A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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domingo, fevereiro 21, 2010

População vai às ruas contra 3º mandato consecutivo de Uribe

América Latina

Vermelho - 19 de Fevereiro de 2010 - 17h15

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No dia 6 de março, mobilizações localizadas em várias cidades da Colômbia pretendem levar a população às ruas para dizer "não" à reeleição do atual presidente Álvaro Uribe e à perpetuação de sua política de Segurança Democrática e Estado Comunitário. Pessoas de todos os lugares do mundo estão sendo chamadas a realizar atos simbólicos de apoio à causa.

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Após uma modificação na Constituição do país, Uribe conseguiu, em 2006, sua primeira reeleição. Há alguns meses, o Congresso colombiano aprovou um projeto de lei acerca da convocação de um referendo que permitiria ao presidente tentar a segunda reeleição ainda neste ano. No momento, a Justiça do país está analisando o projeto do referendo. A decisão ainda pode demorar 60 dias para ser divulgada.
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Álvaro Uribe ainda não confirmou se realmente pretende tentar o terceiro mandato consecutivo, contudo algumas de suas recentes declarações deixaram implícita a aspiração. Na sexta-feira (12), Uribe afirmou em entrevista à Rádio Z que um período de oito anos é pouco tempo para recuperar a segurança de um país que em 200 anos de vida independente teve 47 anos de paz. Também foi colocada em dúvida as intenções e capacidades dos pré-candidatos de levarem adiante as políticas de segurança já iniciadas.
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Atentos a esta possibilidade, movimentos sociais organizados na Colômbia, entre eles o Movimento de Vítimas de Crimes do Estado Colombiano (Movice), estão se articulando e convidando a população a fazer o mesmo para que a legislação não seja novamente ferida e com isso sejam perpetuadas políticas opressoras e de desrespeito aos direitos humanos.
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Em carta de manifesto e convite, o Movice chama a sociedade colombiana a participar das iniciativas de mobilização pacífica "contra a reeleição da segurança democrática e do estado comunitário". Os pré-candidatos à presidência também são convocados a manter distância das políticas implementadas por Uribe e a se comprometerem com uma política pautada na verdade e que gere paz com justiça.
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Também são relatados uma gama de motivos que explicitam porque é preciso dizer não à segunda reeleição de Álvaro Uribe. As constantes violações aos direitos humanos, a criminalização e perseguição da oposição política, o exílio, a imposição de um modelo econômico que intensifica a pobreza, os deslocamentos forçados e a destruição da biodiversidade são apenas alguns dos motivos apresentados.
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Segundo análise do Movice, nos últimos oitos anos de governo de Álvaro Uribe um dos fatos mais vergonhosos foi a implantação da "Lei de Justiça e Paz", que tem como característica principal a manutenção da impunidade. "Dos 35.353 paramilitares que se desmobilizaram, só 698, ou seja um 1.98%, estão sendo processados pelos delitos cometidos e só um foi condenado, condenação que foi anulada pela Sala de Cassação Penal da Corte Suprema de Justiça".
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Para provar que as políticas de Uribe também violam os direitos humanos, o Movice relembrou que desde sua fundação, em junho de 2005, seus membros já foram vítima de constantes perseguições. São contabilizados cerca de 170 casos entre assassinatos seletivos, desaparecimentos forçados, detenções e ameaças.
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Outras políticas de Uribe estão relacionadas à libertação de militares envolvidos em execuções extrajudiciais; falta de credibilidade do Departamento de Segurança; entreguismo dos recursos naturais do país; aumento dos deslocamentos forçados; privatização de setores públicos; precarização do trabalho e demissões em massa.
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Fonte: Adital
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  • 80% ?

    20/02/2010 14h58 a imprensa estadounidense e imprensa colombiana bancada pelos EUA é que divulga essas informações. Não temos nenhuma prova e nem um instituto de pesquisa sério por trás dos 80%. Os carniceiros do Brasil, principalmemte durante o governo Médici, tinha lá seus 70 e tantos % de aprovação, mas ainda assim as pessoas passavam fome e viviam com medo, foi também na era Médici com lá seus 70 e tantos % de aprovação que a criminalidade começou a crescer no Brasil. Foi também na era Médici que minha família passou fome pois não tinha trabalho. Talvez a aprovação alta que eles dizem é a opinião da elite, pois para os carniceiros da direita e cadelas do império o povo só serve para a escravidão e não deve ter voz.
    José Afonso
    Belo Horizonte - MG
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  • População vai à.s ruas...

    20/02/2010 10h13 Uma pessoa minimamente informada sabe dos desmandos de uribe. Ele próprio com processos na justiça por envolvimento com drogas e assassinatos: o irmão ´foi preso por envolvimento com os mesmos crimes. Incentivador e mandante dos grupos paramilitares, a corrupção grassa no governo, utilizando recursos colombianos e recursos "ditos" ianques.Uma irmã de minha esposa está lá e vê de perto a chacina há anos perpertrada com os cidadãos colombianos...
    Antonio Carvalho
    Itabuna - BA
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  • "É Hora de Defendermos Com Mais Vigor Os Direitos Humanos Na Colômbia!"

    19/02/2010 20h09 A questão da Colômbia merece uma reflexão especial por parte dos governos e movimentos democráticos em todo o mundo.Há que se buscar ou criar ,no âmbito das organizações de direitos humanos,mecanismos mais eficazes de retaliação às práticas de violação do direito à vida,à eliminação física da oposição,em números que ,no passado,só eram imputáveis a ditaduras sanguinária como as de Pinochet.A legislação internacional,bem como os organismos de defesa dos direitos humanos parecem ser incapazes de repercutir e agir nesta nova conjuntura,ensejada pelo surgimento de regimes sanguinários fascistas, acobertados por uma por uma fachada pseudo-democrática.Desenvolver os antídotos para enfrentar este novo modus operandi inspirado nos bastidores da CIA,para substituir a época das ditaduras militares, não é de pouca importância para o futuro da democracia em nosso continente.Basta notar que esta mesma tática já foi estendida a outros países como Honduras.Basta de assassinatos na colômbia!
    Darcy Brasil Rodrigues da Silva
    Rio de Janeiro - RJ
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  • 80% de aprovação (???)

    19/02/2010 19h37 O Governo Uribe, facista e sabujo do Imperialismo Norte-americano (veja a imposição das bases militares na Colombia), que já elimenou centenas de milhares de lideranças dos segmentos que são da oposição, é o mesmo que diz que 80% da população aprova seu governo. Agora, mesmo que fossem os 80%, isto não impede que os demais assumam com coragem patriótica a defesa de outro governo, democrático e soberano, mesmo que isto também lhes custe a vida. Ou o cearense Felipe quer que o povo colombiano morra agachado?
    José Martins
    Cruz Alta - RS
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  • População?

    19/02/2010 18h31
    Uribe tem uma aprovação de quase 80% da população ao seu governo. A matéria fala como se a opulação da Colômbia estivesse insatisfeita com o governo, o que é uma grande mentira.
    Filipe
    Fortaleza - CE
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terça-feira, julho 21, 2009

Farc reiteram proposta de acordo com governo da Colômbia



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As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) ratificaram hoje sua disposição para buscar "um grande acordo nacional pela paz" em um comunicado difundido por ocasião do 199º aniversário da independência do país.

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"É necessário [buscar] um pacto social que faça tremular a bandeira da pátria [e respeite] a soberania do povo, as garantias sociais e a felicidade de todos", diz a nota. Para tanto, prossegue o texto, "defendemos a construção de uma alternativa política de unidade para a mudança".
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No documento, a guerrilha afirma que "põe suas armas a serviço das mais caras necessidades de justiça e liberdade dos colombianos, e de suas iniciativas que apontam para a solução política do conflito" armado vivido pelo país.
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As Farc ainda questionam o Tratado de Livre Comércio (TLC) entre Colômbia e Estados Unidos, lembrando a ocorrência de "execuções extrajudiciais" praticadas pelas Forças Armadas do país sul-americano.
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As violações de direitos humanos atribuídas a membros da força pública são citadas por parlamentares norte-americanos, sobretudo os da bancada democrata, para não aprovar o acordo comercial, firmado em 2006.
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Na cidade de Tame, localizada no departamento de Arauca, fronteira com a Venezuela, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, celebrou o aniversário da independência e afirmou que o Exército está ajudando o país a "obter uma nova independência, que é a independência em relação ao terrorismo".
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O mandatário encabeçou a principal celebração da data nacional. Em diferentes regiões colombianas, centenas de atos estão sendo realizados.
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Em Tame, Uribe assistiu a um desfile militar. "Este não foi um desfile de ostentação, mas de afeto ao povo de Arauca, de reconhecimento à luta pela independência e de uma devoção que está nos ajudando a conseguir uma nova independência, que é a independência em relação ao terrorismo", ressaltou.
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Fonte: Ansa
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in Vermelho - 20 DE JULHO DE 2009 - 20h19
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quarta-feira, junho 03, 2009

À semelhança da Gestapo


* Sidnei Liberal
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" – Boa tarde, me chamo Rodrigo Rosenberg Manzano; se você está vendo ou ouvindo esta mensagem é porque fui assassinado. Foi mesmo, mas esse respeitado advogado deixou registrado no vídeo o nome dos assassinos: o presidente da República, Álvaro Colón, sua mulher e um de seus ministros, tudo, segundo Rosenberg, para encobrir irregularidades em um banco público e ligações com o crime organizado”.

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Assim relatou o jornalista Clóvis Rossi na Folha de S Paulo nesta sexta-feira, 29/5, não sem antes se incomodar pelo fato de a mídia brasileira tratar pouco da atual crise guatemalense. Não sem lhe parecer “evidente que o crime organizado estendeu seus tentáculos à política e ao aparelho de Estado, como já o havia feito na Colômbia e, agora, no México”. Assuntos completamente alheios aos brasileiros, por conta da mídia.

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Colonizada, a nossa imprensa se “tranquiliza”, pelo fato de Colón afirmar que “o vídeo era parte de uma conspiração para desestabilizar seu governo”. Claro, claríssimo! Na Colômbia só pode ser parte da estratégia midiática das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, FARC. No México, onde operações do Exército e da Polícia Federal prenderam quase trinta prefeitos, “excesso de zelo” dos que combatem o narcotráfico.

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Errado. Esses fatos, principalmente no que se refere à mídia, não deveriam surpreender a quem, como Rossi, sabe das entrelinhas do poder da nossa imprensa e da imprensa internacional. Veja-se o caso dos testes nucleares da Coréia do Norte: um corre-corre da “comunidade internacional” que nem de longe foi visto quando – mesmo proibidos por acordos multilaterais – a França, o Paquistão e a Índia pipocaram seus artefatos letais.

Nem pelo fato de estar tão perto de nós, a Colômbia incomoda os donos da notícia. Ali, Jorge Noguera, ex-diretor do DAS (principal agência de inteligência colombiana), homem de confiança do presidente Uribe Vélez, será julgado pela Corte Suprema de Justiça pelos assassinatos de sindicalistas, políticos da oposição e militantes de direitos humanos, que denunciaram o pacto entre o para-militarismo e a cúpula do poder.

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As informações são da Agência de Notícias Nova Colômbia – ANNCOL (*) – que, ao mesmo tempo, denunciou a participação do procurador geral, Alejandro Ordóñez, e da grande imprensa nacional, no processo de manobras de ordens jurídica e midiática para ocultar o terrorismo de estado. Fato que preocupa tanto à oposição interna quanto instituições internacionais, como a Organização Internacional do Trabalho, OIT.

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À semelhança da Gestapo, polícia política hitlerista, o DAS uribista prepara listas de opositores a serem eliminados com base em espionagem ilegal que atinge quase todos os setores sociais da Colômbia. O terror do governo Uribe pouco a pouco preocupa e horroriza instituições humanitárias do mundo inteiro, por isso o interesse da ONU como de múltiplas associações de advogados em acompanhar de perto o processo colombiano.

Somente o leitor suficientemente forte deve abrir o link abaixo. Uma das cenas do que hoje acontece na Colômbia.

http://anncol-brasil.blogspot.com/2009/05/gestapo-colombiana.html

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*Sidnei Liberal, Médico, membro da Direção do PCdoB - DF



* Opiniões aqui expressas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
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in Vermelho - 2 DE JUNHO DE 2009 - 20h09
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sábado, julho 26, 2008

A Saga de Uribe e de Ingrid Betancourt ?



atlas historico
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Clicar nos mapas para aumentar

Ingrid Betancourt em liberdade - Documento do PCP rejeitado pela Assembleia da República

Logo PCPO Grupo Parlamentar do PCP apresentou um voto de congratulação sobre «Ingrid Betancourt em liberdade». Do texto destaca-se que o resgate «coloca em evidência a gravidade da situação em que se encontram centenas de prisioneiros na posse da guerrilha e nas prisões do regime de Álvaro Uribe».
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continua em Kant_O_XimPi

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Latin America - Wikipedia, the free encyclopedia
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quarta-feira, julho 16, 2008





15 DE JULHO DE 2008 - 10h35

Le Monde: As artimanhas de Bogotá e as deserções nas Farc


"Olá, guerrilheiros! Eu sou Ingrid Betancourt. Quero que vocês sejam livres, assim como eu fiquei", conclama num tom enérgico a ex-prisioneira. "Olá, guerrilheiros! Eu sou Ingrid Betancourt. Rendam-se! Vocês irão recuperar sua família, sua liberdade, sua honra", diz uma outra mensagem. Antes de deixar o seu país rumo à França, Ingrid Betancourt ainda encontrou tempo para gravar essas chamadas. Em breve, elas serão transmitidas pelos alto-falantes dos helicópteros militares que sobrevoam a selva, no sul do país.


Por Marie Delcas, do Le Monde



Para acabar com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o governo de Álvaro Uribe tenta por todos os meios incitar os combatentes à deserção. Os guerrilheiros que se entregarem às autoridades com armas, bagagens e informações - suscetíveis de ajudarem o exército - escaparão da prisão ou serão recompensados com importantes reduções de pena.


Informantes e delatores também são financeiramente recompensados. Os programas de reintegração que foram implantados deverão facilitar seu retorno à vida civil. "O problema é conseguir fazer com que esta informação seja difundida nos campos da guerrilha", explica William Duarte, do ministério da defesa.


Rádios locais e emissoras de televisão vêm repetindo incansavelmente as mensagens do exército colombiano, dentre as quais a mais importante é: "Guerrilheiro, a sua família, os seus amigos, o seu país estão à sua espera. Volte para casa". É uma voz feminina sedutora que fala.

Nas regiões onde a guerrilha está concentrada, os helicópteros arremessam milhares de panfletos. Alguns deles têm a forma de uma nota de dinheiro. Em outros, é a foto de uma garota estonteante e sensual que provoca o desertor potencial. Durante a Eurocopa de futebol, uma mensagem foi exibida num letreiro na telinha de televisão: "Guerrilheiro, se você tivesse desertado, poderia estar assistindo tranqüilamente a esta partida".


Segundo os números oficiais, mais de 9.000 guerrilheiros teriam desertado nos últimos seis anos, dos quais 1.500 no decorrer dos últimos seis meses. "A imensa maioria dentre eles é constituída por guerrilheiros de base, que foram alistados recentemente. É muito mais difícil convencer os comandantes", comenta Nicolas.


Um dos responsáveis da campanha admite que esta comporta certas limitações: "Os guerrilheiros têm raramente a oportunidade para assistir à televisão, mas as mensagens também possuem um valor dissuasivo. Aquela foi uma maneira de dizer a todos os jovens deste país: se você pegar em armas, acabou o futebol. . ."


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in Vermelho
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segunda-feira, julho 14, 2008

Os “terroristas” – de Nelson Mandela às FARC


TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE» E A CDU «UM PROJECTO DE FUTURO, UMA PRESENÇA DE LUTA POR UMA VIDA MELHOR»
Segunda-feira, 14 de Julho de 2008
Os “terroristas” – de Nelson Mandela às FARC

1. Quando foi preso pela última vez em 1962, Nelson Mandela era o comandante do braço armado do ANC, «Umkhonto we Sizwe», a «Lança da Nação». Tal prisão só foi possível por informações passadas pela CIA à polícia política do regime do apartheid na África do Sul. Mandela era considerado um perigoso terrorista e comunista. O «Umkhonto we Sizwe» manteve-se activo até ao fim do apartheid, desenvolvendo acções de sabotagem e de guerrilha, algumas das quais atingiram civis inocentes. Durante os 27 anos de prisão Nelson Mandela sempre recusou a sua liberdade condicional em troca de uma declaração de renúncia à luta armada.

A história depois da sua libertação em 1990 é por demais conhecida. O que poucos leitores deviam saber é que Mandela e o seu partido, o ANC, estiveram na lista negra do «terrorismo» americano até bem recentemente (ver o PÚBLICO de 6/7). Segundo uma lei aprovada no mandato de Ronald Reagan, poderiam deslocar-se à sede das Nações Unidas, mas não estavam autorizados a viajar no resto do território americano. Finalmente a 1 de Julho de 2008 (!!!) o Presidente Bush promulgou a lei aprovada pelo Senado a 27 de Junho.

2. A comunicação social dominante em Portugal nada disse nestes dias sobre o facto do Presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, enfrentar uma crise política grave. Sessenta parlamentares da sua base de apoio estão incriminados num escândalo de corrupção, ligações com o narcotráfico e os paramilitares. Tem um primo e conselheiro político, Mário Uribe, preso pelos mesmos motivos. O Supremo Tribunal contesta a legalidade de sua reeleição em 2006, obtida mediante a compra de votos confirmado pela confissão da ex-parlamentar Ydis Medina. Não possui uma base política sólida e nem um sucessor de confiança, o que o leva à tentação de mudar de novo as regras do jogo e tentar um terceiro mandato.

Dizer que o governo Uribe é o mais à direita da América Latina dá apenas uma pálida imagem do seu posicionamento político e ideológico. Ele e sua base de classe são com frequência comparados aos regimes nazi-fascistas. Sobretudo depois de a oligarquia colombiana ter entrado no ramo das drogas e ter criado os paramilitares. A Colômbia não é apenas o único país das Américas que vive uma experiência guerrilheira. É também campeã do mundo em assassinatos de sindicalistas e de jornalistas: mais de metade dos sindicalistas assassinados em todo o mundo.

Mais de 11.200 colombianos foram assassinados desde que Uribe foi «eleito» (não inclui os mortos em combate entre as guerrilhas e as Forças Armadas). O número de desaparecidos ronda os 30 mil. São homens e mulheres, novos e velhos, com nome. Mas a comunicação social dominante cala-se, ou refere friamente os números. Não são mediáticos. Não podem aparecer nas televisões. Jazem sob sete palmos de terra.

Aparentemente quem fala e escreve sob a Colômbia ignora também que as forças democráticas de esquerda deste país (socialistas, sociais-democratas e comunistas) estão aglutinadas no seio do Pólo Democrático Alternativo (PDA). Em 2007 o PDA elegeu 9 deputados em 166 e 11 senadores em 100. Destes 1 senador e 1 deputado são membros do PCC. O candidato do PDA às últimas eleições presidenciais na Colômbia, Carlos Gaviria Díaz, foi o 2º mais votado com 22,04% dos votos. Em 2008 o PDA conquistou, entre outros, o município de Bogotá.

Notas finais: Para quem não sabe, na Colômbia há várias organizações que se reclamam do marxismo-leninismo: o PCC, as FARC, um PCC clandestino criado pelas FARC, o PC da C (m-l), o PCC-M, o PPS.

Já por três vezes, a propósito das mentiras das sucessivas administrações americanas, indiquei nesta coluna o sítio do National Security Archive da George Washington University. Vão lá e revisitem o inqualificável passado e presente de Álvaro Uribe e dos seus mais próximos colaboradores. Talvez revejam algumas ideias feitas…

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

In jornal "Público" - Edição de 11 de Julho de 2008

sinto-me:
publicado por António Vilarigues às 00:03
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domingo, julho 13, 2008

Ingrid Betancourt . O Programa segue dentro de momentos ...

REAFIRMAÇÃO DE SOLIDARIEDADE COM AS FARC - FORÇAS ARMADAS REVOLUCIONÁRIA DA COLOMBIA





Miguel Urbano Rodrigues reafirma neste artigo a sua solidariedade com as FARC, que estão a ser alvo nestes dias de ataques e calúnias inseparáveis de uma campanha anticomunista de âmbito mundial . E define Manuel Marulanda como um grande revolucionário latino-americano do século XX


Manuel Marulanda
Miguel Urbano Rodrigues - 06.07.08
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No dia em que escrevo este artigo o secretariado do Estado Maior das FARC não se pronunciou ainda sobre a operação cujo desfecho foi o «resgate» de Ingrid Betancourt ,de três agentes norte-americanos da CIA e de onze militares colombianos.
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Milhares de comentários, analises e interpretações foram dedicados ao acontecimento em dezenas de países. A esmagadora maioria glorifica a franco-colombiana, enaltece o presidente Álvaro Uribe, calunia as FARC ou opta por exercícios especulativos na tentativa de explicar o que se passou.
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Uma certeza emerge desde já dessa torrente mediática de desinformação: a versão oficial do Governo e do Exército colombiano é um novelo de mentiras e contradições.
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A primeira inverdade surge como preâmbulo do auto elogio uribista: o «resgate» de Ingrid teria sido uma façanha 100% colombiana, concebida pelos estrategos do presidente, minuciosamente elaborada pela inteligência militar e executada pelo Exército. Nas declarações de Álvaro Uribe, dos seus ministros e generais abundam pormenores folhetinescos. Talvez venham a inspirar um realizador de Hollywood.
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O primeiro desmentido indirecto, incomodo, veio do embaixador de Bush em Bogotá. Ainda desconhecedor do discurso oficial, o diplomata revelou que a cooperação dos EUA no plano foi decisiva. Simultaneamente, o Pentágono dizia o mesmo por outras palavras, valorizando a assessoria militar, a ajuda tecnológica, o uso dos meios electrónicos, de satélites, etc.
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A França de Sarkozy também se orgulha de ter «colaborado».
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Em Tel Aviv, o diário Haaretz qualificou de muito importante, talvez «decisivo», o envolvimento de elementos do serviço de inteligência israelense na preparação da «operação de resgate».
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Com poucas excepções, Ingrid Betancourt foi guindada a heroína da humanidade pelas cadeias de televisão, jornais e rádios, de Washington a Paris, de Londres a Lisboa. Mas não tenho conhecimento de que algum desses media considere pelo menos insólito que ela tenha definido Uribe como um «grande presidente», merecedor de um terceiro mandato (inconstitucional). Não estranharam também que ela tenha abraçado comovida o general Mario Montoya.

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Nestes dias em que chovem ataques e calunias sobre as FARC recordei um texto em que Lenine, a propósito do fluxo e refluxo dos períodos revolucionários, e do comportamento da maioria dos políticos quando a maré sobe e baixa, lembrava que é nas situações históricas marcadas pela arrogância das forças reaccionárias que mais nítida surge a fronteira entre os revolucionários e aqueles que não o são.
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Fugiria à verdade se negasse que não fui afectado emocionalmente pelos golpes que desde o inicio do ano atingiram as FARC. Fui amigo do comandante Raul Reyes – assinado num bombardeamento pirata que violou a soberania do Equador - e senti profundamente a morte de Manuel Marulanda, o legendário comandante chefe da guerrilha-partido marxista leninista. Identifiquei nele desde a juventude um herói da América Latina.
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Mas esses golpes, em vez de atenuarem a minha solidariedade com as FARC contribuíram para a fortalecer.
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Em Portugal a desinformação não difere muito do que vai pela Europa. A máscara humanitária não consegue ocultar os objectivos ideológicos. A apologia de Ingrid Betancourt (que diziam estar quase moribunda, mas parece estar afinal de boa saúde) é um verniz que disfarça mal uma intensa campanha anticomunista. Enquanto felicitam Uribe pela sua tenacidade como defensor inquebrantável da democracia, os media lusitanos entoam já um requiem antecipado pelas FARC e entregam-se a exercícios de futurologia sobre o seu fim iminente.
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Esse frenesi anti-FARC não tem o poder de fazer História. Julgo útil sublinhar que o «resgate» de Ingrid – uso as aspas porque as circunstancias em que ela foi libertada são ainda nebulosas – não tem qualquer significado militar, não obstante configurar uma vitória politica de Uribe.
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O governo conseguiu infiltrar gente sua em algumas frentes. Milhões de dólares são oferecidos pelas cabeças dos membros do Secretariado e de outros dirigentes. Foram espiões os responsáveis pela morte do comandante Ivan Rios. As FARC não negam as dificuldades resultantes de traições não esperadas.
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Mas o panorama da luta não justifica atitudes de desalento. Em Maio e Junho destacamentos da guerrilha, que continua activa em dezenas de frentes, da selva amazónica ao litoral do Pacifico, da Serra Nevada e do Arauco aos vales das três cordilheiras andinas infligiram ao Exército e à Polícia Militar duras derrotas. Os próprios comunicados do Exército registam a existência de importantes perdas em combate.
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O andamento da História não tardará a desmentir as previsões triunfalistas de Uribe e dos seus generais.
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Mas não foi sem amargura que registei declarações não esperadas sobre as FARC de personalidades que durante anos foram solidárias com a sua luta. Tenho em mente particularmente as de dirigentes progressistas latino- americanos com responsabilidades a nível de Estado.
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Choca-me que venham somar as suas vozes às do coro de epígonos de Uribe.

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Esses homens, que admiro e respeito, não ignoram que Uribe – cujo nome figura nos ficheiros de narcotraficantes da Drug Enforcement Agency e da CIA – foi, quando governador do Departamento de Antioquia, um dos ideólogos e financiadores dos grupos de paramilitares. Uribe é responsável pela chacina de dezenas de milhares de camponeses e pelos bombardeamentos com glisofato que envenenaram rios da Amazónias, difundiram o cancro e outras doenças entre as populações do Putumayo e do Caquetá e tornaram improdutivos milhares de hectares de terras férteis. É esse criminoso que presidentes da União Europeia felicitam agora como exemplo do combatente democrata antiterrorista.
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É também chocante ver, em fotos difundidas pelo mundo, Ingrid a abraçar comovida o general Mário Montoya, comandante chefe do Exército da Colômbia. Ela foi candidata à Presidência da Republica e senadora. Não ignora que o general que tanto admira foi o criador de uma unidade terrorista clandestina, da Aliança Anticomunista Americana – AAA – promotora de matanças maciças de militantes de esquerda colombianos e de camponeses do Chocó. Foi também sob o seu comando que se realizou o famoso massacre da Comuna 13 de Medellin, recordado por Uribe quando o elogiou pela libertação de Ingrid.

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Dentro de poucos anos, Álvaro Uribe somente será recordado como o presidente responsável pelo agravamento da tragédia colombiana. Foi e é o mais fiel aliado de George Bush na América Latina. Invocando a necessidade de levar adiante uma politica de segurança nacional, executou uma política de terrorismo de Estado sem precedentes desde o Bogotazo de 48. Arruinou o pais, transformando-o numa semi colónia dos EUA e inaugurou um estilo de governo de contornos fascistas.
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As Forças Armadas Colombianas, com quase 400.000 homens (e mulheres) são hoje as mais poderosas da América Latina, dispondo de armas equipamentos e tecnologia que Washington somente fornece a Israel.
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Mas, apesar das dezenas de milhares de milhões de dólares investidos na militarização do Estado com o objectivo de destruir as FARC, essa meta não foi alcançada.
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Quando a poeira da historia assentar o que das FARC deixará memoria não serão as acusações e a calúnias que hoje as apresentam como guerrilha de bandoleiros e narcotraficantes, mas o seu combate de quase meio século em defesa de uma Colômbia livre, democrática, progressista.

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Há 170 anos não houve injúria que a oligarquia colombiana não despejasse sobre Simon Bolívar, desde aristocrata louco, a Bonaparte latino-americano e ditador sanguinário.
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Não pretendo estabelecer paralelos. Mas acredito que o nome de Manuel Marulanda será recordado em futuro não distante como o grande revolucionário colombiano do século XX.


Serpa, 5 de Julho de 2008

PCP - É cada vez mais evidente a existência de uma central de informação do império

PAPEL DECISIVO E DETERMINANTE
É cada vez mais evidente a existência de uma central de informação do império. O centro determina a campanha através dos órgãos centrais do império e os media periféricos, espalhados pelo mundo fazem de caixa de ressonância. O sistema aperfeiçoou-se e os órgãos periféricos já não se limitam a prolongar o eco, renovam calúnias, escondem factos, inventam notícias, criam uma realidade virtual entrelaçando a campanha do império nos interesses de classe dos monopólios que lhe pagam os prejuízos.
Avante (Editorial) - 12.07.08
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Se é certo que os média dominantes não precisam de pretexto para propagandearem as virtudes do imperialismo e dispararem sobre os que se lhe opõem e o combatem, não é menos certo que dispondo de um pretexto, não resistem a desnudar-se na exibição da sua natureza e das suas práticas.
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É o que tem vindo a acontecer desde que se concretizou o resgate de Ingrid Betancourt e a recuperação de alguns prisioneiros de guerra em poder das FARC.
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Estamos perante uma poderosa ofensiva política e ideológica, na qual a prática desinformativa e manipuladora é rainha e o vale-tudo é rei.
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Pior do que o silenciamento a que os média votam a imensa maioria das iniciativas do PCP, é a manipulação a que amiúde procedem e que, em torno desta questão, têm vindo a utilizar em doses reforçadas.
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Escrever, como fez o Público, que «PCP escusa-se a celebrar libertação de Betancourt» - é mentir. Omitir que o Grupo Parlamentar comunista apresentou um voto próprio no qual assume uma posição que desmente a «notícia» divulgada pelo jornal, é manipular a informação e desprezar e insultar os direitos e a inteligência dos leitores.

Houve, então, um voto apresentado pelo PCP – no qual o Partido, naturalmente, se congratulou com a liberdade de Ingrid Betancourt; condenou as práticas terroristas do regime proto- fascista de Uribe – e exigiu a libertação de todos os prisioneiros; sublinhou a necessidade imperiosa de uma solução política para o problema e expressou a sua total solidariedade com a luta dos trabalhadores e do povo colombiano pela libertação do seu país.
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E houve um voto, apresentado pelo PS, no qual, essencialmente, se glorificava o regime uribiano com a sua prática repressiva.
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E houve um debate em torno dos dois votos apresentados. Um debate que, cumpre dizer em nome da verdade, evidenciou a incomensurável hipocrisia dos partidos da política de direita, os quais, mais do que congratular-se com a liberdade de Ingrid Betancourt, preocuparam-se, isso sim, na glorificação do regime fascista de Uribe - em tais moldes o fazendo que é legítimo supor que a «congratulação» desses partidos não foi pela liberdade de Ingrid Betancourt, mas sim e essencialmente, pela forma como foi resgatada – tudo levando a crer que se ela tivesse voltado para junto dos seus familiares na sequência das negociações que estavam em curso, é bem provável que esses partidos não tivessem pensado sequer em voto de congratulações…
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Quanto ao resultado das votações foi sem surpresas, como pode ver-se nesta edição do Avante! A opção do BE – votando a glorificação a Uribe e abstendo-se na condenação desse regime – está muito na linha dos posicionamentos característicos desse partido.
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Outra linha desta operação sem escrúpulos é a que visa a Festa do Avante!
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Também neste caso, estamos perante uma recorrência: como sabemos, todos os anos, por esta altura – ou seja: ao mesmo tempo que milhares de militantes e simpatizantes comunistas em jornadas de trabalho voluntário iniciam a construção daquele que é o maior acontecimento político, cultural, artístico, convivial realizado no nosso País - entra em acção o comando de serviço na ofensiva contra a Festa – uma ofensiva que de há uns anos a esta parte, tem como prato forte, a baixa invencionice provocatória que é aquilo a que eles chamam a «presença das FARC».
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E assim foi, e está a ser, este ano: um qualquer membro do PS – não se sabe a mando de quê nem de quem – escreveu e mandou publicar um «comunicado» «informando» da presença» das FARC na Festa.
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Os média, fugindo a testar a «notícia» - para não terem que reconhecer aquilo que estão fartos de saber: que a notícia é falsa - divulgaram-na como coisa certa. O Gabinete de Imprensa do PCP fez o necessário desmentido. Em vão: a mentira continuou a circular como se de verdade incontestada se tratasse; os comentadores do costume tomaram-na como base dos seus escritos provocatórios – um fóssil que aos domingos usa ocupar uma página do Diário de Notícias foi mais longe, em boçalidade provocatória, do que os seus gémeos haviam ido, mas o inevitável Jardim, bolsando no seu jeito peculiar, superou tudo e todos (até ver...) na boçalidade e no arroto provocatórios.
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O PCP insiste: é mentira, as FARC não vão estar na Festa do Avante! – mas eles não ouvem. Eles, os paladinos da livre informação, não ouvem: assobiam para o lado e, alegremente, continuam a divulgar a mentira.
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Entretanto, enquanto na Colômbia prossegue a acção de um regime que prende, tortura e assassina, e se avolumam os perigos de desestabilização da região com o aumento das dificuldades para os países e povos que a integram - cá por casa a política de direita prossegue, conduzida por um primeiro-ministro que nos garante vivermos no melhor dos mundos, graças à sua genial prestação governativa.
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Entretanto, notícias do estado do País mostram-nos todos os dias as duas faces da moeda dessa política de direita: numa face é o consumo do pão a baixar 20%; na outra, são as vendas de automóveis de luxo que sobem cerca de 40%; numa face, está a degradação acelerada das condições de vida da imensa maioria dos portugueses; na outra, estão os escandalosos lucros dos grandes grupos económicos e financeiros…
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Entretanto, a luta contra essa política e por uma ruptura de esquerda, continua. E nessa luta o PCP – em coerência plena com a posição que assumiu na questão colombiana - continuará a desempenhar um papel determinante e decisivo, afirmando-se como a verdadeira força de oposição à política e ao Governo PS/José Sócrates.
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Publicado no Avante nº 1.806 de 10 de Julho de 2008
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odiario.info

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sábado, julho 12, 2008

Farc rompem silêncio: pregam paz mas "não a das sepulturas"



11 DE JULHO DE 2008 - 17h09


As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) disseram nesta sexta-feira (11) que a libertação de seus prisioneiros não foi fruto de um resgate, mas de uma fuga facilitada por uma traição. O primeiro comunicado da guerrilha desde a libertação de Ingrid Betancourt e 15 outros prisioneiros, no dia 2, diz que "a paz que a Colômbia necessita não será a paz das sepulturas, baseada na corrupção, no terrorismo de Estado, na felonia e traição".


Alfonso Cano, novo líder das Farc, em foto de 2001

O presidente Álvaro Uribe e as autoridades militares da Colômbia apresentaram a operação como um resgate "impecável", mas desde o primeiro momento os analistas puseram em dúvida a versão oficial. Uma emissora suíça qualificou-a de "farsa", viabilizada através de um suborno de US$ 20 milhões. Só agora, porém, a guerrilha comentou o episódio.


O comunicado traz a data do dia 5 (sábado passado) e é assinado pelo Estado-Maior Central das Farc-EP (Exército Popular, grupo guerrilheiro que se unificou com as Farc), dirigidas por Alfonso Cano, desde a morte do veterano líder Manuel Marulanda, em maio passado. Veja a íntegra:


"1. A fuga dos 15 prisioneiros de guerra, na quarta-feira passada, 2 de julho, foi conseqüência direta da desprezível conduta de César e Enrique, que traíram seu compromisso revolucionário e a confiança neles depositada.


2. Independente de um episódio como o ocorrido, inerente a qualquer confrontação política e militar, onde se apresentam vitórias e revezes, manteremos nossa política de concretizar acordos humanitários que logrem o intercâmbio [de prisioneiros] e além disso protejam a população civil dos efeitos do conflito. Caso persista no resgate como única via, o governo deve assumir todas as conseqüências de sua decisão temerária e aventureira.


3. A luta para libertar os nossos e outros combatentes políticos presos sempre estará na ordem do dia no conjunto das unidades das Farc, especialmente sua direção. Trazemos a todos eles na mente e no coração.


4. O caminho para obter transformações revolucionárias nunca foi fácil em nenhuma parte do mundo, longe disso. Portanto nosso compromisso se aprofunda diante de cada desafio ou dificuldade.


5. A paz que a Colômbia necessita deve ser resultado de acordos que beneficiem as maiorias. Não será a paz das sepulturas, baseada na corrupção, no terrorismo de Estado, na felonia e traição. As causas da luta das Farc-EP continuam vivas. O presente é de luta, o futuro nos pertence."


Fonte: Agência Bolivariana de Notícias, ABN (http://www.abn.info)

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in Vermelho

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quarta-feira, julho 09, 2008

As falsidades do Público do Ti Belmiro

Censura Zé de Oliveira



Bernardino Soares acusou o PS, PSD e CDS-PP de "glorificarem" o regime de Álvaro Uribe

Comunistas não condenaram as FARC


Voto de congratulação pela libertação de Ingrid Betancourt aprovado com oposição do PCP {comparar com Ingrid Betancourt em liberdade - Documento do PCP rejeitado pela Assembleia da República}
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O PCP ficou hoje isolado durante um debate parlamentar sobre a libertação da ex-candidata presidencial colombiana Ingrid Betancourt, que estava refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), escusando-se a condenar essa organização e contestando que seja terrorista. Os comunistas foram, assim, os únicos a votar contra o documento proposto pelo PS, PSD e CDS-PP e aprovado pelos restantes partidos.
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O debate foi suscitado por dois votos de congratulação pela libertação de Ingrid Betancourt, um voto conjunto do PS, PSD e CDS-PP entregue ontem e um voto do PCP entregue hoje.
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A bancada comunista foi a única que votou contra o documento do PS, PSD e CDS-PP, aprovado com os votos favoráveis de todas as outras bancadas, incluindo a dos Verdes - que expressa satisfação pela libertação de Betancourt e de outros catorze reféns, classifica as FARC de grupo terrorista e repudia a sua actividade.
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BE e Verdes votaram também a favor do texto do PCP – que expressa satisfação pela libertação de Betancourt sem referir o nome das FARC e apela à negociação entre a guerrilha e o governo colombiano para que sejam libertados todos os prisioneiros. O voto de congratulação do PCP foi chumbado com os votos contra do PS, PSD e CDS-PP.
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Na sua intervenção, o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, defendeu que "o que se passa na Colômbia não pode ser reconfigurado às catalogações de organizações como terroristas feitas pela administração norte-americana". Bernardino Soares condenou os "assassinatos de sindicalistas" pelo governo da Colômbia – que o voto do PS, PSD e CDS-PP não menciona – e acusou os três partidos de "glorificarem" o regime de Álvaro Uribe.
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“Visão distorcida da democracia
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No final do debate, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, considerou "inadmissível que se procure saudar essa libertação sem condenar o sequestro", assinalando que o voto do PCP "em nenhum momento condena o acto das FARC". Augustos Santos Silva acusou os comunistas de tentarem "desculpar" as FARC e os seus métodos denunciando "uma visão distorcida da democracia", o que levou o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, a pedir a defesa da honra.
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"Tirou conclusões do nosso voto que não correspondem à verdade, nunca subscrevemos tais métodos", declarou Bernardino Soares. O líder parlamentar do PCP insistiu que "o PS e a direita" é que "quiseram hipocritamente congratular-se com a libertação para depois glorificarem o regime colombiano que assassina e promove grupos paramilitares torcionários".
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Na resposta, o ministro questionou como pode o PCP "congratular-se pela libertação de alguém sem ao mesmo tempo condenar o sequestro". "Há aqui uma coisa que falta: condenar o sequestro de Ingrid Betancourt e o recurso sistemático a esse método terrorista que é o sequestro de pessoas, tomar reféns", reiterou Augusto Santos Silva. "É essa omissão do PCP que diz tudo sobre a sua concepção da democracia", sustentou, enquanto alguns deputados comunistas protestavam perguntando pelos assassinatos do governo colombiano.
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Num meio-termo, o líder parlamentar do BE, Luís Fazenda, salientou que o seu partido repudia "o rapto e sequestro como meios", mas considerou o texto do PS, PSD e CDS-PP "lamentável a vários títulos", afirmando que o presidente da Colômbia desrespeita a democracia, os direitos humanos, "é suspeito de narcotráfico" e "indesejável em qualquer parte do mundo".
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Recordando que Ingrid Betancourt "é uma activista ambientalista", a deputada dos Verdes Heloísa Apolónia sustentou que "o que divide a Assembleia da República é a interpretação das responsabilidades pela situação na Colômbia". Criticando que se queira responsabilizar "apenas uma das partes", a deputada subscreveu o voto do PCP e disse votar a favor do outro voto para demonstrar a "saudação e satisfação absoluta pela libertação de Ingrid Betancourt".
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Ingrid Betancourt, três norte-americanos e 11 militares sequestrados pelas FARC foram libertados quarta-feira pelo exército colombiano. A franco-colombiana estava há seis anos refém.
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Comentáros dos leitores do Público on line
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08.07.2008 - 01h22 - Paulo, Porto
Uma grande lição de integridade do PCP. Os meus parabéns a esse partido.
Comentário 07.07.2008 - 19h59 - Pereira, Coimbra
Senhor José Silva o Senhor desconhece que Quem não se conformar com a lei do grande capital é catalogado de terrorista. Não sabia isso? O Senhor desconhece que o Senhor Nelson Mandela há cerca de uma semana é que saiu dessa lista em como era um terrorista?Como poderia o P.C.P. votar uma moção em que os E.U. é que elaboram a lista de quem é terrorista? Mas o Senhor não condena o P.S. que votou contra a moção apresentada pelo P.C.P. para a libertação dos guerrilheiros presos.
Comentário 07.07.2008 - 14h03 - José Silva, Braga
"O comunicado "forçado" do PCP e a sua intervenção na Assembleia República acerca da libertação de Ingrid, só é comparável com a de um imaginado grupo de celerados que, por exemplo e quando da fuga de Peniche de Cunhal e seus companheiros de fuga, em 1960, tivesse optado por condenar o "comando do PCP" que operacionalizou a libertação dos presos (Pires Jorge, Rui Perdigão, Rogério Paulo e outros), chamando-o de "proto-extremista", e se recusasse a subescrever uma palavra de condenação de Salazar e da PIDE que os mantinham prisioneiros, manifestando-lhes, antes, a continuação da solidariedade" "...esta gente (do PCP) continua parada no tempo ideológico e histórico em que apoiaram os crimes de Estaline, as invasões soviética da Hungria, da Checoslováquia..." "Que os eleitores nos livrem deles, por favor". (in Blog "Agua Lisa"). Sem comentários.
Comentário 06.07.2008 - 16h51 - Torres, Lisboa
Por motivos que não posso revelar não pude responder a dois comentários que se referiam a um meu comentário.A Senhor Manuel Nogueira de Carcavelos respondo-lhe que sou um modesto operário não sou historiador, mas se a Tchetchenia foi anexada pela força pela Russia tem todo o direito de lutar pela sua independência, mas se fazia parte da Russia não comprendo porque é essa luta. POnto final. Ao Senhor Rubem Pires de Cascais, nem de perto nem de longe tenho simpatia pelos Talibãs, nem por eles nem por a Arabia Saudita ou outros Estados Árabes em que as mulheres têm de trazer a cara tapada, mas não acredito que todos os que combatem as tropas Invasoras sejam Talibãs. Talvez seja mais acertado chamar-lhe resistentes. Vou dar-lhe um exemplo: Na ultima guerra Mundial vários países Europeus estiveram ocupados pela Alemanha, houve quem colaborasse com a Alemanha, mas houve pessoas com ideias diferentes alguns conservadores, outros independentes, outros socialistas, e comunistas, que não hesitaram em se unir e pegar em armas para que a Pátria deles fosse libre, e deve saber que houve tempos em que os E.U. tinham relações previlegiadas com os Talibãs. Ponto final
Comentário 06.07.2008 - 16h36 - Abu Kamil Shuja Ibn Aslam, Lixa
Passou para aqui:http://www.mediapart.fr/journal/international


06.07.2008 - 15h31 - Novais, Fafe
Depois de ler todos estes comentários verifico com tristeza que uma parte de pessoas que aqui escrevem, não se dão conta que para o Imperialismo todo aquele que lute contra a lei imposta pelo capital, é catalogado de terrorista, e nem sequer sabem que o Senhor Nelson Mandela só há Poucos dias é que deixou de figurar, na lista de terrorista, e o crime que ele cometeu foi passar 27 anos na prisão por lutar contra a segregação racial. Só é cego quem não quiser ver.
Comentário 06.07.2008 - 14h50 - Anónimo., Portugal
05.07.2008 - 10h46 - Abu Kamil Shuja Ibn Aslam, Lixa O que não diz a història oficial sobre o "conto de fadas":http://www.mediapart.fr/journal/france/040708/liberation-d-ingrid- betancourt-ce-que-ne-dit-pas-la-version-officielle
Comentário 06.07.2008 - 14h44 - anónimo, Não a Lei da Selva
Como pode ALGUÉM "congratular-se" com a libertação de INGRID, e ao mesmo tempo não condenar quem empurrou as farc para o cativeiro onde eles vivem como viveu a INGRID, e ainda... querem condenar e raptar e até matar aqueles que pensam diferente de vocês, vêem-nos logo de outra cor...
Comentário 06.07.2008 - 14h30 - mm, Portugal
TEMOS QUE AGIR AGORA, ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS! Em meados do século XX Bertold Brecht, por causa da repressão do regime nazi, escreveu: Primeiro levaram os comunistas, mas EU não me importei porque não era nada comigo. Em seguida, levaram alguns operários, mas a MIM isso não me afectou porque EU não sou operário. Depois prenderam os Sindicalistas, mas EU não me incomodei, porque nunca fui sindicalista. Logo a seguir, chegou a vez de alguns padres, mas como EU não sou religioso, também não liguei. Agora levam-me a MIM e quando percebi, já era tarde.
Comentário 06.07.2008 - 14h28 - anónimo, Não a Lei da Selva
..."O voto de congratulação do PCP foi chumbado com os votos contra do PS, PSD e CDS-PP."...BE e Verdes votaram também a favor do texto do PCP – que expressa satisfação pela libertação de Betancourt sem referir o nome das FARC e apela à negociação entre a guerrilha e o governo colombiano para que sejam libertados todos os prisioneiros. O voto de congratulação do PCP foi chumbado com os votos contra do PS, PSD e CDS-PP"... "Na sua intervenção, o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, defendeu que "o que se passa na Colômbia não pode ser reconfigurado às catalogações de organizações como terroristas feitas pela administração norte-americana". Bernardino Soares condenou os "assassinatos de sindicalistas" pelo governo da Colômbia – que o voto do PS, PSD e CDS-PP não menciona – e acusou os três partidos de "glorificarem" o regime de Álvaro Uribe.".......“Visão distorcida da democracia..."O PCP ficou hoje isolado durante um debate parlamentar sobre a libertação da ex-candidata presidencial colombiana Ingrid Betancourt, que estava refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), escusando-se a condenar essa organização e contestando que seja terrorista."
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Nota de Victor Nogueira >.
Quem tiver pachorra que leia os 328 comentários do Público - Muitos são repetições do mesmo texto do mesmo comentador. Não há pachorra. >ao menos o semi-tablóide Correio da Manhã só publicou um inifensivo texto meu a Falcão Machado, após 3ª limagem minha, Mas mérito se lhe seja reconhecido, mesmo que sejam centenas não há comentários repetidos. É a vida.
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Ingrid Betancourt em liberdade - Documento do PCP rejeitado pela Assembleia da República

Logo PCPO Grupo Parlamentar do PCP apresentou um voto de congratulação sobre «Ingrid Betancourt em liberdade». Do texto destaca-se que o resgate «coloca em evidência a gravidade da situação em que se encontram centenas de prisioneiros na posse da guerrilha e nas prisões do regime de Álvaro Uribe».





Actividade Parlamentar e Processo Legislativo


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Voto 163/X
Ingrid Betancourt em liberdade


Sexta, 04 Julho 2008




Número: 163
Legislatura: X
Sessão Legislativa: 3
Assunto: Voto de congratulação pela Ingrid Betancourt em liberdade
Tipo de Voto: Voto de congratulação
Autores

PCP

Data de Entrada | 2008-07-04
Votação


Rejeitado

Ingrid Betancourt em liberdade

(voto n.º 163/x)

Após seis anos de cativeiro na selva, é motivo de justa satisfação o regresso à liberdade de Ingrid Betancourt, ex-candidata presidencial colombiana

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O resgate de Ingrid Betancourt coloca em evidência a gravidade da situação em que se encontram centenas de prisioneiros na posse da guerrilha e nas prisões do regime de Álvaro Uribe e a necessidade de encontrar uma solução humanitária.

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Assinale-se que, sistematicamente, o Governo da Colômbia tem vindo a sabotar negociações, mediadas por responsáveis de diversos países, no sentido da troca de prisioneiros entre as partes do conflito.

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Os complexos problemas em presença na Colômbia, exigem uma solução política e negociada de um conflito que se arrasta há mais de 40 anos, indissociável de um regime que promove o agravamento da exploração, da repressão e das perseguições, incluindo milhares de assassinatos e brutais torturas, fortemente condicionado pela ingerência política e militar da administração norte-americana.
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A necessidade de uma solução negociada para o conflito na Colômbia, torna-se ainda mais urgente num quadro em que os EUA o procuram radicalizar e instrumentalizar, como justificação para o reforço da presença de forças militares e como forma de desestabilização da região e dos países que a integram, com risco de escalada militar e ameaça à paz.


Nestes termos, a Assembleia da República:

  1. Congratula-se pelo regresso à liberdade de Ingrid Betancourt.

  2. Exprime o seu desejo de que a liberdade de Ingrid Betancourt possa contribuir para um caminho de paz para a Colômbia.

  3. Apela às partes envolvidas para que encetem negociações no sentido da libertação de todos os prisioneiros.

  4. Valoriza todos os esforços orientados para alcançar uma solução política negociada.

  5. Apela às partes para que se empenhem na busca de uma solução política negociada do conflito, que dura há mais de quatro décadas.

  6. Manifesta-se pelo respeito da soberania do povo colombiano na definição dos destinos do seu país.


Assembleia da República, em 4 de Julho de 2008



clicar na imagem para ler
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ADENDAS:
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Os “terroristas” – de Nelson Mandela às FARC

Miguel Urbano Rodrigues e a situação política na Colômbia

PCP - É cada vez mais evidente a existência de uma central de informação do império

As falsidades do Público do Ti Belmiro

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PCP não condena as FARC.

05 Julho 2008 - 06h42 | Baptista
Os políticos cada vez mais me desiludem.Esta posição tomada pelo PCP em relação às FARC assim como foram relativas à coreia de norte dizem-me que o PCP não condena os métodos para atinjir os fins.São de grande desumanismo.Parede
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05 Julho 2008 - 00h30 - Mundo (Correio da Manhã)
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FARC, Ingrid Betancourt e Uribe, narcotraficante?

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Uribe, Ingrid, as Farc, os Estados Unidos e os narcotraficantes
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