A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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terça-feira, março 22, 2011

Reflexão de Fidel Castro: A aliança igualitária

Mundo

Vermelho - 21 de Março de 2011 - 10h32

Ao anoitecer do sábado (19), depois de farto banquete, os líderes da Otan ordenaram o ataque contra a Líbia. Desde então, nada poderia ocorrer sem que os Estados Unidos reclamassem seu papel irrenunciável de chefe máximo. Desde o posto de comando dessa instituição na Europa, um oficial superior proclamou que se iniciava a “Odisseia do Amanhecer”.

Por Fidel Castro Ruz

A opinião pública mundial estava comovida com a tragédia do Japão. O número de vítimas do terremoto, do tsumani, do acidente nuclear, não parou de crescer. São dezenas de milhares de pessoas mortas, desaparecidas e irradiadas. Também crescerá consideravelmente a resistência ao uso da energia nuclear.

O mundo está sofrendo as consequências das mudanças climáticas; a escassez e o preço dos alimentos, os gastos militares e o desperdício dos recursos naturais e humanos crescem. Uma guerra era o mais inoportuno que poderia ocorrer nestes momentos.

O giro de Obama pela América Latina passou para segundo plano. No Brasil, se tornaram evidentes as contradições de interesses entre os Estados Unidos e esse país irmão. Não se pode esquecer que o Rio de Janeiro competiu com Chicago pela sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

Obama quis cortejar o gigante sul-americano. Falou da “extraordinária ascensão do Brasil” que tem chamado a atenção internacional e elogiou sua economia como uma das que crescem mais rapidamente no mundo, mas não se comprometeu nem um pouco em apoiar o Brasil como membro permanente do privilegiado Conselho de Segurança.

A presidente brasileira não vacilou em expressar sua inconformidade com as medidas protecionistas aplicadas pelos Estados Unidos ao Brasil, por meio de tarifas e subsídios, que têm constituído um forte obstáculo à economia desse país.

O escritor argentino Atilio Boron afirma que para Obama:

“…o que (…) mais interessa em sua qualidade de administrador do império é avançar para o controle da Amazônia. O requisito principal desse projeto é entorpecer, já que não pode deter, a crescente coordenação e integração política e econômica em curso na região e que foi tão importante para fazer naufragar a Alca em 2005 e frustrar a conspiração secessionista e golpista na Bolívia (2008) e no Equador (2010). Também deve tratar de semear a discórdia entre os governos mais radicais da região (Cuba, Venezuela, Bolívia e Equador) e os governos ‘progressistas’ – principalmente Brasil, Argentina e Uruguai…”

“Para os mais ousados estrategistas estadunidenses, a região amazônica, assim como a Antártida, é uma área de livre acesso, onde não se reconhecem soberanias nacionais…”

Amanhã, Obama viajará ao Chile. Chegará precedido de uma entrevista que concedeu ao diário El Mercurio, publicada ontem, domingo (20), na qual confessa que o “Discurso para as Américas” – assim o qualifica – se fundamenta em uma “aliança igualitária” com a América Latina, que quase nos deixa sem fôlego ao relembrar “A Aliança para o Progresso” que precedeu a expansão mercenária de Playa Girón.

Obama confessa textualmente:

“Nossa visão para o hemisfério (…) se baseia no conceito de aliança igualitária que tenho perseguido desde que assumi a Presidência dos Estados Unidos.

“Também terei como foco áreas específicas nas quais podemos trabalhar juntos, como o crescimento econômico, a energia, a segurança cidadã e os direitos humanos”.

"Essa visão", pontuou, tem por objetivo "melhorar a segurança comum, expandir oportunidades econômicas, assegurar um futuro energético limpo e apoiar os valores democráticos que compartilhamos”.

(...) “promover um hemisfério seguro, estável e próspero, no qual os Estados Unidos e nossos aliados compartilhem responsabilidades em assuntos chave, tanto em nível regional como global.”

Tudo como se pode apreciar maravilhosamente belo, digno de se enterrar como os segredos de Reagan, para publicar em 200 anos. O problema é que, como informa a agência DPA, segundo sondagem realizada pelo diário La Tercera, “em 2006, 43% da população chilena rechaçava as centrais nucleares”.

“Dois anos depois do rechaço, subiu para 52% e em 2010 chegou a 74%”. Hoje, depois do que aconteceu no Japão, alcança “86% dos chilenos…”

Faltaria fazer somente uma pergunta a Obama. Levando em conta que um de seus ilustres antecessores, Richard Nixon, promoveu um golpe de Estado e a morte heroica de Salvador Allende, as torturas e o assassinato de milhares de pessoas, o senhor Obama pedirá desculpas ao povo do Chile?

Fidel Castro Ruz
20 de março de 2011
20h14

Fonte: CubaDebate
Tradução de Fabíola Perez

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domingo, dezembro 12, 2010

Conferência do clima termina com acordo modesto

 
11/12/2010 - 10:14 - Veja

 

Clima

Conferência do clima termina com acordo modesto

COP-16 decide adiar de decisão de prorrogar o Protocolo de Kyoto. Apenas a Bolívia não concordou

Os 194 países que participaram da 16ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-16) adotaram neste sábado um acordo que adia a decisão sobre um segundo período de vigência do Protocolo de Kyoto e aumenta a ambição dos cortes de emissões de gases causadores do efeito estufa. Somente a Bolívia não concordou.

"Este é o resultado que nossas sociedades estão esperando. Tomo nota de sua posição (da Bolívia), que fica refletida na ata desta reunião", disse a presidente da conferência, a chanceler mexicana Patricia Espinosa, que recebeu aplausos das delegações reunidas em Cancún, no México.


Foram aprovados os dois textos de compromisso apresentados por Espinosa, um baseado na prorrogação do Protocolo de Kyoto e o outro sobre a necessidade de uma cooperação de longo prazo (LCA, na sigla em inglês). 


O acordo assinado na cidade japonesa de Kyoto em 1997 estabeleceu os objetivos obrigatórios de redução de emissões a 40 países desenvolvidos - entre eles, Japão, membros da União Europeia (UE), Austrália, Canadá e Rússia. Estão fora dessa lista os Estados Unidos, que nunca ratificaram o acordo, e China e Brasil, por serem economias emergentes.


O acordo obtido em Cancún, no México, abre caminho para criação de um Fundo Verde Climático (GCF, na sigla em inglês) dentro da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que contará com um conselho de 24 países. O documento também reconhece a necessidade de "mobilizar 100 bilhões de dólares por ano a partir de 2020 para atender às necessidades dos países em desenvolvimento".


Em relação à transparência, o texto de compromisso determina que as ações de redução das emissões com apoio internacional sejam submetidas a medição, reportagem e verificação (MRV), de acordo com pautas estabelecidas pela Convenção. O documento aprovado permite o início de um sistema de Consultas e Análise Internacional (ICA, na sigla em inglês) "de maneira não intrusiva nem punitiva e respeitosa à soberania nacional", que serão realizadas por especialistas.


O acordo também adiou a decisão sobre se haverá ou não uma segunda fase do Protocolo de Kyoto e pede aos países para aumentar seu "nível de ambição" no que diz respeito aos cortes das emissões de gases poluentes. Os compromissos da primeira fase do Protocolo envolviam a redução de 11%-16% das emissões relativas aos níveis de 1990 para o período 2008-2012, enquanto agora se propõe que eles subam a uma porcentagem de 25%-40% em 2020.


Bolívia -
A adoção desse texto de compromisso, respaldado por 193 países - exceto pela Bolívia -, levou a uma série de discursos de debate. Para a Bolívia esse compromisso é "um atentado contra as regras da Convenção e da ONU", afirmou o chefe da delegação boliviana e embaixador nas Nações Unidas, Pablo Solón, que discursou ao plenário da organização para expressar sua inconformidade.

Solón afirmou que a Bolívia "vai recorrer a todas as instâncias internacionais" para contestar o documento final da cúpula, inclusive na Corte Internacional de Justiça de Haia. Ele pediu a Espinosa que revertesse sua decisão.


A chanceler mexicana assinalou a Solón que "a regra de consenso não significa unanimidade"."Minha obrigação que cumpri foi ouvir a todos e cada uma das partes, inclusive os irmãos bolivianos, mas não posso ignorar a visão, as solicitações de 193 países que fazem parte. Portanto, a decisão tomada pela conferência é um passo para o bem coletivo", destacou Espinosa.


(Com Agência EFE)
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http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/paises-conseguem-acordo-na-cop-16-e-aumentam-ambicao-de-cortes-de-emissoes
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Japão e Europa resistem a novo período do protocolo de Kyoto

Geral

Vermelho - 10 de Dezembro de 2010 - 10h39

Com a manchete principal "Entra em coma" o Protocolo de Kyoto, o jornal “Novedades” de Cancun informa que os países desenvolvidos elaboraram um documento secreto que sepultará o Protocolo de Kyoto, cancelando os compromissos assumidos para a redução das emissões de gases de feito estufa.  

Tal formulação estaria no texto intitulado Ação Cooperativa a Largo Prazo (LCA, na sigla em inglês). Tal articulação certamente decorre da articulação de 106 países em torno das posições do G 77 e China. Trata se de uma clara ofensiva contra as posições dos países em desenvolvimento, em particular da China.

Membros da delegação da União Europeia disseram que a China não só deve afirmar que vai concretizar os compromissos assumidos, como também tem que apresentar resultados concretos. Os representantes do Japão também fizeram declarações de pressão à China, alegando que a negativa japonesa de apoiar uma segunda fase de compromissos do Protocolo de Kyoto decorre do fato de que cosideram injusto para eles e cômodo para a China, que, sendo o mais povoado do mundo, só exige que as nações desenvolvidas cumpram com os seus compromissos enquanto os chineses não esclarecem suas próprias ações, sendo um dos maiores emissores do dióxido da carbono (CO2).

Esquiva

Essas afirmações - tentativas dessas nações se esquivarem de uma prorrogação do Protocolo de Kyoto - foram duramente combatidas pelo presidente do Equador, Rafael Correa, que acusou os países ricos de boicotaram a Conferência de Cancun. Ele afirmou que será um fracasso para a humanidade e uma lástima se não for aprovado o segundo período do Protocolo de Kyoto pela prepotência dos países desenvolvidos. Disse ainda que será muito difícil que os países desenvolvidos cumpram com os compromissos.

“Temos que nos apressar porque o futuro não perdoa e em questões climáticas já perdemos muito tempo. As consequências podem ser irreparáveis e representarem um tremendo risco”, defendeu Rafael Correa.

Colaborou, de Cancun, Aldo Arantes
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Evo Morales: "Ou morre o capitalismo ou morre a mãe Terra

Mundo

Vermelho  - 9 de Dezembro de 2010 - 19h12

Evo Morales, presidente da Bolívia, fez um enérgico discurso contra o capitalismo nesta quinta-feira (9), durante a 16ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-16), que está sendo realizada em Cancún, no México.

Depois de discursar no espaço reservado aos chefes de Estado e ministros pedindo para que a natureza não seja transformada em mercadoria, o líder boliviano repetiu seu discurso aos jornalistas, em entrevista coletiva.

"Nós aprendemos a gritar 'pátria ou morte'. Agora já não se trata disso. É 'planeta ou morte'. Ou morre o capitalismo ou morre a mãe Terra", disse. Morales disse que as "potências" precisam "abandonar sua arrogância, sua soberba". "Temos que abandonar o luxo do mercado, enquanto não o abandonarmos, certamente milhões vão continuar pagando pelo luxo de alguns".

O presidente classificou a crise climática como uma das crises do capitalismo e destacou que o aquecimento global afeta a produção de alimentos. Em Cancún, Evo defendeu a prorrogação do Protocolo de Quioto e disse que a falta de acordo entre os países pode significar um "ecocídio", um "atentado à humanidade". Para ele, o mais importante é que os governos sigam a vontade dos povos. "Vamos praticar a democracia mundial".

Protocolo de Quioto

"Se mandarmos para o lixo a partir de agora o protocolo de Quioto, seremos responsáveis por um economicídio, um ecocídio, portanto, um genocídio, porque estamos atentando contra a humanidade em seu conjunto", disse também Morales.

Aplaudido pela plenária da conferência da ONU, que reúne mais de 190 países em Cancún em busca de acordos para enfrentar as mudanças climáticas do planeta, Morales afirmou que os desastres do clima já tiram 300 mil vidas anualmente e que em poucos anos o número chegará a um milhão.

"Cada um de nós, especialmente presidentes, chefes de delegações, governos, coloquem-se à altura das milhões e milhões de famílias que são vítimas do aquecimento global, das mudanças climáticas", acrescentou Morales ao pedir compromissos e eforços claros dos países.

Os países em desenvolvimento se enquadraram nesta conferência nesta reivindicação de uma extensão para além de 2012 do Protocolo de Quioto. Este é um dos grandes obstáculos das negociações, uma vez que o Japão disse que não renovará o protocolo sob a alegação de que Estados Unidos e China, os maiores emissores do planeta, estão fora do mesmo.

Da redação, com agências
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quinta-feira, agosto 05, 2010

Fidel dá ultimato a Obama para que evite guerra nuclear

América Latina
Vermelho - 4 de Agosto de 2010 - 11h46

O líder da revolução cubana, Fidel Castro, pediu, nesta terça-feira (03), ao chefe de Estado americano, Barack Obama, para que evite a guerra nuclear, em uma nova edição de suas "Reflexões" onde faz o apelo "em nome do povo de Cuba".

"Nesta ocasião, me dirijo pela primeira vez na vida ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: o senhor deve saber que em suas mãos está oferecer à humanidade a única possibilidade real de paz. Só em uma ocasião poderá o senhor fazer uso de suas prerrogativas ao dar a ordem de atirar", escreve Fidel.
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Em seu artigo, divulgado no site oficial "Cubadebate", Fidel diz que "todos em seu país, inclusive seus piores adversários de esquerda ou de direita, com segurança o agradecerão, e também o povo dos Estados Unidos, que não é em absoluto culpado da situação criada".
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O ex-presidente cubano diz compreender que não se pode esperar uma resposta rápida de Obama, mas pede para que pense bem e consulte seus especialistas, aliados e inclusive adversários internacionais.
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"Não me interessam honras ou glórias. Faça-o! O mundo poderá se libertar realmente das armas nucleares e também das convencionais", acrescenta o líder cubano. Veja abaixo a íntegra:
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Ultimato ao presidente dos Estados Unidos




Por Fidel Castro
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Há vários dias, foi publicado um artigo que continha realmente muitos fatos relacionados com o derramamento de petróleo que ocorreu há 105 dias. O presidente Obama havia autorizado dita perfuração, confiando na capacidade da tecnologia moderna para a produção de petróleo, que ele desejava dispor em abundância e liberar os Estados Unidos da dependência dos fornecimentos exteriores desse vital produto para a civilização atual. Seu excessivo consumo já havia sucitado o protesto enérgico dos ambientalistas.
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Nem sequer George W. Bush havia se atrevido a dar esse passo, dadas as amargas experiências sofridas no Alaska com um petroleiro que transportava petróleo extraído ali.
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O acidente havia sido produzido na busca do produto que se necessita desesperadamente na sociedade consumista, que as novas gerações herdaram das que as precederam, com a diferência de que agora tudo marcha a uma velocidade jamais imaginada.
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Cientistas e defensores do meio ambiente expuseram teorias relacionadas com catástrofes que ocorreram em centenas de milhões de anos com as chamadas enormes bolhas de metano, causadoras de gigantescos tsunamis que varreram grande parte do planeta que, com ventos e ondas que alcançaram duas vezes a velocidade do som e ondas de 1.500 metros de altura, liquidaram os 96% das espécies vivas.
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Expressavam o temor de que, no Golfo do México, que por alguma causa cósmica é a região do planeta onde a rocha calcária nos separa da enorme camada de metano, essa camada seja perfurada na desperada busca de petróleo com os moderníssimos equipamentos de tecnologia que hoje se dispõe.
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Em função do derramamento da British Petroleum, as agências de notícias informam que:
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"...o governo federal [dos EUA] advertiram que se mantenham distantes do epicentro das operações com a ameaça de 40 mil dólares por cada infração e a possibilidade de prisões por delitos maiores.




"...A EPA [Agência de controle ambiental dos EUA] disse oficialmente que a Plataforma Nº 1 libera metano, benzeno, sulfuro de hidrogênio e outros gases tóxicos. Os trabalhadores sobre o terreno agora usam meios avançados de proteção que incluem máscaras de gás de última tecnologia fornecidas pelos militares."
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Fatos de enorme transcendência estão se produzindo com inusitada frequência.
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O primeiro e mais imediato é o risco de uma guerra nuclear depois do afundamento do sofisticado barco de insígnia Cheonan, que, segundo o governo da Coreia do Sul, deveu-se ao torpedo de um submarino de fatura soviética – ambos fabricados há mais de 50 anos –, enquanto outras fontes comunicam a única causa possível e não detectável: uma mina colocada pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos no casco do Cheonan. De imediato, culpou-se ao Governo da Republica Popular Democrática da Coreia.
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A este estranho episódio somou-se, dias depois, a Resolução 1929 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ordenando a inspeção dos barcos mercantis iranianos em um prazo não maior que 90 dias.
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O segundo, que em parte já está produzindo seus efeitos demolidores, foi o progressivo avanço da mudança climática, cujos efeitos são ainda piores, dando lugar à denúncia do documentário "Home", elaborado por Yann Arthus-Bertrand com a participação dos ecologistas mais prestigiados do mundo; e agora, o derramamento petrolífero no Golfo do México, a poucas milhas de nossa Pátria, o que gera todo tipo de preocupações.
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No dia 20 de julho, um informe da agência de notícias EFE refere-se às declarações do já conhecido almirante Thad Allen, coordenador e responsável pela luta contra o derramamento de petróleo no Golfo do México, quem "disse que autorizou a British Petroleum, proprietária do poço e responsável do vazamento, a que continue por mais 24 horas as provas que efetua para determinar a solidez da estrutura 'Macondo', após a instalação há 10 dias de uma nova campanha de contenção".
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"Segundo os dados oficiais, há cerca de 27 mil porços abandonados no leito marinho do Golfo (...) Quando se cumprem 92 dias do acidente na plataforma da BP, a principal preocupação do Governo dos EUA é que a estrutura subterrânea do poço esteja danificada e o petróleo se infiltre através das rochas e acabe fluindo em múltiplos pontos do solo marinho."
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É a primeira vez que uma declaração oficial fala do temor de que o petróleo comece a fluir dos poços que já não são produtivos.
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Os leitores que se interessam pelo tema vão percebendo o teor sensacionalista dos dados científicos. Para mim há fatos que não tem explicação satisfatória. Por que o Almirante Allen declarou que "a principal preocupação do Governo é que a estrutura subterrânea do poço esteja danificada e que o petróleo se infiltre através das rochas e acabe fluindo em múltiplos pontos do solo marítimo"? Por que a British Petroleum declarou que não lhe podem culpar pelo petróleo que brotou a 15km do poço acidentado?
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Haveria que esperar outros 15 dias que tardaria em perfurar o poço auxiliar, que tem uma trajetória quase paralela ao que originou o derrame, a uma distância de menos de 5 metros um do outro, segundo opina o grupo cubano que analisa o problema. Enquanto isso, devemos esperar como crianças bem educadas.
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Se se confia tanto no poço paralelo, por que não aplicou-se antes essa medida? Que faremos depois se essa medida fracassar como ocorreu com todas as demais?
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Em um encontro recente que tive com uma pessoa totalmente bem informada dos detalhes do acidente, devido a interesses de seu país, soube que, pelas características e a situação ao redor do poço, não existe ali, nesse caso, o risco de uma fuga do metano.
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No dia 23 de julho não apareceu notícia alguma sobre o problema. No dia 24, a agência DPA afirma que "um eminente cientista estadunidense acusou a petroleira britânica BP de subornar especialistas que investigam a maré negra no Golfo do México para atrasar a publicação de dados, segundo denunciou a cadeia televisiva BBC", mas não relaciona essa imoralidade com dano algum na estrutura do fundo marinho, e as emanações de petróleo e os níveis bruscos de metano.
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No dia 26 de julho, os principais meios da imprensa de Londres – BBC, Sunday Times, Sunday Telegraph e outros – informaram que "em conselho da direção" da British Petroleum "decidiram hoje a saída do presidente executivo" - Tony Hayward - "pelo mal manejo que teve frente ao derrame de petróleo no Golfo do México".
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Por sua vez, Notimex e El Universal, do México, publicam que na British Petroleum "... não foi tomada uma decisão sobre mudanças entre seus executivos, e agrega que uma junta de sua direção está prevista para esta mesma tarde." No dia 27 as agências de notícias informavam que o Presidente Executivo da BP havia sido despedido.
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28 de julho. Doze informes de agências e 14 países, entre eles os Estados Unidos e vários de seus mais importantes aliados, formularam declarações constrangedoras pela divulgação, por parte da organização WikiLeaks, de documentos secretos sobre a guerra no Afeganistão. Ainda que "Barack Obama admitiu que encontra-se 'preocupado' pelo vazamento, [...] disse que as informações são antigas e não contém nada de novo."
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Foi uma declaração cínica.
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"O fundador do WikiLeaks, Julián Assange, disse que os documentos são evidência de crimes de guerra cometidos pelas forças estadunidenses."
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Tão certeiramente o evidenciaram, que comoveram até os cimentos do sigilo norte-americano. Nelas fala-se de "mortes de civis das quais nunca se informou publicamente". Criou conflitos entre as partes envolvidas nessas atrocidades.
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Sobre os riscos de gás metano emanado dos poços que não estão em produção, silêncio total.
Júlio, dia 29. Um informe da AFP informa o nunca imaginado: Osama Bin Laden era um homem dos serviços de inteligência dos Estados Unidos: "...Osama Bin Laden aparece nos informes secretos publicados pelo WikiLeaks como um agente ativo, presente e bajulado por seus homens na zona afegão-paquistanesa."
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Conhecia-se que, na luta dos afegãos contra a ocupação soviética do Afeganistão, Osama cooperou com os Estados Unidos, mas o mundo supunha que, em sua luta contra a invasão estrangeira, aceitou o apoio dos Estados Unidos e da OTAN como uma necessidade e que, já liberado o país, repudiava a ingerência estrangeira, criando a Al-Qaeda para combater os Estados Unidos.
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Muitos países, Cuba entre eles, condenam seus métodos terroristas que não excluem a morte de incontáveis vítimas inocentes. Qual não seria agora a surpresa da opinião mundial ao conhece que a Al-Qaeda era uma criação do governo desse país.
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Foi a justificativa para a guerra contra os talibãs no Afeganistão e um dos motivos, entre outros, para a posterior invasão e ocupação do Iraque pelas forças militares dos Estados Unidos. Dois países onde morreram milhares de jovens norte-americanos e grande número deles foram mutilados. Entre ambos, mais de 150 mil soldados norte-americanos estão comprometidos por tempo indefinido, e junto a eles, os integrantes das unidades da organização belicista da OTAN, e outros aliados como Austrália e Coreia do Sul.
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No dia 29 publicou-se a foto de um jovem norte-americano de 22 anos, Bradley Manning, analista de inteligência, que vazou ao sítio web WikiLeaks 240 mil documentos secretos. Não se pronunciaram sobre sua culpabilidade ou inocência. Não poderão lhe tocar nem mesmo um pelo. Os integrantes do WikiLeaks juraram fazer o mundo conhecer a verdade.
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No dia 30 de julho, o teólogo brasileiro Frei Betto publicou um artigo intitulado "Grito da terra, clamor dos povos". Dois parágrafos expressam a essência de seu conteúdo. "Os antigos gregos já haviam percebido: Gaia, a Terra, é um organismo vivo. E somos fruto dela, engendrados em 13.7 bilhões de anos de evolução. Entretanto, nos últimos 200 anos, não soubemos cudiar dela, e a convertemos em mercadoria, da que espera-se obter o máximo de lucro."
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"Hoje estão ameaçadas todas as formas de vida no planeta, inclusive a humana (2/3 da população mundial sobrevivem abaixo da linha de pobreza) e a mesma Terra. Evitar a antecipação do Apocalipse exige questionar os mitos da modernidade – como mercado, desenvolvimento, estado uninacional –, todos eles baseados na razão instrumental."
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De sua parte, nesse mesmo dia, a AFP publicou: "A República Popular China 'desaprova as sanções unilaterais' adotadas' pela União Europeia contra o Irã, declarou hoje o porta-voz da chancelaria chinesa, Jiang Yu". Do mesmo modo, a Rússia manifestou com energia a condenação das sanções dessa região estreitamente aliada com os Estados Unidos.
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No dia 30 de julho, uma matéria da AFP informa que o Ministro de Defesa de Israel declarou: "As sanções que a ONU impôs ao Irã [...] não farão suspender suas atividades de enriquecimento de urânio em busca da bomba atômica".
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No dia 1º de agosto, um correspondente da AFP informa que o "Alto chefe militar dos Guardiões da Revolução advertiu hoje os EUA contra um eventual ataque contra o Irã." "Israel não descartou uma ação militar contra o Irã para deter seu programa nuclear."
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"A comunidade internacional, encabeçada por Washington, intensificou recentemente sua pressão sobre o Irã, acusando-o de buscar dotar-se da arma nuclear com um encoberto programa nuclear civil."
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"As afirmações de Javani precederam uma declaração do chefe do Estado Maior Conjunto estadunidense, Michael Mullen, que assegurou neste domingo que um Plano de ataque dos Estados Unidos contra o Irã está previsto para impedir Teerã de dotar-se da arma nuclear."
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No dia 2 de agosto, uma matéria noticiosa da AFP de conteúdo semelhante aos das demais agências de notícias informou: "Tenho que viajar em setembo a Nova York para participar na Assembleia Geral das Nações Unidas. Estou disposto a me sentar com Obama, cara a cara, de homem para homem, para falar livremente de questões mundiais ante os meios de comunicação para encontrar a melhor solução', afirmou Ahmadinejad durante um discurso difundido pela televisão estatal."
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"Mas o presidente Ahmadinejad advertiu de que o diálogo deverá estar baseado no respeito mútuo".
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"Se acreditam que podem agitar uma vara e dizer-nos que devemos aceitar tudo o que dizem, isto não ocorrerá", acrescentou. As potências ocidentais 'não entendem que as coisas mudaram no mundo', acrescentou."
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"Vocês respaldam um país que conta com centenas de bombas atômicas mas dizem que querem deter o Irã, que poderia eventualmente ter-la um dia..."
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Os iranianos declararam que disparariam cem foguetes contra cada um dos barcos dos Estados Unidos e Israel que bloqueiam o Irã, assim que registre um mercante iraniano. De modo que, quando Obama dê a ordem de cumprir a Resolução do Conselho de Segurança, estará decretando o afundamento de todos os barcos de guerra norte-americanos naquela zona.
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A nenhum Presidente dos Estados Unidos lhe caiu tão dramática decisão. Devia prevê-lo.
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Nesta ocasião, me dirijo pela primeira vez na vida ao Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: o senhor deve saber que em suas mãos está oferecer à humanidade a única possibilidade real de paz. Só em uma ocasião poderá fazer uso de suas prerrogativas ao dar a ordem de disparar.
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É possível que depois, a partir desta traumática experiência, encontrem-se soluções que não nos conduzam outra vez a esta apocalíptica situação. Todos em seu país, inclusive seus piores adversários de esquerda ou de direita, com segurança, o agradecerão, e também o povo dos Estados Unidos, que não é de forma alguma culpado pela situação criada.
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Solicito-lhe que se digne a escutar esta apelação que, em nome do povo de Cuba, lhe transmito. Compreendo que não se pode esperar, nem o senhor daria nunca, uma resposta rápida. Pense bem, consulte seus especialistas, peça opinião sobre o assunto aos seus mais poderosos aliados e adversários internacionais.
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Não me interessam honras ou glórias. Faça-o!
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O mundo poderá se liberar realmente das armas nucleares e também das convencionais. A pior de todas as variantes será a guerra nuclear, que é já virtualmente inevitável. Evite-a!
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Fidel Castro
3 de agosto de 2010
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  • a HISTORIA sera implacavel...

    04/08/2010 22h07 As advertencias graves nas denuncias de Fidel sao gravissimas pois implicam quatoes eticas , morais e a destruiçao da civilizaçao e até da humanidade.denuncias de ameaças graves contra o emio ambiente da TERRA como um todo e pondo em risco asobrevivencia da propria humanidade.A HISTORIA será implacavel em seu veredito com o Sr. OBAMA. Será qu ele acredita mesmo que representa as "forças do bem cristãs ocidentais contra as forças do mau - muçulmanas!? Mas por que este silencio terrivel frente às palavreas de Fidel?


    Tadeu Colares
    Recife - PE


  • capitalismo senil

    04/08/2010 21h02 Muitos dos que críticam Cuba o fazem por ingenuidade e desinformação (talvez o caso dos leitores Yuri e Paulo, nesta coluna). Mas outros o fazem por pura safadeza e cara de pau, como é o caso da grande mídia, dominada pelos ideólogos do capitalismo. Dizer que Fidel é "autoritário", que socialismo é "ilusão", que as idéias de Marx não correspondem à atualidade e que a exploração do trabalho é muito mais psicológica... dá licença!O que esses "críticos" sabem sinceramente a respeito desses temas? Para criticar o cristianismo é preciso ler a Bíblia, e para criticar o socialismo/comunismo é preciso ler Marx, mas na própria fonte e não mediante intérpretes intelectualmente desonestos.


    adir claudio campos
    uberlândia - MG


  • O grande Fidel e os anões do imperialismo

    04/08/2010 18h17 O Fidel já demonstrou o quanto é profundo o seu pensamento. Os xingamentos dos submissos ao imperialismo não alteral a realidade. Quem quiser que se iluda, mas os perigos para os quais o Fidel alerta são reais.


    Luís Sá
    ´Rio de Janeiro - RJ


  • A paz ou um confronto entre civilizações

    04/08/2010 16h39 Fidel sabe das coisas e, agora como em escritos anteriores, adverte o mundo sobre o perigo. Os USA e seus mercenários de Israel querem por querem a guerra. Esta poderá ser a saída para os USA saírem da crise e avançarem na sua estratégia geopolítica de estrangular a China e a Índia, e por tabela, desmantelar os BRICs. Poderá ser também o fim das pretensões ianques por não suportar a abertura de mais um front e agravar ainda mais a crise que atravessa. Isto poderá redundar em uma conflagração mundial. Quanto a observação do senhor Yuri Seselo é tão simplista que nos faz vislumbrar as suas fontes, as mesmas que afirmavam haver armas de destruição em massa no Iraque.


    Pedro Mendes
    Manaus - AM


  • Fidel já passou do prazo de caducidade

    04/08/2010 16h25 Eu já fiquem um mês em Cuba, adorei a cultura, o povo e até admirei algumas conquistas do governo socialista. Só que não dá mais, o mundo mudou, os pressupostos criados por Marx, Lenin e Fidel não compreendem a realidade dos dias de hoje. O mundo não é mais o mesmo. Sim, ainda existe a exploração do trabalhador pelo capitalista mas hoje ela é muito mais psicológica do que por tempo de trabalho. Temos que evoluir, Lula é um exemplo claro de que é possível fazer um governo com princípios socialistas em uma comunidade capitalista, e este primeiro passo serve para buscarmos novas conquistas, Lula faz mais pelo grupo de teorias sociais do que todo o pensamento comunista.


    Paulo
    Brasília - DF


  • Ordene, comandante do medo!!

    04/08/2010 15h57
    Quando os comunistas perceberão que o "socialismo" em Cuba é uma ilusão e que Fidel é um dirigente extremamente autoritário? Alguns índices sã bons, mas outros já são horríveis. Senso crítico, camaradas! Falar mal dos EUA é fácil. Díficil é fazer diferente no seu próprio país.
    Yuri Soselo
    Altamira - PA
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sábado, janeiro 02, 2010

DW World - 2010.01.02

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