil euros anuais são capazes de resolver o assunto", declarou Louçã.
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Francisco Louçã culminou o seu discurso com os exemplos da banca que não paga impostos e que é salva pelo Estado com o caso BPN onde garante que cada família portuguesa já gastou 2 mil euros. "Os bancos portugueses estão fortes porque não pagam impostos, e essa força é a fraqueza do país" defendeu, ironizando que o único stress e resistência “é o das nossas vidas” que tem de pagar esses impostos com o que ganhamos no trabalho, com a precariedade, com o desemprego. 
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"Não podemos aceitar um sistema financeiro que não pague impostos e que prejudique a economia do país, precisamos de uma democracia que não seja subordinada e o sistema dos impostos tem de ser justo", concluiu.
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"Basta de dizer que vivemos acima das possibilidades"
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O comício foi aberto por Pedro Filipe Soares, o primeiro deputado do Bloco de Esquerda a ser eleito pelo distrito de Aveiro. O deputado começou por demonstrar como um homem da terra, Américo Amorim, se tornou no homem mais rico de Portugal depois da longa disputa com Belmiro de Azevedo: "bastaram apenas dois anos de privatização da GALP". 
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Pedro Filipe Soares conclui que "basta de dizer que vivemos acima das possibilidades" quando se fazem ricos à custa do património e das necessidades de todos nós: "depois de terem dado aquilo que era de todos, a GALP, querem agora também privatizar os CTT, a CP, a REN, a ANA, parte da CGD e outras empresas públicas essenciais à nossa vida". O deputado aveirense comentou ainda a introdução de portagens nas SCUTs que irá penalizar ainda mais o distrito e o país: "para nos tramar PS e PSD estão sempre de acordo"
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"No dia em que Passos Coelho tiver poder, transformará o direito à saúde em pouco mais que um acto de caridade"
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A eurodeputada Marisa Matias fez a defesa do Serviço Nacional de Saúde face ao ataque constitucional que Passos Coelho encetou: "O que representa, afinal, o SNS? Mais de 130 mil consultas, 2300 internamentos e quase 900 cirurgias por dia. Desde a sua criação, o SNS permitiu reduzir a mortalidade infantil a um ponto que colocou Portugal na lista dos dez melhores do mundo. Apesar de todos os remoques e queixas justificadas, os portugueses ganharam anos, literalmente, anos, com o aumento exponencial da esperança de vida."
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Para a eurodeputada fica claro que "no dia em que Passos Coelho tiver poder, transformará o direito à saúde em pouco mais que um acto de caridade".
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Artigo de  Nelson Peralta.
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http://www.esquerda.net/node/12767
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terça-feira, agosto 03, 2010

Preço das análises clínicas mais barato permite poupança de 10 milhões de euros ao SNS

Saúde
02.08.2010 - 14:46 Por Lusa
O Ministério da Saúde acordou com os laboratórios uma redução de cinco por cento no preço das análises clínicas, bem como a manutenção dos valores até 2012, medida que vai permitir poupar dez milhões de euros anuais.
O ministério acordou com os laboratórios uma redução de cinco por cento no preço das análises  
O ministério acordou com os laboratórios uma redução de cinco por cento no preço das análises (Paulo Pimenta)
 


O secretário de Estado da Saúde, Óscar Gaspar, explicou à agência Lusa que o acordo assinado hoje prevê reduzir o custo das análises nos casos em que o preço convencionado com os laboratórios supere o preço do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“É um pequeno passo mas é um passo claramente no sentido da sustentabilidade do SNS. O facto de termos acordado com as empresas, e não termos tomada uma medida administrativa, garante um quadro de maior estabilidade legal e financeiro e permite que consigamos garantir os milhares de postos de trabalho que existem nas empresas de análises clínicas”, justificou Óscar Gaspar.

O governante admitiu que “uma medida mais cega podia pôr em causa algumas empresas de análises clínicas”, mesmo que trouxesse mais vantagem para o SNS. “São cerca de oito mil pessoas neste sector. Aquilo que queremos garantir é uma medida que está no limiar do que é aceitável para que continuem a prestar um serviço de qualidade”, afirmou.

Óscar Gaspar adiantou ainda que a poupança de 10 milhões de euros por ano permitida por esta medida é um acréscimo aos 50 milhões de euros que o Ministério da Saúde pretende poupar com as medidas de contenção apresentadas há alguns meses.

Para a Associação Portuguesa de Analistas Clínicos (APAC), este acordo vai “permitir manter o sector a funcionar com a qualidade a que os médicos e os utentes estão habituados”. Jorge Nunes de Oliveira, dirigente da APAC, afirmou à Lusa que este acordo “teve em conta a situação complicada que o país atravessa”.

O acordo hoje estabelecido tenta ainda conjugar a conservação do sistema convencionado de análises clínicas como “melhor método para regular os preços e a qualidade do serviço” com a manutenção dos postos de trabalho no sector.

Segundo Jorge Nunes de Oliveira, da parte do Ministério da Saúde partiu ainda o compromisso de avançar para a revisão do licenciamento dos laboratórios.
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sábado, julho 31, 2010

Doentes do SNS custam 25 milhões

Natália Ferraz
A ministra da Saúde, Ana Jorge, visitou o centro e ficou a par das inovações terapêuticas

Alcoitão: Centro de Reabilitação recebe doentes do público


Os sinistrados de acidentes de viação e de trabalho, os doentes de acidente vascular cerebral (AVC) e outros pacientes referenciados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) podem, a partir de 1 de Agosto (domingo), fazer reabilitação no Centro de Medicina de Reabilitação do Alcoitão.
  • 29 Julho 2010 - Correio da Manhã
Por:Cristina Serra
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A abertura da unidade aos utentes do SNS era um desejo dos doentes já com mais de uma década, que se torna agora possível devido ao financiamento em 25 milhões de euros pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), por um período de três anos.
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Rui Portugal, presidente da ARSLVT, sublinhou ao CM o desbloqueio de verbas: "Nos últimos anos não terá havido condições financeiras para se estabelecer um protocolo".
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A Misericórdia de Lisboa, que gere a unidade, acolhe com agrado a abertura ao SNS. Para um reforço no financiamento das actividades sociais e de saúde, o provedor, Rui Cunha, anunciou a criação de novos jogos sociais. "No próximo ano iremos ter novos jogos, até porque o Euromilhões ‘canibalizou’ outros jogos".
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O director clínico e presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Norte – que integra os hospitais de Santa Maria e Pulido Valente – referiu ao CM que "o encaminhamento de doentes para o centro de Alcoitão representa uma despesa de cinco milhões de euros por ano".
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A ministra da Saúde, Ana Jorge, sublinhou a importância do protocolo. "Era desejado há muitos anos que este Centro recebesse doentes do SNS. Agora passa a receber da área de Lisboa e Vale do Tejo, mas as portas não estão fechadas para doentes de outras regiões".
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Segundo a directora clínica, Maria Jesus Rodrigues, "20 a 30 por cento dos doentes ficam aptos para a trabalhar após a reabilitação e 90% recuperam das lesões".
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É o caso de Júlio Trindade, de 71 anos. "Faço reabilitação depois de ter tido um AVC há cinco anos". 
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  • Comentário feito por:Rui Silva
  • 29 Julho 2010
se não existi-se oSNS morria-mos todos, tive um acidente de trabalho do qual resoltou danos graves na minha saude, como sempre a seguradora descartou-se o caso está em tribunal e à 4 anos ando a ser seguido no SNS...
  • Comentário feito por:Amaral
  • 29 Julho 2010
GOSTAVA DE SABER O PQ DDO MINISTERIO DA SAUDE DIVULGAR QUANTO CUSTA O TRATAMENTO DOS DOENTES,E NAO QUANTO CUSTAM TODOS OS PARASITAS QUE TRABALHAM NO MESMO
  • Comentário feito por: Anónimo
  • 29 Julho 2010
Doentes do SNS custam 25 milhões , pois pois mas ninguem comenta quanto custa o estado aos contribuintes ?
  • Comentário feito por: Anónimo
  • 29 Julho 2010
Agradeço que alguém diga ...quanto custa os doentes nas mesmas situações .Doentes de 1ª atendidos através da ADESE / EDP /PETROGAL/ TAP / PT etc ,pois estes não são de 2ª enão vão ao SNS ...SABIAM????
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domingo, julho 25, 2010

Igreja chumba proposta do PSD

Constituição


Bispos não acolhem ideias de Pedro Passos Coelho. Em causa está o fim do Serviço Nacional de Saúde e da Educação gratuita para todos.
  • 0h30 - 2010.07.23
Saiba todos os pormenores na edição em papel do jornal 'Correio da Manhã'.
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Vítor Mota
O auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo, diz que seria “um crime” 
acabar com o Serviço Nacional de Saúde

sexta-feira, julho 23, 2010

Sindicato denuncia saída de seis mil do SNS mas ministério promete resolver problema


Saúde

22.07.2010 - 16:25 Por Romana Borja-Santos
O Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores entregou hoje no Ministério da Saúde uma carta aberta à ministra Ana Jorge onde denuncia que, no dia 31 de Julho, “há seis mil trabalhadores que vão ser despedidos e provocar a ruptura” de muitas unidades do Serviço Nacional de Saúde. De acordo com os representantes dos trabalhadores, os contratos destes profissionais terminam a 31 de Julho e já sofreram todas as adendas possíveis, pelo que não poderão ser prolongados.
A ministra Ana Jorge já garantiu que ninguém sai sem serem abertos concursos 
A ministra Ana Jorge já garantiu que ninguém sai sem serem abertos concursos
 (Foto: Miguel Manso/arquivo)


Contudo, o Ministério da Saúde já garantiu em diferentes alturas que nenhum destes mais de seis mil profissionais irá ser despedido. No âmbito da comissão parlamentar de Saúde de dia 30 de Junho, na qual a ministra Ana Jorge esteve presente, o secretário de Estado adjunto e da Saúde, Manuel Pizarro, explicou que a tutela vai prorrogar os contratos até serem abertos os diferentes concursos que pretendem integrar estes trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde.

Segundo explicou ao PÚBLICO Ana Amaral, do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores, o problema poderia ser resolvido precisamente com a abertura de concursos, “mas estes têm sido sucessivamente adiados”, apesar de estarem previstos na Lei da Execução Orçamental. O sindicato teme que os concursos não abram a tempo de integrar estes profissionais, isto porque, explicou Ana Amaral, no final de 2009 foi aberto um concurso que foi anulado já no início deste ano “com o argumento de que tinha havido um erro na distribuição das quotas”. E a responsável questiona o que acontece em termos jurídicos quando um concurso que chegou a ser aberto não se realiza.

O sindicato já antes tinha enviado um ofício às diferentes administrações regionais de saúde, onde alertava para a necessidade de haver uma “urgente resolução desta situação”. Hoje foram recebidos pelo chefe de gabinete da ministra da Saúde que, segundo a sindicalista, lhes prometeu que o concurso para 4000 profissionais estará para breve e que nenhum dos 6000 ficará sem trabalho até ser regularizada a situação geral. Se o ministério não cumprir o prometido, Ana Amaral assegura que serão encontradas formas de luta com os trabalhadores.

Na carta aberta, a estrutura alerta ainda que “se a percepção dos utentes que recorrem ao SNS é de que os serviços funcionam mal e de que há falta de pessoal, pior será se estes trabalhadores não forem integrados nos serviços e forem despedidos no fim do mês”. Em causa estão vários profissionais de saúde, como administrativos, auxiliares, assistentes operacionais ou mesmo técnicos superiores de saúde (como é o caso dos psicólogos).

Mais recentemente, aquando da apresentação da reforma dos cuidados de saúde primários, Ana Jorge voltou a insistir que o ministério não vai cessar o contrato com nenhum dos profissionais sem haver um concurso. Numa resposta concreta sobre o caso dos mais de 20 psicólogos do Hospital Júlio de Matos, em Lisboa, que terminavam os seus contratos no final deste mês e que nem sequer se podiam candidatar a um novo concurso por nunca terem feito um estágio profissional que não abre quase há dez anos, a titular da pasta da Saúde disse que seria estudada uma “solução jurídica” para que neste tipo de casos seja encontrada uma equivalência ao tal estágio.
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terça-feira, julho 06, 2010

PCP - Contra a destruição do Serviço Nacional de Saúde

Conferência de Imprensa, Jorge Pires, 

Membro da Comissão Política do Comité Central 

Contra a destruição do Serviço Nacional de Saúde

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Com a crise que afecta o país, cujas consequências nos planos económico e social são devastadoras, o Governo do PS, em vez de reforçar o Serviço Nacional de Saúde, insiste na cruzada pela sua destruição a pretexto de que o País não tem recursos para sustentar um serviço público de saúde com a matriz do português. O mesmo governo que simultaneamente financia com milhões de euros os grupos privados da saúde, nomeadamente através do escandaloso negócio da ADSE; situação de que o PCP continuará a exigir clarificação.
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Tem sido com base neste argumento que, desde 2005, os governos do PS encerraram dezenas de serviços de saúde – SAPs, urgências hospitalares e outros serviços.
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Têm sido argumentos dos governos do PS a retórica da “qualificação dos serviços”. Todos recordamos a afirmação do anterior Ministro da Saúde que em caso de doença não iria a um SAP; o teatro dos “protocolos” com autarcas para que aceitem o encerramento de serviços nas autarquias vizinhas a troco da manutenção dos seus; a miragem de rede móvel, plena de conflitos, insuficiente e mal preparada.
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A insistência do actual Governo do PS, no encerramento de serviços como os SAPs de Aljustrel, Vale de Cambra e Valença e as urgências pediatras nocturnas dos hospitais de Setúbal e Barreiro, deixam à vista as verdadeiras razões do governo: a criação de uma nova área de negócio por via da liquidação das responsabilidades do Estado na área da saúde e sua substituição pelo sector privado. Um mal disfarçado projecto de destruição progressiva do SNS, onde se complementam a não formação de profissionais e a degradação das suas condições de trabalho, o encerramento de serviços e de valências ou a não abertura de outros, deixando espaço ao desenvolvimento do lucrativo mercado da saúde que os grandes grupos ambicionam dominar.
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A resistência das populações e dos profissionais constitui, como se tem provado, o mais importante obstáculo à concretização de tal projecto.
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Se o governo mantém o seu projecto de destruição, às populações e aos trabalhadores cabe manter uma atitude de resistência e de luta em defesa do SNS, de Qualidade e para Todos.
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O PCP exige a reconsideração dos serviços encerrados, a criação de uma efectiva rede de urgência e emergência dotada dos meios técnicos e humanos adequados, uma rede de serviços de saúde humanizada e de proximidade, dotada das valências que correspondam às características das populações que se pretendem servir e ao desenvolvimento equilibrado e sustentado do país e das suas diversas regiões.
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A saúde é também um factor de desenvolvimento económico e social, mas sofre o impacto das opções de política económica e social. Investir no plano social permite obter mais ganhos em saúde com os mesmos gastos.
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Investir nos cuidados de saúde contribui para o desenvolvimento económico, não só pela melhoria da saúde da população e dos trabalhadores, com a melhoria do rendimento do trabalho, mas também no estímulo ao desenvolvimento tecnológico, à criação de milhares de postos de trabalho, à produção de novas tecnologias e materiais necessários à prestação de cuidados de saúde.
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Também no sector do medicamento a política do Governo PS não tem procurado orientar-se para defesa dos interesses dos cidadãos e do SNS. Bem pelo contrário, tem procurado contentar os grandes interesses instalados, as empresas farmacêuticas, os interesses dos proprietários das farmácias e dos armazenistas.
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Depois de vários anos de aumento dos custos com medicamentos em consequência das medidas tomadas pelo Governo – segundo os últimos dados disponíveis do Infarmed, em 2008 os utentes pagaram mais 120 milhões de euros do que pagavam em 2004 –, o Governo PS volta a penalizar as populações com novas medidas restritivas.
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Desde logo o aumento do IVA, que é maior nos bens essenciais e leva ao aumento do preço de 6 000 medicamentos. Mas também a diminuição do preço de referência para a comparticipação em 30% e a restrição da comparticipação a 100% dos medicamentos genéricos, para reformados com reformas inferiores ao salário mínimo nacional, que passa a existir apenas para os cinco mais baratos em cada especialidade.
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Isto significa que, em todas estas situações, os utentes, e em particular os mais carenciados, vão pagar substancialmente mais pelos seus medicamentos sempre que a prescrição não acompanhe estas alterações ou quando, no caso dos reformados, os medicamentos mais baratos não estejam disponíveis na farmácia.
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São também conhecidas várias decisões, a nível hospitalar, no sentido de deixar de dispensar a título gratuito medicamentos específicos para doenças crónicas. É a consequência da imposição de uma gestão cada vez mais orientada por critérios economicistas, e o reflexo das medidas de corte nas despesas da saúde aplicadas pelo Governo e apoiadas pelo PSD.
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Se o Governo quer de facto racionalizar os gastos do Estado com medicamentos deve fazê-lo à custa dos poderosos interesses económicos privados deste sector e não à custa dos utentes. Mas o Governo não quer fazer isso. É por isso que rejeita a imposição na lei da prescrição pelo princípio activo, a eliminação do sistema de preço de referência, um correcto dimensionamento das embalagens, ou o aumento do papel das farmácias hospitalares na dispensa de medicamentos nos hospitais. Essas são medidas que beneficiam os utentes e o Estado mas que, por atingirem os interesses económicos do sector, o Governo teima em não adoptar.
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Neste quadro o PCP defende:
* a criação do Laboratório Nacional do Medicamento e o incremento à produção nacional;
* a dispensa gratuita dos medicamentos prescritos nos Hospitais e Centros de Saúde – medicamentos genéricos ou de marca – sempre que o seu custo para os estabelecimentos do SNS seja menor que a comparticipação na compra em farmácias;
* o alargamento do mercado de genéricos, com o aumento da sua divulgação e o incentivo à sua prescrição e a abolição do preço de referência;
* enquanto se mantiver o sistema de preço de referência, deve ser criada uma cláusula de salvaguarda de forma a garantir que o utente não é prejudicado na comparticipação pelo facto de o médico não autorizar a utilização de genéricos;
* avançar com legislação que defina com rigor a intervenção de cada uma das componentes do sector do medicamento, desde a produção até à venda a retalho, impedindo que em qualquer momento alguma das partes possa ter uma intervenção do tipo cartel, com a obrigatoriedade da prescrição por DCI (Denominação Comum Internacional) que deve ser acompanhada de mecanismos de supervisão e informação aos interessados – médicos e utentes – sobre a existência, composição e custos dos genéricos.
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No quadro da sua intervenção política geral e institucional, o PCP não deixará de estar na vanguarda da luta pela defesa do que é prioritário neste momento – um SNS como serviço público, única forma de garantir a universalidade e o acesso de todos os portugueses a todos os cuidados de saúde, independentemente da sua situação social e económica.
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quinta-feira, abril 29, 2010

Alta Comissária para a Saúde alerta para um SNS "insustentável"



PNS falhou nos mecanismos de gestão e execução, diz Maria do Céu Machado
Público - 29.04.2010 - 20:36 Por Lusa
A Alta Comissária para a Saúde, Maria do Céu Machado, disse hoje que "a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde [SNS] é um problema complicado", sublinhando que "neste momento o SNS português está praticamente insustentável".
Maria do Céu Machado alerta para a necessidade de corrigir os 
erros do passado  
Maria do Céu Machado alerta para a necessidade de corrigir os erros do passado (Rui Gaudêncio)


Maria do Céu Machado falava na conferência de abertura do Congresso Internacional das Ciências e Tecnologias da Saúde na Macaronésia, que decorre até sábado em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, com cerca de 500 participantes de Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde.

A responsável reconheceu ainda que o Plano Nacional de Saúde 2004/2010 "falhou nos mecanismos de gestão e execução", que é necessário "corrigir no plano 2011/2016".

"Uma missão da Organização Mundial de Saúde [OMS] esteve em Portugal a avaliar o programa 2004/2010 tendo encontrado virtudes mas também defeitos, concretamente a falta de ligações fortes a instrumentos de governação, desigualdades na saúde e insustentabilidade do SNS", referiu.

"É preciso encontrar soluções, corrigir os erros do passado, sem esquecer que a base do plano, que está em elaboração, são o conhecimento científico e as sugestões de todos, desde o cidadão comum aos municípios, universidades e organizações civis", revelou.

Por outro lado, referiu que será preciso divulgar bem os objectivos e conteúdos do novo Plano Nacional de Saúde, porque "um inquérito feito em 2007 a técnicos de saúde sobre o plano anterior revelou que 87 por cento já o conheciam mas 83 por cento não o tinham lido".

"Para contornar esse problema vamos editar a versão completa na Internet, incluindo Twitter e Facebook, uma versão de 150 páginas para decisores, administradores e técnicos de saúde, uma versão executiva de 30 páginas e para o cidadão comum uma versão de 5 páginas e para a comunicação social uma versão de uma página".

Maria do Céu Machado acrescentou que "na Internet já são 2500 os seguidores", mas pretende que "sejam um milhão", usando todos os instrumentos necessários que "capacitem o cidadão, uma vez que há pouca literacia sobre saúde".

A comissária insistiu que para aumentar a participação de todos, em particular dos cidadãos, vão decorrer entre 15 a 24 Junho diversos fóruns regionais em todo o país.

O próximo Plano Nacional de Saúde terá, garantiu, alguma continuidade com o anterior, mas será acrescido de instrumentos de governação, parcerias estratégicas, em particular com as regiões, e inovação.

Os principais eixos estratégicos assentam na igualdade no acesso aos cuidados de saúde, a qualidade dos cuidados, a promoção da cidadania e as políticas saudáveis.

O Congresso Internacional de Ciências e Tecnologia da Saúde na Macaronésia, organizado pela Universidade dos Açores e com o apoio do Instituto Politécnico de Lisboa, reúne cerca de meio milhar de participantes, 62 prelectores de 32 instituições e mais de 150 comunicações livres. 
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Comentários 1 a 8 de 8

  1. Anónimo , portugal. 29.04.2010 23:52

    Explicação

    gostava que alguém explica-se os custos da existência de diversos sub sistemas de saúde.temos sns , quantas pessoas abrange , quanto custa per capita.temos a adse , quantas pessoas valor per capitadepois temos a , edp. tap pt petrogal, ren ,aguas de portugal , etc etc quantas pessoas abrange e quanto custa percapita.não seria melhor nivelar por cima todos os portugueses e racionalizar com melhor gestão todo os serviços.alguém pode explicaR ?????????????
  2. Médico , Porto. 29.04.2010 23:39

    sobre o SNS

    Para essa gente que anda aí a falar tão bem de Cuba... estão muito enganados. A medicina cubana não publica trabalhos científicos em revistas de renome que sejam sujeitos a peer-review. As instalações, bem como a formação dos seus profissionais, deixam muito a desejar. A melhor ciência médica está nos EUA, Reino Unido, Suécia, França... e não em Cuba. Quanto a nós, temos o 13.º melhor sistema de saúde do mundo. O problema do nosso SNS é um problema de falta de organização e má gestão financeira. Não se admite que às oito horas em ponto os médicos não estejam todos no serviço, que alguns estejam a meio da manhã meia-hora num bar do hospital a tomar café e a conversar, que não se comprem materiais mais baratos de qualidade idêntica, e por aí fora.
  3. Anónimo , portugal. 29.04.2010 23:38

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    Mas as parcerias publico-privadas, as EPE não iam resolver os problemas todos? Ou só iam resolver os problemas dos boys? Um hospital antes de ser EPE tinha 1 administrador, agora são as dúzias!!!! Alguém paga....
  4. Nome , Pantanal de jacarés. 29.04.2010 23:26

    O "insustentável" país das marias do céu

    Falam mal de Cuba a toda a hora, é um país pobre mas os cuidados de saúde mais sofisticados chegam a toda a gente (mesmo!) e apesar da miséria dos anos 90 a saúde nunca foi "insustentável". Mas afinal o que é que é sustentável aqui? A aldrabice, o roubo público e descarado? As reformas e ordenados dos Armandos Varas, com "licenciaturas" acabadas dois dias antes de ser promovidos a administradores do Banco do Estado e a ganhar milhares de contos mesmo quando estão "suspensos"???! < na falta de vergonha, incompetencia e anos de erros grosseiros é que está a "insustentabilidade".< Pobres miseraveis q matam portugal
  5. joaquim horácio serra leitao , coimbra. 29.04.2010 23:03

    tudo

    tudo é insultentável. é sns, a social, os transportes públicos, as empresa públicas etc. pronto,está bem.mas então porque é que eu pago milhares de euros de impostos directos, fora os indirectos?para onde é que vai o dinheiro? será para a economia paralela? para os patrões que fogem ao fisco como o " diabo foge da cruz"? para os ditos trabalhadores independentes, que nada declaram e não pagam nada? eu gostava que as finanças ficalizassem mesmo. e já não falo dos of shores ( em inglês é mais bonito dizer o que é a ladroagem) e dos irc sobre os milhões de lucros dos grandes empórios. mas a populaça gosta de levar porrada.e às vezes até lhes dá jeito, não é.? quando a patronagem declara menos do que ganham é porreiro paga-se menos irs e desconta-se memos para a s. social, não é?e os outros que gemam. chama-se a isto solidariedade nacional. e já agora não se esqueçam de por as bandeiras nas janelas, porque se aproxima o mundial do pontapé na bola, que vai resolver todos os problemas da A. Sul. Como o euro 2004 resolveu os de portugal, não foi?
  6. O capitalista , Portimão. 29.04.2010 23:03

    SNS

    do que estavam à espera? que fosse sempre o mesmo regabofe, os pobres por qualquer coisinha, medico. medicamentos práticamente de borla e nós empresarios a aguentar com os impostos.
  7. Lucas , Lisboa. 29.04.2010 22:04

    Sem nexo

    Esta notícia está mal construida, tem um titulo bombástico, mas depois não explica porque é que o SNS é insustentável...Fala dos problemas do plano nacional de saúde, mas não diz em que é que o SNS é insustentável, insustentável é não haver SNS para todos, como acontece nos EUA onde muita gente morre todos os anos sem cuidados de saúde, Portugal tem muitas coisas boas, há que preserva-las e acrescentar qualidade de vida, melhorar a economia, por o sector privado a trabalhar em novos produtos e novos mercados, em vez de se entreterem a ver quem consegue destruir mais e melhor, se alguma coisa funciona acima da média em Portugal é a saúde !!!
  8. PAGUEM IDIOTAS !!! ESTAVAM À ESPERA DE QUÊ, DEPOIS DÉCADAS DE DESGOVERNO PS/PSD ? , PAGUEM IDIOTAS !!! ESTAVAM À ESPERA DE QUÊ, DEPOIS DÉCADAS DE DESGOVERNO PS/PSD ?. 29.04.2010 21:35

    PAGUEM IDIOTAS !!! ESTAVAM À ESPERA DE QUÊ, DEPOIS


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quinta-feira, abril 22, 2010

Médicos vão ganhar pela produtividade ou a mercantilização dos cuidados médicos

Ricardo Almeida  O projecto prevê que todos os médicos passem a receber incentivos,
 medida que será fiscalizada 
O projecto prevê que todos os médicos passem a receber incentivos, medida que será fiscalizada
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Correio da Manhã - 12 Abril 2010 - 00h30

Saúde: Grupo de trabalho avalia projecto a ser entregue em Junho

Auditoria independente fiscaliza produção para evitar excesso de actos desnecessários.

Os médicos que trabalham nos hospitais podem passar a ser remunerados conforme a produtividade. Esta é uma proposta que consta de um projecto de reorganização hospitalar que será entregue à ministra da Saúde, Ana Jorge, no final de Junho.
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A ministra Ana Jorge já admitiu que os 'hospitais poderão fazer um processo de contratualização interno, organizar os serviços e ter outra forma de remuneração, que tem de ser estudada, em que os médicos poderão participar na forma de organizar a sua actividade'.
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Fonte do gabinete da ministra admite que o processo será 'semelhante ao que está a ser aplicado nas Unidades de Saúde Familiar: quanto maior for a produção, mais ganham os profissionais de saúde'.
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Maciel Barbosa, que preside ao grupo de trabalho constituído por 15 personalidades ligadas à saúde que está a elaborar o projecto, explica ao CM que a remuneração paga segundo os objectivos alcançados se alicerça nos resultados do regime remuneratório experimental, em aplicação há uma década. 'A remuneração de acordo com a produtividade pretende que haja autonomia e responsabilização e é um incentivo à qualidade dos cuidados de saúde'. 
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Maciel Barbosa explica que a avaliação terá em conta os 'indicadores de qualidade clínica, do acto médico'. 'Não é só fazer consultas. Para evitar a manipulação do acto este modelo será feito com princípios, regras e valores.'
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Se não houver fiscalização 'poderá haver um excesso de actos médicos, desnecessários, porque o profissional ganha mais e o utente abusa da assistência'. E dá o exemplo das cesarianas: 'Portugal é o segundo país europeu a fazer mais partos por cesariana.'
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O novo modelo de pagamento terá de ser discutido com os sindicatos. O presidente do Sindicato Independente dos Médicos, Carlos Santos, explica que hoje só os clínicos com contrato individual de trabalho 'têm uma parte fixa e outra variável'.
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APONTAMENTOS
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RECUO MINISTERIAL
A falta de discussão com os parceiros obrigou o Ministério da Saúde a recuar no novo modelo de financiamento aos hospitais.
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ADMINISTRADORES
A Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares admite este modelo.




Cristina Serra

 
» COMENTÁRIOS no CM on Line
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12 Abril 2010 - 17h19  | ManuelUma visão mercantilista que denota uma absoluta falta de respeito pelos pacientes. É um absurdo!
12 Abril 2010 - 14h13  | Filipe PiresBoa!!!Pressão nas mãos dos médicos é tudo aquilo de que os portugueses mais precisavam. Tá tudo louco!
12 Abril 2010 - 13h34  | "Bocas""Auditoria independente"??Estes Sr.sAtéSãoMesmoEngraçados!:Médicos aFiscalizarMédicos!TrabelhemcomQualidade eNãoQuantida
12 Abril 2010 - 12h51  | MARIA CRUZ OS MEDICOS GANHAM MAL?... CONSULTEM OS ORÇAMENTOS DOS HOSPITAIS E CS E VEJAM O VALOR DAS HORAS EXTROORDINARIAS
12 Abril 2010 - 12h43  | "FP 26 de Abril"Agora é que vai ser"Facturar"!!Era bom é os Sr.sMédicosMelhorarem aQualidade eNão aQuantidade deTrabalho!SóQueremDinheir
12 Abril 2010 - 12h09  | "FP 26 de Abril"AMinistra quer é dar mais Dinheirinho aos Sr.sMédicos!Aumentar a quantidade de actos em deterimento da qualidade!Bestial
12 Abril 2010 - 12h02  | gasparVamos esperar para antes de começarem a fazer comentários absurdos. Esperem para ver e depois vejam os beneficios que da
12 Abril 2010 - 10h37  | alvaro silvaaté que enfim uma medida útil.Quanto menos receitarem e menos exames pedirem mais ganham! Este é um país de reformados
12 Abril 2010 - 10h20  | anaEsta classe previligiada é o mal necessário! Até ver!
12 Abril 2010 - 09h33  | José SantosQuem vai ficar a perder são os utentes que se vêm privados de muitos cuidados em favor dos ordenados p/os médicos.
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12 Abril 2010 - 17h59  | Rui LourençoCom a saude não se brinca todos os que estão ligados á saude NÃO TÊM É VONTADE DE TRABALHAR Vialonga
12 Abril 2010 - 17h36  | Zé CardosoOs médicos já ganham o que querem, e só fazem o que querem. Agora por objectivos, é de "grito e apito". Socorro!
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Estado gastou 20 milhões de euros a mais do que em 2008

Correio da Manhã
jupiter images  A Urgência é a área mais carenciada a nível de pessoal médico 
A Urgência é a área mais carenciada a nível de pessoal médico
13 Abril 2010 - 00h30


Médicos tarefeiros custaram 34 milhões

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) gastou mais de 34 milhões de euros com a contratação de médicos tarefeiros para prestar serviços nas Urgências, a maior parte contratados pelos hospitais a empresas, entre Janeiro e Setembro de 2009, segundo dados fornecidos ao Correio da Manhã pelo Ministério da Saúde. Este valor supera em quase 20 milhões de euros os custos com os contratos de tarefeiros em 2008, que se ficaram pelos 14,6 milhões.

Médicos e gestores temem que estes valores aumentem ainda mais este ano por causa das reformas antecipadas dos clínicos e da consequente falta de médicos.
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O presidente da Associação Portuguesa dos Médicos de Saúde Pública, Mário Jorge Rêgo, considera que o aumento do recurso a tarefeiros cria problemas: "Essa situação é um incentivo para os médicos saírem porque os contratados ganham muito mais do que os do quadro. Saem e depois voltam para a unidade onde trabalhavam antes."
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Mário Jorge Rêgo lembra que a contratação tem raízes antigas. "Começou no tempo do ministro Correia de Campos, com a necessidade de orçamentar a despesa, que deixou de ser um pagamento a recursos humanos e passou para aquisição de serviços." 
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Pedro Lopes, da Associação de Administradores Hospitalares, afirma que não era suposto ser essa a tendência: "Ou se contratou mais tarefeiros ou o valor por hora foi superior, porque a lei permitia ultrapassar os 35 euros mediante autorização justificada."
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Para o bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, "não há surpresas". Em 2009, quando o Ministério da Saúde impôs um valor de salário por hora, 35 euros, para a contratação destes clínicos, como medida para conter esta despesa, Pedro Nunes avisou que não iria funcionar: "Podem agradecer aos antigos ministros da Saúde Luís Filipe Pereira e Correia de Campos". 
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PORMENORES
EPE GASTARAM MAIS
Em 2009 os hospitais-empresa pagaram mais de 24 milhões de euros a tarefeiros.
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AUDITORIA DA IGAS
Auditoria da Inspecção-Geral revelou que 82% dos hospitais recorria em 2009 à contratação externa de clínicos.



Cristina Serra/Sónia Trigueirão

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Saúde rende 700 milhões de euros aos privados

Esquerda Net - Saúde rende 700 milhões de euros aos privados      
01-Fev-2010
Saúde rende 700 milhões de euros aos privados
A facturação dos principais grupos privados na área da saúde 
aumentou em cerca de 42,5% entre 2008 e 2009.

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 Só o grupo Mello fechou o ano de 2009 com uma facturação de 266 milhões de euros, um crescimento superior a 20% em relação ao ano de 2008, valor que engloba a parceria público-privada do hospital de Braga. O grupo Espírito Santo Saúde (ESS), outro peso pesado no sector da saúde privada, facturou 219 milhões de euros, um acréscimo de cerca de 19% em relação a 2008. Tais resultados são atribuídos ao aumento na procura de cuidados nos serviços privados. 
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Muitos resultados ainda estão por fechar, como é o caso dos Hospitais Privados de Portugal (HPP), onde as estimativas de facturação apontavam para os 150 milhões de euros, das quais 55 milhões de euros se devem à parceria público-privada do Hospital de Cascais. Para o presidente dos HPP, José Miguel Boquinhas, parte deste crescimento também está relacionado o aumento de cuidados a utentes de subsistemas. O presidente do HPP estima que o sector privado terá cerca de 3 milhões de potenciais clientes. 
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Completando o quadro dos quatro maiores grupos da saúde privada, o grupo Trofa, liderado por José Vila Nova, em declarações ao DN, afirmou que o ganho anual foi de 47,5%, passando a ter 59 milhões de euros de facturação em 2009, com a perspectiva de novo aumento para 2010. 
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Para o director da Escola Nacional de Saúde Pública, Constantino Sakellarides, a maior procura dos serviços privados ocorre porque muitas empresas dão seguros de saúde aos funcionários, e porque nos últimos anos muitos médicos qualificados saíram do sector público para o privado, o que considerou uma hemorragia não planeada que contribui para a diminuição da capacidade de resposta do SNS. 
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Sakellarides lembra ainda que é difícil fazer comparações entre o público e o privado porque um tem a porta aberta para todos e a toda a hora, e o outro não, disse ainda não acreditar que o movimento de doentes do público para o privado possa ajuda a aliviar a sobrecarga do SNS ,lembrando que mesmo que isso ocorra será um caminho em que os que podem pagar vão para o privado e os outros para o público, “não queremos dois patamares, um para quem tem posses e outro para quem não tem”. 
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Para o deputado João Semedo, do Bloco de Esquerda, estes números evidenciam as declarações da Dra. Isabel Vaz durante a inauguração do Hospital da Luz, quando afirmou que apenas o negócio das armas era melhor do que o negócio da saúde privada. 
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João Semedo afirmou ainda que este resultado só é possível porque os Governos do PS têm desinvestido no SNS, e permitido a “fuga para o privado”. O deputado chama a atenção para o facto de nunca como dantes terem se construído tantos hospitais privados e a iniciativa privada crescido tanto. Semedo classificou a política do PS como uma “dieta de emagrecimento”, que tem permitido a engorda do privado em função do público. 
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O deputado do Bloco de Esquerda considera que desta forma o Governo tem promovido a transferência de doentes do SNS para o privado e que grande parte destas receitas decorrem da ADSE e de outros sistemas públicos, ou seja, directamente financiado pelo serviço público. Semedo defende a premência na expansão e modernização dos serviços de saúde.  
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domingo, setembro 13, 2009

Saúde - Chantagem dos privados

publicada por xavier em Saúde SA
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Domingo, Setembro 13
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Chantagem dos privados
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Sector faz menos 70 mil cirurgias e 550 mil dias de internamento do que o previsto. E critica Estado por não aproveitar as vagas

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Os prestadores particulares de saúde estão a produzir abaixo da capacidade instalada, revelam dados da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada. A produção aquém dos planos estará na origem das críticas ao Governo, acusado de manter doentes em lista de espera quando há vagas no privado e a custos menos elevados do que no SNS. O Ministério da Saúde mantém a opção política: a utilização de unidades particulares é o último recurso. semanário expresso 12.09.09
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A reboque das propostas eleitorais dos partidos de direita aí temos os privados da saúde à pedinchice dos dinheiros públicos.
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Etiquetas:
posted by xavier at 11:09 PM


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terça-feira, abril 28, 2009

Saúde: Empresas de médicos são uma mina de ouro

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Natália Ferraz Governo quer travar ganhos excessivos das empresas de recrutamento de profissionais da saúde impondo uma tabela de salário máximo de 35 euros

Governo quer travar ganhos excessivos das empresas de recrutamento de profissionais da saúde impondo uma tabela de salário máximo de 35 euros
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27 Abril 2009 - 00h30

Saúde: Empresas de médicos são uma mina de ouro

Tarefeiros custam quase 15 milhões

* Sónia Trigueirão


O Serviço Nacional de Saúde (SNS) pagou no ano passado 14,6 milhões de euros a empresas de médicos para poder suprir as necessidades nos hospitais e centros de saúde. As empresas especializadas no recrutamento de médicos e outros funcionários para a área da saúde crescem como cogumelos. Estima-se que desde 2006 tenham sido criadas mais de 40 empresas para actuar neste nicho de mercado. Embora, segundo uma fonte ligada a este negócio, apenas seis se dediquem em exclusivo ao fornecimento deste tipo de profissionais – médicos ou enfermeiros tarefeiros. Entre estas estão a Morecare e a Medipeople, ambas constituídas em 2008.

O valor despendido pelo SNS prova que este mercado é uma verdadeira mina de ouro. Aliás, em Fevereiro uma auditoria da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) revelou que 82% dos hospitais públicos recorriam à contratação externa de médicos para fazer face às necessidades de pessoal.


Assim, por todo o lado nascem novas empresas, muitas delas formadas pelos próprios médicos ou por pessoal ligado à área. 'Ainda há muito mercado para explorar, uma vez que as necessidades dos hospitais públicos e privados são muitas', explicou ao CM fonte ligada a um das empresas especializadas, a Morecare, referindo que, neste momento, já está a expandir o seu negócio para as ilhas.


Esta expansão agrada aos médicos, pois auferem melhores salários, mas preocupa o Ministério da Saúde. Por isso, o secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, já disse esperar que a medida imposta em Dezembro de 2008, que obriga os hospitais públicos a pagarem apenas 35 euros por hora de serviço aos médicos tarefeiros, comece a produzir resultados.


fonte ligada à IGAS referiu ao CM que, por si só, a medida não vai acabar com algumas irregularidade: 'Segundo o nosso relatório, o método mais usado para contratar é o ajuste directo e recomendamos vivamente a sua alteração.'


EMPRESA SERVE VÁRIOS CENTROS DE SAÚDE


A empresa Morecare foi criada no ano passado e tem sede em Beja, onde se dedica em exclusivo ao recrutamento de profissionais para o mercado da saúde.


Tem a vantagem de os seus fundadores serem praticamente todos ligados a esta área.


Um dos sócios, António Manuel Gonçalves Palma, trabalha como chefe de divisão para a área dos Serviços Financeiros na Administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, e a outra sócia, Suzana Paula Sequeira da Teodora, é assistente de clínica geral. Suzana também trabalhava para a mesma Unidade, mas está de licença sem vencimento de longa duração desde Janeiro.


A Morecare tem fornecido médicos para vários centros de saúde, nomeadamente Odemira, Alcácer do Sal e Torres Vedras.


'VAI SER DIFÍCIL CONTROLAR O MERCADO'


O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, afirma que será complicado baixar os gastos do SNS com as empresas de médicos. 'Vai ser difícil controlar o mercado. Avisei os senhores que tiveram a ideia de criar os hospitais-empresas', disse, referindo-se aos ex-ministros da Saúde Correia de Campos e Luís Filipe Pereira. Sobre o facto de o Estado impor um valor de salário por hora, o bastonário afirma que não vai funcionar. 'Os médicos estavam a fazer o seu trabalho quietinhos e a receber os salários miseráveis no SNS. A partir do momento em que vieram alterar tudo com as ideias dos contratos individuais de trabalho, entraram no jogo.'


PORMENORES


DESPESA AUMENTA

Há dois anos o Estado pagou 9,41 milhões de euros a empresas de médicos.


MÁXIMO POR HORA

Em Dezembro e 2008, o Ministério da Saúde anunciou que os hospitais públicos só poderiam pagar até 35 euros por hora


URGÊNCIAS

IGAS identificou as Urgências como 'a área funcional mais carenciada a nível de pessoal médico, por causa do elevado nível de idade e de saídas por aposentação e transferência'.


» COMENTÁRIOS no CM on line
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27 Abril 2009 - 21h57 | joao
Os médicos só têm o poder que um povo idiota lhes dá. Os portugueses não querem saber da sua saude...o soutor é que sabe
27 Abril 2009 - 20h43 | fernando moreira
PORCARIA DE POVO E DE ESTUDANTES,ENQUANTO ESTUDANTES FAZEM BARULHO A PROPINAS E DEPOIS VEM SAQUEAR O POVO .CAMBADA OPOR
27 Abril 2009 - 16h28 | Pedro
Os estudantes não querem concorrencia dos colegas a estudar no estrangeiro, as faculdades apoiam e o povo contenta-se!
27 Abril 2009 - 16h25 | Pedro
Enquanto não houver médicos em quantidade suficiente o povo sujeita-se e o estado paga,enquanto houver dinheiro..
27 Abril 2009 - 15h53 | nevespinto
SE OS TAREFEIROS É QUEESTÃO A DAR,RECORRA-SE A ELES...PARECE MAIS BARATO E UM GRANDE NEGÓCIO PARA OS MÉDICOS...COITADOS!
27 Abril 2009 - 15h21 | maria pinto
De quem serão estas empresas, sou funcionária Pública e aconteceu-me o mesmo. A ARS está a ser povoada pelas mesmas.
27 Abril 2009 - 12h59 | J. Terra
Fui avençado do Estado 14 anos e agora faço o mesmo para uma empresa que ganha o dobro. Espertos Rssss!!!
27 Abril 2009 - 12h40 | Rui Relvas
Não sairia mais barato ao erário público (a todos nós) oôr or médicos no quadro, em vez de se pafar às empresa?
27 Abril 2009 - 12h07 | João Soares
Estamos a tempo de entender que esta politica de tarefeiros seja no estado ou empresas é muito + dispendiosa,até quando?
27 Abril 2009 - 11h17 | helena costa
Se calhar esses mesmos tarefeiros são os mesmos médicos que fazem parte do grupo dos que se reformaram da Função Pública
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27 Abril 2009 - 08h53 | Anónimo
Opções do Estado. Eu tinha avença, fui despedido, faço o mesmo e ganho o mesmo. Mas foi colocada uma empresa no meio...
27 Abril 2009 - 08h44 | BC5
É SÓ SAUDE!
27 Abril 2009 - 01h48 | zaca
quando andam a estudar nao querem pagar propinas depois de formados levam o diheiro que querem, cambada
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in Correio da Msanhã - 2009.04.27
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