A Internacional

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domingo, junho 13, 2010

Hungria não quer ser comparada à Grécia

Mundo

Vermelho - 12 de Junho de 2010 - 19h26

O governo húngaro de centro-direita prometeu na segunda-feira que conteria seu déficit orçamentário e reduziria gastos, enquanto continuava a recuar de suas recentes sugestões de que o país estava em risco de uma crise em estilo grego e poderia decretar moratória sobre sua dívida pública.

"O que decidimos é que faremos todo o possível para seguir o caminho planejado quanto ao déficit", disse Mihaly Varga, chefe de gabinete do primeiro-ministro Viktor Orban, em Lovasbereny, um subúrbio na região sudoeste de Budapeste no qual o gabinete húngaro estava realizando uma reunião de emergência sobre a economia.

A Hungria está entre os países da Europa Oriental que mais sofreram com a crise financeira internacional. No final de 2008, foi forçada a solicitar US$ 25 bilhões em assistência urgente junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e à União Europeia.

O ministro da Economia, Gyorgy Matolcsy, disse em entrevista à rede de notícias norte-americana CNBC que o governo manteria uma meta de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) para o déficit orçamentário de 2010. Ele reconheceu que o governo, liderado pelo partido Fidesz, havia cometido uma série de gafes verbais nos últimos dias, e disse que "evidentemente a Hungria não é a Grécia". Varga disse que o governo estava debatendo a possibilidade de uma alíquota única de 15% a 20% para o imposto de renda pessoal. Outros funcionários do governo afirmaram que a possibilidade de um imposto sobre os bancos também está em debate. Orban deve anunciar novas medidas ao Legislativo na terça-feira.

A Hungria abalou os mercados mundiais na semana passada e causou medo de que a crise de crédito estivesse chegando ao Danúbio depois que um importante funcionário do governo húngaro anunciou que a administração anterior havia manipulado os números do orçamento e mentido sobre a situação da economia. A declaração - assustadoramente parecida com comentários feitos por alguns funcionários do governo grego nas semanas precedentes à crise - causou queda na cotação mundial da moeda húngara, o forint, e ajudou a derrubar o euro à sua mais baixa cotação em quatro anos.

Na segunda-feira, a União Europeia e o FMI rejeitaram veementemente as especulações de que a Hungria estava em risco de decretar moratória sobre sua dívida. Olli Rehn, comissário de Economia e Assuntos Monetários da União Europeia, disse que esses rumores eram "absurdos exageros", e o diretor executivo do FMI, Dominique Strauss-Kahn, declarou em Luxemburgo que não havia "elemento de medo" com relação ao país.

Jean-Claude Juncker, primeiro-ministro do Luxemburgo e anfitrião de uma reunião entre os ministros das Finanças da zona do euro, foi igualmente taxativo: "Não vejo qualquer problema com a Hungria", declarou. "Só vejo um problema de tagarelice da parte dos políticos húngaros".

O forint subiu e os preços dos títulos públicos mostraram alta na tarde de segunda-feira, o que sugere que os mercados assustados se acalmaram ao menos um pouco. Mas economistas alertaram que os planos do governo húngaro continuam imprecisos demais para inspirar confiança em longo prazo.

"O governo parece estar correndo para apaziguar os mercados financeiros mas sem apresentar um plano econômico consistente e coerente", disse Peter Rona, economista de Budapeste. "Estão chutando para todo lado".

O governo húngaro nos últimos dias vem batalhando freneticamente para recuar ante as declarações alarmistas da semana passada, que analistas atribuíram a uma tentativa mal calculada de Orban para preparar a opinião pública antes de possíveis medidas de austeridade, e ao mesmo tempo melhorar a posição de negociação da Hungria diante da União Europeia e do FMI.

As raízes dos problemas econômicos húngaros podem ser traçadas a dezembro, quando Orban, então líder da oposição, criticou o governo socialista do primeiro-ministro Gordon Banaj, alegando que sua meta para o déficit público de 2010, 3.,8% do PIB, era irrealista e insistindo em que o déficit provavelmente chegaria aos 7%.

Com a aproximação das eleições legislativas de abril, Orban reforçou sua oratória, prometendo que um governo do Fidesz evitaria as medidas de aperto de cintos dos socialistas, que conseguiram reduzir o déficit orçamentário do país de 9,3% do PIB em 2006 a 4% no ano passado, mas ao fazê-lo perderam o apoio do eleitorado. Orban fez campanha declarando que a Hungria precisava reduzir acentuadamente os impostos a fim de criar empregos e aumentar o crescimento.

Mas depois de conquistar uma vitória arrasadora em abril, Orban logo se viu apanhado entre as exigências dos credores internacionais e as dos eleitores, a quem havia prometido proteger contra novas dores econômicas. Quando o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, rejeitou os apelos de Orban por uma política monetária mais frouxa, na quinta-feira, analistas e assessores disseram que membros importantes do governo rebateram com a invocação da catastrófica possibilidade de uma nova crise em modo grego, a fim de rebaixar as expectativas do eleitorado quanto à economia.

"O governo cometeu um imenso erro político", disse Kornelia Magyar, diretora do Instituto Progressista, uma organização de pesquisa em Budapeste. "Pensou que estivesse falando apenas aos eleitores húngaros, e se esqueceu de que os mercados financeiros também estavam ouvindo".

No entanto, economistas afirmaram que a economia húngara é bem mais resistente que a da Grécia. "A alegação de que o país está à beira de uma moratória sobre sua dívida soberana e corre o risco de seguir o mesmo caminho que a Grécia não encontra sustentação nos fatos", escreveram os analistas do Goldman Sachs em um relatório recente. "A Hungria já enfrentou sua crise, e solicitou assistência do FMI e União Europeia no final de 2008. Nesse contexto, a Hungria na verdade está 18 meses adiante da Grécia".

O economista Rona apontou que a dívida externa húngara era equivalente à metade da grega, e que o país estava fora da zona do euro e portanto não vivia sujeito à sua política monetária inflexível, o que oferece ao banco central húngaro mais flexibilidade para responder aos altos e baixos da economia.

Apesar de todas as vantagens relativas da Hungria com relação à Grécia, porém, economistas alertaram que a economia do país continua vulnerável. Nos últimos anos, os consumidores húngaros recorreram pesadamente aos bancos nacionais e internacionais em busca de empréstimos, denominados em euros e francos suíços, para comprar carros e casas. Agora, estão expostos a pagamentos de dívida cada vez mais altos, diante da queda do forint com relação ao euro e franco suíço.

De acordo com especialistas econômicos, cerca de um milhão de húngaros vivem em domicílios sobrecarregados por empréstimos denominados em moedas estrangeiras. "As execuções hipotecárias estão crescendo explosivamente na Hungria e isso acarreta o risco de grandes problemas econômicos e sociais, capazes de prejudicar a recuperação econômica porque as pessoas não estão conseguindo pagar seus empréstimos", disse Rona.

Renata Bakonyi, 38, assistente social e mãe de três crianças, entre as quais um menino nascido três dias atrás, recordou na segunda-feira uma visita à Áustria em companhia do marido, em 2006, para obter um empréstimo de 24 mil euros (US$ 29 mil) usado para bancar a reforma da casa da família. Na época, as prestações do empréstimo com 15 anos de prazo eram de 230 euros - termos muito melhores que os oferecidos pelo banco que o casal usava na Hungria.

Dois anos mais tarde, porém, o marido de Bakonyi, soldador, perdeu o emprego quando a crise financeira derrubou o setor de construção, e ela havia deixado o trabalho para cuidar das crianças e de uma avó adoentada. Diante da queda do forint com relação ao euro, ela diz que a família não tem como pagar os 32 mil euros que ainda deve ao banco. E contou que a eletricidade foi recentemente cortada no imóvel.

"Não faço ideia do que vai acontecer", disse, pelo telefone, de seu leito em uma maternidade perto de sua casa em Letenye, sudoeste da Hungria. "O risco é de que nos arruinemos e tenhamos de enfrentar o colapso".


Dan Bilefsky, do The New York Times
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segunda-feira, junho 07, 2010

A nova Grécia? Governo húngaro admite cenário de bancarrota

Crise Europeia


por Nuno Aguiar, Publicado em 05 de Junho de 2010  |  Actualizado há 17 horas
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Governo brinca com o fogo com mensagens de consumo interno. Queimou-se e queimou o euro

O novo primeiro-ministro admitiu incumprimento da Hungria


A Hungria fez ontem a sua melhor imitação da Grécia, depois de o governo local ter admitido que o país dificilmente não enfrentaria uma crise de dívida igual à grega. O recém-eleito executivo argumenta que o estado das contas públicas é bem pior do que o anterior governo tinha revelado, admitindo mesmo um cenário de bancarrota.

Perante o pairar do fantasma grego, os mercados foram rápidos a reagir, seguiram-se fortes quedas nas bolsas europeias e a moeda única sofreu mais que nunca, chegando a cair para mínimos dos últimos quatro anos, em relação ao dólar - caiu para 1,19 dólares.

As atenções começaram a virar-se quinta-feira para o novo patinho feio da crise financeira europeia, quando Lajos Kosa, vice-presidente do Fidesz - novo partido no poder - afirmou que, devido à manipulação dos números operada pelo governo anterior, a Hungria tinha agora "poucas hipóteses de evitar uma situação como a grega". Ontem, confrontado com estas declarações, o porta-voz do primeiro-ministro não negou a possibilidade. "Foi o [antigo] primeiro-ministro Ferenc Gyurcsany que falou sobre incumprimento. Mais que isso, ele disse orgulhosamente que a Hungria está próxima do incumprimento. Disse-o há um ano e meio [...] Nesse sentido, não me parece que [as declarações de Kosa] sejam exageradas", afirmou, apontando similaridades com a Grécia. "Na Hungria, o anterior governo falsificou informação. Na Grécia também falsificaram dados. Na Grécia chegou a hora da verdade. A Hungria ainda não chegou lá."

Contudo, não deverá faltar muito para o tal "momento da verdade". O governo húngaro anunciou que este fim-de-semana ou no início da próxima semana iria revelar a verdadeira situação económica do país, o que deve significar um défice orçamental bastante superior aos 3,8% acordados com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) na sequência da ajuda recebida em 2008. Divulgados esses números, o governo prometeu apresentar um plano de combate à crise no espaço das 72 horas seguintes.

As declarações dos representantes húngaros foram lidas pelos analistas como mensagens internas, feitas com o objectivo de gerir expectativas, seja para preparar o povo húngaro, seja para tentar renegociar o plano com o FMI. "Acreditamos que os comentários dramáticos foram feitos para consumo interno e usados para criar uma cortina de fumo que deixaria o Fidesz voltar atrás em grande parte das suas promessas durante a campanha eleitoral, continuando as mesmas medidas fiscais do anterior governo, ao mesmo tempo que prepara terreno para mais um ronda de negociações com o FMI", explicou à Reuters Magdalena Polan, do Goldman Sachs. Além disso, a dívida húngara, de 78% do PIB, está muito longe dos valores da Grécia.

No entanto, o governo está a entrar num jogo perigoso, mexendo com a confiança dos investidores. O dia de ontem foi um sinal disso mesmo. Os mercados reagiram violentamente, com as principais bolsas europeias a fecharem todas no vermelho, com o espanhol Ibex35 a liderar as perdas (-3,8%), enquanto o PSI 20 caiu 2,2%. O florim húngaro caiu 5,6% em relação ao euro, mas a moeda única teve também um dia muito negativo, chegando a estar a cotar abaixo dos 1,20 dólares, o valor mais baixo dos últimos quatro anos. A moeda única continua assim a coleccionar más notícias, depois de ter sido e continuar a ser muito penalizada com a crise da zona euro.

Apesar de a Hungria ser uma economia pequena e de não estar integrada na zona euro, existe potencial para causar problemas às outras economias europeias, devido à exposição dos bancos da zona euro. Quanto a Portugal, economistas como Mira Amaral e António Nogueira Leite consideram que a exposição portuguesa à dívida grega é residual. Não sendo um país com fortes interesses empresariais portugueses - longe do peso de países como Roménia, República Checa ou Polónia -, conta porém com algumas empresas lusas. A Mota-Engil, por exemplo, está presente em Budapeste, ainda que, ironicamente, está há 18 meses a encerrar a sua subsidiária. "Começou com uma situação interna complexa, mas também tem a ver com a situação económica do país. Ainda temos actividade na Hungria, mas estamos em desaceleração", afirmou ao i Jorge Coelho. "Mas apesar de me parecerem declarações muito para dentro do país, obviamente que afectam a actividade das empresas portuguesas.", comentou ao i sobre a situação húngara. 
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Bolsa e divisa caem com temores de bancarrota da Hungria

por Agência Lusa, Publicado em 04 de Junho de 2010  





 A bolsa e a moeda da Hungria caíram hoje depois de o governo do país ter alertado que o défice das contas públicas é maior do que o esperado, mas analistas pedem cautela na análise da situação.
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A bolsa húngara perdeu hoje mais de três por cento enquanto o forint, a divisa húngara, desvalorizou em relação ao dólar e os prémios do risco da dívida pública do país subiram, com os investidores receosos de que o país esteja novamente à beira da falência.
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Já em outubro de 2008, pouco após o início da crise financeira internacional, a Hungria recebeu um empréstimo de 20 mil milhões de euros do Fundo Monetário Internacional (FMI), da União Europeia (UE) e do Banco Mundial para salvar o país.
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O primeiro-ministro Viktor Orban, que assumiu o poder no mês passado, e o secretário de Estado Mihaly Varga, disseram que o défice público seria de 7,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, quase o dobro dos 3,8 por cento estimados pelo governo socialista anterior. 
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O deputado Lajos Kosa, próximo do primeiro ministro, disse que a situação económica da Hungria é “muito crítica”.
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“O estado é comparável ao da Grécia, a falência do Estado está próxima”, reforçou.
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Os comentários dos responsáveis abalaram os mercados, receosos de que a crise da dívida e do défice grego poderia condenar a recuperação da economia tanto europeia como da zona euro. 
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Alguns analistas internacionais, citados pela agência noticiosa France Press, pediram cautela, sugerindo que o novo executivo húngaro esteja a fazer estas declarações com o objetivo de convencer o país da necessidade de medidas drásticas na economia, depois de na campanha eleitoral ter prometido o corte dos impostos. 
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Lee Hardman, economista da londrina Mitsubishi Tokyo UFJ Bank, disse à France Press que a situação na Hungria "não era diretamente comparável" à da Grécia.

*** Texto escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
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domingo, junho 06, 2010

Governo da Hungria garante que situação económica está “consolidada”

Tentativa para tranquilizar os mercados

“As declarações [sobre uma possível bancarrota do país] são exageradas”, afirmou em conferência de imprensa o secretário de Estado Mihaly Varga, que chefia a comissão de inquérito para investigar o estado da economia da Hungria.

A possibilidade de uma nova crise orçamental num país europeu causou grande agitação nos mercados financeiros na sexta-feira, com quedas acentuadas nas bolsas, principalmente em Espanha.

O porta-voz do primeiro-ministro Viktor Orban admitiu na sexta-feira à agência de informação financeira Bloomberg que a Hungria pode entrar em bancarrota, afirmando que o anterior governo socialista “manipulou” e “mentiu” sobre o estado da economia.

“Não é nenhum exagero” falar em bancarrota, disse Peter Szijjarto, na sexta-feira.

Já hoje, o secretário de Estado Mihaly Varga assegurou que “a economia húngara tem as suas fundações saudáveis e o objectivo do défice orçamental de 3,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) [a meta estabelecida pelo anterior governo socialista] pode ser mantida para 2010 se adoptarmos as medidas certas”.

Na sexta-feira, o governo da Hungria apontou para 2010 um défice orçamental entre sete e 7,5 por cento do PIB, números longínquos dos estimados pelo Banco Nacional da Hungria, que prevê um défice equivalente a 4,5 por cento do PIB.

O mesmo responsável desmentiu ainda que a situação da Hungria seja semelhante à da Grécia, depois de na sexta-feira o vice-presidente do partido que está no poder, Lajos Kosa, ter dito que a situação “é comparável à da Grécia. A falência do Estado está próxima”.

“Se há colegas que comparam a situação da Hungria à de outro país com uma situação difícil, é lamentável”, respondeu o governante.

À margem da cimeira do G20 na Coreia do Sul, o comissário europeu para os Assuntos Económicos, Olli Rehn, afirmou hoje que evocar a incapacidade de a Hungria cumprir os seus compromissos internacionais é “largamente exagerada”.

“A Hungria fez importantes progressos no controlo das suas finanças públicas nos últimos anos”, disse, acrescentando que o défice da Hungria foi reduzido em 5 por cento entre 2006 e 2009.

Por seu turno, o director-geral do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, disse hoje que ficou “surpreso” com estes desenvolvimentos.

Já em Outubro de 2008, pouco após o início da crise financeira internacional, a Hungria recebeu um empréstimo de 20 mil milhões de euros do FMI, da União Europeia (UE) e do Banco Mundial.

O novo chefe da missão do FMI na Hungria, Christoph Rosenberg, vai segunda-feira encontrar-se com o novo governo húngaro para discutir a situação e perspectivas económicas do país.

Analistas contactados pelas agências de notícias pediram cautela quanto à situação da Hungria, sugerindo que o novo executivo húngaro esteja a fazer estas declarações com o objectivo de convencer o país da necessidade de medidas drásticas na economia, depois de na campanha eleitoral ter prometido o corte dos impostos.

Notícia actualizada às 16h44

URL desta Notícia

http://publico.pt/1440646

 

Comentários 1 a 10 de 15




  1. CarlosLux . 05.06.2010 20:28
    Via PÚBLICO

    Eu tenho a receita.

    Nós temos por cá um político, que por acaso até é agora Primeiro Ministro, e que acredita que está num País super desenvolvido. É mandá-lo para a Hungria e o povo passa a viver melhor num golpe de mágica. E realmente, termos um Primeiro que afirma que ainda está por nascer um Primeiro Ministro que tenha feito tanto pelo défice, de modo que pode ir fazer uns truques com o défice dos outros. Por mim, até que pode ir para o défice que o pariu !



    • Anónimo , vlc. 05.06.2010

      RE: Eu tenho a receita.

      AMÉM



  2. Pois , Local. 05.06.2010 22:54

    O bloco central ...deles

    Os que mentem nas campanhas eleitorais e quando chegam ao poder...é o que se vê:" o novo executivo húngaro esteja a fazer estas declarações com o objectivo de convencer o país da necessidade de medidas drásticas na economia, depois de na campanha eleitoral ter prometido o corte dos impostos."Lá como cá.O neo-liberalismo a mostrar que sabe jogar com os partidos certos.Os governos neo-liberais,travestidos de socialistas e que fazem a política de direita,lá como cá...A máfia a estender a sua garra implacável sobre os povos,lá como cá...



  3. Demagogo , S.M.Infesta. 05.06.2010 19:21

    Eu acredito, são "exageradas"

    Não são a caminho do abismo, as notícias são exageradas.Ainda falta mais uma ou duas semanas para o Mundo deles mudar e passarem à fase da caminhada.... Calma, especuladores, é preciso paciência!



  4. Anónimo , .,.. 05.06.2010 16:14

    Os três insuspeitos PHIIGS...

    Portugal, Espanha, Hungria. Três países na bancarrota. Com os cumprimentos de três governos socialistas.


    Nuno , Parede. 05.06.2010

    RE: Os três insuspeitos PHIIGS...

    Esqueceu-se da Grécia, que foi governada durante 21 anos dos últimos 30 por Socialistas.




  • Atum , Mar das Caraíbas. 05.06.2010 16:03

    Arranjem outro artigo

    Que este é uma grande m.rda para comentar!




  • Anónimo , bom ja não podemos acreditar em ninguem, nem nos governos.. 05.06.2010 14:31

    bom ja não podemos acreditar em ninguem, nem nos g

    bom ja não podemos acreditar em ninguem, nem nos governos.As 8 horas estão falidos, às 12 está resolvido e às 18 está tudo rico.Enfim ingnorar os polticos e as suas leis, não pagar impostos e fazer a nossa vida à parte desta sociadade...




  • Anónimo , b. 05.06.2010 13:50

    Durao Barroso

    O discurso do governo Húngaro fez lembrar o célebre discurso "o país está de tanga" proferido pelo Durao Barroso há uns anos atrás. Assim se ve a irresponsabilidade de uns e outros. No caso do Durao, este chegou a Presidente da Comissao Europeia... Como é que possível?!



    • Anónimo , Baguim do Monte - Gondomar. 05.06.2010

      RE: Durao Barroso

      Bem lembrado caro anónimo. Por aqui se vê a irresponsabilidade destes políticos de plástico da nova vaga. Gente sem qualquer preparação nem perfil de estadistas; feitos pela televisão, pelo marketing, pelos "donos da quinta" apenas com a incumbência de cumprirem as suas ordens ou simples desígnios.



    • ACIDO MELECULAR , PORTUG.. 05.06.2010

      RE: Durao Barroso

      VERDADE DOI.... ESTAVA-MOS E ESTAMOS DE TANGA !!!




  • Miguel Ferreira , Lisboa. 05.06.2010 13:37

    O dito pelo não dito

    O dito pelo não dito pelo que não havia ter dito.




  • manelovski , figueira da foz. 05.06.2010 13:31

    OKAY

    Mais umq que deve ter recebido "luvas" valentes dos especuladores financeiros!




  • Afonso , Coimbra. 05.06.2010 13:14

    sobre a Hungria

    Em resposta a alguns comentários que só revelam ignorância de quem comenta: na última eleições da Hungria venceu a direita. A esquerda, que se encontrava no poder, mentiu sobre o verdadeiro estado das contas públicos, facto que originou um escândalo no país que acabaria por conduzir o socialismo à derrota. Nos últimos anos, houve na Hungria um grande investimento em obras públicas, causa principal do seu endividamento. A direita teve a coragem de denunciar o verdadeiro estados das contas húngaras, ao contrário do que tem sucedido noutros países europeus. Por isso, a direita húngara está de parabéns. Aliás, na Hungria está-se a pensar em reduzir o número de concelhos para metade. Oxalá o nosso PSD fosse assim. Quanto à pobreza da Hungria, há uma causa: comunismo.



    • Nuno , Parede. 05.06.2010

      RE: sobre a Hungria

      Mas isso não interessa à esquerda. O comunismo pode ter condenado milhões à miséria ou à morte, e o capitalismo pode ter tirado muitos milhões da pobreza, mas mesmo quando foi o comunismo/socialismo a arruinar uma nação, a culpa é automaticamente do capitalismo e dos neo-liberais. A esquerda é assim, e não há nada a fazer.




    1. Anónimo , lx. 05.06.2010 13:05

      Capitalismo no sru melhor…

      Vivemos num mundo de faz de conta!!!!!



    2. Paulo , Lisboa. 05.06.2010 12:30

      sim

      ahah ...então a seguir vai ser a Hungria, já não é Portugal...tambem não é de estranhar por de trás da imensamente bela capital nota-se a pobresa muito mais em Budapeste de em qualquer esquina de Lisboa... Ha muita fome na Humgria que só o grande orgulho Hungaro teima em esconder!



    3. Spitzer , Margem Sul. 05.06.2010 12:05

      O GOLPE DO HÉROI

      O clássico «golpe do héroi»: Primeiro dizem que «os senhores deixaram o país de tanga!».. Segundo dizem que «já está tudo bém porque chegou o «salvador da pátria!».Ontém, o novo governo Húngaro veio dizer que a Hungría estava falida. As agências de rating não tinham dado por isso.. mas a Hungría estava, ontém, pior do que Portugal ou mesmo que a Grécia. Mas isso era ontém.Hoje, a Hungría já tem «as Contas consolidadas».Qualquer pessoa minimamente inteligente percebe que não é de um dia para o outro que um país «consolida» as suas contas. Qualquer pessoa inteligente percebe que tudo não passou de uma tentativa, aliás muito mal executada, de alguém se fazer passar por salvador da pátria e das finanças públicas. Uma tentatíva patética porque a executaram muito mal. Deveriam aprender com os tipos do PSD português. Se os Húngaros tivessem estudado bem a lição saberiam que não se pode passar da fase 1 à fase 2 de um dia para o outro. É preciso dar tempo para que uma mudança na situação das Contas públicas seja mínimamente credível. mesmo que a situação seja a mesma, ou pior, como foi o caso no consulado de Ferreira-Leite. Mas é preciso tomar alguma medida, nem que sejam medidas placebo ...



    4. Farto dos Mentirosos , Matosinhos. 05.06.2010 11:55

      Hungria "consolidada"

      Os argumentos são sempre os mesmos. Tanto faz ser em Portugal como na Hungria. Inicialmente põem-se a dizer a verdade. Segue-se depois as solenes declarações para colocar as velhas dúvidas do é, será ou não será?... Finalmente confirma-se que a crise do capitalismo selvagem não passa de um sistema sem futuro, alicersado na mentira. Mentira igualada ao "paraíso" que vendem: Vendem Gato por lebre!!! Este sistema não serve.



    5. Sousa da Ponte , UK. 05.06.2010 11:52

      Por onde os socialistas passam

      Só deixam defices.



      • Anónimo , Ate a vitoria sempre. 05.06.2010

        RE: Por onde os socialistas passam

        Não metas o Socialismo, onde ele nos Países Capitalistas nunca existiu. O que te cria problemas é o verdadeiro socialismo. Burguesito



        • Nuno , Parede. 05.06.2010

          RE: RE: Por onde os socialistas passam

          Qual verdadeiro socialismo? O de Cuba? O que houve na URSS ou na Alemanha? Diz lá qual? Eu tenho medo de todos os socialismos, assim como qualquer uma que prese a liberdade individual acima do "bem comum".
  • domingo, maio 02, 2010

    1º de Maio na Hungria


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    munkaspart 22 de Junho de 2007 — A Magyar Kommunista Munkáspárt Majálisa.
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    Thürmer GYula hiteltelennek nevezi GYurcsány Ferencet! Ferencet!
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    terça-feira, abril 27, 2010

    Hungria entrega-se de alma e coração a Viktor Orbán


    Orbán disse que ontem foi "o fim de uma era" 
    REUTERS/Laszlo Balogh
    Por Clara Barata
     
    O próximo senhor com quem se fala em Budapeste vira o país à direita com uma maioria arrasadora, num estado em crise profunda

    A Hungria tornou-se ontem no primeiro país da antiga Europa comunista a ser governada por um partido capaz de proceder, sozinho, às mudanças constitucionais que prometeu aos eleitores. Num país afundado numa grave crise económica e social, onde surgiu uma direita radical e xenófoba, são grandes as expectativas sobre como irá Viktor Orbán, o líder do Fidesz (centro-direita) lidar com os problemas que os húngaros confiam que irá resolver.

    O Partido Socialista sai do poder, após oito anos de governação marcados pela crise que obrigaram a Hungria a ser o primeiro país da União Europeia a recorrer a um empréstimo do FMI, em 2008. Após a segunda volta das legislativas, o Fidesz conquista 263 dos 386 assentos no Parlamento, cinco a mais do que os necessários para a maioria de dois terços.

    Com esta maioria, o Fidesz poderá mudar a Constituição e a legislação que regula o sistema eleitoral, os media e os direitos de cidadania - pontos fundamentais do seu programa. Orbán, aclamado por milhares de fiéis agitando bandeiras, falou numa "revolução nas urnas" relata a AFP. "Os húngaros chegaram hoje a um acordo nacional que significa o fim da era que mergulhou o povo na pobreza e no desespero", disse Orbán.

    Ainda antes da votação de ontem, uma sondagem do Instituto Nezopont revelava que 57 por cento dos eleitores viam mais benefícios do que riscos em que o Fidesz ganhasse uma maioria de dois terços, adiantava a agência noticiosa húngara MTI.

    Os mercados financeiros olham expectantes esta maioria avassaladora, que propõe mudar a administração local, apontada como um sorvedouro de dinheiro. Orbán promete reduzir o número de eleitos locais e cortar nos orçamentos públicos. E limitar de forma drástica o número de deputados.

    O próximo primeiro-ministro tenciona também cortar os impostos e combater a corrupção - mas tem sido parco em detalhes. Isso deixa os mercados nervosos, porque os últimos anos da sua anterior experiência como chefe do Governo (1998-2002) foram marcados pelo populismo.

    A questão da nacionalidade

    Um dos primeiros gestos do próximo executivo deve ser conceder nacionalidade húngara, com passaporte e direito de voto, às pessoas de cultura magiar que vivem nos países vizinhos. São cerca de três milhões, na Ucrânia e na Roménia, entre outros, e um caldeirão de potenciais conflitos. A Ucrânia, por exemplo, não contempla a possibilidade da dupla nacionalidade. E com a Eslováquia, que fez do eslovaco a única língua oficial, já houve desentendimentos. Uma grande incógnita é a forma como lidará com o Jobbik, o partido de extrema-direita anticiganos e antijudeus, que entra pela primeira vez no Parlamento, com 16,67 por cento dos votos e 47 deputados.

    O partido liderado por Gábor Vona torna-se, quase da noite para o dia, a terceira maior força política. E tem ambições: por exemplo, a liderança das comissões parlamentares de Negócios Estrangeiros e Segurança Nacional. Para mostrar "que o radicalismo também tem um rosto profissional", disse Vona, citado pela MTI.

    Porquê estas comissões? Provavelmente porque se relacionam com as comunidades de cultura magiar no estrangeiro, tema caro aos nacionalistas, e as relações exteriores - por exemplo com a União Europeia, da qual o Jobbik quer sair.
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    Perfil

    A pátria sou eu- Orbán é um governante com planos para os próximos 20 anos

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    Viktor Orbán, o líder do Fidesz e próximo primeiro-ministro da Hungria, consegue algo inédito na Europa que até há 20 anos era comunista: ser eleito com uma maioria de dois terços. E volta ao poder, que deixou com pouca vontade, ao perder as eleições em 2002. Confrontado com os resultados das legislativas que punham fim aos seus quatro anos como primeiro-ministro, não hesitou em tentar levar os seus apoiantes para a rua para contestar os resultados, com uma frase recordada pelo Le Monde e que dá bem a entender a fibra de que é feito: "A pátria não pode estar na oposição."

    Hoje os húngaros parecem bastante satisfeitos com Orbán, que em 1989 - ainda um jovem de 26 anos - discursou na Praça dos Heróis de Budapeste exigindo eleições livres e a retirada das tropas soviéticas. Jurista de formação e estratego de longo prazo, depois da derrota de 2002 endureceu o discurso. Tornou-se o campeão das minorias húngaras que vivem nos países vizinhos após o desmantelamento da Grande Hungria pelo Tratado de Trianon, em 1920, recorda a L"Express. Tal como outros observadores, a revista francesa atribui-lhe responsabilidades no surgimento de outro partido cujo extremismo de tom retrógrado assusta a Europa - o Jobbik.

    Orbán, conservador e populista, criou um movimento de organizações populares, para lá do partido, com que pretendia mobilizar o "povo de direita" - e alguns destes "círculos cívicos" revelaram-se mais radicais e foram as sementes do grupo que se formou em torno de Gábor Vona, o líder do Jobbik.

    Racista e xenófobo, contra a União Europeia, olhando sempre para as injustiças do Tratado de Trianon, desejoso de punir o "crime cigano" e expulsar os judeus das terras magiares - um discurso odioso que parece saído dos tempos de antes da II Guerra - é o que caracteriza o Jobbik. "O Fidesz legitimou o discurso de exclusão. Preparou a cama para o Jobbik", disse à L"Express Attila Ara-Kovacs, director de um think-tank húngaro.

    Como vai agora Orbán lidar com o Jobbik é uma das incógnitas. Há quem aposte muito nele. "Ninguém brinca com Orbán. É um lutador. Se ele considerar o Jobbik uma ameaça, vai acabar com ele", disse ao New York Times Peter Rona, um economista que conhece o futuro primeiro-ministro húngaro e a sua personalidade autoritária.

    A economia é o principal desafio de Orbán - terá de gerir as condições de um empréstimo de 20 mil milhões de euros do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia. No ano passado, a economia contraiu-se 6,3 por cento, e neste ano parece estagnada. Ele prometeu criar um milhão de empregos em dez anos, mas foi parco em detalhes sobre como conseguirá isso.

    E note-se: Orbán (que fará 47 anos a 31 de Maio) tem planos para dez anos, não para os quatro do mandato para o qual é eleito.

    Num discurso no fim de 2009 previa que nos próximos 15 a 20 anos a política húngara poderia definir-se por "uma força política central", em vez do sistema dual dos últimos 20 anos, após a queda do comunismo. "Empenho-me pessoalmente em que, em vez de uma política marcada por lutas permanentes, se privilegie uma política cujo objectivo seja a governação permanente." Que se leia como se quiser. Clara Barata

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