A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
Mostrar mensagens com a etiqueta Isabel Arriaga e Cunha. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Isabel Arriaga e Cunha. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, julho 09, 2010

EUA recuperam acesso a dados bancários para combate ao terrorismo

Depois de seis meses de interrupção

08.07.2010 - 16:54 Por Isabel Arriaga e Cunha, Bruxelas
Depois de seis meses de interrupção, os Estados Unidos vão voltar a ter acesso aos dados sobre todas as transferências bancárias no quadro do seu programa de luta contra o terrorismo mediante algumas garantias fornecidas à União Europeia (UE).
A autorização para o reinício do programa foi dada pelo Parlamento
 Europeu  
A autorização para o reinício do programa foi dada pelo Parlamento Europeu 
(Jean-Marc Loos/Reuters)


A autorização para a retomada do programa foi dada pelo Parlamento Europeu no quadro do acordo concluído entre os governos dos Vinte e Sete e Washington que substituirá uma anterior versão rejeitada pelos eurodeputados em Fevereiro. O novo acordo permitirá aos americanos voltarem a ter acesso a partir de 1 de Agosto às transacções realizadas por mais de 8 mil bancos e instituições financeiras de mais de 200 países e geridas pela empresa belga Swift.



Depois dos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001, a Swift foi obrigada pela administração americana a fornecer-lhe os dados de todas as transacções bancárias feitas por seu intermédio, no maior segredo e de uma forma contrária às regras europeias de protecção de dados.



Depois desta situação ter sido descoberta, em 2006, o processo de transferência de dados foi objecto de um muito controverso acordo euro-americano, que será agora renovado com algumas alterações impostas pelo PE.



Apesar disso, os grupos parlamentares verde e comunista votaram contra os termos do acordo por considerarem que as garantias de protecção de dados permanecem insuficientes.



O ponto mais contestado tem a ver com a persistência do sistema de transmissão de dados em bloco e não individualizada e a pedido expresso de Washington, uma exigência que os peritos europeus consideram por enquanto tecnicamente impossível de realizar. Para compensar esta situação, no entanto, o PE obteve a garantia de que a UE desenvolverá nos próximos anos o seu próximo programa da luta contra o financiamento do terrorismo, para poder, precisamente, passar a transmitir a Washington os dados de forma individualizada e a pedido.



O responsável pela protecção de dados na UE, Peter Hustinx, deu razão aos deputados contestatários ao afirmar que o acordo Swift não garante de forma suficiente a protecção dos direitos dos cidadãos europeus. Hustinx aponta como principais problemas a transferência de dados em bloco, o facto de os europeus não terem plenamente garantido o direito de recorrer das decisões que lhes dizem respeito, os cinco anos em que os dados não tratados podem ser conservados e o facto de a responsabilidade pela avaliação dos pedidos americanos ser conferida à Europol a agência de polícia europeia, e não a uma autoridade judiciária europeia independente.
.
.

quinta-feira, maio 20, 2010

Comentário - PQP ! - Plano de austeridade ameaça arrastar-se para além do próximo ano




Em menos de uma semana, o discurso mudou. Em vez de um ano e meio de aumento do IVA, de sobretaxa no IRS e taxa extraordinária sobre as empresas com lucros acima dos dois milhões de euros, as medidas de austeridade poderão agora prolongar-se "enquanto forem necessárias para assegurar que a redução do défice é sustentável e duradoura", diz o ministro das Finanças.

A afirmação de Teixeira dos Santos, feita ontem em Bruxelas, contrasta com a garantia dada pelo primeiro-ministro de que o novo pacote de consolidação orçamental duraria apenas até final de 2011. A aparente contradição não escapou ao PSD e o secretário-geral do partido, Miguel Relvas, exigiu já que o Governo esclareça qual o prazo em que as medidas estarão em vigor.

Contudo, quer haja ou não um prazo mais alargado para o pacote de austeridade, a dúvida permanece: será ele suficiente para que Portugal cumpra as metas do défice para os próximos anos? De acordo com alguns economistas contactados pelo PÚBLICO, as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo podem não só fazer o país regressar a um crescimento económico negativo, como são insuficientes para que o país saia de 2011 com um défice de 4,6 por cento e de 2013 com um valor abaixo dos três por cento, o limite definido por Bruxelas. Poderá, pois, ser necessário apertar ainda mais o cinto, uma hipótese que o próprio Banco de Portugal já deixou em cima da mesa.

Num relatório divulgado anteontem, a instituição liderada por Vítor Constâncio defendia que as medidas de consolidação, "bem como outras que venham a revelar-se necessárias, deverão manter-se em vigor até a situação de défice excessivo ser corrigida de forma sustentável". Se isso implicar um défice abaixo dos três por cento (o limite de Bruxelas), o pacote de austeridade teria de manter-se até 2013, ano em que o Governo prevê um défice de 2,8 por cento.

Para o economista João Cravinho, dificilmente o Governo irá retirar as medidas de austeridade no final do próximo ano e poderá mesmo ter de lançar medidas adicionais de consolidação. Também o economista Miguel St Aubyn considera que "a mesma razão que leva a que agora sejam tomadas estas medidas justifica a sua manutenção em anos posteriores".

Segundo João Cravinho, é neste momento incerto se Portugal conseguirá atingir ou não as suas metas do défice, mas as perspectivas, pelo menos a curto prazo, não se afiguram boas". O antigo ministro do Planeamento no Governo de António Guterres prevê que, com o pacote de austeridade, o país entre em recessão nos últimos trimestres do ano.

Corte a fundo na despesa


Do mesmo modo, o economista José Reis considera que, se os impactos recessivos das medidas de austeridade forem muitos fortes,"pode não bastar um ano e meio" para que tenham o efeito pretendido de consolidação das finanças, "porque podemos estar no meio de um ciclo infernal de estagnação".

Também para o economista César das Neves "ano e meio não chega e até é possível que três anos também não" para atingir as metas do défice delineadas pelo Governo. Campos e Cunha, que foi ministro das Finanças no primeiro Governo de José Sócrates, vai mais longe e acredita mesmo que, em 2014, Portugal sofrerá "um novo pacote ainda mais severo".

"Mesmo que atinjamos a meta do défice em 2013, não vamos consegui-lo em 2014, porque as facturas das despesas com as concessões e as parcerias público-privadas (PPP) vão começar a chegar", avisa Campos e Cunha, um alerta que é também deixado por Eduardo Catroga.

Para o ministro das Finanças no Executivo de Cavaco Silva, as medidas de austeridade anunciadas não resolvem o problema. "Portugal precisava de ter seguido uma política como a da Irlanda ou da Grécia, com uma redução drástica da despesa pública", defende, adiantando que isso implicaria atacar em várias frentes: despesas com pessoal, prestações sociais, consumos intermédios, racionalização das estruturas da administração central, regional e local e eliminação de institutos públicos e empresas municipais.

Quem também apela à realização das "famigeradas reformas estruturais" é César das Neves. "Essas reformas (a única que foi parcialmente feita foi a da Segurança Social) são conhecidas, anunciadas, mas não realizadas por razões políticas", defende. "Não é difícil dizer o que é preciso mexer, o que é difícil é mexer e Sócrates não o fez com maioria absoluta e a economia a crescer", conclui.

"Medidas corajosas"
Há uma semana, o primeiro-ministro anunciou um plano de austeridade a aplicar a partir de 1 de Junho e com duração de um "ano e meio" para permitir a redução do défice orçamental de 9,4 por cento do PIB em 2009 para 7,3 por cento este ano (em vez dos 8,3 por cento previstos) e de novo para 4,6 por cento em 2011 (ver gráfico ao lado).

Esta aceleração da consolidação foi imposta pelos governos europeus a Portugal e Espanha, os dois países que, depois da Grécia, são considerados os mais vulneráveis da zona euro e que maiores preocupações suscitam aos investidores financeiros, o que por sua vez tem gerado vagas de ataques especulativos contra a solidez da moeda única.

Jean-Claude Juncker, ministro das Finanças do Luxemburgo que preside ao Eurogrupo, considerou na segunda-feira à noite que as medidas portuguesas e espanholas são "corajosas" e "indicam uma trajectória de ajustamento que nos dá satisfação". As medidas anunciadas pelos Governos português e espanhol serão agora examinadas em detalhe pela Comissão Europeia, antes de os ministros das Finanças da zona euro darem a sua posição final sobre as mesmas, na reunião de 7 e 8 de Junho. com Sofia Rodrigues
.
.
  1. Anónimo . 19.05.2010 09:00
    Via PÚBLICO

    E as pessoas?

    A única coisa que não percebo é: e o que é que fazem com as pessoas? Sim com todas essas pessoas que trabalham e vão ganhar menos e que já tinham dificuldades sérias para financiar a sua vida e a das suas familias. O que acontece com os milhares de pessoas que trabalham para os institutos publicos, para o Estado (incluindo a para a hospitais, escolas, segurança pública) e todas as companhias e firmas privadas que a eles estão ligados ou que prestam serviços para essas pessoas que são empregadas pelo Estado (neste artigo aparecem basicamente como a raíz do mal)? Aniquilar toda essa gente? Ninguém parece falar dos resultados reais desta austeridade: queda do poder de compra e com ele a queda das vendas e do lucro. Ninguém fala de um plano B para o que fazer com toda essa parte da população que tem, a propósito, descontado para o Estado! Só se falam em medidas de corte e não de construção e reedificação da economia! Sim, talvez os gastos sejam demasiados, mas começar a cortar sem planos alternativos vai levar à miséria...ninguém pensa nisso?
  2. abc , Portugal. 19.05.2010 22:57

    Bolos para tolos

    Tal como no anterior, depois de anos a aumentar os impostos baixaram um ponto no IVA e deram o aumento de 2.9% aos funcionários públicos. Agora fazem-nos pagar a conta das prendas distribuidas para ganhar as eleições. Seguem-se mais uns anos de aumentos de impostos, para antes das próximas eleições darem mais umas tretas e uns bolos aos tolos. Sendo este o objectivo único da governação PS é fácil compreender o estado de bancarrota do país. Mas enfim, os portugueses gostam de serem enganados.
  3. Anónimo , VERDADE. 19.05.2010 16:42

    VERDADE

    Não se queixem Portugueses, os Poucos Portugueses intelegentes que este pais tem sabiam que isto ia acontecer...Os portugueses escolheram o P.S para governar agora vão ter de acarretar com as consequencias!!! lololol até da-me vontade de rir... O Zé Povinho deixou-se levar por estes 15 anos agora vai ter de acarretar com as consequencias!!! bem feito
    .
    .

Zara R . 20.05.2010
Via PÚBLICO

RE: VERDADE

Até parece que foi em 15 anos que este País foi ao fundo??Há muito tempo que todos nós sabemos que o País estava nas lonas e ninguém se preocupou..Agora é que esta toda a gente a atribuir culpa a quem não a tem, em vez de propor soluções!Que pena!!
.
.

terça-feira, maio 18, 2010

Alemanha reabre discussão sobre fundo de protecção do euro


  PHILIPPE DESMAZES/AFP
A moeda única europeia continuou ontem a perder valor 
Por Isabel Arriaga e Cunha, Bruxelas
.

A Alemanha lançou ontem a confusão entre os países da zona euro ao reabrir a discussão sobre o mega pacote de 750 mil milhões de euros aprovado na semana passada para ajudar os países em dificuldades financeiras e evitar a propagação da crise da dívida grega ao resto da eurolândia.

A discussão foi relançada durante uma reunião dos ministros das finanças da zona euro que tinha entre os pontos em agenda um primeiro debate sobre as medidas de austeridade anunciadas por Portugal e Espanha para reduzir os respectivos défices orçamentais e dívidas públicas.

Até à hora do fecho desta edição, às primeiras horas de hoje, Teixeira dos Santos e Elena Salgado, ministros das Finanças de Portugal e Espanha, ainda não tinham tido a oportunidade de apresentar as medidas que lhes foram pedidas há dez dias pelos parceiros europeus para reforçar a credibilidade da zona euro perante os mercados financeiros, que continuam a especular sobre o risco de falência dos países mais vulneráveis.

Os dois ministros voltarão hoje a ter a oportunidade de explicar as opções assumidas em termos de austeridade durante uma outra reunião com os seus pares da União Europeia (UE) (ver texto nestas páginas). De acordo com um diplomata europeu, no entanto, a ministra espanhola recusa adiantar muitos detalhes, lembrando que os Vinte e Sete só terão o direito de se pronunciar formalmente sobre as medidas em Junho (ver texto nestas páginas).

De acordo com diplomatas europeus, os 16 ministros do euro dedicaram o essencial da reunião de ontem (que arrancou às 16 horas de Lisboa), a tentar ultrapassar a dificuldade de última hora levantada pela Alemanha sobre o fundo de protecção do euro.

Este mecanismo foi aprovado a muito custo durante uma cimeira de lideres da zona euro, complementada por uma longa maratona dos ministros das Finanças da UE em duas reuniões convocadas de emergência e em ambiente de quase pânico face aos riscos de implosão da zona euro. A ideia subjacente passa pela sua utilização em garantias sobre empréstimos contraídos no mercado financeiro e disponibilizados aos países que enfrentem problemas de liquidez enquanto consolidam as finanças públicas. Em troca, os países eventualmente beneficiários terão de apresentar rigorosos planos de austeridade destinados a credibilizar as respectivas estratégias orçamentais. O montante de 750 mil milhões de euros será repartido em 500 mil milhões a cargo da zona euro e FMI (250 mil milhões).

O factor Schäuble

A Alemanha, que aceitou contrafeita a criação deste fundo voltou ontem à carga para endurecer as condições da sua utilização: Wolfgang Schäuble, o seu ministro das finanças, exigiu que o mecanismo fosse construído de forma a permitir que o parlamento alemão se pudesse pronunciar sobre cada decisão de activação das garantias. "A Alemanha é o único país com esta exigência", afirmou um diplomata europeu.

A França, que, pelo contrário, defende há muito a instituição de um mecanismo de gestão de crises na zona euro, opôs-se a esta exigência, defendendo que o fundo foi criado precisamente para garantir um activação rápida, de modo a evitar os atrasos que marcaram a definição de uma ajuda semelhante (de 110 mil milhões de euros) que foi concedida há duas semanas à Grécia. De acordo com a generalidade dos analistas, incluindo do FMI e da OCDE, estes atrasos contribuíram muito para o agravamento da crise.

Christine Lagarde, ministra francesa das Finanças, reuniu-se aliás durante várias horas em sessão bilateral com Schäuble e Jean-Claude Juncker, primeiro ministro do Luxemburgo e presidente do eurogrupo, para tentar encontrar um compromisso, mas as negociações prometiam transformar-se numa nova maratona.

Angela Merkel, chanceler alemã, já tinha causado alguma consternação entre os outros países com as afirmações que fez durante o fim de semana num congresso sindical, em que deu a impressão de deitar achas para a fogueira dos especuladores contra o euro. O plano de 750 mil milhões não permitiu à zona euro fazer mais do que "ganhar tempo", e não resolver nenhum problema de fundo, afirmou. Aliás, prosseguiu, "é um facto que a especulação só tem sido possível e só é possível porque há enormes disparidades na solidez económica e no endividamento dos estados da zona euro". O que significa que é preciso resolver os problemas de "disparidades em termos de competitividade e de desvios orçamentais", defendeu.
.
.