A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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segunda-feira, março 21, 2011

Desastre japonês pode ser pior que Tchernobil

Geral

Vermelho - 21 de Março de 2011 - 19h25

Um desastre nuclear pior do que o acidente de Tchernobil em 1986 pode estar em gestação no Japão, onde centenas de toneladas de combustível atômico altamente radioativo estão a céu aberto e podem pegar fogo, contaminando a atmosfera.

Por Stephen Leahy, na agência IPS

Muitos países aconselharam seus cidadãos a abandonar o Japão. “Isto é território desconhecido. Há 50% de possibilidades de se perder os seis reatores e seus tanques de armazenamento”, afirmou Jan Beyea, físico nuclear da consultoria norte-americana Consulting in the Public Interest.

“Estou surpreso que a situação não tenha se agravado mais rápido. Se não houver progressos, será questão de dias antes que o combustível usado derreta”, disse Ed Lyman, físico da União de Cientistas Comprometidos e especialista em projetos de usinas atômicas. A central de Fukushima Daiichi foi danificada pelo terremoto seguido de tsunami do dia 11.

Calcula-se que há cerca de 1.700 toneladas de combustível atômico usado, mas ainda perigoso, nos tanques de armazenamento próximos aos seis reatores, segundo Kevin Kamps, especialista em lixo radioativo da organização ambientalista norte-americana Beyond Nuclear. Os tanques mantêm há 30 ou 35 anos combustível usado nos reatores 3 e 4, mas perderam sua capacidade de contenção e a maior parte, se não toda ela, da água que era usada para refrigerá-los. Podem pegar fogo, lançando partículas radioativas na atmosfera, disse Kevin à IPS.

Na semana passada, helicópteros japoneses protegidos com chumbo lançaram água do mar sobre os reatores 3 e 4, em um desesperado e perigoso esforço para esfriá-los. Se parte do combustível usado pegar fogo e este se propagar, enormes áreas do Japão “poderão ficar contaminadas com Césio 137 por 30 a 50 anos”, disse Jan à IPS. O Césio 137 permanece radioativo por mais de cem anos. É uma conhecida fonte de câncer e tem outros impactos na saúde. Uma vez liberado, é muito difícil de ser controlado. O césio é a razão pela qual grande parte da região onde houve a explosão de Tchernobil, na Ucrânia, continua inabitável após 25 anos.

Um estudo realizado em 2010 pela Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, mostrou que meninos e meninas que nasceram depois do desastre, mesmo a mais de 75 quilômetros de distância, tinham problemas crônicos em seus pulmões devido à presença de Césio 137 nas partículas de pó e no solo. “As particular de césio foram espalhadas por centenas de milhas durante o fogo intenso em Tchernobil”, explicou Kevin. Só para comparar, Tchernobil tinha no total 180 toneladas de combustível nuclear, enquanto Fukushima Daiichi conta com 560 toneladas em seus reatores, mais 1.700 toneladas de combustível usado.

“A indústria nuclear do Japão e dos Estados Unidos sabia que a perda de refrigeração nos tanques de armazenamento de combustível usado seria um grave problema, mas simplesmente disseram que nada aconteceria”, afirmou Jan, coautor de um estudo de 2004 sobre este tema realizado para o Conselho Nacional de Pesquisas da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. Por ter trabalhado na indústria, Jan disse estar convencido de que esta é administrada por engenheiros extremamente confiantes em si mesmos que minimizam ou ignoram as probabilidades de desastre.

Os reatores nucleares geram enorme quantidade de calor, e devem ser constantemente resfriados para impedir que a proteção do combustível pegue fogo e este derreta. Já que uma reação nuclear não pode ser apagada, quando o combustível usado é retirado de um reator ainda continua gerando grande quantidade de calor e deve ser esfriado com água entre cinco e 20 anos.

Todos os reatores possuem tanques de armazenamento com grossas paredes reforçadas de concreto, localizados a 15 metros de profundidade, contendo cerca de 1,5 milhão de litros de água. Logo esta água esquenta e deve ser constantemente substituída por outra fria. A perda de eletricidade e as falhas dos geradores de apoio em Fukushima Daiichi limitaram o fluxo de água para os tanques de armazenamento e reatores.

Os níveis de radiação dentro da usina subiram tanto que é perigoso para os trabalhadores continuarem no local bombeando água marinha. O comum é usar água potável, porque a água do mar contém sais que posteriormente afetam os metais. Mas esta é uma emergência. A radiação atinge níveis mortais quando não há água suficiente para cobrir um tanque de armazenamento, explicou Kevin. “Será muito difícil aproximar-se o suficiente para esfriar os tanques. Se o pior ocorrer, e os seis tanques pegarem fogo, será um desastre inimaginável, podendo ser pior do que Tchernobil”, alertou.

A quantidade de césio que poderia ser liberada em Fukushima é muitos milhares de vezes maior do que a propagada pela bomba lançada sobre a cidade de Hiroshima na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), reconheceu Jan. “O Japão enfrenta enormes impactos potenciais em sua economia, sociedade e saúde do povo”, disse, referindo-se que estes podem durar décadas.

Fonte: Envolverde

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domingo, abril 18, 2010

China: Homem sobrevive 100 horas soterrado

Correio da Manhã
Lusa  O sismo na província chinesa de Qinghai provocou quase duas mil 
mortes
O sismo na província chinesa de Qinghai provocou quase duas mil mortes
18 Abril 2010 - 17h35

Tem 28 anos


Um homem de 28 anos sobreviveu ao sismo que abalou a China na quarta-feira, soterrado durante 100 horas, ou seja, mais de quatro dias. Foi resgatado este domingo. De acordo com os exames médicos o homem tem apenas várias costelas partidas e está em melhor estado do que seria de esperar.

O homem, um tibetano de apelido Dawa, residente em Jiegu, sede da prefeitura de Yushu, foi resgatado este domingo ao fim da manha , quatro dias depois do sismo de 7,1 graus na escala de Richer que atingiu aquela remota região da província de Qinghai. 
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O último balanço oficial do sismo dava conta de 1706 mortos, 256 desaparecidos, e 12.128 feridos, 1.424 em estado grave. 
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quarta-feira, março 03, 2010

Sismo devastador no Chile causa tsunami no Pacífico


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Jose Luis Saavedra/Reuters  A maior parte dos edifícios nas zonas atingidas ruiu por completo 
ou sofreu danos consideráveis 
A maior parte dos edifícios nas zonas atingidas ruiu por completo ou sofreu danos consideráveis
 
Correio da Manhã 28 Fevereiro 2010 - 00h30

Tragédia: Autoridades falam de pelo menos 214 mortos mas consideram que o número final não deverá duplicar

Sismo devastador no Chile causa tsunami no Pacífico

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Um sismo com uma magnitude de 8,8 graus atingiu na madrugada de sábado o Chile causando a morte a pelo menos 214 pessoas. A violência do abalo, um dos mais intensos dos últimos cem anos, desencadeou um alerta de tsunami nas zonas costeiras do Oceano Pacífico, abrangendo países tão distantes como Rússia, Austrália, Indonésia, Filipinas e Japão.
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O abalo fez-se sentir às 03h34 (06h34 em Lisboa), com epicentro a 35 km de profundidade junto a Cauquenes, localidade 75 km a noroeste de Concepción e 325 km a sul de Santiago. A cidade atingida com maior violência foi Concepción, mas o abalo causou estragos em cinco regiões, nomeadamente na capital, Santiago, onde dezenas de edifícios e infra-estruturas ruíram.
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A terra tremeu durante quase dois minutos, arrasando edifícios, entre eles alguns hospitais, derrubando viadutos e pontes, arrancando árvores, cortando estradas e desencadeando incêndios. Um deles atingiu uma fábrica química em Lampa, na zona metropolitana de Santiago. Uma imensa nuvem tóxica escureceu o céu e forçou a evacuação de áreas residenciais.
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As comunicações telefónicas e as ligações eléctricas deixaram de funcionar, dificultando o apuramento exacto do número de mortos e de feridos. O terramoto forçou ainda o encerramento do aeroporto de Santiago, levando os voos para o Chile que partiram antes da tragédia a serem desviados para a Argentina.
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A região norte deste país foi, entretanto, abalada por outro sismo. Com uma magnitude de 6,1 na escala de Richter, foi um abalo superficial que terá causado pelo menos um morto. Refira-se ainda que na véspera o Japão foi também abalado por um sismo de 6,9 de magnitude.
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A presidente chilena em fim de mandato, Michelle Bachelet, declarou "zonas de catástrofe" as regiões mais atingidas pelo sismo: Valparaíso, Libertador General Bernardo O’Higgins, Maulem Biobío e Araucanía, bem como a região metropolitana de Santiago. Bachelet e o seu sucessor, Sebastián Piñera, visitarão nos próximos dias as áreas mais atingidas.
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Depois de atingir as ilhas chilenas Juan Fernández, onde fez pelo menos cinco mortos, e as cidades portuárias de Valparaíso e Talcahuano, um tsunami causado pelo abalo no Chile tocou terra na Ilha de Páscoa, nas Galápagos e no arquipélago Gambier, na Polinésia Francesa. Apesar de nestes locais não ter causado danos significativos, no Havai as autoridades alertaram as populações para riscos significativos e ordenaram a evacuação das regiões costeiras.
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SISMOS VIOLENTOS
12/01/2010 – Haiti: um sismo de magnitude 7,0 matou mais de 230 mil pessoas, arrasando Port-au-Prince.
26/12/2004 – Samatra, Indonésia: um sismo de magnitude 9,2 desencadeia um tsunami de grande envergadura, que faz 250 mil mortos no Sudoeste Asiático.
28/03/1964 – Alasca, EUA: sismo de magnitude 9,2 mata 128 pessoas e causa danos elevados em Anchorage.
22/05/1960 – Chile, a sul de Concepción: sismo de 9,5 (o mais violento desde 1900, data dos primeiros registos de intensidade sísmica) faz mais de 1650 mortos. O tsunami desencadeado atinge o Havai e o Japão.
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PORTUGAL SEM REGISTO DE VÍTIMAS
O Governo português não recebeu ontem qualquer indicação de que houvesse cidadãos lusos entre as vítimas mortais do violento terramoto ocorrido ao largo do Chile, país onde cerca de um milhar de pessoas estão registadas na embaixada de Portugal.
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"Não temos conhecimento de qualquer vítima portuguesa", declarou fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades, António Braga. A mesma fonte explicou que a tutela está a acompanhar a situação através do gabinete de emergência, mas adiantou que as comunicações com o país estavam "difíceis".
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Perante a tragédia no Chile, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, enviou de imediato uma mensagem de condolências à sua homóloga, e "querida amiga" chilena, Michelle Bachelet, afirmando-se "profundamente consternado com os trágicos efeitos" do violento terramoto que sacudiu o território chileno.
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FAMÍLIA DE MATÍAS A SALVO
Matías Fernández, o único desportista chileno a actuar em Portugal (jogador de futebol do Sporting), tem pais e irmãos totalmente a salvo do sismo que varreu o seu país natal, pois vivem em Villarreal (Espanha). Já a família da mulher habita em Viña del Mar, no Chile, uma estância de Verão perto de Santiago, mas estão bem de saúde. Pinilla, chileno que jogou no Sporting, disse que não conseguiu contactar com o pai. "No momento do terramoto ele estava em Concepción, na nossa casa. Ligo e não tenho resposta. Estou muito preocupado."
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MAIS DADOS
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Solidariedade mundial
Líderes políticos de todo mundo exprimiram solidariedade com o Chile e organizações humanitárias preparam ajuda.
Marinha retira navios
A Marinha dos EUA retirou seis navios de Pearl Harbour, Havai, devido à ameaça de tsunami.
Gasolina esgotada
A fuga para o interior do Havai deixou as gasolineiras sem combustível.

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F. J. Gonçalves com agências
» COMENTÁRIOS
01 Março 2010 - 03h26  | andré ferrazja forma confirmados mais de 700mortos, infelizmente o governo chileno nao publicou uma lista, procuro uma amiga...
28 Fevereiro 2010 - 15h45  | Silva MatosPaguem os projectos a preço de engenheiro e devêm-lhes tempo para pensar nas soluções e os danos sísmicos são bem menores…
28 Fevereiro 2010 - 13h50  | o increduloAs zonas antigas de Lisboa estão a cair, como consequência da Lei das Rendas ! O que acontecerá se houver um sismo ?
28 Fevereiro 2010 - 10h43  | missangaNatureza ta a reagir aos ataques k tem sofrido
28 Fevereiro 2010 - 06h41  | UltramanCont: Mas quando a natureza decide que é para ir tudo abaixo nada registe sêja sismos ou água ou vento nada a para.
28 Fevereiro 2010 - 06h38  | UltramanE os enginheiros, ainda pensam que são uns tipos muito espertalhaços, querem é ferro e mais ferro, mas quando a natureza
28 Fevereiro 2010 - 02h34  | fernando rodriguesOla, sou portugues, originario de leiria e vivo no hawaii da 15 anos. O dia de hoje foi um pouco confuso,mas tudo ok. 
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sexta-feira, janeiro 22, 2010

Carl Lindskoog: O que você não ouve sobre o Haiti, mas deveria



 

América Latina

Vermelho - 18 de Janeiro de 2010 - 11h04

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Nas horas seguintes ao terremoto que devastou o Haiti, CNN, New York Times e outras importantes agências de notícias adotaram a mesma interpretação para a grave destruição: o terremoto de 7 graus foi tão devastador porque atingiu uma zona urbana extremamente povoada e pobre. Casas “construídas umas em cima de outras” e feitas pelo próprio povo pobre fizeram da cidade um local frágil. 

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Por Carl Lindskoog*, em Opera Mundi

Os muitos anos de subdesenvolvimento e caos político do país fizeram com que o governo haitiano estivesse mal preparado para responder a um desastre desse tipo. É verdade. Mas essa não é toda a história. O que falta é uma explicação do motivo de existirem tantos haitianos vivendo dentro e nos arredores de Porto Príncipe e de tantos deles serem forçados a sobreviver com tão pouco.
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Na verdade, até quando uma explicação é dada, muitas vezes é escandalosamente falsa, como o depoimento de um ex-diplomata norte-americano à CNN dizendo que a superpopulação de Porto Príncipe estava prevista pelo fato de que haitianos, como a maioria no Terceiro Mundo, não sabem nada sobre controle de natalidade.
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Pode assustar os norte-americanos, famintos por notícias, saber que essas condições que a mídia atribui corretamente ao aumento do impacto deste tremendo desastre foi em grande parte produto da política de Washington e seu modelo de desenvolvimento.
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De 1957 a 1971, os haitianos viviam sob à sombra escura de "Papa Doc" Duvalier, um ditador cruel que tinha apoio dos EUA porque era visto pelos norte-americanos como um anti-comunista confiável. Depois de sua morte, o filho de Duvalier, Jean-Claude "Baby Doc", tornou-se presidente vitalício aos 19 anos de idade e governou o Haiti até que finalmente foi derrubado em 1986. Foi nas décadas de 1970 e 1980 que Baby Doc, o governo dos EUA e a comunidade empresarial trabalharam juntos para colocar o Haiti e a capital do país nos trilhos.
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Depois da posse de Baby Doc, planejadores norte-americanos dentro e fora do governo iniciaram seus planos de transformar o Haiti na “Taiwan do Caribe”. Este pequeno e pobre país situado convenientemente perto dos EUA foi instruído a abandonar o passado agrícola e a desenvolver um forte setor industrial de exportação orientada. Ao presidente e seus aliados, foi dito que este era o caminho para a modernização e o desenvolvimento econômico.
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Planos da Usaid
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Do ponto de vista do Banco Mundial e da Agência para Desenvolvimento Internacional dos EUA (Usaid), o Haiti era um candidato perfeito para uma reforma neoliberal. A pobreza enraizada do povo haitiano poderia ser usada para forçá-lo a trabalhar por baixos salários costurando bolas de beisebol e montando outros produtos.
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Mas a Usaid também tinha planos para a zona rural. Não eram somente as cidades que se tornariam bases de exportação, mas também o campo, com a agricultura haitiana reformulada com as linhas de exportação orientada e produção baseada no mercado. Para realizar isso, a Usaid, ao lado de industriais urbanos e grandes proprietários, trabalhou para criar instalações de agroprocessamento, mesmo enquanto eles aumentavam a prática de dumping para produtos agrícolas excedentes dos Estados Unidos ao povo haitiano.
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Essa “ajuda” dos norte-americanos, juntamente com mudanças estruturais no campo de maneira previsível, forçaram os camponeses haitianos que não poderiam sobreviver ali a migrar para as cidades, especialmente para Porto Príncipe, onde os novos trabalhos na indústria supostamente estariam. No entanto, quando eles chegaram lá, não encontraram emprego suficiente para todos na indústria. A cidade ficou cada vez mais lotada. As favelas se expandiram. E para satisfazer a necessidade de habitação de camponeses desalojados, casas foram sendo erguidas rapidamente e a um preço mais baixo, algumas vezes “umas em cima das outras”.
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Muito tempo atrás, porém, planejadores norte-americanos e elites haitianas decidiram que talvez seu modelo de desenvolvimento não funcionaria tão bem no Haiti, e o abandonaram. No entanto, as consequências dessas mudanças lideradas pelos norte-americanos continuam.
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Na tarde e noite de 12 de janeiro de 2010, quando o Haiti vivenciou o terrível terremoto, depois do abalo não havia dúvidas que a destruição foi profundamente agravada pela real superpopulação e pobreza de Porto Príncipe e arredores. Mas os norte-americanos chocados podem fazer mais que balançar a cabeça e, com piedade, fazer uma doação. Eles podem confrontar a responsabilidade do seu próprio país pelas condições de Porto Príncipe que aumentaram o impacto do terremoto, e admitir o papel dos EUA de impedir o Haiti de alcançar um desenvolvimento significativo.
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Aceitar a história incompleta do Haiti oferecida pela CNN e pelo The New York Times é culpar os haitianos por terem sido vítimas de um esquema que não foi criado por eles. Como John Milton escreveu, “eles, que tiraram os olhos das pessoas, são aqueles que as reprovam por sua cegueira”.
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* Carl Lindskoog é ativista da cidade de Nova York e historiador doutorando da City University of New York. Artigo originalmente publicado no site Common Dreams. 

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quinta-feira, janeiro 21, 2010

Parte da tragédia do Haiti é "Made in USA"


Mundo

Vermelho - 15 de Janeiro de 2010 - 14h27

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Parte do sofrimento no Haiti é "Feito nos Estados Unidos". Se um terremoto pode danificar qualquer país, as ações dos Estados Unidos ampliaram os danos do terremoto no Haiti. Como? Na última década, os Estados Unidos cortaram ajuda humanitária ao Haiti, bloquearam empréstimos internacionais, forçaram o governo do Haiti a reduzir serviços, arruinaram dezenas de milhares de pequenos agricultores e trocaram apoio ao governo por apoio às ONGs.

Por Bill Quigley, no Huffington Post

O resultado? Pequenos agricultores fugiram do campo e migraram às dezenas de milhares para as cidades, onde construiram abrigos baratos nas colinas. Os fundos internacionais para estradas e educação e saúde foram suspensos pelos Estados Unidos. O dinheiro que chega ao país não vai para o governo mas para corporações privadas. Assim o governo do Haiti quase não tem poder para dar assistência a seu próprio povo em dias normais -- muito menos quando enfrenta um desastre como esse.
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Alguns dados específicos de anos recentes.
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Em 2004 os Estados Unidos apoiaram um golpe contra o presidente eleito democraticamente, Jean Bertrand Aristide. Isso manteve a longa tradição de os Estados Unidos decidirem quem governa o país mais pobre do hemisfério. Nenhum governo dura no Haiti sem aprovação dos Estados Unidos.
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Em 2001, quando os Estados Unidos estavam contra o presidente do Haiti, conseguiram congelar 148 milhões de dólares em empréstimos já aprovados e muitos outros milhões de empréstimos em potencial do Banco Interamericano de Desenvolvimento para o Haiti. Fundos que seriam dedicados a melhorar a educação, a saúde pública e as estradas.
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Entre 2001 e 2004, os Estados Unidos insistiram que quaisquer fundos mandados para o Haiti fossem enviados através de ONGs. Fundos que teriam sido mandados para que o governo oferecesse serviços foram redirecionados, reduzindo assim a habilidade do governo de funcionar.
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Os Estados Unidos têm ajudado a arruinar os pequenos proprietários rurais do Haiti ao despejar arroz americano, pesadamente subsidiado, no mercado local, tornando extremamente difícil a sobrevivência dos agricultores locais. Isso foi feito para ajudar os produtores americanos. E os haitianos? Eles não votam nos Estados Unidos.
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Aqueles que visitam o Haiti confirmam que os maiores automóveis de Porto Príncipe estão cobertos com os símbolos de ONGs. Os maiores escritórios pertencem a grupos privados que fazem o serviço do governo -- saúde, educação, resposta a desastres. Não são guardados pela polícia, mas por segurança privada pesadamente militarizada.
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O governo foi sistematicamente privado de fundos. O setor público encolheu. Os pobres migraram para as cidades. E assim não havia equipes de resgate. Havia poucos serviços públicos de saúde.
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Quando o desastre aconteceu, o povo do Haiti teve que se defender por conta própria. Podemos vê-los agindo. Podemos vê-los tentando. Eles são corajosos e generosos e inovadores, mas voluntários não podem substituir o governo. E assim as pessoas sofrem e morrem muito mais.
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Os resultados estão à vista de todos. Tragicamente, muito do sofrimento depois do terremoto no Haiti é "Feito nos Estados Unidos".

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Fonte: Huffington Post, reproduzido por Vi o Mundo

Leia também: Naomi Klein alerta para "capitalismo do desastre" no Haiti

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quarta-feira, janeiro 20, 2010

Haiti: Forças norte-americanas ocupam sede do governo

Quarta-feira, Janeiro 20, 2010

Haiti: Forças norte-americanas ocupam sede do governo


Numa cena carregada de simbolismo, cerca de 20 helicópteros Black Hawk, do exército norte-americano, aterrissaram nesta terça (19) no gramado do que restou do palácio presidencial em Porto Príncipe, destruído pelo terremoto. Tropas fortemente armadas ocuparam o edifício e deram início à montagem de uma base avançada, estocando centenas de caixas de equipamentos, água e comida sob um pesado esquema de segurança. "Ajuda humanitária ou ocupação?" É o que muitos se perguntam.

vermelho.org.br >> América Latina
Tropas dos EUA ocupam palácio presidencial no Haiti População observa chegada de helicópteros
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Se a tomada do palácio gerou expectativa em parte da população que depende da ajuda internacional, por outro lado, reavivou lembranças da ocupação americana do Haiti (1915-34). Em vez dos esperados técnicos, resgatistas e médicos do governo de Barack Obama, as milhares de vítimas do terremoto que povoam amontoados os espaços do Campo Marte, no coração da cidade, observaram pasmos a aparição dos enormes helicópteros, em uma cena que lembrava filmes de guerra.
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De dentro deles, saíram fuzileiros com metralhadoras em punho. Em formação militar, se transferiram até o Hospital Geral, cheio de feridos graves, supostamente para garantir o atendimento "humanitário", que agora será feito entre o cerco de fuzis. Não faltaram pacientes e visitantes irritados com a presença inusitada no hospital.
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Com o presidente Barack Obama tentando melhorar seus índices de aprovação com uma agressiva estratégia de ajuda ao Haiti, a mídia americana acompanha com estardalhaço o dia-a-dia das equipes militares e de bombeiros dos EUA no país. Além da acusação de manter uma postura arrogante diante de colegas de outros exércitos, as ações dos militares americanos dividem os haitianos e causam estranhamento com militares de outros países.
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"Não os vi distribuindo comida no centro da cidade, onde o povo necessita urgentemente de água, alimentos e medicamentos. Isso parece mais uma ocupação", disse aos repórteres o estudante Wilson Guillaume, de 25 anos.
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Críticas de todos os lados
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Como as forças americanas não são submetidas ao comando das Nações Unidas, criou-se um desgaste entre as forças americanas e militares dos diversos países que atuam no Haiti - que acusam os EUA de novamente "ocuparem" o Haiti e tumultuarem operações complexas, como o resgate de vítimas.
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O mal-estar foi agravado ainda pelo pedido do presidente do Haiti, René Préval, de entregar aos americanos o controle do aeroporto internacional. O aumento da presença americana na capital agravou episódios de tensão.
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Na terça-feira, durante a megaoperação de resgate de 80 vítimas soterradas sob os escombros do Hotel Montana, que envolveu quase 150 homens de nove países, o comandante-geral do Exército chileno, general Ricardo Toro, desabafou com a equipe brasileira. "Os americanos não dão mais palpites aqui e acabou-se a confusão. Quem manda aqui sou eu", disse o chileno.
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Além de controlarem o aeroporto, definindo quem tem o direito de pousar, os Estados Unidos já têm no Haiti mais soldados do que a missão de paz da ONU. São mais de 11 mil militares americanos, em embarcações na costa ou a caminho do país.
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Os EUA afirmam que a principal missão dos soldados é humanitária, para participar e ajudar a proteger a enorme operação internacional de ajuda humanitária para as vítimas do terremoto. No entanto, comandantes americanos também têm dito que estão preparados para impor a segurança na capital, caso necessário.
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A irritação disfarçada da ONU
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Oficialmente, panos quentes. Nos bastidores, uma guerra. A operação americana no Haiti tem causado desconforto ONU e a entidade é agora obrigada a declarar que o país ainda é "um Estado soberano". Quase 70% do orçamento da ONU para o Haiti vêm de Washington e é a bandeira americana que está hasteada no aeroporto de Porto Príncipe.
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Numa ofensiva midiática, a organização tentou garantir ontem que a situação no Haiti está "sob controle". A entidade e o governo americano assinaram um acordo determinando a prioridade para pouso de aviões com alimentos e remédios. Agências ligadas à ONU e outros governos vinham criticando Washington por dar prioridade a aviões militares.
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Um dia antes, o ministro da Cooperação do presidente Nicolas Sarkozy, Alain Joyandet, protestou na ONU e exigiu que os EUA esclarecessem seu papel no Haiti. "Precisamos ajudar o Haiti, não ocupá-lo", disse. A forma de trabalhar dos americanos irritou, já que estão atuando como se estivessem em um local em guerra.
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A ação mais criticada foi a decisão americana de lançar alimentos de helicópteros em algumas regiões, como se o desembarque fosse perigoso. Para a ONU, a imagem que isso passa é a de que a ajuda internacional não tem coragem de ir ao encontro das vítimas.
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"Os americanos não estão no Haiti, mas agem com a presunção de que conhecem muito o país", diz um oficial brasileiro, que pede para não ser identificado. "Pedimos a eles, por exemplo, que não realizem operações humanitárias jogando comida de helicópteros porque isso só cria violência e estresse entre a população de desabrigados", completa.
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Segundo ele, a maneira correta é organizar distribuições por terra com esquema de segurança, usando mulheres para distribuir os alimentos porque, no Haiti, a figura feminina é respeitada como símbolo materno.
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Posando para a mídia
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"A insistente tentativa das equipes dos EUA de funcionar como comando em todas as operações é extremamente desgastante. Poucas missões ocorrem sem bate-bocas. E o que é pior: em operações de resgate de sobreviventes, eles insistem em assumir na hora da retirada da pessoa, para que a mídia possa flagrar o momento", conta um militar do México.
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E a aterrissagem dos helicópteros, obtem, foi muito bem pensada para causar efeito. O Pentágono jogou com todo o simbolismo firmemente plantado no imaginário popular dos haitianos.
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Em 15 de outubro de 1994, no mesmo local, outro Black Hawk idênticos trouxeram de volta, como a um messias, o ex-presidente Jean Bertrand Aristide para recolocá-lo na cadeira presidencial (tutelado pelos EUA), depois de ele ter sido afastado por militares da velha guarda militar duvalierista em um golpe de Estado, ao qual Washington tampouco esteve alheio. Aristide, na época, era quase uma divindade.
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O que aconteceu depois com seu governo é outro assunto. E ontem, a chegada dos soldados procurou ser transmitida como o desembarque dos mocinhos, que vieram para salvar o Haiti. No fundo, o que eles fazem no Haiti é ocupar, assumir, controlar. O histórico de intervenção norte-americana no país gera desconfianças sobre seus interesses na tal "ajuda humanitária" e até quando pretendem ficar no país.
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Da parte do governo haitiano, a ordem dada foi a de que todo os seus diplomatas pelo mundo insistissem que o governo existe e não há conflito diante da presença militar americana. "Muita gente falou que o governo desapareceu. Não é verdade", afirmou o embaixador do Haiti na ONU, Jean Claude Pierre.
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Sobre a bandeira americana que tremula no aeroporto da capital, Pierre tem uma explicação. "Isso foi um acordo entre nosso governo e os americanos. Não temos Exército e precisamos de soldados", disse.
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Com agências

Leia também: Mark Weisbrot: EUA tem medo da democracia no Haiti

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Editorial
No Haiti, miséria da disputa pelo poder sobre os miseráveis
vermelho.org.br >> América Latina

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segunda-feira, janeiro 18, 2010

A tragédia do Haiti e da América Latina


 

Colunas

Vermelho - 16 de Janeiro de 2010 - 0h01

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Carlos Pompe *

A tragédia no Haiti – a geológica, não a social – demonstra, mais uma vez, a solidariedade que persiste nas pessoas, apesar do bombardeio individualista destes séculos capitalistas e décadas neoliberais. Pessoas de todo o mundo se apressaram em buscar meios e modos de socorrer as vítimas do terremoto. Organizações e Estados também se mobilizam. Mas surgem também os oportunismos e as ações dos que querem “levar vantagem em tudo”, como dizia antiga propaganda de cigarro.



TERREMOTO NO HAITI

Vítimas da natureza, mas não só da natureza...

Além da tragédia social, resultado da impressionante concentração de propriedade e renda na quase totalidade de seus países, a América Latina vez por outra é assolada por desastres naturais. Há explicação para as duas desgraças – a social, é cientificamente demonstrada quando os analistas se valem do manancial materialista histórico, descobertos por Marx e Engels, para tratar dos problemas da região. Já os desastres naturais, com o desenvolvimento das pesquisas e equipamentos, podem ser previstos com certa antecedência e, se não evitados, ao menos minimizados nos seus efeitos quando há disposição política e recursos para tal (Cuba dá o exemplo, quando enfrenta os furacões que periodicamente assolam a região central do continente americano).
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Não é incomum o flagelo de população latino-americana ser agravado pela junção dos desastres naturais com a exploração social. Foi o que aconteceu, para citar um caso semelhante ao haitiano de hoje, quando Manágua, capital nicaraguense, foi sacudida por um terremoto em 1972, resultando em 6 mil mortos e 300 mil desabrigados.
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No Brasil e em vários países do mundo a avalanche solidária se contrapôs ao abalo sísmico. Alimentos, remédios, vestimentas, dinheiro foram remetidos à região. Porém, a oligarquia comandada pelo então ditador local, Anastasio Somoza (de uma família que há anos explorava o país), apropriou-se do auxílio enviado. Havia um porém: a ditadura dos Somoza há anos era desafiada pela Frente Sandinista de Libertação Nacional.
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Os escândalos envolvendo o desvio da ajuda humanitária e a inoperância do Estado fez com que até mesmo setores da classe média local, que se beneficiavam com a ditadura, passassem a ver com novos olhos a guerrilha da Frente inspirada pelo revolucionário Augusto César Sandino. Foi um dos fatores determinantes para o êxito da Revolução Sandinista, em 1979.
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À época do terremoto em Manágua – como recentemente, quando ocorreu o tsunami no Oceano Índico em 26 de dezembro de 2004 – não faltaram os que viram no episódio a ira divina. Seria Deus – que é amor, mas vingativo e ciumento (leia-se o novo livro de José Saramago, Caim) – o implacável punidor dos que o desagradam ou nele não creem, levando na baciada dos punidos as crianças e inclusive aqueles que nele acreditam (como agora, quando uma religiosa brasileira e o arcebispo do Haiti sucumbiram em Porto Príncipe).
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No caso do Haiti não é diferente, e quem já colocou seus preconceitos religiosos e étnicos de fora foi o próprio cônsul desse país em São Paulo. Antes de gravar entrevista para o telejornal do SBT, dia 14, ele comentou que "A desgraça de lá tá sendo uma boa para a gente aqui ficar conhecido. (...) Aquele povo africano, acho que de tanto mexer com macumba, não sei o que á aquilo (...). O africano em si tem maldição. Todo lugar em que tem africano tá fodido."
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Mas no momento da gravação da entrevista, o representante do país mais pobre da América Latina sacou de um terço, para sensibilizar os católicos brasileiros: "Esse terço nós usamos pois nos dá uma energia positiva que acalma a pessoa. Como eu estou muito tenso e deprimido com o negócio do Haiti, a gente fica mexendo com vários para se acalmar".

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Então, tá! 

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Tomara que os haitianos também busquem inspiração no exemplo de Cuba e da luta de Sandino e dos Sandinistas para enfrentar não só a tragédia natural, mas principalmente a tragédia social, que há séculos flagela a América Latina.


* Jornalista e curioso do mundo.
* Opiniões aqui expressas não refletem necessáriamente as opiniões do site.
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sexta-feira, janeiro 15, 2010

Diário Digital 2010.01.15

 



Nove distritos do norte do país estão em aviso amarelo durante o dia de hoje por aumento da intensidade do vento, segundo o Instituto de Meteorologia (IM)..




Um destacado membro do Departamento de Estado norte-americano pediu na quinta-feira «explicações» a diplomatas chineses sobre o caso Google, no decorrer de um encontro em Washington, informou o porta-voz da instituição..




O Ministério da Educação (ME) vai apresentar aos sindicatos de professores, até ao início de Fevereiro, a proposta de texto que dará forma legal ao acordo assinado há uma semana, disse fonte da tutela..




Os corpos de vítimas do sismo de terça-feira no Haiti começaram a ser enterrados na quinta-feira em valas comuns, depois de mais de 48 horas após o mortífero tremor de terra..




A Federação Internacional da Cruz Vermelha estima que entre 40 mil e as 50 mil pessoas perderam a vida no sismo registado na terça-feira no Haiti, afirmou na quinta-feira o porta-voz daquela instituição no Panamá..




A Espanha vai procurar uma maior aproximação da União Europeia (UE) com o Brasil e com a América Latina durante este semestre, em que detém a presidência rotativa da UE, afirmou hoje o embaixador espanhol no Brasil, Carlos Alonso Zaldívar..




O ministro de Estado e das Finanças considerou hoje que «não há qualquer justificação» para aumentos reais dos salários da Função Pública em 2010, e admitiu recorrer a privatizações como forma de reduzir o défice..




O governo angolano apresentou hoje uma nota de protesto às autoridades francesas por não terem detido o autor do atentado em Cabinda contra o autocarro da selecção de futebol do Togo, noticiou a agência Angop..




A líder do PSD classificou hoje como «correcta e frutuosa» a primeira reunião com o Governo para negociar a viabilização do Orçamento do Estado para 2010, na qual não discutiu medidas concretas mas apenas «princípios e objectivos»..




O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (PS), reafirmou hoje que o montante solicitado para a Red Bull Air Race é «idêntico» ao do ano passado, quando se realizou com o apoio das autarquias do Porto e de Gaia..




O mercado petrolífero abriu em baixa, sexta-feira, em Londres com os futuros de Março para o brent do Mar do Norte a cotarem em redor dos 78 dólares..




Os principais mercados accionistas da Europa iniciaram a sessão de sexta-feira compondo um cenário misto, devido ao arranque negativo em Londres e Frankfurt, contra subidas nas restantes bolsas..




A 15ª edição dos Critics Choice Movie Awards realiza-se esta sexta-feira, no Hollywood Palladium, em Los Angeles, e será transmitida pelo VH1. Este ano, as categorias passaram de 17 para 25. .



Depois da digressão muncial de 2003-2004, David Bowie resolveu editar as canções apresentadas ao vivo..
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quinta-feira, janeiro 14, 2010

Diário Digital - 2010.01.14

 


·  «Blackbird» estreia hoje no Teatro Dona Maria II


O Teatro Nacional Dona Maria II (TNDMII) vai estrear esta quinta-feira, na Sala Estúdio, «Blackbird», de David Harrower, com tradução e encenação de Tiago Guedes, protagonizada por Miguel Guilherme, Isabel Abreu, Constança Rosado, Filipa Rebelo e Margarida Lopes. .




Dos 12 portugueses que se encontravam no Haiti no momento do sismo que fustigou, terça-feira, a ilha, sete foram já localizados, enquanto outros cinco continuam por encontrar..




As reuniões entre Governo e oposição para um acordo que viabilize o Orçamento do Estado para 2010 iniciam-se hoje às 16h no Ministério das Finanças, em audiências separadas que começam com PCP e terminam com PSD..




Um jornal oficial chinês considerou esta quinta-feira «um retrocesso para a China» a eventual saída da Google do país, enquanto outros comentadores encaram a ameaça daquela empresa norte-americana como uma «táctica negocial»..




Investigadores identificaram moléculas capazes de reverter a doença de Parkinson, segundo um estudo que envolve o português Tiago Outeiro, na altura a trabalhar no Instituto de Whitehead de Investigação Médica, em Cambridge (EUA)..




Pelo menos 40 pessoas morreram e 18 foram hospitalizadas na Papua Nova Guiné depois de dois autocarros terem colidido no nordeste do país, indicaram hoje fontes policiais..




O Instituto de Meteorologia (IM) colocou hoje 10 distritos do Norte de Portugal sob aviso amarelo devido às previsões de vento forte que irão assolar parte do país..




A entrada em funcionamento da alta velocidade portuguesa poderá gerar 3.725 novos empregos no turismo e aumentar o valor acrescentado gerado pelo sector em 57 milhões de euros em 2015, data em que as linhas deverão estar construídas..




O processo de corrupção «Paquetes da Expo» começa hoje a ser julgado em Lisboa, num caso relacionado com o fretamento de navios para alojar supostos visitantes da Expo-98, ocorrido há mais de uma década..




O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, é ouvido «informalmente e à porta fechada» hoje, em Bruxelas, na Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu (PE) sobre a sua candidatura à vice-presidência do Banco Central Europeu..




O Governo aprova hoje um conjunto de medidas para promover o emprego que incluem o pagamento de bolsas a estagiários e a isenção ou redução de contribuições à segurança social para os empregadores que contratem desempregados..




O México vai enviar para o Haiti três aviões e um navio-hospital com 70 toneladas de alimentos, bem como uma centena socorristas, médicos e técnicos, anunciou quarta-feira o presidente mexicano Felipe Calderon..




Os mercados accionistas da Europa subiam no arranque da sessão desta quinta-feira, beneficiando do fecho positivo de Nova Iorque (na véspera) e dos ganhos evidenciados hoje em mercados asiáticos..




O mercado petrolífero apresentava tendência de subida, quinta-feira, sinalizando correcção face à descida do dia anterior quando foi pressionado por dados estatísticos indicando aumento de stocks da matéria-prima nos EUA..




Shahryar Mazgani actua esta quinta-feira na abertura do Festival Eurosonic, em Groningen, na Holanda. O músico, que acaba de lançar «Ladies and Gentlemen introducing... Mazgani» sobe ao palco do espaço Shadrak..




O músico Jay Reatard foi encontrado morto na madrugada desta quarta-feira na sua casa de Memphis. Tinha 29 anos..
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Terremoto mais forte dos últimos cem anos arrasa o Haiti

DW World - América Latina | 13.01.2010

Terremoto mais forte dos últimos cem anos arrasa o Haiti


Prédios públicos e hospitais foram destruídos. Soldados brasileiros ajudam no resgate às vítimas no prédio da ONU na capital Porto Príncipe. País aguarda ajuda internacional anunciada por diversos países.

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Ainda não se sabe quantas pessoas morreram no Haiti vítimas do terremoto mais forte dos últimos cem anos. O premiê Jean-Max Bellerive declarou à emissora norte-americana CNN que o número de mortos poderá passar de 100 mil, sem no entanto mencionar onde se baseia essa previsão.
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O abalo registrado na tarde de terça-feira (12/01) durou cerca de um minuto e chegou ao grau sete da escala Richter, que vai até nove. Acredita-se que haja centenas de vítimas debaixo dos escombros.
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Na capital Porto Príncipe, que tem 2 milhões de habitantes, o cenário é arrasador: marcos da cidade como o palácio presidencial, o parlamento, diversos ministérios e a sede da missão da ONU foram destruídos.
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Nas ruas, pessoas feridas aguardam por socorro, em meio a carros destruídos, ruínas e corpos. Serviços essenciais como energia elétrica e telefonia deixaram de funcionar.
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A organização Médicos Sem Fronteiras informou que suas instalações de atendimento na capital haitiana foram seriamente comprometidas. Um hospital infantil também ficou destruído depois do terremoto.
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Cidadãos ajudam no trabalho de resgate Bildunterschrift: Cidadãos ajudam no trabalho de resgate
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Tropa brasileira
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Soldados brasileiros que integram a missão de paz das Nações Unidas no país ajudam no trabalho de busca de sobreviventes entre os escombros da sede da ONU. “Sabemos que há baixas, mas não sabemos quantas”, informou Alain Le Roy, subsecretário-geral da ONU para Operações de Paz.
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O Brasil comanda cerca de 7 mil soldados de diferentes nacionalidades que atuam na força de Paz das Nações Unidas no Haiti. Cerca de 1.300 soldados brasileiros integram a missão.
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Ajuda internacional
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A Alemanha anunciou que vai liberar 1 milhão de euros para ajudar nos trabalhos emergenciais no Haiti. Os Estados Unidos e o Reino Unido enviaram ao país caribenho equipes para atuar no resgate às vítimas.
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Abalo foi sentido em países vizinhos 
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Abalo forte
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Segundo geólogos, o epicentro do terremoto foi a 16 quilômetros da capital Porto Príncipe. Depois do abalo mais forte, outros 12 tremores foram registrados. Tremores também foram sentidos em Cuba, mas não provocaram destruição. Na República Dominicana e nas Bahamas, foram dados alarmes contra o risco de tsunamis, mais tarde suspensos.
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O Haiti é considerado o país mais pobre do continente e já sofreu com outras catástrofes naturais. A mais recente delas foi em setembro de 2008, quando mais de 600 pessoas morreram vítimas de um furacão, e outras mil ficaram desabrigadas.
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NP/Lusa/epd/dpa/apf
Revisão: Rodrigo Rimon

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DW World - 2010.01.13

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