A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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quarta-feira, maio 19, 2010

Desemprego subiu para máximo histórico de 10,6 por cento

 


Desempregados oficiais vão quase em 600 mil

Público - 18.05.2010 - 11:22 Por Paulo Miguel Madeira

A taxa de desemprego continua a aumentar em Portugal, tendo no primeiro trimestre deste ano crescido para 10,6 por cento da população activa, face a 10,1 por cento no segundo trimestre do ano passado, segundo a estimativa hoje divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
<p>Mais de 590 mil pessoas não têm um posto de 
trabalho</p> Mais de 590 mil pessoas não têm um posto de trabalho
 (Adriano Miranda)


Este valor representa também um crescimento de 1,7 pontos percentuais face à taxa de desemprego observada no primeiro trimestre do ano passado (8,9 por cento), tendo a população desempregada sido estimada em 592,2 mil pessoas.

Estes valores constituem um máximo histórico quer da série de dados existente desde que o INE começou a acompanhar a evolução do desemprego, no segundo trimestre de 1983, quer desde que há registo nas séries longas do banco de Portugal, a partir de 1953, segundo o Diário Económico. Neste último caso, trata-se de desemprego em sentido lato (população activa com mais de 12 anos).

O valor agora divulgado pelo INE fica acima dos dados revelados antes pelo Eurostat para o primeiro trimestre, que apontavam para taxas de 10,3 por cento em Janeiro e Fevereiro e 10,5 por cento em Março.

O aumento do número de desempregados agora registados representa um crescimento de 5,1 por cento face ao trimestre precedente e de 19,4 por cento face ao primeiro trimestre de 2009.

Este aumento do desemprego resulta em parte da subida da população activa no país e em parte da diminuição do emprego. A população activa cresceu ligeiramente face ao trimestre homólogo e 0,3 por cento face ao trimestre anterior, enquanto o número de desempregados diminuiu 1,8 por cento face ao primeiro trimestre do ano passado e 0,3 por cento face ao último.

As mulheres continuam a ser mais afectadas pelo desemprego do que os homens, com a sua taxa de desemprego a situar-se nos 11,4 por cento, face a 9,8 por cento para os homens.

O desemprego cresceu mais nas mulheres e na população entre os 25 e os 45 anos e ainda entre aquela que tem no máximo o terceiro ciclo do ensino básico.

O INE calcula as taxas de desemprego através de um inquérito trimestral por amostragem (e por isso se diz que a taxa é estimada), a partir do qual disponibiliza valores trimestrais e anuais. A metodologia do Eurostat é diferente.

Paulo Miguel Madeira

Notícia actualizada às 13h33
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quinta-feira, maio 13, 2010

Taxa adicional de IRS vai vigorar até ao fim de 2011




Aumento do IRC só para lucros acima de dois milhões
13.05.2010 - 15:02 Por Paulo Miguel Madeira

O primeiro-ministro anunciou no final de Conselho de Ministros de hoje as novas medidas para redução do défice do Estado, onde se cria uma taxa adicional de IRS de um a 1,5 por cento, e de IRC de 2,5 por cento, para as empresas com lucros acima de dois milhões de euros.
<p>José Sócrates falava no final do Conselho de 
Ministros</p>
José Sócrates falava no final do Conselho de Ministros
 (Miguel Manso/arquivo)

José Sócrates enfatizou que estas medidas vão permitir uma descida adicional do défice face ao que estava previsto no PEC e disse que este é um “esforço absolutamente indispensável” que pede aos portugueses até ao final de 2011 – prazo durante o qual está previsto que estas medidas se mantenham em vigor.

A sobretaxa no IRS será de um por cento até ao terceiro escalão do IRS e de 1,5 por cento a partir do quarto escalão. É também introduzida uma sobretaxa de 1,5 por cento para todas as taxas liberatórias de IRS.

Haverá também a já antecipada redução dos salários dos políticos em cinco por cento, bem como dos gestores de empresas públicas, e redução das transferências para o sector empresarial do Estado. As autarquias e regiões autónomas também serão afectadas, anunciou o primeiro-ministro.

Antes do início da conferência de imprensa do Governo, foi dito aos jornalistas presentes no local que haveria uma declaração sem direito a perguntas, à excepção de uma por cada cadeia de televisão. Quando terminou a sua intervenção, o primeiro-ministro disse no local aos jornalistas estar à “disposição para as perguntas que entenderem fazer”.

As novas medidas de austeridade hoje anunciadas juntam-se à antecipação para 2010 de medidas do PEC (Pacto de Estabilidade e Crescimento) previstas para 2011, com o objectivo de acelerar o reequilíbrio das contas públicas.
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quinta-feira, abril 22, 2010

FMI revê em baixa crescimento económico de Portugal



Estimativa de 0,3 por cento em 201
Público - 21.04.2010 - 14:11 Por Paulo Miguel Madeira
    O FMI reviu hoje em baixa de uma décima, para 0,3 por cento, a previsão para o crescimento da economia portuguesa este ano. Este valor é inferior aos 0,7 por cento avançados pelo Governo no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) para 2010, acompanhada de previsões de desemprego para este ano e para 2011 mais elevadas do que as do Governo.

    <p>Esta é a segunda previsão de crescimento para 2010 
inferior à do PEC</p>  
    Esta é a segunda previsão de crescimento para 2010 inferior à do PEC
     (Bogdan Cristel/Reuters/arquivo)

    Esta é a segunda previsão de crescimento para 2010 inferior à do PEC, depois de o Banco de Portugal ter avançado no fim do mês passado com uma previsão do aumento do produto (PIB) de 0,4 por cento, revendo em baixa os 0,7 por cento que lançara no Outono.

    No contexto actual, o risco associado a um crescimento mais fraco do que o antecipado no PEC é que isso se reflicta na execução orçamental e, por essa via, no défice público com que o país se comprometeu este ano perante Bruxelas e, implicitamente, os mercados financeiros onde coloca a dívida pública.

    Em relação ao desemprego, enquanto o PEC prevê uma taxa de 9,8 por cento este ano e em 2011, o FMI prevê 11 por cento este ano e 10,3 em 2011.

    Em relação a 2011, a previsão de 0,7 por cento do FMI está próxima dos 0,8 por cento do Banco de Portugal e dos 0,9 por cento que o Governo registou no PEC.

    Na inflação, o FMI prevê 0,8 por cento para este ano e 1,1 por cento no próximo, enquanto o Governo prevê respectivamente 0,8 e 1,9 por cento, e o Banco de Portugal 0,8 e 1,5 por cento.

    No relatório hoje divulgado, o World Economic Outlook de Primavera, o FMI considera que a Europa e a zona euro estão a atravessar uma fase de recuperação moderada, como no caso da Alemanha e da França, mas desigual, com economias mais pequenas e periféricas, como a portuguesa, a espanhola, a grega e a irlandesa, a recuperarem de forma ainda mais lenta devido aos grandes desequilíbrios nas suas contas públicas.

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    sábado, abril 03, 2010

    Quem são e como são os patrões portugueses (2)

      
    65% dos trabalhadores têm o ensino primário ou o secundário PAULO PIMENTA

    Qualificação média dos patrões em Portugal é bastante inferior à dos trabalhadores

    Por Paulo Miguel Madeira
    Apenas nove por cento dos empresários têm uma licenciatura, ou seja, metade da média dos trabalhadores, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística

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    A formação escolar dos empregadores portugueses é substancialmente inferior à da população empregada, e também à dos seus colegas espanhóis e à da média dos empregadores dos 27 Estados-membros da União Europeia, segundo dados relativos a 2008.
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    As qualificações dos empregadores nacionais - que coincide com a denominação de empresários ou patrões - perdem para as da população empregada (vulgarmente designada por "trabalhadores") em todas as categorias consideradas pelo Instituto Nacional de Estatística de Portugal e pelo de Espanha, que divulgaram ontem a publicação A Península Ibérica em Números - 2009, onde constam estes dados.
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    Entre os empregados, 65 por cento tinham como nível de instrução o ensino primário ou o secundário inferior (o que se pode considerar como baixas qualificações), 16 por cento tinham o secundário superior e 18 por cento o ensino superior, contra respectivamente 81 por cento, dez por cento e nove por cento entre os patrões. Nesta diferença, pode pesar o efeito de um eventual maior peso dos trabalhadores independentes, como os empresários em nome individual, no mercado de trabalho nacional.
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    As qualificações escolares dos trabalhadores portugueses, por seu lado, são substancialmente inferiores às dos espanhóis, entre os quais 37 por cento tinham formação superior - valor que superava a média da UE, situada nos 29 por cento. No entanto, em Espanha havia um peso mais elevado de trabalhadores com o primário e secundário inferior (40 por cento) do que na UE (21 por cento).
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    Os empregadores espanhóis tinham entre si 28 por cento de pessoas com formação superior, face a 27 por cento na UE. E, também neste caso, o peso dos menos qualificados era quase o dobro do que na média da UE.
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    Em 2008, o programa Novas Oportunidades já estava no terreno, mas os seus efeitos ainda pouco se deveriam fazer sentir em termos de médias.
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    Estes dados não são novos, mas o INE apresentou-os ontem de uma forma sistematizada que facilita a sua comparação.
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    Recentemente, o Governo lançou um incentivo para que os empresários frequentem acções de formação profissional. Os que as concluírem poderão ter prioridade no acesso a programas destinados a Micro e Pequenas e Médias Empresas (PME), de acordo com a portaria publicada na segunda-feira em Diário da República. A iniciativa Formação para Empresários irá abranger cerca de 5 mil formandos.
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