A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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domingo, abril 13, 2008

Viúva presa até aos 66 anos


* Henrique Machado
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A viúva foi a grande ausente da 6.ª Vara da Boa-Hora, Lisboa, na manhã em que o colectivo de juízes lhe aplicou 23 anos de cadeia. Está internada no Hospital-Prisão de Caxias, depois da tentativa de suicídio que o CM avançou, mas vai regressar à cela na cadeia de Tires, Cascais, e fica lá até aos 66 anos. Assassinar o marido por dinheiro "é bárbaro, selvagem" – e, hoje com 48 anos, só terá direito à liberdade condicional depois de cumpridos cinco sextos do total da pena.

A homicida vai ter de cumprir os próximos 18 anos, descontado um que teve de prisão preventiva. Trocou de advogados cinco vezes, as estratégias foram várias. Ainda tentaram dá-la como inimputável. Mas o colectivo da 6.ª Vara, presidido pelo juiz Carlos Alexandre, não só ratifica praticamente na íntegra a acusação do Ministério Público como também acrescenta factos e considerações no acórdão de 169 páginas demolidoras. Nunca confessou nem se arrependeu do crime – aparentemente não tem atenuantes.

Pelo contrário, "a confissão" e o contributo "na descoberta da verdade" foram levados em conta nas penas de João Paulo e Paulo Horta, os dois carrascos de Paulo Cruz. O motorista brasileiro vai cumprir vinte anos de prisão em Portugal e é expulso do País, enquanto o cabo-verdiano foi condenado a 18.

Maria das Dores está condenada por homicídio qualificado, "atraiu o marido até ao apartamento e controlou-lhe os movimentos ao segundo, em constante articulação com João Paulo. Quis activamente a morte do marido". E os dois cúmplices ainda responderam pelo furto qualificado da carteira e relógio da vítima – já estendido no chão, morto, e com um saco de plástico enfiado na cabeça. Atado por fios eléctricos. "O que vocês fizeram foi horroroso, hediondo", foram as últimas palavras para João Paulo e Paulo Horta, antes de recolherem aos calabouços. Antes, ao ler o acórdão, Carlos Alexandre recordou um homicídio "gratuito. Por dinheiro, muito dinheiro, como nunca tinham visto na vida" – os 150 mil euros que Maria das Dores prometia.

Mataram Paulo Cruz "com uma marreta de quase cinco quilos e ainda lhe tiraram os pertences – a sociedade portuguesa tem sido vítima de homicídios bárbaros, selvagens". A utilização da marreta "foi traiçoeira, desleal" – ficando provado em tribunal, tal como constava na acusação, que foi João Paulo a sair da cozinha e desferir as pancadas fatais na cabeça do empresário. "A vítima pediu que não o matassem mas, com crueldade, quiseram que ele sofresse de corpo e alma. Um dando as marretadas; o outro segurando-lhe as pernas".

PAULO HORTA DESPEDIU-SE DA FAMÍLIA EM LÁGRIMAS

A viúva recebeu ontem a sentença numa cama do Hospital-Prisão de Caxias, enquanto os dois carrascos do marido, João Paulo e Paulo Horta, enfrentaram a sala de audiências cheia. À saída, o brasileiro manteve-se imperturbável e o cabo--verdiano chorava a olhar para a família.

PORMENORES

503 MIL EUROS

Maria das Dores e os cúmplices estão condenados a pagar uma indemnização de 503 mil euros a D., o filho menor de Paulo Cruz, pela morte do pai. A viúva paga ainda 7500 euros aos avós paternos de D. – que têm a custódia do menino – pelas despesas com a criança.

CRIANÇA PREPARADA

José Pereira da Cruz, avô de D., garante que o neto de oito anos "está psicologicamente preparado" para a condenação da mãe a 23 anos de cadeia. "Ele já transferiu todos os afectos que tinha com a mãe para os avós e tios. Neste momento não a quer ver mas, se um dia quiser ir visitá-la, eu levo-o".

"BATIA-LHE NA CABEÇA E GRITAVA: 'TEM DE MORRER'"

Paulo Cruz e Maria das Dores iam acertar pormenores do divórcio. "A última batalha", disse o empresário ao irmão João, quando se despediram a seguir ao almoço. Foi atraído pela mulher ao n.º 11 da Avenida António Augusto de Aguiar e subiram juntos, antes das 17h00. O casal vivia num condomínio do Lumiar, mas arrendava ali um apartamento há seis meses.

Maria das Dores nunca admitiu a conversa sobre o divórcio e, disse uma semana depois ao CM, iam apenas "fazer umas medições". O marido apanhou o elevador para o terceiro andar, enquanto ela, aproveitando-se da claustrofobia, subiu de escadas. O CM subiu na altura das duas formas. Sabe que Paulo Cruz só demorou 28 segundos e que a mulher, mesmo "carregada com umas folhas", não demoraria mais do que um minuto e meio a subir aqueles 79 degraus. Afinal, primeiro saiu do prédio e avisou pelo telemóvel o carrasco do marido, João Paulo.

O motorista brasileiro ainda disse em tribunal que estava dentro da cozinha quando a vítima entrou e Paulo Horta é que o matou à pancada. Mas a versão do cabo-verdiano fez prova em tribunal: o brasileiro chegou por trás e tentou acertar com a marreta na cabeça do empresário. Falhou e, depois, "só batia na cabeça e tórax enquanto gritava: ‘Ele tem de morrer’".

"HOMENAGEM A INSPECTORES DA JUDICIÁRIA"

A emoção à saída do julgamento, cinco meses depois da primeira sessão, não fez com que o pai da vítima, José Pereira da Cruz, se esquecesse de agradecer "pelo grande trabalho dos inspectores da Polícia Judiciária [Luís Fontes e Pedro Maia, o primeiro do quais esteve ontem presente na leitura da sentença]. Ninguém lhes dá o valor devido mas eles foram formidáveis", recorda ao CM. "Presto--lhes a minha homenagem porque, se estamos aqui hoje e se foi feita justiça, com a quantidade de provas apresentadas, a eles se deve". A secção de homicídios desvendou o caso em poucas semanas, prendeu os três assassinos e foi fundamental à acusação do Ministério Público.

FALTOU

David Mota, o filho mais velho da mulher que mandou matar o marido, faltou à sentença da mãe. Era testemunha de Maria das Dores mas também nunca falou. Para o pai da vítima "foi pena. Só veio aqui para se exibir" com malas e roupa de senhora

REACÇÕES

"JÁ NINGUÉM TRAZ O MEU FILHO DE VOLTA" (Maria Manuela Cruz, Mãe da vítima)

"Sair satisfeita do tribunal é sempre relativo, porque o que realmente me importa é que já ninguém traz o meu filho de volta. Mas, de qualquer forma, temos de nos conformar com as leis deste País – e sei que 23 anos foi a pena possível. Nunca vi ninguém apanhar 25 anos de prisão".

"MAIS ALGUÉM SABIA DA PREMEDITAÇÃO" (José Pereira da Cruz, Pai da vítima)

"Foi muito duro ter de repetir um crime aqui durante cinco meses, mas penso que se fez justiça. Faltou o filho [David Mota] como testemunha, que só veio cá exibir-se. Etenho a certeza que mais alguém sabia da premeditação deste crime, basta irmos ler as cartas que ela escrevia...".

"AGORA JÁ SÓ FALTA A JUSTIÇA DIVINA" (João Pereira da Cruz, Irmão da vítima)

"Para mim seriam sempre 25 anos de prisão, mas o juiz decidiu assim... De qualquer forma está feita a justiça dos homens, agora só falta a justiça divina – e espero que seja ainda mais pesada. Estou conformado com a sentença, mas o que me interessa é que o meu irmão não volta.

"NÃO É PENA MÁXIMA MAS É IMPLACÁVEL" (F. Dias Antunes, Advogado da família)

"Não é a pena máxima, como eu pedi, mas não deixa de ser implacável. Ficou provado em toda a linha a autoria de um homicídio bárbaro e selvagem – palavras do juiz. E há que ter em consideração a questão da indemnização – 503 mil euros que terão de ser pagos ao menor [filho da vítima]".

"JUSTIÇA FEITA NA OPINIÃO PÚBLICA" (Brito Ventura, Advogado da condenada)

"A convicção do tribunal há muito que estava feita. Houve enorme pressão mediática para acabar com o julgamento e encerrar a produção de prova, o que prejudicou a defesa. Vamos analisar o acórdão, mas o recurso é uma forte possibilidade. A justiça não pode derivar da opinião pública.

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in Correio da Manhã - 2008.04.10

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» COMENTÁRIOS no CM on line
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11 Abril 2008 - 02.05h | Revoltada
E o motorista brasileiro ainda vai cá estar 20 anos a comer à nossa conta e depois é que é expulso do país. Deviam de o mandar já.
10 Abril 2008 - 22.51h | Graça Afonso
Não havendo pena de morte em Portugal (que era o que esta senhora merecia), 23 anos é uma mais do que justa!
10 Abril 2008 - 19.27h | Emídio Cardoso
Enquanto o dinheiro for LEI,"estamos entregues á bicharada".Esta é a realidade "nua e crua"da nossa vida de cidadãos,que em certo dia tivemos a infelicidade de nascer-mos sem dinheiro.
10 Abril 2008 - 18.48h | Inconformado
Assim anda o nosso pseudo jet7! Sem educação sem moral vivendo das aparências! Nem o senhor que anda com malas e roupas de mulher apareceu...! Coitado do filho nunca irá receber a indemnização! onde vão arranjar esse dinheiro todo!
10 Abril 2008 - 18.44h | Maria
Que os 23 anos sejam realmente VINTE E TRES! A justica em Portugal sempre funciona!
10 Abril 2008 - 11.50h | Aires Loureiro
No país que é, aos cinquenta e picos deverá estar cá fora! (Coimbra)
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quarta-feira, abril 09, 2008

Google tem 48 horas abrir conteúdo de 3.261 álbuns do Orkut

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marcas google
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O Grupo de Combate a Crimes Cibernéticos do Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) deu 48 horas para que a empresa Google Brasil informe quais dos 3.261 álbuns de fotografia do Orkut com conteúdo bloqueado por usuários denunciados pela ONG Safernet contêm fotos de pornografia infantil. A notificação foi enviada nesta terça-feira (8) ao presidente da empresa, Alexandre Hohagen.


O prazo se encerra na próxima quarta-feira (9), mesmo dia previsto para que o MPF-SP e a empresa deponham à CPI da Pedofilia, instalada no Senado. A publicação, em qualquer mídia, de imagens de pornografia com crianças e adolescentes é crime previsto pelo artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente. A pena é de dois a seis anos de prisão.


Entretanto, o novo recurso de privacidade criado pelo Orkut, do Google, impede o acesso do Ministério Público e da polícia esses álbuns, impedindo a investigação e garantindo a impunidade dos autores. A ONG Safernet Brasil, por meio do site www.denunciar.org.br (canal oficial de denúncias conveniado ao MPF) recebeu denúncias contra 3.261 diferentes álbuns de fotografias fechados do Orkut. Essas páginas estão, na maioria das vezes, em perfis falsos feitos por pedófilos para divulgar álbuns de fotos com esse tipo de conteúdo.


Assim, apenas pessoas autorizadas pelo criador da página acessam as fotos, criando um ambiente para troca de imagens entre pedófilos. Mas os usuários do Orkut percebem que tipo de conteúdo há nesses álbuns e os denunciam, já que a página principal desses perfis geralmente são ilustradas com fotos de crianças nuas.


No documento enviado ao Google Brasil, o procurador da República Luiz Fernando Gaspar Costa, coordenador substituto do Grupo de Combate aos Crimes Cibernéticos do MPF-SP, alerta que "somente a empresa tem acesso ao conteúdo publicado". Na notificação, além das informações sobre as páginas denunciadas, o MPF pede que o Google Brasil preserve "todas as evidências necessárias" (logs de acesso, dados do usuário e fotografias que estavam nos álbuns).


Após as denúncias, vários desses perfis com álbuns fechados são retirados do ar pelo Google. Mas o Ministério Público quer a garantia de que a materialidade dos crimes seja preservada para que os responsáveis possam ser investigados e punidos. Caso o Google Brasil não atenda a notificação, poderá ser responsabilizada civil e criminalmente.


No último dia 1º de abril, a procuradora da República Fernanda Teixeira Souza Domingos Taubemblatt notificou a empresa para preservar todo o conteúdo das quase cem mil páginas denunciadas comunicadas pela Safernet Brasil nos anos de 2006 a 2008, e informar quais dos conteúdos denunciados continham indícios de crimes e/ou violação aos direitos humanos e fundamentais, conforme a lei brasileira.


Entre 2006 e 2007, a ONG Safernet registrou um aumento de 126,03% nas denúncias de pornografia infantil na internet. De 121.358 denúncias, o patamar subiu para 267.470 em apenas um ano. Desse total de denúncias, 86% refere-se ao Orkut, que hoje é o principal serviço privado de internet acessado por brasileiros.


"Cerca de 30 milhões de usuários nacionais integram hoje a rede de relacionamentos mantida pelo Google, o que justifica plenamente a atuação estatal no sentido de obrigar a empresa a engajar-se de forma mais efetiva no combate à pornografia infantil praticada em seus serviços", afirmam os procuradores no documento enviado à CPI.


O MPF-SP ajuizou, em agosto de 2006, ação civil pública contra o Google Brasil para obrigar a empresa a preservar e encaminhar dados solicitados pela Justiça Brasileira, sob pena de multa diária de R$ 200 mil por processo e indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 130 milhões em caso de condenação. Uma decisão liminar obrigou o Google a entregar os dados, mas a empresa obteve efeito suspensivo no Tribunal Regional Federal da 3ª Região.


O diálogo entre o Google e o Ministério Público Federal não avança sobre cinco tópicos: o tempo de preservação de provas, já que o MPF quer a preservação de dados por pelo menos três anos, e o Google insiste em apenas 30 dias; a preservação e encaminhamento da provas; desenvolvimento de filtros para impedir a publicação de pornografia infantil; implementação de um serviço efetivo de atendimento ao consumidor nacional, inclusive por meio de um serviço de telefone 0800; acesso das autoridades públicas aos álbuns fechados.


Da redação, com informações do Portal Imprensa

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in vermelho . 8 DE ABRIL DE 2008 - 19h53

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terça-feira, outubro 16, 2007

Máfia traficou resíduos nucleares - Itália: 'Ndrangheta sob suspeita


* Ricado Ramos com agências
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A Justiça italiana está a investigar o alegado envolvimento da máfia siciliana, a ‘Ndrangheta, no tráfico de material nuclear nos anos 80 e 90, em colaboração com responsáveis de uma empresa estatal italiana.
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Segundo o diário britânico ‘The Guardian’, oito antigos funcionários da agência de investigação energética italiana Enea terão contratado, nos anos 80, dois clãs da ‘Ndrangheta para fazer sair ilegalmente do país 600 barris de resíduos radioactivos provenientes de vários países europeus. Os mafiosos arranjaram um navio para levar os contentores para a Somália, mas como a embarcação não tinha capacidade para transportar todos os contentores, apenas 500 acabaram por seguir viagem, tendo os restantes sido enterrados na província de Basilicata.
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Pelo menos, assim o alega um mafioso ‘arrependido’, que acusa ainda a ‘Ndrangheta de ter manifestado interesse no enriquecimento clandestino de plutónio. “A ‘Ndrangheta não tem qualquer moral e, desde que haja dinheiro envolvido, não tem qualquer problema em meter-se em todo o tipo de negócios, incluindo tráfico de material nuclear”, afirmou o magistrado Nicola Gratteri.
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O ‘arrependido’ alega ainda que a máfia recebia dinheiro de responsáveis locais para se ver livre de desperdícios perigosos, incluindo resíduos hospitalares tóxicos – o método consistia em encher um navio de desperdícios e afundá-lo ao largo da costa calabresa. Os responsáveis da Enea já negaram qualquer envolvimento com a máfia ou desvio de material radioactivo, mas as autoridades judicias decidiram abrir um inquérito formal. A ‘Ndrangheta começou por dedicar-se aos sequestros, mas actualmente é uma das principais redes de tráfico de droga em Itália e na Europa. No mês passado, recorde-se, seis membros de um clã da máfia calabresa foram assassinados na Alemanha.
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OPERAÇÃO POLICIAL
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Entretanto, a polícia italiana lançou ontem na Sicília uma operação com vista à detenção de 32 membros da máfia siciliana, numa tentativa de travar a guerra em curso no clã Santapaola. Até ao final da tarde, a maior parte dos mandados de captura tinha sido cumprida, na sua maioria relacionados com tráfico de droga, corrupção e extorsão.
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VN - E isto sem falar no perigo que é o atravessamento pela cidade de Setúbal até ao porto de camiões com cargas altamente perigosas. Ou que destino dar aos materiais tóxicos. Mas notícias destas não provocaram senão um comentário dum leitor. Quanto menos se souber ... melhor!
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» Comentários no CM on line
Quarta-feira, 10 Outubro
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- assessor E por cá onde estão as toneladas produzidas durante anos a fio de resíduos tóxicos? E aquela história do camião cisterna cheio de óleo tóxico que fazia a viagem Lisboa-Porto e regresso com a torneira a correr um fiozinho?