A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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sexta-feira, dezembro 10, 2010

Lares para idosos com dignidade ou deposito de estorvos?

Idosos: Segurança Social tem vindo a encerrar 70 por ano
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Lares ilegais movimentam 31 milhões

Manuel Salvado
Alguns dos utentes ficaram no Centro de Apoio de Setúbal e outros com familiares

 

Proliferam casas clandestinas que acolhem idosos, bem como empresas ilegais de serviços ao domicílio
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  • 09 Dezembro 2010 - Correio da Manhã
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Por:Bernardo Esteves/L.M./T.L./J.T.


O lar de idosos ilegal da Charneca de Caparica, onde morreram anteontem quatro idosos, é apenas o exemplo de um negócio clandestino que movimenta por ano 31 milhões de euros, livres de impostos. A estimativa é da Associação de Apoio Domiciliário, Lares e Casas de Repouso de Idosos (ALI). Segundo esta entidade, os preços praticados pelas casas ilegais correspondem a 75 por cento do valor praticado pelos lares licenciados. A associação exige punições severas para os prevaricadores.
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O presidente do Instituto de Segurança Social, Edmundo Martinho, afirma que o número de lares clandestinos encerrados tem sido de cerca de 70 por ano. Mas o responsável da Segurança Social também admite que as casas clandestinas detectadas e encerradas são apenas a ponta do icebergue de uma realidade escondida.
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"Não sabemos que existem grande parte destes lares ilegais porque funcionam em casas particulares sem qualquer tipo de indicação. Se não forem as pessoas a fazer denúncias é muito difícil localizá-los", disse ao CM o responsável, que defende a imposição de "punições exemplares para quem explora de forma indigna as famílias".
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Para os proprietários de lares licenciados, a concorrência desleal dos clandestinos é preocupante.
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"Sabemos que há cada vez mais situações de lares ilegais na zona de Tomar, Santarém e também no Algarve. São casas pequenas, de particulares, que alojam apenas três ou quatro pessoas", denuncia José Fontainhas, de 69 anos, proprietário de um lar de idosos em Linda-a-Velha, Oeiras.
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A crise económica tem feito também surgir outras situações, como serviços de apoio ao domicílio com pessoal sem preparação ou formação para a tarefa e sem que haja um controlo por parte das entidades estatais.
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"Muitas vezes as pessoas optam por essas empresas de serviços ao domicílio com pessoas sem preparação, que encharcam os idosos em medicamentos", afirma José Fontainhas. Os últimos dados oficiais, relativos a 2006, apontavam para a existência de 1562 lares legais, que albergavam 61 mil utentes. Destes, apenas 394 pertenciam a entidades lucrativas. A maioria é gerida por Misericórdias e instituições de solidariedade social. 
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AUTÓPSIAS NÃO ENCONTRAM INDÍCIOS DE CRIME NAS MORTES
As autópsias realizadas ontem aos quatro idosos não encontraram indícios de crime. Os idosos terão morrido de paragem cardíaca, mas por razões naturais. Serão agora realizados exames toxicológicos para apurar se há qualquer substância que poderá ter provocado a falência dos órgãos, mas esses resultados vão demorar entre uma a duas semanas.
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Em conversa com o nosso jornal, a proprietária do lar admitiu nunca ter pedido alvará. "Mas tinha o que falta à maior parte dos lares, um ambiente familiar. Tratava-os a todos como família. Só não tenho o dom de lhes dar a vida. Já estavam mesmo muito velhinhos. Estavam aqui para morrer", garante Maria de Fátima Machado, de 70 anos. "Fecharam o lar, mas não olharam para a limpeza, o carinho e o amor que os velhotes aqui tinham". 
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Para manter tudo a funcionar, a proprietária tinha cinco empregadas a quem pagava 500 euros por mês e garante que o objectivo do lar não era ter lucro: "Faça as contas e veja que dinheiro é que eu lucrava. Vivo da reforma. O que faço é por gostar de ajudar quem precisa. Quem aqui estava, não tinha posses para pagar 1500 euros por mês e a Segurança Social não arranjou solução. Eu era a solução para estes velhinhos e para as famílias. Às vezes não tinham dinheiro para pagar e não foi por isso que foram postos na rua ou que os cuidados de higiene e a comida faltaram", explica Maria de Fátima, que vai entregar a vivenda arrendada (paga 1200 euros mensais) ao senhorio. "Devo ser autuada para pagar uma multa, mas vou pedir o perdão porque não devo ter dinheiro para a pagar".
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Viúva há oito anos, a dona do lar diz que lamenta tudo o que aconteceu. "Tirarem-me o lar é tirarem-me a vida", confessa.
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"FOI UMA TRISTE COINCIDÊNCIA. SEMPRE GOSTEI DAQUELE LAR"
"Tudo não passou de uma triste coincidência. Aquelas pessoas estavam lá prestes a morrer, entre os quais o meu pai". Ana de Jesus, filha de António Nabo, de 97 anos, uma das vítimas mortais, manifestou ao CM toda a sua admiração. "Eu já estava à espera da morte dele, pois estava muito mal. O facto de ter morrido na mesma noite que as outras não me surpreende, pois também se esperava a morte de duas delas", disse. Ana de Jesus diz mesmo não ter nada a apontar às pessoas do lar. "O meu pai quando foi para lá estava contente. Eu só soube depois que o lar estava ilegal, mas como o meu pai sempre foi bem tratado, comia bem, andava limpo, não me preocupei. Disse-me mesmo para não o tirar de lá". 
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Ao fim e ao cabo
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Vergonha nacional

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Apesar dos esforços das misericórdias e de outras instituições de solidariedade social, a oferta de lares para idosos é escassa para a procura. Crescem os lares ilegais. Espertalhões com poucos escrúpulos cobram fortunas. O negócio é rentável – e, desgraçadamente, desenvolve-se com a complacência de quem tem o dever de fiscalizar.
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  • 09 Dezembro 2010 - Correio da Manhã
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Por:Manuel Catarino, Jornalista


Na terça-feira, quatro idosos morreram no mesmo dia num lar selvagem da Charneca de Caparica. As explicações do presidente do Instituto da Segurança Social, Edmundo Martinho, são tão confrangedoras e lamentáveis como as mortes no lar. Uma miséria. Disse ele que a proprietária já tinha sido notificada para encerrar voluntariamente o negócio. 
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É esta maneira rasca de encarar os assuntos mais sérios que nos fazem perder a esperança na administração pública. Se o lar não tinha condições, como a Segurança Social verificou em tempo, devia ter sido encerrado imediatamente - ou não? O dr. Martinho e os serviços que dirige, apesar de escudados nas normas, na burocracia e nos procedimentos administrativos, são moralmente tão culpados como a proprietária do negócio. Lavaram as mãos e a consciência - mas não evitaram que aquela vivenda continuasse a ser uma câmara da morte lenta. A dona do lar, de resto, disse tudo: "Estas pessoas vieram para aqui para morrer."
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Dia a dia
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Depósitos de pessoas

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Se não fosse chamado o socorro para um idoso num lar de idosos clandestino na Charneca de Caparica, provavelmente nunca se saberia da morte de mais três pessoas. Trata-se de um caso macabro e triste, que nos lembra uma realidade negra deste País onde milhares de idosos são depositados em lares sem condições, mesmo que as famílias paguem pequenas fortunas de mensalidade. 
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  • 08 Dezembro 2010 - Correio da Manhã
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Por:Armando Esteves Pereira, director-adjunto


De norte a sul do País, tem havido um esforço de misericórdias e outras instituições de solidariedade para abrir novos lares. Há também exemplos notáveis de iniciativas de apoio domiciliário em que as pessoas permanecem nas suas residências. Há também algumas experiências interessantes de ‘adopção’ de idosos por parte de famílias. E com a crise e o elevado desemprego feminino, até é provável que cada vez mais voluntários estejam interessados em cuidar de idosos em casa, recebendo em troca uma contrapartida financeira. 
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Contudo, o envelhecimento acentuado da população portuguesa torna a oferta insuficiente, especialmente nas grandes áreas metropolitanas. Por haver um desequilíbrio entre a oferta e a procura, é fundamental que haja por parte do Estado, desde a Segurança Social à própria ASAE, uma fiscalização eficaz que combata os sítios sem condições onde são depositadas as pessoas mais frágeis.
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quarta-feira, setembro 01, 2010

Educação: Alerta feito ao CM pelo presidente da CONFAP

Luís Filipe Coito
Acção Social Escolar foi alargada em 2008 e, segundo o Governo, 
passaram a ser apoiados 700 mil alunos


Educação: Alerta feito ao CM pelo presidente da CONFAP

Cem mil podem perder apoios

Mais de 100 mil alunos podem perder este ano apoios do Estado para alimentação, transporte e compra de manuais e material escolares, alerta Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais (Confap). A maior estrutura representativa dos encarregados de educação teme mesmo que muitos alunos abandonem a escola por falta de recursos das famílias.
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Por:Bernardo Esteves
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"A cativação de verbas para o próximo orçamento da educação, em função do PEC II, pode ter consequências desastrosas. Temo que mais de cem mil alunos possam perder apoios", estimou ao CM Albino Almeida, acrescentando: "antevemos muitas dificuldades para as famílias. O efeito conjugado do aumento do IVA, do corte nas deduções das despesas com a educação e da retracção na Acção Social Escolar pode fazer com que muitos deixem de estudar. Sabemos que já há muitos a deixarem as universidades, esperemos que não suceda o mesmo no secundário". Em 2008, o Governo alargou a Acção Social Escolar, apoiando 700 mil alunos. Este ano, o Ministério da Educação ainda não publicou o despacho com os valores da ASE, algo que, segundo disse ao CM fonte ministerial, acontecerá "nos próximos dias". 
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sábado, julho 31, 2010

Mercado dos cruzeiros navega de vento em popa

Turismo: Número de passageiros por ano a nível mundial já ultrapassa os 14 milhões
Pedro Catarino
Neste elegante espaço de três andares, os passageiros podem tomar o pequeno-almoço e o jantar. A Royal Promenade (à direita) é como um enorme centro comercial no interior do navio.
O segundo maior paquete do Mundo, o ‘Independence of the Seas’, passou ontem por Lisboa, com mais de 3600 passageiros a bordo. O navio partiu de Southampton a 17 de Julho e já escalou Cádiz, Cagliari e Livorno, rumando agora a Vigo, antes de regressar a Inglaterra. Indiferente à crise, este é o segmento de turismo com maior pujança, prevendo-se um crescimento de 6,4 por cento este ano, com o total de passageiros a atingir os 14,3 milhões.
  • 29 Julho 2010 - Correio da Manhã
Por:Bernardo Esteves
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'É caro mas a oferta é tanta e está tudo tão bem organizado que vale a pena', disse ao CM Tony Curtis, de 53 anos, empresário de Newcastle, que faz o primeiro cruzeiro, com a mulher, Ilona, e a filha Leah. A família pagou 5044 euros por uma cabina exterior. O preço inclui tudo menos bebidas engarrafadas (uma cerveja custa quatro euros), o Spa e os restaurantes exclusivos.
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Num cruzeiro de 14 noites, os preços por pessoa vão dos 1780 euros (cabina interior) aos 3548 (suite). O navio tem teatro, pista de patinagem no gelo, discoteca com dois pisos, parede de escalada, ginásio, cabeleireiro, biblioteca e infantário. A piscina com simulador de ondas é outra atracção. Ontem, os melhores jovens portugueses praticantes de bodyboard experimentaram-na, numa prova ganha por Luísa Almeida, de 18 anos.
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O paquete produz seis toneladas de água fresca por hora e nada é deitado ao mar, sendo o lixo separado e reciclado. Lisboa começa a ser um destino de eleição, tendo recebido no ano passado 415 mil passageiros de cruzeiros, um crescimento de 27 por cento face a 2008. 'Aquela ideia de que o cruzeiro é uma coisa para a terceira idade acabou. Hoje é um produto para as famílias', diz Fernando Borges, da Melair, que representa em Portugal a Royal Caribbean, dona de 21 navios, entre eles o maior do Mundo, o ‘Oasis of the Seas’.
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PORTUGUESA TRABALHA A BORDO
Ivone Brites, de 29 anos, empregada de mesa no ‘Independence of the Seas’, aproveitou a escala em Lisboa para ver o filho Cláudio, de 8 anos. 'Tive de fazer um pedido especial para a família me vir visitar', contou ao CM esta moradora em Alverca, que trabalha no navio há duas semanas. 'Há cinco anos estive no ‘Mariner of the Seas’ e cheguei a ficar um mês sem ver a família. Agora assinei contrato por sete meses e venho a Lisboa de 15 em 15 dias.' O salário, que ronda os dois mil euros, compensa o sacrifício. A bordo só há 'mais cinco portugueses', mas em breve poderão ser seis porque o marido de Ivone, Rui Damião, instrutor de ginásio, está a tentar juntar-se à esposa no navio.
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terça-feira, julho 13, 2010

Portugal - 54 mil licenciados no desemprego

Formação: Candidaturas ao Ensino Superior iniciam-se hoje
Pedro Catarino
Em 2007, havia 43 mil licenciados em trabalhos de baixa qualificação ou não qualificados


Número de vagas para o Ensino Superior é semelhante à quantidade depessoas sem trabalho e com nível de ensino igual ou superior à licenciatura.
  • 0h30 - 2010.07.13
Por:André Pereira/P.G./J.N.P./J.S./Bernardo Esteves
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Portugal tem 54 600 desempregados com habilitações de Ensino Superior: licenciaturas, mestrados ou doutoramentos. Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE), relativos ao primeiro trimestre deste ano, o que significa mais 8,5 por cento (4300) do que no mesmo período de 2009. Hoje inicia-se a primeira fase de candidaturas ao Ensino Superior, para a qual foram disponibilizadas 53 986 vagas, quase tantas quanto o número de licenciados sem emprego.
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Perante este cenário, as perspectivas de arranjar um trabalho na área de formação são cada vez mais reduzidas. Os recém-licenciados deixam as universidades e em pouco tempo desistem de procurar um local onde possam exercer uma profissão relacionada com a sua formação. As estatísticas, mais uma vez, não podiam ser mais claras: em 2007, havia pelo menos 43 mil licenciados em trabalhos de baixa qualificação ou não qualificados, como limpezas ou construção civil.
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Raquel Seno, de 33 anos, licenciou-se em Engenharia do Ambiente há sete anos e nunca trabalhou na área. Hoje trabalha numa empresa de telecomunicações: 'Quando terminei o curso foi frustrante. Gostava de fazer algo na área, mas já não procuro nada.' João Amaral, por sua vez, esteve três anos num laboratório a exercer a profissão que escolheu. As condições de quem sobrevive em função das bolsas atribuídas aos projectos fizeram-no desistir. 'Formei-me em Biotecnologia em 1991/92 e ainda estive três anos num laboratório. Tive de desistir e desde então já tive trabalhos em várias áreas', conta.
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Licenciada em Psicologia, com uma pós-graduação em Comportamento Organizacional, Sílvia Ferreira, de 26 anos, lamenta o investimento: 'Já desisti. Só se surgir uma colocação por recomendação. De outra forma não vale a pena pensar nisso. É frustrante.'
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AUMENTO DE VAGAS EM DIREITO É 'UMA FRAUDE'
O bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, considerou ontem 'uma fraude' o aumento do número de vagas para os cursos de Direito (abriram 1330 lugares), justificando que o mercado já tem excesso de licenciados na área. 
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No dia em que foram conhecidas as vagas para o Superior público, a Ordem dos Enfermeiros divulgou os resultados de um questionário feito a enfermeiros, que indica que quase vinte por cento dos licenciados não exercem a profissão.
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PORTUGAL LIDERA FUGA DE CÉREBROS NA EUROPA
Portugal é o país da Europa em que mais licenciados partem, todos os anos, para o estrangeiro à procura de trabalho. Nos últimos dez anos foram 450 mil os diplomados no País e quase vinte por cento decidiram emigrar, de acordo com dados divulgados pela OCDE relativos a 2007. Áreas de saúde e engenharias são as mais atingidas. No estudo da OCDE, o Haiti é o país com mais alta taxa de fuga de diplomados: 83,6%.
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DEPOIMENTOS
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'INVESTI 15 A 17 MIL EUROS NO CURSO DE DESIGN', Marcos Evangelista, 27 anos, Design Multimédia, Almeirim
'Investi 15 a 17 mil euros no curso de Design Multimédia. O mercado está muito difícil. Já passei por três empresas que nunca me deram estabilidade profissional.'
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'QUIS FAZER MESTRADO MAS NÃO VALIA A PENA', Fábio Fontes, 26 anos, Tradução Inglês/Francês, Évora
'Acabei o curso de Tradução Inglês/Francês em 2006 e a ocupação temporária no Cybercenter acabou por se tornar definitiva. Ainda quis fazer mestrado, mas não valia a pena.'
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'NÃO TENHO EXPECTATIVAS DE TRABALHAR NA ÁREA', Catarina Matos, 29 anos, Geografia e Urbanismo, Lisboa
'Nunca trabalhei na área de formação, nem tenho expectativas de o fazer. Tive uns estágios profissionais, mas não consegui. Foi sempre noutras áreas, como call centers.'
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DISCURSO DIRECTO
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'PARA O ANO ABRIRÃO MAIS CEM VAGAS EM MEDICINA', Mariano Gago, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior 
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Correio da Manhã – As vagas no ensino superior voltam a aumentar. Porquê?
Mariano Gago – Portugal tem metade dos licenciados dos países desenvolvidos. Precisamos de profissionais qualificados para atrair investimento.
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– O bastonário dos Advogados reitera que há excesso de vagas em Direito.
– O curso de Direito não é só para formar advogados e magistrados, mas também para muitas outras áreas. Os alunos sabem isso.
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– As vagas de Medicina são criticadas pelo bastonário dos Médicos, que teme que não haja internato para todos os alunos.
– Já telefonei à ministra da Saúde e garantiu-me que haverá internato para todos. Para o ano abrirão mais cem vagas em Medicina e um curso novo, em Aveiro. Toda a gente sabe que há falta de médicos.
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Confirma que vinte mil estudantes podem perder apoios devido à nova fórmula de cálculo das bolsas de estudo?
– Não esperamos uma diminuição muito significativa de bolsas. A nova fórmula é mais justa e impede alunos de famílias abastadas de obterem bolsas.
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Crise: Empréstimos para pagar os estudos

Alunos pediram 128 milhões aos bancos

A época de crise económica tem levado ao aumento do pedido de empréstimos dos estudantes do ensino superior, que recorrem à linha de crédito criada pelo Governo há três anos.
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Por:Edgar Nascimento
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Em Dezembro de 2009, contabilizavam-se 11 108 empréstimos, quando no final de 2008 eram 6452 e no final do ano lectivo 2007/08 eram 3693. Até ao final de 2009, o valor do crédito contratado ascendia a 128 milhões de euros. Os empréstimos entre 10 mil e 15 mil euros foram os mais contratados (3522), seguindo-se os empréstimos entre 5 mil e 10 mil euros (2875). Dois terços dos empréstimos concedidos são para estudantes matriculados em estabelecimentos de ensino superior público e são os que frequentam cursos de Enfermagem (590) quem mais recorre ao crédito.
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O valor de cada empréstimo está relacionado com a duração do curso, num máximo de cinco anos e até cinco mil euros por ano.
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Mobilidade: Naturais do Brasil e PALOP lideram lista

Getty Images
Gabinete de Estatística do Ensino Superior analisou situação dos estudantes em Portugal

Nove mil estrangeiros estão a tirar o curso em Portugal

Representam cinco por cento dos alunos do ensino superior português, num total de 8663 estudantes. No ano lectivo 2008-09 estavam matriculados 174 mil alunos no ensino superior, dos quais 165 337 de nacionalidade portuguesa.
  • 11 Julho 2010
Por:Edgar Nascimento
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De acordo com o documento ‘Inscritos no Ensino Superior: Informação Socioeconómica’, elaborado pelo Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a maioria dos alunos estrangeiros é de nacionalidade brasileira (3813), angolana (3587), cabo-verdiana (3544) e moçambicana (876). De países europeus, são os espanhóis os que mais optam pelas instituições portuguesas para iniciar, continuar ou concluir um curso superior: 679 estavam inscritos no ano lectivo 2008-09. Seguem-se os franceses (584) e os italianos (334). Mas também há alunos provenientes de países tão distantes como a Polinésia Francesa (2) ou Vanuatu (1), ambos da Oceânia. 
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No que respeita aos caloiros estrangeiros, em 2008-09 foram 6225: África (2665), América (2111), Europa (1196), Ásia (239) e Oceânia (14). Mais uma vez, são os nascidos no Brasil e nos países africanos de língua oficial portuguesa quem lidera a lista dos estrangeiros caloiros. Do continente asiático, matricularam-se 57 chineses, 32 iranianos e 31 timorenses.
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570 COM MENOS DE 18 ANOS
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O Inquérito ao Registo de Alunos Inscritos e Diplomados do Ensino Superior, realizado pelo GPEARI/MCTES, referente a 2008-09, indica que estavam matriculados 570 estudantes com menos de 18 anos de idade: nove tinham 16 anos e 561 contavam 17 anos. No outro extremo encontravam-se os estudantes com mais de 45 anos: 16 689 (8864 mulheres). O escalão etário com mais alunos em todos os graus de ensino superior é o dos 25-34: 94 878 inscritos.
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52 MIL ENTRAM NA 1ª OPÇÃO
Quase metade (44 por cento) dos alunos inscritos pela 1ª vez no ensino superior público em 2008-09 conseguiu entrar na 1ª opção de ingresso. Na 2ª opção entraram 8422 estudantes (7,1 por cento). De acordo com o estudo do GPEARI/MCTES, 2,7 por cento ficaram colocados nas 5ª e 6ª opções (3234 alunos). No entanto, ressalve-se que 46 832 (39,7 por cento do total) não responderam a esta questão do Inquérito ao Registo de Alunos Inscritos e Diplomados. 
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