A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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quinta-feira, junho 03, 2010

Na ONU, ministro turco condena Israel por ataque

 

Mundo

Vermelho - 2 de Junho de 2010 - 10h12

Na ONU, ministro turco condena Israel por ataque

O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu nesta segunda-feira (31) em caráter de emergência para discutir o ataque de Israel a embarcações que tentavam levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Durante seu discurso, o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, classificou a ação das Forças de Defesa Israelenses como inadequadas e cobrou que Israel seja responsabilizado pelo ataque. 

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Abaixo o Vermelho reproduz na íntegra o discurso proferido pelo ministro turco.

Sr. Presidente:

Compareço hoje diante de você em resultado de um acontecimento muito triste e trágico em que um estado membro desta augusta casa cometeu um crime grave em desrespeito total a todos os valores que juramos manter desde o estabelecimento do sistema das Nações Unidas.

Estou perturbado com o fato de que as Forças de Defesa Israelenses atacaram uma iniciativa multinacional e civil que transportava ajuda humanitária para Gaza em águas internacionais, a 72 milhas náuticas (133,34 km) da costa para ser exato, matando e ferindo muitos civis. Esta ação foi desnecessária e inadequada. As ações israelenses constituem uma grave ruptura do direito internacional.

Em termos simples, isto é o equivalente a banditismo e pirataria. Isto é assassínio efetuado por um estado. Não há desculpas, não há justificação possível. Uma nação que segue este caminho perdeu a sua legitimidade como membro respeitoso da comunidade internacional.

A flotilha civil multinacional composta por uns poucos navios e um total de cerca de 600 pessoas de 32 países, transportando ajuda humanitária para a empobrecida Gaza foi ilegalmente atacada na manhã de hoje. O único objetivo desta missão civil era providenciar o alívio muito necessário aos filhos da Gaza ocupada que têm estado sob o ilegal e desumano bloqueio israelense durante anos. Os navios não representavam uma ameaça ao Estado de Israel ou a qualquer outro estado.

A ajuda humanitária estava a caminho de criança que foram despojadas das suas oportunidades de viverem como crianças e desfrutarem todos os confortos básicos que a sua e as nossas crianças têm como garantido. Estas crianças não sabem de onde virá a sua próxima refeição. Elas não têm abrigo ou vivem em condições extremamente desprovidas. Elas não recebem educação; elas não têm futuro em que possam contribuir para uma Palestina e região pacíficas e estáveis.

Sr. Presidente,

Os navios transportam bens de conforto e instalações tais como playgrounds que recordariam às crianças a sua condição de crianças. Eles transportavam necessidades muito básicas como medicações para câncer e leite em pó para fortalecer o crescimento e a saúde das crianças na ausência de leite adequado. A comunidade internacional tem sido testemunha desta tragédia humanitária durante anos, deixando de atuar. E hoje é onde nos encontramos.

Hoje observamos através da cobertura ao vivo um ato de barbárie em que a provisão de ajuda humanitária foi punida através da agressão em alto mar, a 72 milhas das águas internacionais. Hoje muitos trabalhadores da ajuda humanitária retornam em sacos para cadáveres. E Israel tem sangue em suas mãos. Isto não foi ao largo da costa da Somália ou nos arquipélagos do Extremo Oriente onde a pirataria ainda acontece. Isto foi no Mediterrâneo onde tais atos não são a norma. Isto foi onde precisamos de bom senso. Isto foi onde a civilização emergiu e floresceu e onde as religiões abrâmicas ganharam raízes. Estas são religiões que pregam a paz e ensinam-nos a estender a nossas mãos quando outras estão em estado de necessidade.

A utilização da força foi não só inapropriada como também desproporcionada. O direito internacional dita que mesmo em tempo de guerra, civis não devem ser atacados ou feridos. A doutrina da autodefesa não serve de modo algum para justificar as ações tomadas pelas forças israelenses. A liberdade em alto mar constitui um dos mais básicos direitos sob a lei internacional do mar, incluindo o direito internacional costumeiro. A liberdade de navegação é uma das mais antigas formas das normas internacionais, datando de há muitos séculos.

Nenhum navio pode ser travado ou abordado sem o consentimento do capitão ou do estado bandeira. A lei permitindo tal ação em casos excepcionais está claramente declarada. Além disso, qualquer suspeita de violação da lei por parte do vaso e da sua tripulação em alto mar não absolver o estado interveniente dos seus deveres e responsabilidades sob a lei internacional aplicável. Tratar a entrega de ajuda humanitária como um ato hostil e tratar os trabalhadores da ajuda como combatentes é um reflexo de um perigoso estado mental, com efeitos deletérios para a paz regional e global. Portanto, as ações israelenses não podem ser consideradas legais ou legítimas. Qualquer tentativa de legitimar o ataque é fútil.

Sr. Presidente,

Esta ação inaceitável foi perpetrada por aqueles que no passado aproveitaram de navios a transportar refugiados e que escapavam de uma das piores tragédias do século passado. Eles deveriam estar mais conscientes da importância da assistência humanitária, dos perigos e da desumanidade de guetos como aquele que atualmente testemunhamos na Gaza ocupada.

Tenho orgulho em representar uma nação que no passado ajudou aqueles que necessitavam a escaparem do extermínio.

Após o ato de agressão, ouvi declarações oficiais a afirmarem que os civis nos navios eram membros de um grupo islâmico radical. Entristece-me ver que responsáveis de um estado caiam tão baixo a ponto de mentir e lutar para criar pretextos que legitimariam as suas ações ilegais. Contudo, a flotilha consiste de cidadãos de 32 países. Todos eles civis, representando muitas fés, a cristandade, o Islã, o Judaísmo e pessoas de todos os credos e origens. Ela representa a consciência da comunidade internacional. Ela é um modelo das Nações Unidas.

Portanto, isto foi um ataque às Nações Unidas e aos seus valores. O sistema internacional sofreu uma pancada brutal e agora é da nossa responsabilidade retificar isto e fazer com que o bom senso e o respeito para com o direito internacional prevaleçam. Devemos ser capazes de mostrar que a utilização da força não é uma opção a menos que claramente declarada em lei. Devemos manter nossos compromissos e punir aqueles que os infringem. O sistema deve consertado. Caso contrário a confiança das pessoas no sistema, nos seus líderes, em nós, será demolida.

Nenhum estado está acima da lei. Israel deve estar preparado para enfrentar as consequências e ser responsabilizado pelos seus crimes.

Sob tais condições, qualquer mínima oportunidade que existia respeitante à paz e à estabilidade na região sofreu um sério retrocesso. O processo em curso foi sufocado por este simples ato único. Aparentemente é como se Israel houvesse efetuado um esforço extra a fim de negar quaisquer desenvolvimentos positivos e esperanças quanto ao futuro. Eles tornaram-se advogados da agressão e da utilização da força.

Em vista de tudo isto, hoje, apelo ao povo de Israel a que exprima o seu horror em relação a esta malfeitoria. Ele não deve permitir outra ação flagrante que permita mais uma vez apresentar Israel como um agressor. Ele deve dar passos para restabelecer o seu status como um parceiro crível e membro responsável da comunidade internacional.

A Turquia gostaria de ver o Conselho de Segurança a reagir fortemente e adotar hoje uma Declaração Presidencial condenando fortemente este ato israelense de agressão, exigindo um inquérito urgente ao incidente e apelando à punição de todas as autoridades e pessoas responsáveis. Apelo a este Conselho a que avance e faça o que dele se espera.

Esperamos que seja incluída na decisão o que se segue. Israel deve desculpar-se junto à comunidade internacional e às famílias daqueles que foram mortos e feridos no ataque. Um inquérito urgente deve ser empreendido. Um severo sentido de desgosto e advertência deve ser emitido pelas Nações Unidas. Israel deve ser instado a obedecer o direito internacional e os direitos humanos básicos.

Aos países envolvidos deve ser permitido recuperarem seus mortos e feridos de imediato. Os navios devem ser expressamente libertados e permitidos entregarem a assistência humanitária ao seu destino. As famílias dos mortos, feridos, ONBs e companhias de navegação envolvidas devem ser plenamente compensadas. O bloqueio de Gaza deve ser finalizado imediatamente e toda assistência humanitária deve ser permitida que entre.

Gaza deve ser tornada um exemplo desenvolvendo-a rapidamente, para torná-la uma região de paz. A comunidade internacional deve ser convidada a contribuir.

Sr. Presidente,

Este é um dia negro na história da humanidade pois a distância entre terroristas e estados foi borrada. Qualquer um que obstrua o restabelecimento da dignidade e do respeito da ordem internacional mundial terá de responder perante a opinião pública mundial.

Cabe-nos mostrar que todos os estados estão limitados pelo direito internacional e pelos valores humanos. A Turquia está preparada para arcar com a sua responsabilidade quanto a isto. Estou certo de que este é o nosso objetivo comum.

Para finalizar, saúdo todos os trabalhadores humanitários que diligenciaram proporcionar ajuda. Trata-se de pessoas na vanguarda. Apresento as minhas condolências às famílias daqueles que deram as suas vidas nesta tentativa quaisquer que sejam os seus antecedentes, a sua religião ou a sua etnia. Partilho da sua dor.

De acordo com a tradição abrâmica e a minha crença, matar um ser humano é matar a humanidade como um todo. Ontem a humanidade afogou-se nas águas internacionais do Mediterrâneo.

Fonte www.resistir.info 
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Israel mais isolado: Egito abre acesso à Faixa de Gaza

 

Mundo

Vermelho - 2 de Junho de 2010 - 15h32

Após o ataque de Israel à frota que levava ajuda humanitária à faixa de Gaza, o presidente do Egito, Hosni Mubarak, ordenou, nesta terça (01), a abertura da passagem de Rafah, única entrada da Faixa de Gaza que não é controlada por Israel. O objetivo é permitir a entrada de ajuda humanitária e a saída de doentes do território palestino.

A passagem foi fechada em junho de 2007, quando o grupo islâmico Hamas tomou o controle do território palestino, após expulsar as forças leais ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. Desde então, o Egito só a abre esporadicamente, para permitir a saída de palestinos feridos em ataques israelenses.

O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores egípcio, Hossam Zaki, disse que seu país manteria esforços destinados a aliviar o sofrimento dos cidadãos palestinos em Gaza pelo envio de remédios e de qualquer tipo de ajuda procedente de países árabes e ocidentais.

Terrorismo de Estado

Já nesta quarta, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, classificou de "terrorismo de Estado" o violento ataque israelense, durante uma conferência em Belém (Cisjordânia)."Nosso povo foi exposto ao terrorismo de Estado quando Israel atacou o comboio da liberdade. O mundo inteiro, com o povo palestino, enfrenta este terrorismo", declarou.

Abbas falou durante uma conferência internacional sobre investimentos na Palestina, na qual fez um minuto de silêncio em memória dos ativistas mortos. Ele também disse que pedirá ao presidente dos EUA, Barack Obama, que tome "decisões corajosas para mudar a face do Oriente Médio".

"Minha mensagem a Obama durante nossa entrevista em Washington, na próxima semana, será que precisamos de decisões corajosas para mudar a face da região", enfatizou.

EUA: declaração cercada de cautela

O ataque ao comboio humanitário obrigou os Estados Unidos, tradicionais aliados de Israel, a se posicionarem sobre a questão da Faixa de Gaza. A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que a situação na Faixa de Gaza é "insustentável e inaceitável" e não pode durar mais tempo. O pronunciamento, contudo, foi cercado de cautela e passou longe de uma condenação ao ataque.

"As necessidades legítimas de segurança por parte de Israel precisam ser garantidas, assim como as necessidades legítimas dos palestinos por assistência humanitária e acesso regular a material de reconstrução", disse Clinton. Hillary também pediu a todos os envolvidos que sejam "cuidadosos" em suas reações ao ataque.

"Eu acho que a situação, de nossa perspectiva, é muito difícil e requer reações cuidadosas, pensadas de todos os envolvidos", disse a jornalistas. Na contramão do que defendem os outros países, a secretária de Estado afirmou ainda que Washington apóia uma investigação israelense sobre o ataque ao comboio. Resta saber que credibilidade teria uma apuração promovida justamente pelo autor da agressão.

ONU condena ataque, não Israel

O Conselho de Direitos Humanos da ONU adotou nesta quarta uma resolução exigindo "investigação internacional" sobre a intervenção militar israelense. A resolução estipulando "o envio de uma missão internacional para investigar violações das leis internacionais" foi aprovada por 32 dos 47 membros do Conselho, enquanto três países pronunciaram-se contra, entre os quais, os EUA. A França e o Reino Unido se abstiveram.

Na terça, o Conselho de Segurança da ONU já havia condenado a ação militar e pediu uma investigação dos fatos, mas evitou criticar diretamente o governo de Israel. A ONU lamentou "a perda de vidas humanas", mas não lançou nenhuma condenação contra o autor do ataque.

Além disso, a nota de 24 linhas classifica a situação de Gaza como "insustentável" e sublinha que a solução possível para o conflito árabe-israelense é através de negociações bilaterais. Pouco depois do pronunciamento da ONU, o governo israelense disse que a condenação era "hipócrita" e que o Conselho de Segurança sequer teve tempo para analisar os fatos.

Brasil acusa violação ao direito internacional

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, reforçou as críticas ao ataque de Israel e defendeu uma investigação internacional. "Há uma violação não só do direito humanitário como do direito internacional como um todo, pelo menos na aparência. Aliás, uma aparência muito evidente. Mas creio que é sempre útil ter uma investigação completa sobre isto", assinalou Celso Amorim, durante audiência no Senado.

Para ele, a origem do problema é o bloqueio à Faixa de Gaza, que estimula o uso de passagens irregulares por onde podem entrar "até outras coisas" na região. O ministro citou o exemplo de uma escola que o Brasil, a Índia e a África do Sul se dispuseram a construir na Faixa de Gaza, mas ainda não puderam fazê-lo, porque não há material de construção disponível.

"Este bloqueio impede que a população de Gaza tenha acesso aos bens de que necessita, que não são só comida e roupas, mas também escolas e hospitais", referiu. Antes, o próprio presidente Lula defendeu que “o diálogo é a melhor forma de resolver. Não atirando, como Israel fez na segunda feira, num barco que estava em águas internacionais".

O governo brasileiro já havia condenado o ataque "em termos veementes" na segunda-feira, através de um comunicado emitido pelo Itamaraty.

Nicarágua congela relações com Israel

A Nicarágua, por sua vez, anunciou nesta quarta a suspensão de relações bilaterais com Israel. "O governo da Nicarágua suspende a partir desta data as relações diplomáticas com o governo de Israel", declarou à imprensa a porta-voz do governo e primeira-dama, Rosario Murillo, sem especificar por quanto tempo os vínculos diplomáticos estarão congelados.

Israel ainda não recebeu comunicação oficial sobre a suspensão de relações, em represália ao ataque que causou nove mortes e deixou dezenas de feridos. O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores israelense, Andy David assinalou que"se deduz que trata-se de uma suspensão de relações, não de uma ruptura de relações, mas não entendemos muito bem o que quer dizer a Nicarágua com isso".

Turquia protesta

Na Turquia, os protestos seguem intensos. Segundo a polícia turca, dois grupos de várias centenas de pessoas fazem guarda permanentemente em frente à residência do embaixador israelense em Ancara, Gaby Levi, e diante da embaixada. O ministro de Interior turco, Besir Atalay, garante que não houve incidentes de destaque, à exceção do protagonizado por um pequeno grupo que lançou garrafas de plástico contra a embaixada na noite de terça.

Atalay afirmou que a Polícia controlou o grupo, e as forças de segurança garantem a segurança dos diplomatas israelenses e de suas famílias. Em Istambul, a ONG IHH, uma das principais organizadoras da "Frota da Liberdade", disse que os manifestantes se reuniram na terça para protestar contra a ação israelense frente ao consulado insraelense.

Para esta quarta, foi convocado um protesto no turístico bairro de Sultanahmet, em Istambul. A ONG muçulmana Mazlumder, que tem um diretor dado como "desaparecido" no ataque israelense, convocou os cidadãos turcos a se reunirem perante o Palácio de Justiça de Sultanahmet para fazer um pedido coletivo para que Israel seja julgado por "crimes contra a humanidade".

Israel inicia deportações

Criticado por todos os lados, Israel expulsou nesta quarta centenas de ativistas estrangeiros pró-palestinos após a decisão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de deportar todos os presos durante o ataque contra a flotilha. "Apenas um dos prisioneiros está atualmente na prisão", declarou o porta-voz da administração penitenciária israelense, Yaron Zamir.

Por sua vez, a porta-voz do serviço de imigração indicou que "404 passageiros da flotilha esperam para deixar o aeroporto Ben Gourion (em Tel Aviv) e 102 estão a caminho do aeroporto para serem repatriados". Cerca de 125 outros militantes expulsos por Israel foram levados para a Jordânia pelo posto fronteiriço da ponte Allenby.

Netanyahu advertiu que Israel manterá seu bloqueio à Faixa de Gaza, estabelecido há quatro anos, enquanto um cargueiro irlandês, o MV Rachel Corrie, é aguardado em Gaza para o início da semana. "Abrir uma rota marítima para Gaza representaria um grande perigo para a segurança de nossos cidadãos. É preciso, então, continuar com o bloqueio marítimo", afirmou o chefe de governo israelense em um comunicado.

"É verdade, há uma pressão internacional e críticas sobre nossa política. Mas é preciso compreender que ela é vital para preservar a segurança de Israel e seu direito de se defender", justificou Netanyahu. O governo irlandês exortou nesta quarta-feira Israel a permitir a passagem do MV Rachel Corrie, fretado por uma organização irlandesa e que transporta quinze passageiros, entre eles o prêmio Nobel da Paz Mairead Maguire.

No início da tarde desta quarta-feira, mais da metade dos 682 militantes originários de 42 países que estavam a bordo de seis barcos da "flotilha da liberdade" já tinham sido expulsos.

Com agências

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  • Erro grosseiro

    02/06/2010 17h29
    Espero que esse site corrija imediatamente o erro grosseiro que está cometendo, quando afirma que Israel está deportando as pessoas. O que está havendo de fato é a libertação de pessoas sequestradas ilegalmente por uma gang de fascínoras das Forças armadas de israel. Não pode haver deportação de quem foi sequestrado em ato nítido de PIRATARIA, acompanhado de assassinato, pela gang israelense. Considerando todo respeito que tenho poo esse site, espero que essa correção seja efetuada o mais breve possível.
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    José Maria Hollanda Alvares Pimenta
    Rio de Janeiro - RJ
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Liga Árabe analisa ataque de Israel contra Frota da Liberdade

 

Mundo

Vermelho - 1 de Junho de 2010 - 9h54

Liga Árabe analisa ataque de Israel contra Frota da Liberdade

O secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa, convocou uma reunião de emergência do conselho da organização para esta terça-feira (1º). O objetivo é analisar "o terrível crime cometido pelas tropas israelenses".

As autoridades sírias pediram ontem à Liga Árabe uma reunião urgente após o ataque israelense à "Frota da Liberdade", composta por seis navios que transportavam cerca de 750 pessoas e 10 mil toneladas de suprimentos para a faixa de Gaza.
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Em comunicado, a organização pan-árabe, composta por 22 países, condenou o ataque militar israelense que qualificou de "crime" e de "ação terrorista".
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Em janeiro de 2009, a Liga Árabe não conseguiu o apoio do número mínimo de países-membros para realizar uma cúpula extraordinária de chefes de Estado. A cúpula pretendia analisar a situação em Gaza, após uma ofensiva militar israelense contra este território palestino, o que aprofundou as divergências entre os Estados árabes.
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Para que os países árabes se reúnam em uma cúpula é preciso o apoio de pelo menos 15 dos 22 países da Liga Árabe.
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O Hamas pediu à comunidade internacional e aos países árabes que exijam contas a Israel por seus atos.
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A ONU também fez uma reunião de emergência. A maioria dos 15 integrantes do Conselho de Segurança pediu uma investigação completa do incidente, que causou a morte de pelo menos nove ativistas pró-palestinos. A sessão do Conselho foi convocada pela Turquia e Líbano, membros temporários.
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Funcionários da ONU já haviam criticado anteriormente o bloqueio à Faixa de Gaza, uma vez que as restrições ao comércio estariam causando uma crise humanitária.
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Da Redação, com agências internacionais
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03-06-2010 6:27
Egipto
Árabes decidem pedir na ONU fim do bloqueio a Gaza

Cairo - A Liga Árabe decidiu hoje, quinta-feira, em reunião extraordinária, pedir ao Conselho de Segurança das Nações Unidas o fim do bloqueio de Israel sobre a Faixa de Gaza, e processar judicialmente Israel.

A decisão foi tomada durante uma reunião de quase cinco horas, na sede da organização, com a participação dos ministros de Assuntos Exteriores árabes.

Eles debateram o ataque israelense contra a frota que transportava ajuda humanitária à Faixa de Gaza, que deixou nove mortos.

Em entrevista colectiva no final da reunião, o secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa, disse que a tarefa de fazer com que o Conselho de Segurança da ONU se reúna será do Líbano, país que ocupa um posto não-permanente no órgão.

O Conselho de Segurança, acrescentou Moussa, "deve aprovar uma condenação a Israel e pôr fim ao bloqueio" de Gaza, que começou em Junho de 2007 e permite a seus habitantes receberem uma limitada quantidade de produtos.

Quanto às negociações de paz indirectas entre palestinos e israelenses, com a mediação americana, Moussa disse que "se não houver resultados", o processo voltará a ser "totalmente" revisado.

"Estamos a espera deste avanço, embora sabemos que não acontecerá", ressaltou.

Na reunião de hoje, a Síria esperava a aprovação pela Liga Árabe de uma proposta para que fossem suspensas as negociações indirectas entre palestinos e israelenses, mas a iniciativa não foi adiante.

Mesmo assim, Moussa advertiu que, se o diálogo indirecto não prosperar, "a iniciativa de paz árabe não permanecerá para sempre na mesa de negociações".

Por enquanto, os 22 de membros da Liga Árabe decidiram cumprir uma das resoluções aprovadas na cúpula de Sirte (Líbia), que estabelece a cessação de qualquer tipo de relação com Israel, ainda que Egipto e a Jordânia já tenham assinado tratados de paz com os israelenses.

Além disso, Moussa ressaltou que, para aliviar o sofrimento dos habitantes de Gaza, o Egipto abriu a passagem fronteiriça de Rafah, entre o país e a Faixa.

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Quanto ao ataque israelense, os árabes condenaram e mostraram sua satisfação com a decisão do Conselho de Direitos Humanos da ONU de realizar uma investigação independente sobre eventuais violações do direito internacional.
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Além disso, foi solicitada a Israel a libertação imediata dos activistas que ficam em seu territórios, dos navios e da carga humanitária que transportavam.
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Horas depois da reunião árabe, os últimos 500 activistas que estavam detidos deixaram Israel.

A expulsão dos activistas foi decidida ontem à noite pelo Governo de Benjamin Netanyahu, depois de uma forte pressão da comunidade internacional.
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Conselho Mundial da Paz condena agressão de Israel


 Magritte

Mundo

Vermelho - 31 de Maio de 2010 - 16h23

Conselho Mundial da Paz condena agressão de Israel

Diante do ataque das Forças Armadas israelenses a uma frota humanitária que pretendia levar suprimentos à população palestina na Faixa de Gaza, o Conselho Mundial da Paz amitiu nota condenando a agressão e se solidarizando com a Palestina. Veja abaixo a íntegra:


Declaração de condenação ao brutal ataque israelense


à missão de solidariedade à Palestina




O Conselho da Paz Mundial denuncia, de maneira enérgica, a brutal agressão pelas Forças Especiais israelenses contra a missão de solidariedade composta por seis navios de ajuda humanitária para o povo da Palestina. A operação assassina do governo de Israel e seu exército aconteceu em águas internacionais, ao largo da Faixa de Gaza Palestina, contra os civis que estavam a bordo de seis barcos que tentavam se aproximar dos portos de Gaza.




O Conselho Mundial da Paz condena o ataque militar, em que mais de 16 pessoas civis, de diferentes nacionalidades, perderam a vida e mais de 60 pessoas ficaram feridas. Este massacre produzido pelo governo israelense demonstra, mais uma vez, a natureza reacionária de décadas de um regime, que não só nega o direito do povo palestino a um Estado independente, mas também a ajuda humanitária ao povo palestino, que sofre sob a ocupação e as agressões, como a que ocorreu em 2008.




O Conselho Mundial da Paz manifesta a sua solidariedade com o povo palestino em uma causa justa, para o estabelecimento de um Estado independente dentro das fronteiras definidas em 1967 e com Jerusalém Oriental como sua capital. Também expressamos nossa solidariedade com as forças defensoras da paz dentro de Israel, que lutam ao lado do povo palestino contra a ocupação das terras da Palestina.




A recente ação de Israel constitui um crime de dimensão internacional, uma vez que a agressão israelense tem o apoio político e a tolerância dos Estados Unidos, União Europeia e de outras estruturas do imperialismo. O Conselho Mundial da Paz manifesta a sua profunda preocupação com a escalada da agressividade imperialista na região e faz um chamado às forças que apóiam a paz nos países da região, para que estejam alertas e vigilantes ante qualquer ataque iminente.




31 de maio 2010


Secretariado do Conselho Mundial da Paz

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PCP condena acto de terrorismo de Estado de Israel

Nota do Secretariado do Comité Central do PCP


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PCP chama Ministro dos Negócios Estrangeiros à Assembleia sobre ataque de Israel - José Soeiro
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O Partido Comunista Português condena o criminoso massacre perpetrado pelas forças militares israelitas contra a missão de ajuda humanitária que se dirigia à Palestina com cerca de dez mil toneladas de bens de primeira necessidade para fazer frente à calamitosa situação humanitária na Faixa de Gaza resultante do ilegal bloqueio mantido contra este território e o seu povo.
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O ataque contra esta missão humanitária que custou até agora a vida de 15 civis de várias nacionalidades, constitui uma flagrante e chocante violação das mais elementares regras do direito internacional, um acto de pirataria e mais uma prova da política de terrorismo de um Estado que tem contado com a conivência e o apoio dos EUA e da União Europeia.
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Perante tão grave acontecimento o PCP exige do governo português uma clara e pronta posição de condenação de mais este crime de Israel. Uma posição que no âmbito da política externa portuguesa e da participação de Portugal nas diversas instâncias internacionais, não permita qualquer impunidade de Israel e retire deste acontecimento todas as consequências políticas, diplomáticas e de relacionamento com o Estado de Israel. 
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O PCP reiterando o seu inequívoco apoio à luta do povo palestiniano pela edificação do Estado da Palestina nas fronteiras anteriores a 1967 e com Capital em Jerusalém, apela ao povo português, às organizações do movimento da paz e de solidariedade com o povo da Palestina, que expressem o seu protesto, indignação e condenação face a mais um hediondo crime do Governo e das forças militares israelitas.
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Nota do Gabinete de Imprensa dos Deputados do PCP ao PE

Deputados do PCP no PE condenam ataque de Israel

Associamo-nos às condenações que se sucedem por todo o mundo e saudamos e solidarizamo-nos com a mobilização dos cidadãos em manifestações de condenação e protesto contra o criminoso massacre perpetrado há dois dias pelos militares israelitas, a mando do seu governo, contra as seis embarcações que compunham a “Frota da Liberdade”, e que provocou a morte de pelo menos 19 civis indefesos e feriu gravemente muitas dezenas de outros.
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Este crime é tanto mais hediondo quanto estas embarcações transportavam cerca de 10 mil toneladas de bens de primeira necessidade, uma ajuda humanitária para a população aprisionada há anos consecutivos no seu próprio território. São homens, mulheres e crianças que enfrentam uma dramática e calamitosa situação humanitária em resultado da brutalidade desencadeada pelo governo de Israel, que transformou Gaza num gigantesco campo de concentração. 
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Por isso, insistimos junto das instituições europeias que não podem continuar a usar dois pesos e duas medidas para com os que violam o direito internacional. Os palestinos devem ter o seu próprio estado livre e independente e a Comissão Europeia e o Conselho devem suspender de imediato o Acordo de Associação com Israel e exigir o cumprimento do direito internacional, com a aplicação a Israel das sanções e medidas necessárias para que se cumpram as Resoluções das Nações Unidas.
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É preciso impor/exigir a Israel o respeito pelo direito internacional. Não se pode tolerar que Israel faça agora das águas internacionais mais um espaço para cometer actos de pirataria, massacres selvagens de cidadãos indefesos, matando e ferindo indiscriminadamente seres humanos, sequestrando e aprisionando centenas de cidadãos, roubando bens que lhe não pertencem.
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O flagrante e criminoso massacre cometido e a violação inequívoca das mais elementares regras do direito internacional, por parte das forças militares de Israel, a mando do seu governo, exigem uma condenação e uma acção firme e determinada, para que se não voltem a repetir.
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Israel não pode continuar a agir impunemente como um Estado fora da lei a quem todos os crimes são permitidos. Israel deve respeitar e cumprir, como todos os outros Estados, as Resoluções das Nações Unidas. Israel deve desocupar os territórios ilegalmente ocupados. Deve levantar de imediato o seu arbitrário e ilegal bloqueio à Faixa de Gaza. Deve libertar de imediato os cidadãos que sequestrou e aprisionou num acto de guerra contra civis indefesos e entregar às populações de Gaza os bens de primeira necessidade de que carecem e que pacificamente lhes eram destinados.
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Faixa de Gaza

Bem, você sabe onde fica exatamente a Faixa de Gaza?

gaza
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A Faixa de Gaza é um território situado no Médio Oriente limitado a norte e a leste por Israel e a sul pelo Egipto. É um dos territórios mais densamento povoados do planeta, com 1,4 milhões de habitantes para uma área de 360 km². A designação “Faixa de Gaza” deriva do nome da sua principal cidade, Gaza.
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Actualmente a Faixa de Gaza não é reconhecida internacionalmente como pertencente a um país soberano. O espaço aéreo e o acesso marítimo à Faixa de Gaza são actualmente controlados pelo estado de Israel, que ocupou militarmente o território entre Junho de 1967 e Agosto de 2005. A jurisdição é por sua vez exercida pela Autoridade Nacional Palestiniana.

Faixa de Gaza - Wikipédia, a enciclopédia livre

A Faixa de Gaza (em árabe: em árabe: قطاع غزة, Qita' Ghazzah; em hebraico: em hebraico: רצועת עזה, Retzu'at 'Azza) é um território palestino situado em uma ...
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As baboseiras do Ferreira

Diário da Manhã

Barquinhos do terror

Coitadinhos. Os pobrezinhos arranjaram uns barquinhos, quais jangadas de pedra, e decidiram ir ajudar os desgraçadinhos dos palestinianos da Faixa de Gaza. Coitadinhos.
  • 02 Junho 2010 - Correio dea Manhã
Por:António Ribeiro Ferreira, Jornalista
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Eram 700 almas cheias de boas intenções que tentaram furar um horrível bloqueio a um território que há anos é dominado por uma organização terrorista. Coitadinhos. Os pobrezinhos lá chegaram cheios de paz no coração, resistiram à ordem dos maus e foram, de acordo com a inteligente, isenta e sempre livre comunicação social, massacrados pelas forças especiais do Governo de Jerusalém. 
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A ONU deu uns gritinhos de indignação, a União Europeia pôs-se de joelhos e muitos pobrezinhos em países muçulmanos saíram à rua a protestar. Coitadinhos. São tão queridinhos estes anti--semitas do século XXI. 
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Comentários no CM on line
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COMENTÁRIO MAIS VOTADO
"Responda-me por favor e esta pergunta: - O Correio da manhã paga-lhe para escrever essas baboseira? Se sim, mande-me a número da sua conta, que prefiro pagar-lhe mais ainda para que pare de opinar."
fernando
02 Junho 2010
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Num país supostamente livre há lugar p tds as opiniões. Concordo consigo, é lamentável o preconceito com que é tratado este conflito pelos tugas e sua com. social. Mas tb a quem tem 1sócrates ñ s pode exigir mto +...
  • Comentário feito por: Anónimo
  • 02 Junho 2010
Baboseira? Pois sim! Memória curta deve ter quem tem o atrevimento de assim classificar este artigo. Quantos anos passaram? 70? Mas de certeza que se devem lembrar quem ganhou o campeonato nacional de futebol há 100 anos
  • Comentário feito por: Anónimo
  • 02 Junho 2010
Senhor Ferreira, Felicitações pela abordagem do lamentável acontecimento.Deplorável sobre todos os aspéctos.A manifestação pode ser considerada îrônica mas verdadeira.Reitero meus parabéns. Abraços.
  • Comentário feito por:Rafael
  • 02 Junho 2010
Patético e desperdício de espaço tal 'comentário' e só prova como o 'partido da imprensa pró-israel' domina amplamente a mídia mundial, lástima pq assim essa questão nunca acaba!
  • Comentário feito por:Nunes
  • 02 Junho 2010
Este jornalista embora com idade para ter juizo só tem comentários de chacha. Neste caso concreto esquece-se pura e simplesmente que se as familias israelitas têm direito a viver em paz as palestinianas têm-no igualmente
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  • Comentário feito por:antunano
  • 02 Junho 2010
Eu não recebo um euro do CdM e dou os meus parabens a ARF.Quem não gosta não lê. Felismente q os comunas e a bandalheira n mandam em Portugal.Aqui ainda ha liberdade para dizermos os achmos bem ou mal sem ofender.
  • Comentário feito por:fernando
  • 02 Junho 2010
Responda-me por favor e esta pergunta: - O Correio da manhã paga-lhe para escrever essas baboseira? Se sim, mande-me a número da sua conta, que prefiro pagar-lhe mais ainda para que pare de opinar.
  • Comentário feito por:Orlando Augusto
  • 02 Junho 2010
Um Irealita um terrorista.Quem lhe paga.responda??.Todos podemos usar um Jornal Todos temos direito a responder, nem todos temos direito a receber ordenado.Até a america protesta vosse defende o crime.Ok
  • Comentário feito por: Anónimo
  • 02 Junho 2010
Sr. Ferreira, Geralmente de acordo consigo, mas.... Hamas criação de Israel. Massacre em barcos indesculpável sob qualquer ponto de vista....Terrorismo de Estado !
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Mais barcos para desafiar Israel

 

Lucas Dolega/EPA

O assalto gerou protestos em várias partes do Mundo
 
Massacre: ‘Movimento Libertem Gaza’ envia dois navios

Mais barcos para desafiar Israel

Um dia após comandos israelitas terem levado a cabo um massacre num barco humanitário para travar a sua chegada a Gaza, o ‘Movimento Libertem Gaza’, que organizou a iniciativa, manteve o desafio a Israel e anunciou que mais dois navios estão a caminho de região para furar o bloqueio àquele território palestiniano.
  • 02 Junho 2010 - Correio da Manhã
Por:Sabrina Hassanali com agências
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Em resposta, um comando israelita não identificado fez saber, através da rádio do Exército, que a sua unidade está preparada para bloquear também esse navio.
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Greta Berlin, do ‘Movimento Libertem Gaza’, informou que um barco de carga, com ajuda humanitária, e outro de passageiros, no qual seguem o prémio Nobel da Paz Maired Corrigan-Maguire e o diplomata irlandês Denis Halliday, partiram de Malta e deverão chegar à região no início da próxima semana.
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Israel, que reconheceu erros na abordagem ao navio humanitário, em que morreram nove activistas, já fez saber que vai actuar. Com efeito, os militares israelitas admitem que houve erro na táctica e no equipamento usados, mas justificam que tal se deveu a uma falha dos Serviços, que não previram resistência dos activistas. É de esperar, por isso, que da próxima vez Israel evitará uma repetição do banho de sangue, que tantos danos causou à sua imagem. Com efeito, o país foi alvo de um coro de condenações, nomeadamente por parte do Conselho de Segurança da ONU. A União Europeia exige um inquérito e apela ao levantamento do bloqueio a Gaza. Tal como a Turquia, que exige ainda a punição de Israel, até agora seu aliado.
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APONTAMENTOS
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BLOQUEIO A GAZA
A ‘frota da liberdade’, atacada por Israel, foi a nona tentativa de furar o bloqueio a Gaza, imposto por Israel e Egipto após o Hamas ter assumido o poder, em 2007. Israel lançou uma ofensiva contra Gaza em 2009.
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EGIPTO ABRE RAFAH
O presidente egípcio, Hosni Mubarak, ordenou ontem a abertura do terminal de Rafah, único ponto de passagem para a Faixa de Gaza não controlado por Israel, para entrada de ajuda.
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PALESTINIANOS MORTOS
Na manhã de ontem, forças israelitas mataram cinco palestinianos, três num raide aéreo em retaliação a um ataque com rocket e dois em incidentes separados.
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ONU POUPA TELAVIVE
Após 10 horas de conversações, o Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou o ataque, mas não o país atacante, e lamentou a perda de vidas. 
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PRESOS RECUSAM DEPORTAÇÃO
Após o massacre a bordo do ‘Mavi Marmara’, o comando israelita rebocou o barco até ao porto de Ashdod, Sul de Israel, onde os activistas sobreviventes – os feridos foram transportados para um hospital – tiveram de optar entre serem expulsos ou detidos. Pelo menos 628 foram detidos e estão a ser interrogados.
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Outros 51, incluindo uma espanhola, aceitaram ser deportados e 46 estavam ontem hospitalizados, nove em estado grave. Os activistas são de várias nacionalidades, na sua maioria turcos. Ancara enviou três aviões com equipamento médico para retirar os seus 20 cidadãos feridos. Sobem as pressões internacionais para que Israel liberte os detidos, mas o governo de Netanyahu não dá mostras de cedência. 
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Comentários no CM on line
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  • Comentário feito por:Che
  • 02 Junho 2010
Está constatado que aqueles que têm o poder do dinheiro, o poder das armas, portanto, o IMPÉRIO, podem ficar impunes á justiça.
  • Comentário feito por: Anónimo
  • 02 Junho 2010
FOI PARA ISTO QUE OS ALIADOS TIRARAM OS JUDEUS DAS MÃOS DE HITLER?ESTÃO A FAZER AOS PALESTINIANOS,O MESMO QUE HITLER LHES FEZ.ONDE ESTÃO AGORA OS ALIADOS?(a juventude islâmica ha-de continuar sempre a ser rebelde)
  • Comentário feito por:J.F.COSTA HOLANDA
  • 02 Junho 2010
Sr Antonio tem toda a razâo tanta ignorância mas informe que a palestina uma colonia inglesa os judeus foram pôstos apos a segunda guerra mundial na palestina com o apoio dos judeus americanos santa ignorancia.
  • Comentário feito por: Anónimo
  • 02 Junho 2010
Sr. agostini7 Ser um País com governo muçulmano é algum pretexto por utilizar uma política de extremínio por parte de israel? o Sr. deve ser mto ignorante por não conhecer a cultura muçulmana em relação as mulheres
  • Comentário feito por:fernando moreira
  • 02 Junho 2010
isto é o que dà quando o roubo à terra sagrada da palestina é roubada violentamente por ( potencias com interesses no controle politico e militares na regiâo.
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  • Comentário feito por:Marcos santos
  • 02 Junho 2010
O ISRAEL FÍSICO E NÃO O ESPIRITUAL,ESTÁ BOTANDO AS SUAS GARRAS INFERNAIS DESAFIANDO O MUNDO SEM AMOR E MISERICÔRDIA EM A??????? ??????? ???? ??????? ? ?? ??? ?????? ?????? ????? ?????? ???? ???? ????? RABE:EM HEBRAICO:???? ? ', ?? ?-URL ?? ?? ??????? ?? ????? ????.
  • Comentário feito por: Anónimo
  • 02 Junho 2010
Santa ignorancia de tantos comentaristas de bancada... Se fossem estudar a historia nao lhes fazia mal nenhum, Jesus era judeu nao havia palestina nem arabes na zona!
  • Comentário feito por:jctru
  • 02 Junho 2010
Gaza não passa de um enorme Campo de Extermínio de seres humanos. Nesse enorme Campo de Concentração, os judeus matam impunemente, pela fome e pelas armas, perante o silêncio cobarde dos países ditos "democráticos"
  • Comentário feito por: Anónimo
  • 02 Junho 2010
se for preciso, também ajudo a furar o bloqueio a gaza. os israelitas são todos uns terrorista, que roubaram a terra dos palestinos e ainda os matam. abaixo o sionismo.
  • Comentário feito por:agostini7
  • 02 Junho 2010
os comentários que para aqui vão, 1º se um dia formos governados pelos muçulmanos e as nossas mulheres deixarem de ter a sua liberdade veremos quem tinha razão. 2º baterem em militares armados estavam espera do que?
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  • Comentário feito por:rato
  • 02 Junho 2010
Ao sr. Guedes - Não querendo defender os Israelitas, tenho uma pergunta a fazer:Será que depois da reacção dos activistas em agredir uma autoridade eles queriam "chazinho e bolinhos"?
  • Comentário feito por:César
  • 02 Junho 2010
Desculpem, mas se há um bloqueio naval por parte de forças militares, estavam à espera de quê! Eles mandaram voltar para trás, perguntem a qualquer militar o que se faz numa abordagem marítima quando nos desobedecem!!
  • Comentário feito por:Guedes
  • 02 Junho 2010
Os tipos pensam que o mundo é todo estúpido! Invadem um barco estrangeiro e não esperavam resistência?!... Queriam receber o quê: chazinho e bolinhos?...
  • Comentário feito por:André Ferraz
  • 02 Junho 2010
Israel poderá existir como nação, mas não como país... estão a ocupar um espaço que não lhes pertence e ainda se julgam donos do mundo, fazem o que querem e lhes apetece e ninguem os condena
  • Comentário feito por: Anónimo
  • 02 Junho 2010
Unico pais com tomates.
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  • Comentário feito por:Luis Fenrnando
  • 02 Junho 2010
Acho incrível que o mundo assista passivamente este genocídio sem fazer nada. Tribunal Internacional já para julgar Israel por crimes de guerra!
  • Comentário feito por:Zé da Australia
  • 02 Junho 2010
COMEÇO A SIMPATIZAR COM OS NAZIS!!!!!!
  • Comentário feito por:Raoul Steiner
  • 02 Junho 2010
Desde que não hajam mísseis ou armas a bordo, devem entrar em Gaza. Mas o controlo deve ser mantido.
  • Comentário feito por:paulo
  • 02 Junho 2010
Israel e um pais democratico ao lado de animais islamicos que matao por todo e nada o mundo que aprenda estes animais estao a invadire o mundo e um dia destes temos que enfrentalos a frente da nossa porta Forca Israel
  • Comentário feito por: Anónimo
  • 02 Junho 2010
será que hitler reencarnou em israel???tudo aponta para que sim.e nimguem faz nada????depois admirem-se se a outra parte reagir com violencia tambem!!!

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domingo, fevereiro 22, 2009

Israel declarado culpado por crimes de genocídio

Adital - O Tribunal Internacional sobre a Infância declarou, no dia 12 de fevereiro, o Estado de Israel culpado de crimes de lesa humanidade e genocídio contra a infância palestina da Faixa de Gaza, durante os ataques que iniciaram no dia 27 de...
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Leia mais sobre este e outros assuntos interessantes no www.bodegacultural.com



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in Momentos & Documentos - dom 22-02-2009 14:30
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sexta-feira, janeiro 16, 2009

«Agressão sionista já matou mais de 900 palestinianos»

MiguelUrbanoRodrigues
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Desafio neonazi sionista à humanidade
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O genocídio do povo de Gaza
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Escrevo no momento em que está em desenvolvimento a escalada genocida do Estado sionista de Israel contra o povo de Gaza.Essa bárbara operação exterminista – apoiada pela esmagadora maioria dos israelenses e incentivada pelo sistema de poder dos EUA com a cumplicidade da maioria dos governos da União Europeia – é acompanhada de uma ambiciosa e massacrante ofensiva mediática de âmbito mundial que deforma a História e pretende justificar o crime com o argumento de que Israel exerce o direito de defesa para proteger as suas populações e sobreviver como nação.Estamos perante uma daquelas tragédias em que as palavras são insuficientes – como aconteceu com as chacinas do III Reich alemão – para qualificar as proporções e o significado do crime.A desinformação, garantida pelo controlo hegemónico dos grandes media, dificulta extraordinariamente o esclarecimento dos povos porque a vítima é apresentada como agressor e este como representante de valores inalienáveis da democracia.A primeira e fundamental mentira é a que responsabiliza o Hamas pelo rompimento da trégua. Israel, ao iniciar o bombardeamento aéreo e naval seguido da invasão terrestre, estaria a proteger as populações das suas cidades e aldeias atingidas por rockets palestinianos.Trata-se de uma grosseira inverdade.Existe uma abundante documentação secreta do próprio Ministério da Defesa israelense que demonstra com clareza a premeditação do crime pelo governo de Telavive.Encontramos uma síntese de factos relacionados com essa premeditação num importante artigo do professor canadiano Michel Chossudovsky, da Universidade de Otawa.Nesse texto (divulgado por globalresearch.ca/PrintArticle.php?articleId=2009) o prestigiado economista e escritor lembra que a «operação chumbo fundido» foi minuciosamente planeada com seis meses de antecedência, quando Israel iniciava a negociação de um acordo de cessar fogo com o Hamas. O projecto foi, porém, concebido em 2001.A 4 de Novembro pp., dia das eleições presidenciais dos EUA, Israel aliás rompeu a trégua, bombardeando a Faixa de Gaza, alegando a necessidade de impedir a construção de túneis pelos palestinos.Chossudovsky chama a atenção para o facto de, transcorridas 24 horas, a 5 de Novembro, o governo de Telavive ter iniciado o monstruoso bloqueio de Gaza, cortando o abastecimento à Faixa de alimentos, combustível e medicamentos. Posteriormente o exército israelense realizou numerosas incursões armadas no território de Gaza.O Hamas, em legítima defesa, respondeu com o lançamento de rockets de fabrico caseiro. Não há mentiras e calúnias que possam apagar a evidência: 13 israelenses morreram desde então em consequência do disparo de rockets do Hamas, mas a agressão sionista é responsável pela morte de mais de 900 palestinos, superando 4 mil o número de feridos.Gaza, um cenário de apocalipseAs notícias que chegam de Gaza e as imagens transmitidas pela televisão iluminam um cenário de apocalipse: quarteirões inteiros arrasados, mesquitas bombardeadas na hora da oração, hospitais e universidades destruídos. Crianças e mulheres ensanguentadas movendo-se entre ruínas, corpos humanos esfacelados. Em Gaza acabou o pão, bairros inteiros estão privados de electricidade e água. Mas a monstruosidade do genocídio merece o apoio de Washington. O presidente Bush justifica-o em nome da democracia, tal como a sente. Mais: impede que o Conselho de Segurança aprove uma Resolução que imponha o cessar fogo [n.d.r.: entretanto, o CS da ONU aprovou, quinta-feira, dia 8, a Resolução 1860 por 14 votos a favor e uma abstenção, dos EUA].A atitude prevalecente nos governos da União Europeia é de hipocrisia e cinismo. Afirmam desejar um cessar fogo, alguns definem como «desproporcionada a resposta de Israel», mas manifestam compreensão pela sua «reacção defensiva» contra «os terroristas do Hamas».A Rússia e a China condenam a escalada de violência que atinge Gaza, mas a sua atitude carece de firmeza no Conselho de Segurança. Os povos árabes saem massivamente às ruas para expressar a sua condenação da matança de Gaza. Mas diferente é a posição assumida pelos governos da maioria dos países árabes. Os seus governantes comportam-se como cúmplices envergonhados de Telelavie.Sarkozy, a chanceler Merkel, Berlusconi, Brown, Durão Barroso trocam sorrisos e amabilidades com Olmert e a ministra Livni. Hipócrita e covarde é também a postura assumida pelo presidente da Autoridade Nacional Palestiniana. Mahmud Abbas pede um cessar fogo, mas responsabilizou inicialmente os seus compatriotas do Hamas pela escalada de violência. Na cobertura da agressão israelense pelos meios de comunicação dos EUA e da União Europeia identifico um retrato chocante do jornalismo mercenário.Os enviados especiais, com poucas excepções, limitam-se a transmitir as declarações dos ministros e dos militares de Israel. As imagens de casas atingidas nas cidades judaicas fronteiriças ocupam em algumas reportagens quase tanto espaço e tempo como as do inferno em que Gaza foi transformada pelos bombardeamentos israelenses. Nos media portugueses de referência a satanização do Hamas tornou-se rotineira. Editores, analistas, apresentadores, enviados especiais competem na repetição monocórdica do «direito de defesa de Israel» contra o terrorismo. De Washington a Paris passou também a ser quase obrigatória a responsabilização do Irão pela resistência heróica dos milicianos do Hamas. A extrema direita estado-unidense, sobretudo, não esconde o seu desejo de que a barbárie que abrasa Gaza seja o prólogo de uma tragédia maior que envolva o Irão, berço de uma das maiores civilizações criadas pela humanidade. O apocalipse de Gaza transmite uma lição assustadora: a barbárie do Estado sionista de Israel, apoiada pelo imperialismo estadounidense e contemplada compreensivamente pelos seus aliados da União Europeia configura uma ameaça à civilização.Num contexto histórico muito diferente, as burguesias do Ocidente trazem à memoria a atmosfera europeia nas vésperas de Munique. Afirmam a sua fidelidade aos valores da democracia tal como a concebem, mas actuam como cúmplices de um Estado cuja política os nega e espezinha ao promover chacinas como a de Gaza.A solidariedade de todos os homens e mulheres progressistas com o heróico povo da Palestina martirizada é mais do que nunca um dever.Nestes dias os combatentes do Hamas, ao lutarem pelo direito do seu povo a ser livre e independente, batem-se, afinal, por valores eternos.O genocídio de Gaza é um desafio do sionismo NEONAZI à Humanidade.
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Outros Títulos:• Povo colhe benefícios da revoluçãoCombater a repressãoMilhões sem emprego nos EUAAssassinados dois militantes do FMLNEsquadrões da morteJustiça persegue Zuma
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in Avante 2009.01.15
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ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Palestina
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Ruínas




Jorge Cordeiro


A engenhosa expressão da jornalista da RTP presente em Israel para cobrir a guerra contra o povo palestino segundo a qual «Hamas tomou (anote-se o sentido do termo) o poder nas eleições» é apenas uma tímida ilustração verbal da intolerável parcialidade e cumplicidade com que a maioria da comunicação social vem secundando a criminosa acção do Estado de Israel. Uma por uma são repetidas diariamente as teses israelitas para sustentar a agressão – desde a da «legítima defesa em resposta à acção terrorista palestiniana», à da condição de «sobrevivência» do Estado de Israel – ou difundidas ideias que procuram modelar a opinião pública aos interesses sionistas (mesmo que cruamente desmentidas pela realidade) como sejam as da «destruição das cidades israelitas» ou «o poderio militar do Hamas» num exercício de nivelamento de causas e consequências que a realidade e as próprias imagens negam. Uma parcialidade que dá legitimidade à interrogação sobre os limites a partir dos quais já não é possível assegurar se nos encontramos apenas perante casos de irreprimível simpatia com o regime sionista ou face a bem sucedidos recrutamentos da Mossad. De lado fica, sacrificada à máquina informativa dominante, a verdade: a impunidade de Israel pelo incumprimento das sucessivas resoluções das Nações Unidas quanto ao direito dos palestinos a um Estado soberano e independente; a arbitrária colonização do território da Palestina e a sua transformação num verdadeiro campo de concentração; o genocídio em curso contra o povo palestino perante a passiva contemplação da ONU e da União Europeia e a activa atitude de apoio da administração norte-americana. A par do imenso mar de ruínas a que está a ser reduzida Gaza, também a caminho de ruir ficam, para aqueles que as alimentavam, as expectativas sobre Obama. Após a esfarrapada desculpa de que nos EUA só há um presidente de cada vez, para justificar o seu silêncio – quando em todas as outras matérias, da económica ao Iraque, age e fala como se em efectivo exercício estivesse –, as embrulhadas generalidades agora proferidas por Obama, que mal o retiram do silêncio anterior, mal disfarçam o que une de facto os inquilinos, actuais e futuros, da Casa Branca.

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in Avante 2009.01.15

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Foto retirada de
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O sistema a funcionar ...





• Ângelo Alves


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A hipocrisia continua a reinar na chamada «comunidade internacional» e a contribuir para o banho de sangue

Os acontecimentos na Faixa de Gaza são um poderoso libelo acusatório contra as classes dominantes em Israel, a reacção árabe, o sionismo e o imperialismo. Estamos perante a pior guerra levada a cabo por Israel desde a guerra dos seis dias em 1967. Uma guerra suja, calculada e preparada durante meses e meses. Uma guerra assassina, objectivamente apoiada pelas principais potências imperialistas mundiais que, desde o apoio aberto dos EUA à vergonhosa posição da maioria dos governos da União Europeia, dão todo o tempo necessário a Israel para continuar a matança e invadir o território.


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Apesar dos cerca de mil mortos e milhares de feridos, apesar das dezenas de milhares de desalojados, apesar das notícias de utilização de armas proibidas na invasão de Gaza, apesar das estatísticas que apontam para que cerca de 90% das vítimas da invasão sejam civis desarmados, apesar dos bombardeamentos de habitações, escolas, hospitais e locais de culto, apesar dos ataques a comboios humanitários e instalações da ONU, entre muitos outros crimes, apesar disso tudo, a hipocrisia continua a reinar na chamada «comunidade internacional» e a contribuir para o banho de sangue. Mais uma vez na sua história o Conselho de Segurança da ONU optou por branquear os crimes israelitas e por não exigir rigorosamente nada de Israel, aprovando uma Resolução que face à barbárie se limita a «apelar» a um cessar-fogo que «possa conduzir» à retirada das tropas israelitas do território. O resultado foi o esperado, ou seja, nenhum. A agressão israelita não só não parou como se intensificou, entrando agora na sua «terceira fase». Sarkozy, o «incansável» presidente francês, «surfa» a situação e com Hosni Mubarak trabalha um «plano de paz franco-egípcio» de que muito se fala mas que ignora por completo as mais básicas exigências: fim dos ataques, retirada imediata das forças ocupantes israelitas e fim do bloqueio a Gaza. Nos círculos dirigentes da União Europeia a solução clássica do «envio de uma força multinacional com um mandato robusto» começa a tomar forma confirmando a tendência já evidenciada na guerra do Líbano de 2006 de um maior envolvimento e presença militar europeia no Médio Oriente. Entretanto a questão central do respeito pelos inalienáveis direitos do povo palestiniano e pelas inúmeras resoluções das Nações Unidas que os reconhecem desaparece por completo dos discursos oficiais. É o sistema a funcionar, no seu melhor.


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E porque isto anda tudo ligado, alguns dos protagonistas dos crimes, da hipocrisia e da cumplicidade com Israel reuniram-se a passada semana em Paris numa conferência intitulada «Novo Mundo, Novo Capitalismo», organizada por Tony Blair e Nicolas Sarkozy. Figuras como Angela Merkel, Francis Fukuyama, Giulio Tremonti (ministro das Finanças italiano), Pascal Lamy (director da OMC), Jean Claude Trichet (Presidente do BCE), e Yaël Tamir (ministra da Educação israelita), entre outras, compuseram o arco político desta iniciativa cujo mote foi mais uma vez o estafado discurso da refundação do capitalismo, da regulação e da ética, mas não só… Registe-se o aprofundamento dos discursos de rivalidade com os EUA por Sarkozy e as propostas peregrinas de Merkel da criação de um conselho económico mundial à semelhança do Conselho de Segurança da ONU e de uma «Carta» para o bom funcionamento da economia (capitalista claro) à semelhança da Carta dos Direitos Humanos. Ou seja, os mesmos que usam as instituições internacionais para permitir o banho de sangue na Palestina, são os mesmos que querem transformar em doutrina oficial mundial o sistema que está na génese das injustiças, da pobreza, da guerra e da morte e criar novas instituições de domínio económico com um poder ainda mais centralizado. E registe-se ainda que nesta orgia ideológica de «salvação» do capitalismo participou John Monks, secretário-geral da Confederação Europeia de Sindicatos. É o sistema a funcionar…


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in Avante 2009.01.15


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