A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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sábado, janeiro 22, 2011

Papamóvel

CONSIDERAÇÕES SOBRE A ACTUALIDADE PESSOAL, SOCIAL OU POLÍTICA.



PAPAMÓVEL 2012



PAPAMÓVEL E FÉ


Porque nada melhor que um vidro à prova de bala para mostrar a tua fé em Deus.

sábado, dezembro 05, 2009

Economia e Finanças - - Notícias 2009.12.04


Economia & Finanças 






Posted: 04 Dec 2009 05:36 AM PST


O Jornal de Negócios publicou hoje online dois artigos com uma súmula das melhores ofertas no mercado relativas a depósitos a prazo e a PPRs. Sendo um tema que aqui abordamos em permanência, tentámos validar as referências que lá vêm consultando os respectivos sítios das instituições seleccionadas e logo à primeira cavadela… No topo é referido o Banco Popular - Depósito a Prazo Ouro Plus a um ano como tendo uma TANB de 2,4%. Indo ao sítio do Banco e consultando a página o que se encontra é uma bagunça imensa (pelas 13horas de dia 4 de Dezembro). No corpo da página surge o referido depósito a prazo que remunera a uma TANB média de 2,94% o que a confirmar-se deverá ser a melhor do mercado. Contudo, na ficha de informação normalizada do referido produto respeitando as exigências do Banco de Portugal, o que surge indicado é um depósito com uma TANB média de 1,17% (informação extraida, repito, hoje pelas 13h).
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Ou seja, juntando a informação do Negócios a estas duas temos 3 versões diferentes para o mesmo depósito! Talvez esteja aqui parte da justificação pela qual o Banco Popular tem surgido como um dos bancos que têm gerado mais reclamações (em termos relativos) junto do Banco de Portugal conforme este informou no seu relatório semestral sobre supervisão comportamental do sector financeiro, já aqui publicitado.
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Quanto ao restante rankingdo Negócios relativo a Depósitos a Prazo sublinha-se que o aqui referenciado Depósito Rendimento do Big Online (”Depósito Rendimento do Big Online – TANB média 2,75%“) na sua versão a 720 dias (2 anos) também poderia surgir no TOP 3 de depósitos a 1 ano uma vez que permite mobilização integral sem perda de juros em cada semestre, pagando, no final do 2ª semestre uma TANB de 2,125%. Na prática funciona como um depósito a 6 meses renovável por 3 vezes.
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Nos próximos dias contamos manter-nos atentos a este período particularmente “quente” do lado da procura e da oferta e actualizaremos a nossa página de ligações sobre Depósitos a Prazo. Entretanto, se se justificar continuaremos a dar algum destaque particular a produtos específicos que julgamos merecer particular interesse do ponto de vistas dos clientes.
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Note-se que nenhuma desta peças é encomendada ou publicidade encapotada. Reflectem exclusivamente a opinião dos autores com base na informação disponível ao público.
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Artigos relacionados:
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Posted: 04 Dec 2009 02:39 AM PST


Entre as várias modalidade de depósitos a prazo (tradicionais, promocionais, para novos clientes, para elevados montantes, etc) que se vão multiplicando no mercado conta-se um depósito promocional que nos gera mais simpatia do que o depósitos promocional que tem por único objectivo angariar novos clientes. Em bom rigor, temos ignorando estes depósitos da nossa lista de ligações para as ofertas disponíveis no mercado que vimos actualizando na página sobre Depósitos a Prazo e continuaremos, por regra, a fazê-lo, devido ao seu carácter temporário e muitas vezes desalinhado da oferta habitual das respectivas instituições financeiras (não raras vezes o banco que oferece os melhores depósitos promocionais não renováveis é dos piores a praticar taxa correntes).
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Mas há um tipo de promoção que julgamos mais perene e também mais pacífica junto dos próprios clientes: aquela que procura angariar mais dinheiro (ditos “Novos Recursos”) e não só e apenas novos clientes. E entre a oferta disponível com este objectivo tem-se destacado a Caixa Galícia que remunera à TANB de 2,5% depósitos a 6 meses para valores compreendidos entre os 2500€ e os 30000€. Trata-se de Depósito Especial ON do qual aqui se indica a novel Ficha de Informação Normalizada estabelecida pelo Banco de Portugal que permite comparar com facilidade as diferentes características entre vários depósitos a prazo (desde a remuneração, às condições de mobilização, passando pela identificação clara da entidade depositária, regime fiscal aplicável, condições de renovação, capitalização de juros, etc) .
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A abordagem a este tipo de depósitos que procuraremos incluir em breve na nossa página de depósitos a prazo levantou contudo uma dúvida que procuraremos esclarecer: qual é a definição de “Novos recursos”, ou melhor, será ela igual em todos os bancos que oferecem este tipo de depósitos? Para início de investigação cita-se a definição presente na página da Caixa Galícia sobre este depósito:
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“Consideram-se recursos novos os montantes depositados na conta do cliente da Caixa Galicia e que impliquem um aumento da sua posição de recursos na Caixa Galicia 1 mês antes da Data de Constituição, provenientes de numerário, valores sacados sobre outras entidades ou transferências de outros bancos nacionais ou internacionais. Excluem-se mais valias provenientes do vencimento de qualquer aplicação existente na Caixa Galicia antes de um mês antes da data de constituição, bem como recursos entrados após esse dia e que tenham sido entretanto aplicados em qualquer outro produto.”
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Posted: 03 Dec 2009 09:21 AM PST


Foi hoje aprovado em Conselho de Ministros o decreto-lei que “estabelece o regime jurídico da mobilidade eléctrica, aplicável à organização, acesso e exercício das actividades relativas à mobilidade eléctrica em Portugal Continental, bem como as regras destinadas à criação de uma rede piloto para a mobilidade eléctrica“.
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Pelo que se lê da breve nota da presidência do Conselho de Ministros haverá um incentivo pecuniário sob a forma de subsídio a quem adquirir um veículo novo movido a electricidade e não há referência, como se chegou a noticiar no passado, que este subsídio apenas beneficiará os primeiros 5000 veículos a serem adquiridos. Aguardam-se detalhes com a publicação em Diário da República. Infelizmente, tanto quanto sabemos, o Governo ainda não adoptou a prática em vigor no Parlamento de dar a conhecer publicamente os ante-projectos normativos antes de estes assumirem a forma de lei. Note-se que o referido subsídio será de 5 mil euros e poderá ser acumulado ao incentivo de abate a veículos usados.
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Em anexo o excerto do comunicado do conselho de ministros sobre esta matéria.
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O Decreto-Lei, aprovado na generalidade, regula a organização, acesso e exercício das actividades relativas à mobilidade eléctrica, estabelecendo, igualmente, as regras destinadas à criação de uma rede piloto para a mobilidade eléctrica, tendo em vista a introdução e massificação da utilização do veículo eléctrico a nível nacional.
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Este diploma posiciona Portugal como pioneiro na adopção de novos modelos para a mobilidade, sustentáveis do ponto de vista ambiental, que optimizem a utilização racional de energia eléctrica e que aproveitem as vantagens da energia produzida a partir de fontes renováveis.

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Portugal passa, assim, a dispor de condições para criar uma rede de abastecimento de energia para veículos eléctricos: a rede piloto para a mobilidade eléctrica.

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Esta rede vai permitir a qualquer cidadão ou empresa utilizar o seu veículo eléctrico e carregá-lo em qualquer ponto da rede de carregamento no País, utilizando um cartão de carregamento, que incluirá soluções de pré-pagamento.

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Este Decreto-Lei cria, ainda, um subsídio de 5000 euros à aquisição, por particulares, de veículos automóveis eléctricos, o qual poderá atingir os 6500 euros no caso de haver simultaneamente abate de veículo automóvel de combustão interna, sujeito às condições actualmente vigentes em matéria de abate de veículos.

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O Governo prevê, também, ainda adoptar outras medidas nesta área, como a fixação de majoração de custo em sede de IRC, em aquisições de frotas de veículos eléctricos pelas empresas, em termos a definir.

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Esta iniciativa legislativa promove a regulação ao nível de:
a) Comercialização de electricidade para a mobilidade eléctrica;
b) Operação de pontos de carregamento;
c) Gestão das operações associadas a tais actividades;
d) Fase de execução da rede piloto da mobilidade eléctrica;

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Esta iniciativa legislativa permite, ainda, que o Governo adopte, através de portarias, normas de regulamentação complementar das actividades reguladas no diploma.

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Com a aposta pioneira na mobilidade eléctrica, o Governo visa, igualmente, criar novas oportunidades de negócio para a indústria nacional, bem como promover a atracção de investimento estrangeiro para a economia portuguesa nesta nova área. O objectivo é posicionar Portugal como país de referência ao nível do teste, desenvolvimento e produção de soluções de mobilidade eléctrica.

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sábado, setembro 01, 2007

Uma paixão ao longo das décadas - Ainda é giro ter um Mini

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O Mini encarnado custou 56 contos e 160 escudos. Jorge frequentava o último ano de Medicina quando o pai lho ofereceu, em 1971. Madalena casou com Jorge e adoptou o Mini. Hoje, 36 anos depois, a professora recorda-o com emoção.
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Traz-lhe de volta o Jorge e a Madalena que estavam a começar a vida. “Não tínhamos emprego, dinheiro, recursos. Tínhamos projectos e tempo à nossa frente.” Não precisavam de mais nada para se fazerem ao caminho.Mais giro do que ter um Mini – como na época garantia o slogan – foi “ter 20 ou 25 anos, partir de Lisboa com uma tenda e pouco mais, rumo a qualquer destino que apetecesse no caminho”. E continuar a viagem com um filho, que comia bananas no banco de trás, acomodado entre o material de campismo. O carrinho encarnado nunca deixou a família ficar mal. “Quando era preciso viver dentro do Mini, vivia-se.
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"Em 1976 ficaram à porta do parque de campismo de Interlaken, na Suíça. Tinham chegado atrasados e nem vendo-os ali com uma criança de um ano e meio, o guarda do “camping” lhes permitiu a entrada. Madalena, Jorge e o filho passaram a noite na ‘pensão Mini’. De manhã lá entraram no parque. Um ano depois, enquanto esperavam pelo “ferry” que os levaria da Dinamarca a Malmo, na Suécia, dormiram de novo no Mini. DG-79-96 era a matrícula dele. Foi há quase quarenta anos – o petiz que comia bananas no banco de trás a caminho da Suécia é um homem de 32 – mas Madalena lembra-se. “O Mini está associado a uma fase da minha vida particularmente feliz.” Mais tarde, à espera de um segundo filho, a família desfez-se do Mini em favor de um automóvel mais espaçoso – um Toyota. O que quer que lhe tenha acontecido depois, o carrinho vermelho permanece uma peça importante na história desta família – como um retrovisor ou espelho lateral, capaz de reflectir o que ficou para trás. Uma imagem vale mais do que mil palavras. E fica mais tempo na memória. Não admira por isso que, questionado acerca do significado social do Mini nos anos 60 e 70 em Portugal, o historiador António Costa Pinto se lembre imediatamente de uma que serviu de capa de um livro.
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“Mostra duas mulheres de mini-saia encostadas a um Mini. Em cima do tejadilho está uma telefonia”. Não era só um carro, era um símbolo de modernidade, a par das calças boca de sino e das saias curtas. Diferenciava-os, naturalmente, o preço. “Mesmo assim, os carros eram caros”, observa o historiador e investigador do Instituto de Ciências Sociais (ICS) com trabalho publicado sobre o Estado Novo. O Mini foi também, a partir dos anos de 1965/66, sinal exterior de “afirmação da classe média”.
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UM MINI COMO PRENDA
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Mais giro do que ter um Mini é ter dois – um para a Margarida, o outro para o Ricardo, um casal de Vagos, em Aveiro. Os carros, ambos verdes, são exactamente iguais. O de Margarida foi presente de aniversário do marido. Foi ele quem trouxe a antiga paixão, pelo carro, para o casamento. Mal sabia que ela havia de tomá-la tanto ou mais a sério. De tal maneira que acabou por assumir a presidência do clube MINInos, com sede em Vagos e núcleos em várias regiões do País. Há seis anos os recém-casados passeavam em Ovar quando o viram estacionado à porta de um café – um Mini Mil cinzento de 1989. E eles sem dinheiro nem cheques. Não era o local de um crime (pois o desejo é, quando muito, um pecado), mas eles voltaram lá. Prevenidos. “Já tinha sido vendido.” Nada que não se resolvesse. O casal seguiu o rasto do comprador e comprou-lhe o carro a ele – por 600 contos. Ricardo acabou por trocá-lo por outro do mesmo modelo e assim sucessivamente, até lhe chegar às mãos o volante do que conduz hoje, de 1990, verde, com tecto de abrir, tal e qual o que ofereceu depois a Margarida. Os anos 60 já lá vão. O Mini não foi com eles. Hoje é estimado por gente na altura nem sequer nascida. Porquê? “Como é pequeno, é mais fácil fazer manobras e conduzi-lo faz-nos sentir um friozinho na barriga”, explica Margarida.
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“É um carro com pinta”, diz Domingos Piedade, director do Circuito do Estoril e comentador de Fórmula 1.Pinta só, não. Hiper-mega-super pinta, corrigem os filhos de Ricardo e Margarida, dois como os minis, mas não gémeos. O Ricardo tem 5 anos e pose de homenzinho. O Rodrigo 3, idade que lhe permite confundir os carros da mãe e do pai com os seus de brinquedo. “Eles adoram os carros. Não querem ficar comigo se o pai sair com o Mini”, conta Margarida, que não perde tempo a lamentar a preferência. Quem sai aos seus não degenera. Menos ainda quando deles herda as paixões.
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UM MINI AZUL E AMARELO
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Mal acabou o curso de Engenharia Civil, em 2002, Sílvio Baptista comprou um Mini. “Era de uma senhora aqui de Castelo Branco que o tinha muito estimado, na garagem.
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” O Mini, de 1975, percorrera apenas 40 mil quilómetros. Pagou por ele 750 euros e depois, com o auxílio gracioso de um mecânico, desmontou-o completamente.
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“Os vidros estavam riscados, a pintura queimada, o motor era antigo.” Recuperá-lo custou mais um zero à direita do valor da aquisição – 7500 euros. O carro era vermelho. Sílvio quis dar-lhe um toque pessoal. Escolher a nova cor não foi decisão fácil. Pensou em pintá-lo de azul, mas havia “muitos Minis azuis”. Decidiu então torná-lo amarelo. Durou até concluir que ‘canarinhos’ também eram aos molhos. O que decerto marcaria a diferença era pintá-lo de azul e amarelo. E assim foi. “Não passa despercebido”, diz o engenheiro albicastrense, visivelmente tomado de amores pelo bólide que afirma conhecer “até ao último parafuso”. Quem não compreenda esta fixação, tem bom remédio: um passeio. Sílvio dá o exemplo da mulher, que não gostava do Mini até ao dia em que a levou no carro para uma volta. “Passou a gostar também.”
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No caso de Sílvio, deve ser “coisa de família” – o pai comprava Minis para participar em provas de perícia. O engenheiro cresceu perto deles e aprendeu a conduzir num. Mais giro do que ter um Mini é ter um que transporta memórias.
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ALEC ISSIGONIS FEZ O PRIMEIRO ESBOÇO SOBRE A TOALHA DE MESA DO RESTAURANTE
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A história do Mini começou, em boa verdade, à mesa de um restaurante, decorria o ano de 1957, durante um almoço de trabalho para o qual o então presidente da BMC (British Motor Corporation), Leonard Lord, convidara o seu engenheiro-chefe favorito, Alexander (Alec) Arnold Constantine Issigonis, a quem lançara o desafio: conceber um automóvel o mais pequeno possível, económico e que fosse capaz de satisfazer a crescente necessidade de mobilidade individual da sociedade britânica da altura.
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Logo ali, sobre a toalha da mesa, Alec Issigonis, mais tarde agraciado com o título de Sir, fez o esboço do projecto daquele que viria a ser o tal automóvel de pequenas dimensões, económico, com capacidade para acolher quatro passageiros e ainda um compartimento para bagagem. Mas esse esboço, de um automóvel de cerca de três metros de comprimento, só ganhou forma seis meses do dito almoço e o primeiro protótipo do modelo ficou pronto a rodar apenas em Julho de 1958.
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No entanto, foi preciso esperar mais de ano até à data do seu lançamento oficial, o que aconteceu em 29 de Agosto de 1959, com as designações de Austin Se7en e Morris Mini Minor. Mas ao contrário do que pretendiam Leonard Lord e Alec Issigonis, não foram as classes média e baixa a comprá-los, e sim executivos, estudantes e mulheres com algum poder aquisitivo.
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O ‘boom’, esse, deu-se a partir de 1962, quando as pessoas de menores recursos começaram a valorizar a sua economia, os jovens descobriram as suas qualidades dinâmicas e as mulheres viram nele uma forma de independência. Depois disso, ninguém mais conseguiu parar a carreira desse modelo concebido por Alec Issigonis, um engenheiro filho de pai turco e mãe alemã, nascido em Smyrna (Turquia), em 1906 (faleceu em 1988).
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E se em 1962 foram produzidas 116.000 unidades, três anos depois atingiu-se o primeiro milhão, para em 1969 se chegar ao segundo milhão e em 1972 ao terceiro.
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As suas influências na sociedade foram muitas, ao ponto de em 1964 a conhecida estilista britânica Mary Quant ter-se inspirado no Mini para baptizar aquela que foi uma peça feminina por excelência: a minissaia.
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A evolução do Mini ao longo dos anos foi constante. O seu primeiro motor a gasolina, colocado à frente em posição transversal, era de apenas 850 cm3 (37 cv), seguindo-se o de 1.0 litro (40 cv). Não muito mais tarde recebeu um novo motor, este de 1.275 cm3 (63 cv), e alguns anos depois chegou a dispor de um motor de 1.4 litros.
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Os novos Mini, agora sob a batuta da BMW, vem equipados com modernos motores a gasolina (potências de 95 e 175 cv) e até um turbodiesel de 110 cv. No campo desportivo, o Mini Cooper venceu por três vezes o famoso Rali de Monte Carlo, à frente de ‘máquinas’ mais potentes.
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"BATIA COM PINTA OS GRANDES DA PORSCHE E DA FERRARI"
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(Domingos Piedade, ex-co-piloto de ralis e comentador de Fórmula 1)
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Tenho uma relação afectiva o Mini. Foi com este carro que fiz os primeiros ralis e me iniciei no desporto automóvel. O meu primeiro Mini era vermelho com a capota branca. O último também. O primeiro, de 1965 ou 1966, já não me lembro bem, tinha um aspecto aspecto menos “raceé” do que este último, todo artilhado, com mais técnica. O último pertenceu ao César Torres. Nos anos 60 e 70 o Mini era um carro giro, que ficava bem a toda a gente - ao pai, à avó, ao amigo... Dava para correr e para andar com ele todos os dias. Se comparamos o Mini de antigamente com o de hoje, é claro que se exige mais deste, que até é maior. Pondo um ao lado do outro, o moderno parece 50 por cento maior em relação ao antigo. Mas “it’s just another car” (um carro como outro qualquer). O Mini antigo tinha pinta. Dizia qualquer coisa às pessoas, mesmo só 40 ou 45 cavalos. Quando surgiu o Mini Cooper, é que foi engraçado - um Mini, conduzido por Paddy Hopkirk, que tinha inventado um acelerador estilo colher, ganhou pela primeira vez o rali de Monte Carlo. Em 1966 voltou a ganhar um Mini mas foi desclassificado por causa dos faróis - não estavam de acordo com o regulamento. Na chuva e a descer, o Mini batia todos os outros. Um carro pequenino ganhava aos Ferraris, aos grandes das corridas. Era a tradução automobilística da história bíblica de David e Golias.
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Nas suas várias versões, o Mini tornou-se um mito praticamente no Mundo inteiro ao mesmo tempo. Não foi só na Europa. Também nos Estados Unidos fez sucesso. Era um carro revolucionário do ponto de vista técnico, com motor transversal, pequeno e rápido. Naquela altura todos tinham um Mini e mesmo os que não tinham lhe achavam piada. Gostavam que ele fosse assim tão atrevido, capaz de ganhar aos grandes. É de facto impressionante o “feelling” de Alec Issigonis, engenheiro de desenvolvimento que teria já uns 50 anos quando imaginou um carro tão pequeno de que as pessoas gostaram tanto durante tanto tempo.Onde pára o meu primeiro Mini? Não sei. Perdi-lhe o rasto. Como à primeira namorada.
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QUANTOS É QUE CABEM NUM MINI ?
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Foram, se a memória não falha a Júlio Isidro, 22 os que conseguiram enfiar-se num Mini. Eram os anos 80 e o programa chamava-se ‘O Passeio dos Alegres’.
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Tinha sido “uma invenção maluca” de Júlio Isidro, que lembra a única interdição do concurso: não podiam entrar crianças no Mini, cuja suspensão tinha sido propositadamente reforçada para o efeito. O apresentador ainda não percebeu como aconteceu. Certo é que, num minuto, 22 pessoas enfiaram-se lá dentro. “Acomodaram-se rapidamente em cima do tablier, no porta-bagagens, junto aos pedais...” Fecharam-se as portas durante 10 segundos. Nunca tanta gente entrara e saíra de um Mini. “É verdade que a equipa vencedora era formada por pessoas relativamente baixas e magras...”, recorda Júlio Isidro, garantindo que nenhum dos 22 saiu magoado da aventura. O Mini também saiu ileso.
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UM CLUBE REPRESENTADO POR TODO O PAÍS
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O clube MINInos – com sede em Vagos e núcleos em Braga, Penafiel, Pinheiro da Bemposta, Paranhos da Beira, Coimbra e Castelo Branco – é um dos que alimenta a paixão pelo carro desenhado por Issigonis há 50 anos. É responsabilidade de cada núcleo organizar uma concentração por ano.
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in Correio da Manhã 2007.08.26
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» Comentários no CM on line
Sexta-feira, 31 Agosto
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- Diana Adoro o Mini! Quando era pequenina ia para a praia de mini, quando lá chegava até me doia o rabiosque por causa da suspensão rija... mas é um carro que eu adoorooooo!
- joaquim trindade O meu primeiro carro foi um mini 850 (que saudades), o segundo foi um morris cooper S (que maquina), ainda hoje digo a toda a gente que foram os carros que mais gozo me deram a conduzir.Recife-Brasil
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Quinta-feira, 30 Agosto
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- xarneco USA Foi o primeiro automovel que conduzi. Fastastica a sua maneabilidade xarneco USA
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Segunda-feira, 27 Agosto
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- Graça Afonso Eu era miúda, mas lembro que o primeiro carro que os meus pais compraram foi um Mini encarnado! Durou uns bons 10 anos e ainda hoje eu e a minha mãe (o meu pai faleceu) o recordamos com muito carinho!