A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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sábado, fevereiro 27, 2010

Sábado, Fevereiro 27

Já fede

Para quem não tinha percebido começa agora a ficar claro o “modelo de governação” de José Sócrates. Uns quantos Ministros de confiança muito próximos. Quanto ao resto uma estratégia tentacular suportada em secretários de estado do “círculo de confiança próximo”, os chefes de gabinetes “certos” e muitos, muitos assessores na sua maioria muito jovens, muito imberbes profissionalmente mas muito, convenientemente, dependentes do comando do “chefe”.
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Compreendendo este “modus operandi” fica mais nítido o lamaçal que todos os dias nos chega pela comunicação social. O país não merece isto. O PS tem de fazer jus à sua história e aos valores dos seus fundadores e afastar, rapidamente, esta camarilha de gente desqualificada que está a denegrir a democracia e os valores da República.
Este modo de fazer política já fede.

Asdrúbal
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quinta-feira, janeiro 14, 2010

O Estado Social e o Serviço Nacional de Saúde


Quinta-feira, Janeiro 14


O Estado Social 

Estou de acordo com cada uma das afirmações do Hermes "Privatização de Hospitais é ineficaz" link. O Estado Social é, sem qualquer dúvida, uma marca civilizacional (muito mais que um “modelo”) da EU, e outros países (vg os USA) tentam atingi-la. Por isso nos deve espantar a posição de Daniel Bessa (DB) que enuncia como hipóteses a privatização da educação e da saúde para a imprescindível diminuição da despesa pública, ainda que afirmando que devem continuar a ser apoiados os de menores recursos. Na leitura que faço, DB expressou-se mal, com deficit de clareza, e por isso merece as reacções que está a receber. Não basta termos razão, é preciso que os outros a reconheçam, sem o que a razão que tivermos não lhes servirá para nada. Ora, o que se conhece de DB leva-me a concluir que a sua tese não seria a privatização das áreas referidas, mas sim a de convocar para primeiro plano da actualidade a problemática da sustentabilidade financeira do SNS e do modelo de financiamento da Educação, no que se opõe, frontalmente, aos que afirmaram dispensar a leitura do relatório sobre a sustentabilidade do SNS.
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É evidente que o estado social não é atingido, ou concretizado, na mesma dimensão em todos os países e muito menos é prosseguido através do mesmo modelo. Pelo contrário, e confinando-nos à área de saúde, cada país faz as suas opções quer no que respeita à extensão ou abrangência quer à forma de organizar, atribuir e veicular os recursos indispensáveis à efectivação do estado social. Entre nós, também é desnecessário demonstrar que estamos ainda longe da concretização plena do direito à saúde e, na área da educação o atraso é igualmente inquestionável. Infelizmente – e é daí que parte DB – a sustentabilidade não é problema do SNS e da Educação, mas antes um problema global, de todo o OE e não só. Do que se trata é da perigosa aproximação da inviabilidade de persistir num modelo que tem consistido em continuar a atirar para a dívida o que não há capacidade para pagar. Afinal, ao contrário do que por vezes se diz, esta não é um saco sem fundo; venha de onde vier, tem pesadas consequências, para nós e para os que virão a seguir.
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Por tudo isto, não me espanta a afirmação de DB: “Se calhar, o Governo terá de congelar os salários, cortar nas despesas, criar novas taxas…”; mas é aqui que as declarações da “Médica Sáuria, formada em Cuba, a trabalhar num Hospital Público Português” ganham o máximo da pertinência: “Jamais me passaria pela cabeça comprar algo desnecessário”. …” Sobre o SNS acha que “o mais negativo é a falta de organização. Com organização este seria um dos melhores sistemas de saúde do Mundo”.” Na pele de contribuinte, que todos temos, penso que são sempre indispensáveis prioridades e que criar novas taxas deve ser a última. Muito antes deve ser ouvido o Recipe da médica Sáuria (ou Sauri?).
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Nessa mesma pele de contribuinte, estou de acordo com o Tavisto quando este afirma a necessidade de “medidas corajosas e concertadas entre ministérios”. … entre outras, que também aplaudo, “aliar a remuneração à produtividade impedindo aumentos salariais cegos que só irão agravar iniquidades”.
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Mais ainda: se os riscos que corremos e as consequências são as que nos anunciam, aceitaria que só fossem tomadas medidas neutras ou favoráveis, no curto ou médio prazo, no crivo da sustentabilidade. Não que me não penalize ficar como estamos, mas porque não quero perder o que já temos. É pena, mas as coisas não acontecem só porque gostamos delas.
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Finalmente as medidas, por mais justas que sejam, devem ser consideradas não só pelo seu conteúdo, mas também pelo que arrastam e pelos sinais que transmitem, cuja importância não pode deixar de ser ponderada.
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O que não falta são sinais que vão contra o que, pela razão e pela exigência de consistência, se esperaria. Um deles a extinção das chamadas taxas de punição, em disputa entre o Governo e a A.R.. Mas não quero exemplificar, apenas resumir, dizendo que muitos dos sinais vão no sentido de criar a sensação de esgotamento: das medidas anunciadas, da credibilidade e capacidade dos agentes por elas responsáveis ou que as deveriam implementar e dos destinatários finais que perderam capacidade de reivindicar e exigir. Temos, afinal o que merecemos e o que dizemos querer.
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Aidenos
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domingo, setembro 13, 2009

Saúde - Chantagem dos privados

publicada por xavier em Saúde SA
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Domingo, Setembro 13
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Chantagem dos privados
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Sector faz menos 70 mil cirurgias e 550 mil dias de internamento do que o previsto. E critica Estado por não aproveitar as vagas

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Os prestadores particulares de saúde estão a produzir abaixo da capacidade instalada, revelam dados da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada. A produção aquém dos planos estará na origem das críticas ao Governo, acusado de manter doentes em lista de espera quando há vagas no privado e a custos menos elevados do que no SNS. O Ministério da Saúde mantém a opção política: a utilização de unidades particulares é o último recurso. semanário expresso 12.09.09
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A reboque das propostas eleitorais dos partidos de direita aí temos os privados da saúde à pedinchice dos dinheiros públicos.
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posted by xavier at 11:09 PM


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segunda-feira, agosto 17, 2009

Saúde - o negócio das privadas

Quarta-feira, Agosto 5

Pantominices, falsidades e jogos de sombras

art work NYTimes
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Por mais que os neo-liberais de pacotilha se esforcem a “produzir” notícias, estrategicamente, colocadas por agências de comunicação, principescamente pagas, não conseguem evitar que a realidade lhes caia em cima. Fazem soar que os seguros de saúde cresceram a 2,8 % omitindo, no entanto, a desgraça dos milhares de anulações por falta de pagamento. Escamoteiam as crises internas através de malabarismos mediáticos em que ocultam a realidade e se fagocitam entre si por desesperadas fatias de mercado.
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Vale a pena reflectir sobre o deambular das notícias dos últimos dias:
…/…
Mercado dos seguros contra doença subiu 2,8%. Dois milhões com seguro de saúde. São cada vez mais os portugueses que optam por contratar um seguro de saúde. Nos primeiros seis meses do ano este segmento cresceu 2,8 por cento, abrangendo, segundo a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), mais de dois milhões de pessoas.
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Uma procura de protecção contra a doença que tem vindo a aumentar, em parte devido às listas de espera nos hospitais públicos. Em 2008, mais de meio milhão de pessoas aguardava por uma cirurgia no Sistema Nacional de Saúde, segundo dados oficiais. No total, este ramo do mercado segurador cresceu para os 284 milhões de euros. Com o aumento dos seguros de saúde, aumenta também a procura de cuidados nos três principais grupos de saúde privados do País.
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Enquanto isto:
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Os resultados líquidos consolidados do Grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD) atingiram 227,4 milhões de euros, no primeiro semestre, ou seja, menos 35,8% face a igual período do ano passado. A ajudar a este cenário esteve a evolução dos resultados na área seguradora e saúde explica a instituição financeira em comunicado.
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De novo a propaganda:
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O grupo HPP Saúde, da Caixa Geral de Depósitos, dona, por exemplo, do Hospital dos Lusíadas, registou no primeiro semestre um aumento da facturação de 130%, para 67 milhões de euros. No Espírito Santo Saúde, que entre outros detém o Hospital da Luz, as receitas subiram 17%, para 107 milhões de euros.
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Contrariada pela dura realidade:
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Só na área de seguros e saúde, o banco público registou prejuízos de 78,3 milhões de euros. «A contribuição negativa da Caixa Seguros e Saúde, em 78 milhões de euros, para o resultado líquido da CGD, ficou a dever-se principalmente ao reconhecimento de perdas em investimentos na carteira de títulos e participações financeiras (89,6 milhões de euros) e ao impacto de menos 23 milhões de euros registado na área de saúde com o desinvestimento no grupo USP Hospitales», justifica a instituição.
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De volta à manipulação informativa:
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A facturação dos grupos privados de saúde cresceu mais de dois dígitos no primeiro semestre, face a igual período de 2008. A CUF foi a única excepção. Já a José de Mello Saúde, dos Hospitais CUF, apenas dispõe de dados do primeiro semestre referentes a internamentos, que subiram 3,5%; as consultas aumentaram 27,5% e as urgências 23,9%. Uma tendência que arrancou em 2008, quando um estudo revelou que as 40 empresas gestoras das clínicas privadas existentes em Portugal facturaram nesse ano 690 milhões de euros, mais oito por cento do que no ano anterior.
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Para, finalmente, cair na realidade:
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British Hospital de Campo de Ourique encerra com dívidas a médicos e fornecedores. O British Hospital de Campo de Ourique, em Lisboa, fechou portas sexta-feira com dívidas a médicos e fornecedores, disse à Lusa o director clínico da unidade, que não soube precisar o valor da dívida.
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Gripe é o maior problema da Humanidade ou haverá outros muito mais graves e silenciados?


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Segunda-feira, Agosto 17

Irresponsabilidades sociais

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A aventura e a trajectória da Gripe A (H1N1) conduz-nos à recordação do livro de Bjorn Lomborg "COOL IT" e às diferentes abordagens sobre o aquecimento do planeta...
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Num "Mundo Globalizado" é necessário manter abertas todas as pontes que conduzam a um diálogo sensato.
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Não é isso que verificamos neste domínio.

Cada vez mais, somos menos sensibilizados por situações situações endémicas como o HIV/SIDA, malária, má nutrição, saneamento e disponibilidade aquífera potável, etc., que perduram há dezenas de anos, por exemplo, em África.
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Enfim, num Mundo conturbado pela intervenção humana, pouco regulada ou, mesmo, não regulada, a agenda é ditada por um conjunto de factores que nos escapam.
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A gripe aviária (H1N5) causou, em 10 anos, cerca de 250 mortes e ocupou, durante largo tempo, as parangonas dos media.
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A gripe A segue o mesmo trilho...
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Entretanto, calcula-se que, em toda a Europa, morram cerca de 200.000 pessoas devido a insolações o que alimenta o medo do aquecimento global.
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Por outro lado ocultamos cerca de 1.500.000 europeus que sucubem por excesso de frio.
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O facto de nos afundarmos - ao nível de preocupações - na pandemia A e esquecermos o mundo real que nos rodeia mostra um terrível colapso da nossa sanidade discriminativa.
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Na realidade, perdemos a noção de proporcionalidade.
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E, infelizmente, estas circunstâncias conduzem, irremediavelmente, a todo o tipo de irresponsabilidades...sociais, técnicas, orçamentais e comportamentais!
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Será isso?
e-pá!
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posted by xavier at 10:24 PM
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Saúde - um negócio das privadas


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Relatório da Primavera


O Obervatório Português de Sistemas de Saúde (OPSS), a exemplo de anos anteriores, publicou mais um Relatório da Primavera, neste caso do ano de 2009, com o título “10 anos deOPSS/30 anos de SNS – Razões para Continuar”.
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Alterando a linha de análise dos anos anteriores optou, no corrente ano, por fazer um balanço dos últimos 10 anos de governação acompanhando, desta forma, os 10 anos de publicação dos referidos Relatórios que se iniciaram no ano de 2001, com o título “Conhecer os Caminhos da Saúde”.
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Em primeiro lugar queremos saudar a longevidade do projecto e louvar a persistência, dedicação e empenho das pessoas que continuam a acreditar no mesmo, dos poucos, para não dizer os únicos, que de forma apartidária, científica e transparente fazem reflexão sobre os acontecimentos na governação da saúde do nosso país.
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Em segundo lugar queremos acompanhar as preocupações do OPSS quanto à sustentabilidade do projecto quando refere que poderá estar em risco a sua existência. Não podemos permitir que tal aconteça, seria uma grande perda para o nosso sistema de saúde, tão pouco reflexivo nas medidas de inovação, avaliação e mudança.
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Face à dimensão e variedade de matérias constantes do presente Relatório decidimos fazer referência apenas a três das mesmas, concretamente: “O contexto de uma década”, “A rede hospitalar” e o “Financiamento e contratualização do SNS”.
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A preocupação com a despesa crescente (10,3% do PIB, em 2008) tem sido uma temática recorrente dos fóruns da área da saúde. No caso do nosso país a situação é mais grave tendo em atenção a baixa produtividade e consequente crescimento. A convergência com os países da Europa não tem acontecido e o impacto nas contas públicas, designadamente da saúde, tem sido um facto. Os orçamentos da saúde vão sentir inexoravelmente este acontecimento.
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O crescimento da despesa implica medidas de correcção que têm sido tomadas através da contenção de custos. Os hospitais sentem na pele esta trajectória.
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As recentes mudanças de política de saúde em alguns estados americanos, sendo o Estado da Califórnia, governado pelo republicano Schwarzenegger, têm sido caracterizadas pela introdução da cobertura universal dos cidadãos na área da saúde. Por outro lado, os debates sobre a saúde nas passadas eleições presidenciais, nos EUA, colocando na mesa questões da cobertura universal, são sinais claros das preocupações da sociedade e dos seus representantes políticos nesta matéria.
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Quanto à rede hospitalar e às transformações da gestão dos hospitais públicos é de salientar o processo de empresarialização dos mesmos.
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Era incomportável sobreviver num enquadramento jurídico onde a exigência da lei impedia uma gestão célere, pragmática e efectiva. É verdade que alguns estudos têm dado nota de não ter havido grandes diferenças nos resultados de avaliação dos hospitais com estatutos SPA e EPE. Mas também é verdade que são conhecidos muitos hospitais EPE com desempenhos claramente meritórios. O problema provavelmente não estará no estatuto das instituições mas antes na qualidade da gestão, como tenho muitas vezes referido.
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Quanto ao financiamento e contratualização no SNS apenas dizer que se trata de matéria consensual e enraizada no processo de negociação. Foi dos passos mais importantes no financiamento dos hospitais portugueses. Resta consolidá-lo e continuá-lo. O passo seguinte e aqui acompanhamos o OPSS, será contratualizar numa lógica de resultados e de ganhos da saúde.
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Finalmente, referir a importância deste Relatório da Primavera e aguardar com expectativa a publicação do próximo relatório.

Pedro Lopes, presidente da APAH, editorial da GH n.º 44

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posted by xavier at 5:29 PM
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