A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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quinta-feira, junho 03, 2010

Dando nome aos bois: o que houve foi ‘pirataria’ e ’sequestro’

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Por Celso Lungaretti em 02/06/2010
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O número de visitantes do meu blogue deu um salto desde o ataque israelense à flotilha de ajuda humanitária a Gaza.
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.çÉ simplesmente repulsiva a forma como está sendo noticiado o episódio.
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Quase ninguém diz que se tratou de um ato de PIRATARIA. E foi. Não há outro nome para a agressão de um bando armado a embarcações civis em alto mar.
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E o que aconteceu com os ativistas que não foram mortos nem feridos pelo bando armado? Terão sido detidos, como se lê e ouve na mídia?
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Não, porque o bando armado não tinha autoridade para deter ninguém, muito menos em águas internacionais.
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O que houve não passou de um SEQUESTRO. Nem mais, nem menos. Então, nunca existiram 700 pessoas detidas, o que há são 700 pessoas sequestradas.
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Se quem as tivesse sequestrado fosse o governo de Chávez, Castro ou Ahmadinejad, a terminologia da mídia, com certeza, seria rigorosamente exata.
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Também é um embuste dá-los, agora, como deportados, já que não entraram em Israel por vontade própria, mas sim arrastados por sequestradores. Estão sofrendo mais uma violação dos seus direitos, ao não serem simplesmente soltos para ir onde quisessem, mas sim despachados na marra para um país que não escolheram.
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Em se tratando de Israel, os jornalistas pisam em ovos e são obrigados a utilizar os mais evasivos eufemismos.
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Depois, existe quem esteja perdendo tempo e desperdiçando espaço com análises sobre a ridícula alegação israelense de que seus assassinos teriam exercido o direito de autodefesa. O que não é sério, não devemos levar a sério, caso contrário nos acumpliciaremos com a desinformação
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Se qualquer barco é atacado por piratas no meio do oceano, a tripulação, sim, reage em legítima defesa.
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Os piratas, não. Eles estão simplesmente tentando neutralizar as vítimas, para concretizarem seu intento ilegal.
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Se, para tanto, as matam, o que fizeram foi cometer homicídio, por motivos vis. Ou seja, um crime dos mais crapulosos.
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Não são questões semânticas: a linguagem também pode servir para atenuar o impacto de episódios escabrosos, facilitando sua absorção e progressivo esquecimento.
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Os jornalistas que se mancomunam com esses contorcionismos retóricos, entretanto, não estão sendo imparciais, mas sim amorais. Ao contribuírem para a aceitação do inaceitável, fazem uma opção pela carreira, em detrimento da missão.
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Lembremos Brecht: “em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar”.
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Nove seres humanos valorosos deram a vida para que nada parecesse impossível de mudar. O mínimo que podemos fazer é honrar seu sacrifício.

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terça-feira, junho 01, 2010

Artigos repercutindo o ataque de Israel a uma frota de ajuda humanitária a Gaza

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 ter 01-06-2010 16:11


O nazismo sionista

Por Rolando Lazarte em 01/06/2010
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Os últimos acontecimentos no Oriente Médio, envolvendo mais um dos infindáveis atos terroristas de um estado que se diz constantemente ameaçado por terroristas, obrigam a algumas reflexões. O mundo constata, não sem estupor, que a lei do mais forte continua a preponderar nas relações internacionais, sem qualquer contrapeso das Nações Unidas, mais uma vez a reboque dos interesses dos que mandam.
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Isto não é novidade, em se tratando de Israel na sua política de genocídio contra o povo palestino. Mas isto, mesmo não sendo novo, nos leva a refletir sobre por que algumas culturas e povos que foram objeto de terrorismo de estado, tornam-se terroristas de estado. Israel mantém uma relação violenta com os palestinos desde a sua criação, e isto não é por acaso.
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Um estado de guerra permanente interessa a quem vive da guerra e para a guerra, os fabricantes de armas e os países cujos governos vivem do terror. Da ameaça de guerra e da guerra. Leia-se: Estados Unidos, Inglaterra, e seus sócios: França, Alemanha, etc. E ao mundo, o que interessa?
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O Brasil tem entrado no cenário internacional, a través da figura e da atuação do presidente Lula, para tentar o que não querem os senhores e senhoras da guerra: o diálogo, a escuta do outro, a negociação.
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As Nações Unidas dizem condenar a matança israelense dos que navegavam na barca atacada, que levava ajuda humanitária para os palestinos em Gaza. Uma condena que não condena, não é condena, todos sabemos. A ordem política internacional, na contramão da ampla caminhada da sociedade civil em prol dos direitos humanos e da coexistência pacífica entre os diferentes, continua na perspectiva e sob a égide da lei do mais forte, da prepotência, da mentira, da enganação, da impunidade. Esta nova matança judaica não pode nem deve permanecer impune. O nazismo que se esconde sob as práticas do estado sionista, deve ser condenado pelo mundo inteiro, como o está sendo.

Neonazistas: por omissão, ignorância ou ideologia

Por Herivelto Quaresma em 01/06/2010
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Benjamin Netanyahu: o nazismo vivo.
Benjamin Netanyahu: o nazismo vivo.
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“A política genocida do estado judeu com relação aos palestinos é equivalente à que foi praticada contra os judeus durante o regime nazista. Não aprenderam nada, a não ser a repetição das crueldades a que foram submetidos. E a ‘ordem internacional’, dominada pelo grande capital, deixa acontecer.”
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Com estas palavras, o escritor Rolando Lazarte, colaborador da Revista Consciência.Net, encerra o que representam os atuais mandatários do governo genocida de Israel. Praticando o conhecido e temeroso terrorismo de Estado, que o escritor Noam Chomsky há tantos anos denuncia, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu demonstrou algo que os EUA temem… no Irã: falta de confiança. Os EUA irão propor ao Conselho de Segurança da ONU sanções a Israel, pela falta de trust building?
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A saber, a imprensa internacional relatou esta segunda-feira, dia 31 de maio: em águas internacionais, as forças israelenses atacaram de surpresa o comboio de seis navios contendo ajuda humanitária, que também transportava centenas de ativistas, com mais de dez pessoas sendo mortas.
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O Relator Especial das Nações Unidas sobre a situação dos Direitos Humanos no território ocupado da Palestina, Richard Falk, um veterano funcionário da ONU, declarou que “Israel é culpado por um comportamento chocante, usando armas letais contra civis desarmados a bordo de navios que se encontravam em alto mar, onde existe liberdade de navegação, de acordo com a lei dos mares”.
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Junto com o Secretário-Geral e a Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, ele pediu uma investigação sobre o súbito ataque, observando que “é essencial que os israelenses responsáveis por este comportamento ilegal e assassino, incluindo líderes políticos que deram as ordens, sejam penalmente responsabilizados pelo seus atos equivocados”.
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Um governo que não tem a maturidade para lidar com uma situação aparentemente tão simples – ativistas que se unem para romper de modo pacífico (desde quando bola de gude é arma?!?) um bloqueio que a quase totalidade dos países condenam – não tem capacidade de possuir um arsenal militar tão poderoso.
É por isso que hoje Israel – e seu maior aliado e financiador, os norte-americanos de Barack Obama – é uma das maiores ameaças do mundo para a paz mundial. Deve ser considerado um Estado terrorista, não só pelo seu potencial destruidor, como pela completa incapacidade de dialogar com o mundo.
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E aqueles que apóiam tal terrorismo de Estado, de um modo ou de outro, são os mesmos que, junto com Hitler, apoiaram seu líder máximo no extermínio de minorias na Europa do século XX. São cúmplices deste Estado terrorista. Por omissão, ignorância ou ideologia. Tanto faz. O resultado é o mesmo: o nazismo reificado.
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A Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, afirmou que “nada pode justificar o resultado terrível dessa operação”. Infelizmente, não é assim que pensa o último prêmio Nobel da Paz, que foi nomeado tal por causa de suas “ideias de ‘boas intenções’ para reforçar o papel da diplomacia internacional e a cooperação entre os povos”. O presidente Barack Obama – este que ganhou o prêmio máximo da “paz” – expressou, segundo nota da Casa Branca, “profunda lamentação pela perda de vidas no incidente de hoje [segunda 31] e preocupação com os feridos. O presidente também expressou a importância de conhecer todos os fatos e circunstâncias sobre o trágico evento desta manhã o mais rápido possível”. Nada de um firme repúdio ao ataque: apenas o que há de mais demagogo na diplomacia
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ALEMANHA GANHA UM PONTO COM O MUNDO
Horst Koehler: para ele, a barbárie e o capital formam um belo par.
Horst Koehler: para ele, a barbárie e o capital formam um belo par.
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Pelo menos uma ótima notícia, nesta triste segunda-feira: o presidente alemão Horst Koehler renunciou. Para quem não ficou sabendo, Koehler – que é ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e aliado da conservadora Angela Merkel – foi eleito em 2004 e reeleito no ano passado, mas não suportou politicamente as críticas este mês, após afirmar que um país dependente das exportações como a Alemanha às vezes precisa defender seus interesses econômicos – indo à guerra, por exemplo.
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Koehler, coitado, se disse “mal interpretado”. Mas a gente relembra a fraca memória dele. Em entrevista publicada dia 20/09/2002 no jornalHerald Tribune, este mesmo cidadão alemão declarou: “Uma ação militar de curta duração contra o Iraque tem um impacto menor na economia mundial e, inclusive, poderia ter um efeito positivo, ao eliminar a incerteza que paira no mercado financeiro internacional, suscitada pela atual situação”. A declaração teve repercussão na matéria “FMI acha guerra positiva” um dia depois, no Jornal do Brasil.
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Na época, a Revista Consciência.Net publicou, a respeito: “Além de reconhecimento pelo ‘bom senso’ de sempre, estes dirigentes deveriam ganhar algum tipo de prêmio neonazista de bizarrices sociológicas. Atualmente, Koehler é o presidente alemão, o que por lá não quer dizer muita coisa.” [aqui e aqui]
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Portanto, nada de novo. É o mesmo Horst Koehler, um desses senhores caducos que vaga pelo mundo com muito poder e dinheiro. Poderiam perfeitamente se aposentar, prestando um grande serviço à Humanidade.

Xeque à ONU

Por Celso Lungaretti em 01/06/2010
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Tanta gente destaca as semelhanças entre a Alemanha nazista e Israel que nem vou me dar ao trabalho de relacionar os pontos comuns. Saltam aos olhos.
Só acrescentarei um, que até agora tem passado despercebido.
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A impotência da Liga das Nações em conter Adolf Hitler levou à sua dissolução.
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Se a Organização das Nações Unidas, que a sucedeu, continuar sendo incapaz de enquadrar Israel, também não terá razão nenhuma para continuar existindo.
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Que seja dissolvida, pois, evitando dispêndios cuja única contrapartida, nas situações agudas, tem sido a produção de retórica inócua.
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Pois o que acaba de acontecer, por mais que a propaganda israelense tente embaralhar e maquilar os fatos, não passou de um ataque pirata, em águas internacionais, contra embarcações que cumpriam uma missão humanitária.
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Houve pessoas assassinadas e houve pessoas sequestradas; uma ofensa gravíssima a nações livres e a seus cidadãos.
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Isto não pode ser aceito passivamente, de forma nenhuma.
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Assim como não poderiam ter ficado sem resposta enérgica os horrores denunciados no Relatório Goldstone.
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Assim como não poderia estar sendo permitido que um país com liderança tão insensata e truculenta desenvolva um projeto nuclear sem controle internacional de nenhuma espécie..

Respaldado no poder econômico e de mídia de judeus do mundo inteiro, Israel aplica, há décadas, a lei do mais forte.
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A ONU terá de agir da mesma maneira, se quiser ser respeitada: fazendo valer a força maior de que teoricamente dispõe.
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Para começar, exigindo o imediato levantamento do bloqueio israelense a Gaza.
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Depois, impondo a rigorosa apuração desse episódio de pirataria em alto mar, seguida da não menos rigorosa punição dos responsáveis.
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E passando a colocar em mesmíssimo plano, na discussão de sanções contra projetos nucleares clandestinos, os casos do Irã e de Israel.
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Ou o que vale para um vale para o outro, ou é melhor deixarmos de palhaçada. Da forma parcial como está equacionando o problema, a ONU perde toda autoridade moral.
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Israel colocou a sucessora da Liga das Nações em xeque; cabe-lhe decidir se é mate ou ainda tem fibra para virar o jogo.
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Só existe uma certeza: se não sair da posição defensiva, sua derrota será inevitável.
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E o mundo virará terra de ninguém, com a prevalência da força sobre a razão, como Israel tudo faz para que aconteça.


domingo, fevereiro 07, 2010

Premiê italiano fará visita ao Brasil em fevereiro e provoca reações ao apoiar os crimes de guerra


 

Mundo

Vermelho - 4 de Fevereiro de 2010 - 19h35

Celso Lungaretti: Berlusconi vem aísupostamente cometidos por Israel na agressão à Faixa de Gaza em 2009. "Berlusconi, que já escapou pela tangente de ser punido pela cobertura política que dava à Máfia siciliana nos anos 90, aspira à impunidade sem inocência também nos processos de fraude fiscal e suborno dos quais é reu", comenta o jornalista Celso Lungaretti em seu blog. Leia a íntegra do artigo a seguir.

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Três notícias da semana sobre o premiê italiano Silvio Berlusconi, que estará chegando ao Brasil ainda neste mês de fevereiro: em visita oficial a Israel, qualificou de "injusto" o Relatório Goldstone, já aprovado pela ONU, segundo o qual o estado judeu "cometeu crimes de guerra e, possivelmente, contra a humanidade", no início do ano passado, quando de seus ataques devastadores na faixa de Gaza. Para Berlusconi, Israel tinha "direito de se defender dos foguetes lançados contra seu país".
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Também somou sua voz à dos que pregam uma intervenção estrangeira no Irã, além de cometer o exagero de comparar Ahmadinejad a Hitler ("O problema de segurança é fundamental para Israel. Agora ainda mais, porque há um Estado que prepara uma bomba atômica para usá-la contra alguém. Um Estado com um líder que nos recorda personagens nefastos do passado").
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Enquanto isto, na Itália, sua bancada na Câmara dos Deputados conseguiu fazer aprovar um projeto de lei que, caso obtenha também a anuência do Senado, lhe permitirá driblar eternamente a Justiça, pois bastará alegar compromissos oficiais para não ser obrigado a atender as convocações judiciais.
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É chocante que num país do 1º mundo, em pleno século 21, sejam sequer tentados tais casuísmos descarados.
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Berlusconi, que já escapou pela tangente de ser punido pela cobertura política que dava à Máfia siciliana nos anos 90, aspira à impunidade sem inocência também nos processos de fraude fiscal e suborno dos quais é reu.
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Abusando vergonhosamente de sua condição de primeiro-ministro, tenta escapar da Justiça mudando as regras do jogo, ao impulsionar a introdução de leis que o beneficiam.
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Caso do projeto para que seja reduzido o prazo de prescrição de processos judiciais cujas penas totalizem menos de dez anos, à espera de votação na Câmara. Se transformado em lei, por coincidência, fará com que os processos contra Berlusconi prescrevam imediatamente.
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A primeira tentativa que o Executivo e o Legislativo italianos fizeram para atar as mãos do Judiciário foi a promulgação de uma lei conferindo imunidade penal aos ocupantes dos quatro cargos mais altos da administração pública do país.
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Isto mantinha Berlusconi a salvo dos processos judiciais até 2013, quando findará seu patético mandato. Mas, o Tribunal Constitucional, instância suprema do Judiciário do país, varreu essa imundície -- que, entretanto, também estão tentando retirar da lixeira...
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Celso Lungaretti é jornalista e escritor e mantém os blogues
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http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/
http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/

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