A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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terça-feira, fevereiro 23, 2010

PC do Chile volta ao Parlamento 36 anos após Pinochet

 

América Latina

Vermelho - 5 de Fevereiro de 2010 - 20h09

Com três deputados eleitos em dezembro, o Partido Comunista volta ao Parlamento do Chile nesta quinta-feira (11), pela primeira vez desde o golpe do general Pinochet há 36 anos. Os eleitos decidiram que receberão salários equivalentes ao de um operário qualificado, entregando ao partido o resto dos vencimentos de deputado. Como prioridade, eles enfrentarão a ameaça de cassação do registro da legenda, devido à clausula de barreira vigente no Chile (de 5% dos votos ou quatro deputados).

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Guillermo Teillier (presidente do partido), Lautaro Carmona e Hugo Gutiérrez elegeram-se em 11 de dezembro, quando pela primeira vez o PC do Chile e sua coalizão de esquerda, Juntos Podemos, coligou-se com a Concertação da presidente Michelle Bachelet, para driblar o sistema eleitoral do binominalismo, herdado da ditadura de Pinochet. Paradoxalmente, no momento em que o partido de Pablo Neruda reconquistava o direito à existência parlamentar, a justiça eleitoral chilena decidiu cassá-lo, em nome da cláusula de barreira.
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A ameaça dificilmente se concretizará, apesar dos ventos de direita que sopram no país depois da eleição do presidente pós-pinochetista Sebastián Piñera Echenique. Há iniciativas para mudar a draconiana cláusula de barreira, antes ou imediatamente depois do início dos trabalhos parlamentares no dia 11, fazendo com que a eleição de um parlamentar já garanta a legalização partidária.
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Na pior das hipóteses, caso a cláusula de barreira permaneça intacta, restará ao partido a alternativa de fundir-se com um de seus aliados menores do Junto Podemos (provavelmente o MAS, Movimento Amplo Social) para assim superar a barreira.

Da redação, com agências

sábado, janeiro 23, 2010

Chile - A “Nova Direita” volta no poder - Achille Lollo

Entrada » Agência Brasil de Fato » Análise » A “Nova Direita” volta no poder
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A “Nova Direita” volta no poder

por cristiano última modificação 2010-01-20 13:33 Achille Lollo 
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Com o apoio do partido de Pinochet, centro-esquerda perde o comando do país depois de 20 anos
 
20/01/2010
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Achille Lollo
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 Alcançando a simpatia de quase 52% dos eleitores que foram votar no domingo, o empresário Sebastian Piñera – líder do agrupamento que reunificou todas as componentes conservadoras da direita chilena na “Coalicion por el cambio“ – confirmou todas as previsões ganhando o segundo turno.
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Apesar do esforço dos partidos da Concertación (Socialista, Democracia Cristã e Radicais) mais o suporte do candidato Miguel Henríquez , do Partido Comunista Chileno e da própria presidente Michelle Bachelet, o candidato do governo, o democrata cristã Eduardo Frei, obteve somente 48,12% dos sufrágios, determinando assim o fim da continuidade política do bloco da “Concertación”.
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As primeiras reações após a derrota eleitoral indicam que dentro da democracia Cristã e, sobretudo, do dito Partido Socialista haverá importantes modificações. Na Democracia Cristã há um importante setor que sustenta abrir negociações com Piñera “para evitar que o governo seja totalmente de direita”.
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Piñera e Uribe
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Após a confirmação dos resultados eleitorais, os embaixadores da Colômbia e dos Estados Unidos fizeram chegar ao presidente eleito, Sebastian Piñera, mensagens de felicitações garantindo que no dia da posse o colombiano Álvaro Uribe, a Secretária de Estado, Hilari Clinton e o próprio Obama estariam em Santiago do Chile para prestigiar Piñera. Desta forma os EUA conseguiriam definir um novo eixo estratégico na América Latina ao juntar nesse projeto o Chile com o Peru e a Colômbia.
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Uma operação politicamente perigosa para a Casa Branca, mas estrategicamente necessária do ponto de vista militar, que poderá dar consistência ao projeto de contensão da ALBA bolivariana e, conseqüentemente, reforçar o papel estratégico dos EUA através das bases instaladas na Colômbia.
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Neste contexto, o exército chileno – livre dos limites operacionais e estratégicos fixados pelos governos da Concertación – certamente vai jogar um papel importante para criar um contexto de possível instabilidade ao longo das fronteiras com Bolívia, Equador e Argentina. Uma operação que não pretende criar operações de guerra com aqueles países fronteiriços, mas que, na realidade vai permitir ao Estado Maior chileno justificar junto do governo Piñera uma maior cooperação estratégica com os EUA. O que, na realidade, significa a instalação de mais equipamentos para a espionagem atmosférica, mais bases aero-navais para dar suporte a Quarta Frota que, desta forma poderia patrulhar o mar do Caribe chegando até os portos chilenos no Oceano Pacifico.
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Refazer a oposição
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Excluindo o Partido Comunista Chileno, que conseguiu, finalmente romper o isolamento eleitoral com 6,5% dos sufrágios ao eleger dois deputados, todas as componentes do dito centro-esquerda devem reaprender a fazer política de oposição. De fato, nesses vinte anos de governo de Concertación, o Partido Socialista mudou sua estrutura ideológica, tanto que o projeto socialista do ex-presidente Salvador Allende (assassinado durante o golpe militar em 1973) e de Carlos Altamirano são apenas meras referências históricas e nada mais.
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Os 20 anos de governos alinhados ao neoliberalismo mais rígido e gerenciados, inclusive, por dois presidentes “socialistas”, Ricardo Lagos e Michelle Bachelet, também transformaram o estereótipo dos quadros dirigentes do PS, cuja grande maioria, hoje, na prática ignora o que significa fazer uma “oposição popular e de esquerda”.
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Por isso, a corrente “Socialismo allendista” optou desfiliar-se do PS para entrar do Partido Comunista.
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É claro que o grupo dirigente liderado pela Bachelet construiu uma sólida estrutura aparelhista capaz de manter viva o partido sem estar no governo e chegar as próximas eleições. Porém, o grande problema é saber em que estado o PS da Bachelet vai chegar nas próxima eleições, tendo em conta que Miguel Henríquez – filho do lendário dirigente mirista assassinado por Pinochet – vai fazer de tudo para oferecer aos desiludidos do PS um abrigo político no novo partido de oposição que será estruturado nos próximos meses.
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A volta da Direita
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Muito observadores admitem que o establishement pinochetista terá muito peso no governo de Piñera, tanto que desde já, é dada por certa a volta de dois ministros do último governo de Pinochet. As três armas, os serviços secretos e os Carabineiros, também, serão os grandes parceiros de Piñera, do momento que os estrategistas do governo prevêem muita agitação política do Partido Comunista nos meios estudantis e sindicais. De fato, as contradições sociais e econômicas do projeto neoliberal durante a Concertación foram abafadas e maquiladas para garantir a estabilidade aos governos do dito centro-esquerda. Mas, agora, os movimentos sociais, o Partido Comunista e os outros pequenos agrupamentos de extrema esquerda não deverão mais preocupar-se com o equivocado posicionamento do PS.
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Por isso, os analistas das três Armas advertem que serão o inimigo número um desse novo governo de Direita.
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Será, portanto, nesse contexto de futuros enfrentamentos que veremos se a maioria da juventude definir seu posicionamento ao lado dos movimentos sociais ou se continuará a manter sua posição abstrata rejeitando tudo ou quase tudo que se relacione com a política.
 
Achille Lollo é jornalista italiano, autor do vídeo “Quadrante informativo”.
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