A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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segunda-feira, fevereiro 14, 2011

China assume posto de segunda maior economia mundial

Economia

Vermelho - 14 de Fevereiro de 2011 - 9h42
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O governo do Japão divulgou nesta segunda (14) o balanço econômico de 2010 e confirmou a perda do posto de segunda maior economia mundial para a China. De acordo com dados oficiais, o Produto Interno Bruto (PIB) do Japão em 2010 ficou em US$ 5,474 trilhões. Já a China fechou o ano com um acumulado de US$ 5,8786 trilhões.
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A queda nas exportações e no consumo interno, desencadeada pela recessão de 2008/2009, prejudicou o desempenho do Japão. Já a China teve excelente atuação no setor manufatureiro.

Segundo os dados divulgados pelo governo, a economia japonesa teve uma retração de 1,1% na taxa anualizada nos três últimos meses de 2010. O crescimento recuou 0,3% em relação ao trimestre anterior. Foi a primeira vez, em quatro trimestres, que a economia registrou uma contração. Assim, o PIB anual teve expansão de 3,9%.

O ritmo de recuperação do Japão foi lento demais para segurar a posição de segunda maior economia mundial, posto que ocupou por mais de 40 anos.

Confiança

Segundo o governo, o fato não abala a confiança dos japoneses. “Não estamos competindo por rankings, mas trabalhando para melhorar a vida dos cidadãos”, disse o ministro de Política Econômica do Japão, Kaoru Yosano.

Yosano afirmou ainda que o crescimento chinês é uma boa notícia não só para o Japão, mas para os vizinhos asiáticos. “Isso (o crescimento da China) pode ser a base de um desenvolvimento da economia regional, ou seja, da Ásia Oriental e do Sudeste”, sugeriu.

Parceria

A China é atualmente o principal parceiro econômico do Japão. Empresas de eletrônicos como a Sony e fabricantes de carros como a Honda e a Toyota ganham cada vez mais espaço no gigante mercado chinês.

O índice de crescimento da China gira em torno dos 10% há alguns anos. Se o ritmo continuar assim, analistas dizem que o país asiático tomará o posto dos Estados Unidos de líder mundial em aproximadamente uma década.

A renda per capita dos japoneses, porém, ainda lidera a da China. Os chineses têm ganho anual de cerca de US$ 3,6 mil, enquanto os japoneses contabilizam uma renda quase dez vezes maior.


Fonte: BBC Brasil
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quinta-feira, janeiro 21, 2010

Ivan Lessa: Porcaria dessa gripe suína


Geral

Vermelho - 13 de Janeiro de 2010 - 20h31

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Em seu artigo na página da BBC, o jornalista Ivan Lessa fala sobre o “escândalo da falsa pandemia, um dos maiores de século”, anunciado por Wolfgang Wodarg, presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa. Leia a íntegra do artigo a seguir.

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Eu estava quieto no meu lugar vendo televisão. Um resfriado pintando. No auge da frioreira que se abateu por este hemisfério norte que escolhi para passar a vida. Sete da noite. Hora do Channel 4 News, para mim o menos desequilibrado dos telejornais. Não mentirei. Gosto mais até – e que ninguém nos ouça – do que o jornal da noite da BBC. Verdade que o horário me libera para ver todas as séries americanas sobre mortes e detetives horrendos. Mas o que é a verdade se não uma variação pouca imaginativa da danada da realidade em que vivemos?
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Filosofado isso, dentro dos melhores parâmetros de Paulo Coelho, voltarei a continuar na bica de um flu (de influenza, soa melhor) diante do Jon Snow, pois esse é o nome do apresentador que, nos Estados Unidos e no Brasil, em homenagem à Marinha, resolveram batizar de “âncora”. Seu sobrenome, para aqueles que não viram o desenho animado do Walt Disney, quer dizer “neve”. Muito adequado, penso nestes dias em que por ele e ela estou cercado, quase ilhado. E com olhos marejando e nariz pingando.
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Daí vai que, entre uma reportagem sobre o primeiro-ministro da Irlanda do Norte, sua senhora e um garotão amicíssimo da primeira-dama, e outra sobre prostituição de menores no México, tudo em segmentos de pelo menos 10 minutos, tal como deve ser, o meu querido Jon Snow, de pé, que aqui é a última fashion, ou moda, de apresentar telenoticiários, mencionou a gripe suína. E o bestalhão aqui que já havia se esquecido dela, como se fora um OVNI, o Triângulo das Bermudas ou a Marly Tavares.
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A humanidade é ingrata. Ou pelo menos eu sou. Acompanhei mediaticamente o desenvolvimento daquela que, descobri, era uma variante do vírus H1N1 e que passara veloz de emergência a pandemia. Pelo que a mídia me informava, no mundo inteiro gente que não acabava mais morria em casa, entre parentes aflitos e protegidos por máscara, e pelas ruas, tossindo sangue encostada no poste.
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Devido a minha idade e minha hipocondria, ambas adiantadas, fui logo vacinado na clínica aqui no bairro onde estou registrado e, quando lhes dá na telha, cuidam de mim. Meu médico, que não me cobra um tostão, avisou antes de aplicar a vacinaçãozinha com nome de sobremesa italiana, algo assim feito tiramisu: “Olha, vai doer e você vai sofrer um sem número de efeitos colaterais.” Não doeu, não colaterei nada. Fiquei só urubuservando, da janela de casa, macabro que sou, os suíno-gripados sucumbindo pelas esquinas de meu quarteirão. Coisa alguma. Fez tudo forfait.
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Resignado, voltei a minhas mazelas há nove anos habituais: enfisema, arritmia, o escambau.
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Na segunda-feira, dia 11, quase de passagem, meu amigo Jon Snow (gozado como a gente pega intimidade com essa gente da televisão) falou que a danada da vacina vinha passando por uma pandemia de pedidos cancelados.
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A Alemanha mandou os laboratórios pararem com a remessa. Três dias depois da França dar o blam! (é tiro) de partida. A ministra da Saúde francesa, Roselyne Bachelot, comunicara oficialmente ter dado uma brecada em 50 milhões de doses, o que é, e peço perdão pelo infame jogo de palavras, o que é dose.
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Outros países estavam entrando na fila. Inclusive este aqui onde ouvi o noticioso. Fui catar mais informações na net. Blicas. Consegui apenas um dado que me parece importante. Wolfgang Wodarg, presidente da influente Comissão de Saúde da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, convocou membros da Organização Mundial de Saúde para discutir, ou prestar contas, daquilo que chamou de “escândalo da falsa pandemia, um dos maiores de século”.
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Não dou o nome do laboratório, ou laboratórios, que faturaram horrores ameaçando o resto do mundo com a pandemia. Ao que parece, com apenas o lucro em vista. Não dou o nome porque sei que eles vão na casa da gente e dão uma vacina que é, essa sim, tiro e queda. Depois viro filme com Julia Roberts fazendo meu papel na tela. O que me parece tão sem graça quanto a – dizem – “falsa” gripe suína.
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Atchim! E agora lavem bem as mãos.
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Fonte: BBC Brasil

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  • Genial crítica!!!

    14/01/2010 13h46 E pensar que logo que surgiu no Brasil a suposta Gripe, o PIG fazia campanha "indiscreta" para o governo comprar Imediatamente doses de vacina! Nossa sorte é que temos o SUS, que embora todos os problemas, estamos avançados na gerencia em saúde pública!
    Mauricio Scherer
    Porto Alegre - RS
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  • Mentira

    14/01/2010 12h11 Quando começou essa paranóia do PIG querendo porque querendo que essa gripezinha virasse um inferno , logo vi que o buraco era mais em baixo. Eu e minha familia meus amigos nunca tomamos nenhuma precaução nem nos apavoramos , sabiamos que era mais uma crise inventada , agora vem a verdade essa gripe não era tudo isso.
    henrique de oliveira
    São Carlos - SP
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  • ivan lessa: porcaria dessa gripe suina

    13/01/2010 23h47
    gostei... mas não lavei a mão nenhuma vez...
    denise
    udia - MG
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quinta-feira, outubro 15, 2009

Mais de um bilhão de pessoas passam fome no mundo, diz ONU



14/10 - 12:41 - BBC Brasil

BBC BRASIL

Mais de um bilhão de pessoas, cerca de um sexto da população mundial, sofre com a subnutrição de acordo com o relatório anual da Organização das Nações Unidas (ONU) a respeito de segurança alimentar, divulgado nesta quarta-feira.

O relatório elaborado pela FAO, a agência da ONU para alimentação e agricultura, afirma que o número de pessoas que sofre com a fome estava crescendo antes mesmo da crise econômica mundial, mas depois a situação piorou ainda mais.

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"A FAO estima que 1,02 bilhão de pessoas estão subnutridas no mundo todo em 2009", diz o documento, divulgado na sede da organização, em Roma. "Isto representa mais pessoas com fome do que em qualquer outra época desde 1970 e uma piora das tendências que já estavam presentes antes mesmo da crise econômica."

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"A meta da Cúpula Mundial sobre Alimentos (de 1996), de reduzir o número de pessoas subnutridas pela metade, para não mais do que 420 milhões até 2015, não será alcançada se as tendências que prevaleceram antes da crise continuarem", acrescentou o relatório.

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Quenianos fazem fila por comida em centro humanitário da ONU / Getty Images

A FAO afirma que as regiões da Ásia e Oceano Pacífico têm o maior número de pessoas subnutridas, 642 milhões, seguidas pela África Subsaariana, com 265 milhões de pessoas.

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No entanto, o relatório também afirma que alguns países apresentaram uma melhora dramática nos níveis de subnutrição desde 1990, incluindo Brasil, Vietnã, Arábia Saudita e México.

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"Nenhum país está imune e, como sempre, são os países mais pobres e as pessoas mais pobres que sofrem mais", diz o texto.

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Diminuição na ajuda

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O relatório da FAO foi lançado por ocasião do Dia Mundial da Alimentação, que ocorre na sexta-feira.

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O documento afirma também que a crise econômica reduziu a ajuda estrangeira e o investimento em países mais pobres, além de diminuir o envio de dinheiro dos que trabalham em países mais ricos.

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A agência da ONU afirma que é necessário mais esforço internacional para diminuir a fome no mundo e também pede mais investimentos internacionais em agricultura e dispositivos de segurança para a economia em países mais pobres "apesar dos problemas financeiros enfrentados por governos do mundo todo".

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Nesta quinta-feira, o diretor-geral da FAO Jacques Diouf deve apresentar uma série de propostas para ajudar os países mais afetados pela fome.

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Brasil

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O Índice Global de Fome, uma pesquisa publicada pela Unidade Internacional de Pesquisa em Política Alimentar (IFPRI, na sigla em inglês), revelou que a República Democrática do Congo foi o país com o maior aumento da fome desde 1990, seguido por Burundi, Comores (arquipélago no Oceano Índico) e o Zimbábue.

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Por outro lado, de acordo com o índice, alguns países demonstraram uma grande melhora nos níveis de subnutrição desde 1990. Em primeiro lugar está o Vietnã, seguido pelo Brasil.

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Ao citar as medidas adotadas pelo Brasil para a melhora nos níveis de subnutrição, o relatório cita programas do governo como o Fome Zero, o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida e também o aumento do salário mínimo.

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O relatório descreve também uma "crise no preço dos alimentos", pois estes preços se estabilizaram em um nível muito alto para muitas pessoas em países em desenvolvimento.

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E como solução, o documento sugere que dar mais poder para mais mulheres nos países em desenvolvimento, por meio de educação e mais acesso a empregos, é a chave para diminuir a fome no mundo.

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Leia mais sobre fome

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terça-feira, junho 30, 2009

OCDE prevê queda no fluxo de imigrantes para países ricos



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A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com sede em Paris, previu que a crise econômica deve ser a causa da maior redução no número de imigrantes sendo aceitos nos países ricos desde os anos 1980. Em seu abrangente relatório sobre o Panorama da Migração Internacional em 2009, a organização, por vezes chamada também de "o clube dos países ricos", afirmou que este fenômeno já está ocorrendo em países duramente afetados pela desaceleração.

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"Pela primeira vez em muitos anos, o limite de alocação para o principal visto de trabalho americano não foi imediatamente atingido neste ano. A Austrália percebeu um declínio na migração qualificada de mais de 25% nos primeiros quatro meses de 2009. No Reino Unido e na Irlanda, a migração originada nos novos países-membros da União Europeia (UE) caiu pela metade", afirmou a organização. O documento explicou que há duas razões para a diminuição neste fluxo migratório: a redução na demanda por mão-de-obra causada pela crise e as políticas restritivas adotadas em resposta a ela.

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Um exemplo citado pelo relatório para todos os casos é a Espanha, onde o desemprego entre imigrantes chegava a 27,1% no primeiro trimestre deste ano, contra 15,2% entre os nativos. Nos últimos anos o país reduziu drasticamente o teto para o número de trabalhadores de fora da UE que podem ser contratados em seus países pelo chamado regime de Contingente: de mais de 27 mil em 2007, o número passou para 15,7 mil em 2008 e apenas 900 neste ano.

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A Espanha também oferece incentivos financeiros para que imigrantes de 19 países com acordos bilaterais voltem aos seus países de origem. "Até março 3.926 imigrantes desempregados haviam aderido ao programa, embora o governo calcule que 80 mil cumprem os requisitos", disse a OCDE.

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A organização considerou difícil avaliar, neste estágio, o impacto do programa - que encontra equivalentes também no Japão e na República Checa. O documento notou, porém, que "experiências passadas mostram que incentivos financeiros sejam normalmente insuficientes para gerar grandes fluxos de retorno de imigrantes".

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Na contramão das recentes medidas, a OCDE pediu que os países ricos adotem políticas migratórias de acordo com as necessidades de longo prazo, e não apenas imediatas. "A migração não é como uma torneira que se pode ligar e desligar", afirmou o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria. "Precisamos de políticas migratórias e de integração que respondam de maneira justa e eficaz, que funcionem e se adaptem tanto a períodos econômicos positivos e negativos."

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Cérebros

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O relatório observou que o fenômeno do envelhecimento populacional prosseguirá apesar da crise atual, com as estimativas apontando que em 2015 o número de trabalhadores se aposentando nos países da OCDE superará aqueles entrando no mercado de trabalho.

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Além disso, lembrou o relatório, frequentemente a imigração se confunde com questões de direitos humanos — por exemplo, em casos de pedidos de asilo político e na concessão de vistos de trabalhos para familiares de imigrantes entrando legalmente para trabalhar nos países ricos.

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Angel Gurria pediu que as políticas sejam definidas de forma que se evite a chamada "fuga de cérebros" e que saiam ganhando tanto os países que recebem os imigrantes quanto os países que os enviam. "Em tempos de desafio como este, os formuladores de políticas públicas precisam tratar da integração dos imigrantes no mercado de trabalho como uma questão prioritária."

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A informação é da BBC Brasil

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in Vermelho - 30 DE JUNHO DE 2009 - 12h15
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terça-feira, junho 16, 2009

Lula: 'Desemprego não é culpa dos imigrantes pobres'

1º discurso na ONU

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Publicada em 15/06/2009 às 09h00m

BBC
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que a crise econômica e o desemprego não são culpa dos "imigrantes e pobres do mundo", durante seu primeiro discurso no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. Ao falar em uma sessão do conselho sobre a relação entre direitos econômicos e direitos humanos, o presidente afirmou que os efeitos mais "perversos" da crise não devem ser jogados sobre os ombros dos países mais pobres.

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" Não são os imigrantes, os pobres do mundo, os responsáveis pela crise "

Leia também: presidente diz que precipitação de alguns setores contribuiu para queda do PIB.

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" Essa crise traz um efeito perverso sobretudo quando os imigrantes, sobretudo os pobres, africanos, latino-americanos e asiáticos, que transitam pelo mundo à procura de oportunidades de trabalho, começam a ser enxergados como responsáveis por ocupar o lugar das pessoas filhas dos países ricos", declarou o presidente.

Veja ainda: cúpula inédita reúne países do Bric.

"Não são os imigrantes, os pobres do mundo, os responsáveis pela crise. Os responsáveis pela crise são os mesmos que por muito tempo sabiam como ensinar a administrar os Estados. Sabiam como ter ingerência nos Estados pobres da América Latina e da África."

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Saiba mais: Conselho de Direitos Humanos da ONU deve buscar diálogo, diz Lula.

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Para o presidente, "esses mesmos senhores que sabiam de tudo um tempo atrás, hoje não sabem mais de nada. Não conseguem explicar como davam tantos palpites nas políticas dos países pobres e que não têm sequer uma palavra para analisar a crise dos países ricos".

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Lula citou medidas para legalizar a situação de trabalhadores estrangeiros no Brasil, aprovadas recentemente pelo Congresso, como um exemplo de política a ser seguido.

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"No Brasil, nós acabamos de legalizar centenas de milhares de imigrantes que viviam ilegalmente no país. Para dar uma resposta, um sinal aos preconceituosos, aqueles que imediatamente querem encontrar os responsáveis pela sua própria desgraça, o seu desemprego", disse.

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Direitos econômicos e humanos

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Em outro momento de seu discurso, o presidente fez uma relação entre direitos econômicos e direitos humanos.

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"A realização dos direitos econômicos é importante para preservar direitos civis e políticos, para consolidar o Estado de Direito, e para construir sociedades democráticas, justas e prósperas", afirmou Lula.

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Ele afirmou que o Brasil investe na cooperação sul-sul como forma de promover os direitos humanos, citando exemplos como a contribuição para a luta contra a Aids na África, e a participação em um projeto de inclusão social na Palestina.

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"No Haiti, emprestamos um novo significado às operações de paz da ONU ao demonstrar que, para se obter a verdadeira paz, não basta combater a violência pela força das armas; deve-se, ao contrário, promover o desenvolvimento econômico e, com ele, a inclusão e justiça social", continuou.

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Ele disse também que avanços sociais no Brasil - que ele atribuiu ao Fome Zero, Bolsa Família, redução dos níveis de pobreza e elevação do salário mínimo - também melhoraram as condições dos direitos humanos no país.

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"A crise financeira, que nasceu da desregularização das economias mais ricas, não será pretexto para incentivar o descumprimento das obrigações de cada Estado com a promoção e proteção dos direitos humanos. Tampouco deve conduzir a que sejam descumpridos compromissos com os mais necessitados", ressaltou Lula

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Para mais notícias, visite o site da BBC Brasil

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quinta-feira, junho 04, 2009

Tempos bicudos para o sindicalismo


Nivaldo Santana:


Em artigo publicado em seu blog, Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), analisa o papel do movimento sindical em meio à crise do capitalismo. Como ponto de partida, recorre ao exemplo do Sindicato de Trabalhadores Automotivos dos Estados Unidos — o UAW —, que se tornou proprietário de 17,5% da GM, mas concordou em não fazer greves até 2015.


Para Nivaldo, “a crise impõe pesadas derrotas aos assalariados, mas abre uma janela de oportunidades: nessa situação, os campos ficam mais claros, os interesses antagônicos das classes sociais mais nítidos e a luta pelo socialismo ganha um reforço no plano das ideias”. Confira abaixo a íntegra do artigo.

Tempos bicudos

Por Nivaldo Santana, em seu blog

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Vejam as notícias abaixo:

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O novo papel do sindicato (The New York Times, 02/06/2009)

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Durante décadas, o Sindicato de Trabalhadores Automotivos (UAW, na sigla em inglês) dos Estados Unidos tinha uma estratégia simples para conseguir o que queria das montadoras — ir à greve. A tática revelou-se tão bem sucedida que a mera ameaça de uma greve de trabalhadores freqüentemente garantia melhores salários, benefícios e segurança no trabalho.

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Agora, com a General Motors e a Chrysler em falência, e o sindicato se tornando acionista majoritário tanto dos fundos de assistência à saúde como de aposentadoria, a vida ficou muito mais complicada para o UAW. O sindicato, que nasceu dos conflitos trabalhistas, se comprometeu a não entrar em greve contra as duas empresas antes de 2015, como parte do plano de salvamento martelado pela administração Obama.

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O acordo de paz mediado pode ajudar a terminar a relação antagônica entre o sindicato e a gerência das montadoras, e determinar o futuro não só da GM e Chrysler, mas também do próprio UAW. (...)

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Trabalhadores da GM fazem concessões para tentar salvar empregos nos EUA (BBC Brasil, 29/05/2009)

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Três quartos dos trabalhadores da montadora americana GM concordaram, nesta sexta-feira, com uma série de concessões para tentar manter o maior número possível de empregos na empresa. O sindicato UAW (United Auto Workers) disse que 74% dos 54 mil filiados votaram a favor do acordo.

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Entre as concessões, está o compromisso de não entrar em greve até 2015. A maioria dos trabalhadores concordou também em congelar seus salários e bônus e cortar benefícios de saúde para aposentados. O sindicato diz que as concessões devem gerar uma economia anual entre US$ 1,2 bilhão e US$ 1,3 bilhão. Em troca, os sindicatos devem receber 17,5% da GM quando a montadora ressurgir da concordata como uma nova e menor empresa.

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Apesar do acordo desta sexta-feira, a GM deve anunciar o fechamento de 21 mil vagas de trabalho e 14 fábricas. A empresa ainda deve anunciar onde serão os cortes. O plano é que a empresa se reestruture com menos custos de produção, dívidas muito menores e menos fábricas, modelos, marcas e concessionárias. O processo de concordata, supervisionado judicialmente, deve começar na segunda-feira.

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Comentário: o capitalismo vive provavelmente a maior crise de sua história. O furacão começou nos EUA, se propagou pela Europa Ocidental e Japão e atingiu todo o mundo. A duração, amplitude e profundidade da crise ainda não podem ser mensuradas, mas o certo é que ela deixará pesadas consequências políticas, econômicas e sociais.

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A crise, pelas suas características e particularidades, atinge de forma desigual cada um dos países. À primeira vista, a situação é mais dramática nos países capitalistas centrais, principalmente nos EUA.

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Nesse país, ícones do capitalismo estão quebrando: bancos, seguradoras, indústrias automobilísticas. O Tesouro americano torra trilhões de dólares para evitar a bancarrota total do sistema. Se a situação é dura para boa parte da burguesia, para os trabalhadores ela é dramática.

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Para quem vive da venda da força de trabalho a crise atende pelo nome de desemprego. Privado do salário, o trabalhador fica pendurado na brocha, não tem meios de subsistir e fica refém de acordos leoninos como os que ocorrem nas montadoras dos EUA.

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Essa situação-limite não tem nada a ver com um alegado novo papel do sindicato. É uma etapa específica, de crise profunda, onde a correlação de forças impõe severas concessões por parte dos assalariados. Essas concessões serão maiores para sindicatos mais propensos à conciliação do que à luta.

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Tudo isso, no entanto, são as vicissitudes da luta de classes no capitalismo. Enquanto houver esse imbricamento entre trabalho assalariado e capital, as relações serão de exploração crescente, sempre em prejuízo do elo mais fraco dessa corrente, que é o trabalho.

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Do ponto de vista histórico, só nos marcos de uma nova sociedade, socialista, que dê fim ao trabalho assalariado, é que os trabalhadores se emanciparão dessa sina cruel. No futuro, homens e mulheres trabalharão para viver melhor, diferentemente de hoje, onde vivem apenas para trabalhar, quando conseguem trabalhar.

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A crise impõe pesadas derrotas aos assalariados, mas abre uma janela de oportunidades: nessa situação, os campos ficam mais claros, os interesses antagônicos das classes sociais mais nítidos e a luta pelo socialismo ganha um reforço no plano das ideias. Não é tudo, mas é muito!


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in Vermelho - 4 DE JUNHO DE 2009 - 17h08
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