A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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terça-feira, dezembro 11, 2012

José Ferreira - Comentário sobre o congresso do PCP


Fala Ferreira

Assim me saúdam os amigos de Guatemala.

“Se, em termos mundiais, o Socialismo se apresenta como única e verdadeira alternativa ao capitalismo, isso não significa entretanto que, por toda a parte, estejam já reunidas as condições para a conquista do poder pelos trabalhadores, e que a palavra de ordem e a tarefa imediata sejam a Revolução socialista – tendo em conta, particularmente, o atraso do fator subjetivo”. Esta frase, retirada do discurso de Albano Nunes, tem nela a essência do XIX Congresso do PCP.
Aí se cruzam as três linhas com que se cose o programa do Partido Comunista Português.
A) A imediaticidade objetiva da Revolução socialista, como consequência da crise económica.
B) O atraso das condições subjetivas, interpretadas de forma equivocada porque separada das condições objetivas que lhe dão suporte.
C) E a defesa da Revolução de Abril como fonte de legitimidade e legitimação do partido – o peso dos mortos sobre a cabeça dos vivos, como diria Marx.
Comecemos por este último ponto, assinalando as diferenças entre a “Democracia avançada” de Álvaro Cunhal e a do PCP de hoje. Parecendo iguais, são diferentes porque o contexto mudou. Diferem em três pontos:
1) Em 1974, as condições objetivas da Revolução socialista não estavam postas. Seja porque, internamente, havia uma grande fatia da população camponesa e reacionária (libertada, por Mouzinho da Silveira, das condições feudais existentes na Rússia de 1917 e organizada por uma Igreja Católica conservadora – donde, em aliança com alguns capitalistas, sai o PSD). Seja porque, também internamente, havia uma “aristocracia operária” acomodada importante (base do PS, antes da sua associação com a banca e os empresários da construção civil). Seja, porque, externamente, havia uma Guerra Fria e a ameaça de uma intervenção da NATO à semelhança do golpe de Pinochet no Chile um ano antes.
2) O capitalismo encontrava-se em expansão e o PIB crescia 6% ao ano. Portanto, era objetivamente possível um capitalismo mais equitativo. Hoje, o PIB decresce entre 2 a 5% ao ano. O único capitalismo possível é o fascismo! A “Democracia avançada” está objetivamente condenada.
3) Álvaro Cunhal deixou muito claro, em Rumo à vitória, a necessidade de nacionalizar os monopólios e fazer a Reforma Agrária como forma de destruiraquelas frações da burguesia que mais vilmente se opunham à democracia e ao progresso da qualidade de vida dos trabalhadores dentro do sistema capitalista. Hoje, a fração da classe burguesa que é a principal responsável pelo deterioro da qualidade de vida dos trabalhadores é a banca. Não obstante, a palavra de ordem de nacionalização da banca – o único meio para a destruição política desta fração da classe burguesa – não se encontra nem no Programa do Partido, nem naResolução do Congresso.
Mas a manutenção de um programa desfasado no tempo só pode atribuir-se à dificuldade de resolver a antinomia entre a imediaticidade objetiva da Revolução socialista e o atraso na disponibilidade subjetiva das massas operárias. Na falta de solução para o elo fundamental do momento histórico atual, o PCP agarra-se a sua honrosa história. Mas como resolver esta antinomia?
i) Recusar o uso não dialético da distinção entre objetivo e subjetivo. É necessário reconhecer que o atraso subjetivo das massas proletárias tem obrigatoriamente fundamentos objetivos.
ii) Portanto, se – como diz Miguel Urbano – a resolução do congresso foi pouco clara sobre uma estratégia de ação o PCP junto das massas trabalhadoras, isso deve-se a que, em nenhum momento, analisa de forma materialista (i. é, nos seus fundamentos objetivo) e dialética (i. é, nas suas contradições) a classe operária.
(Diga-se de passagem, que a classe burguesa tampouco é criticada de forma materialista e dialética. São apontados os seus erros, mas de modo idealista – pois não analisadas as suas contradições internas. O marxismo-leninismo é, muitas vezes, abandonado pela esquerda porque implica compreender a classe burguesa sem ser compreensivo com ela. Um equilíbrio difícil de manter e, parece-me, que os comunistas, não só o PCP, tendem a não compreender para não se arriscarem a ser compreensivos com a burguesia).
iii) Acredito que o fundamento objetivo do “atraso” subjetivo da classe operária resulta da tensão entre as necessidades quotidianas de cada uma das suas frações de classe e da necessidade da classe tomada como um todo. As primeiras têm, até hoje, levado a melhor sobre esta última. Isto reflete-se, em Portugal, na tensão atualmente latente mas acirrada à um ano entre trabalhadores do Estado e trabalhadores do sector privado. Tensão essa que a burguesia habilmente explora.
Eis a contradição fundamental da classe operária e o ponto de partida para uma discussão mais produtiva que repassar os já conhecido erros da burguesia.
iv) Ligado com o anterior, o PCP deve recolocar as suas perguntas. Em vez de perguntar-se ‘o que o país deve fazer para sair da crise?’ deve perguntar-se ‘o que é que a classe operária tem de fazer para tomar o poder?’. Se Albano Nunes tem razão – e tem – e há um atraso subjetivo na luta do trabalhadores, a questão não é conceber um programa para o país (Democracia avançada)que leve em conta esse atraso. A questão é - e esta é a essência do erro do debate no congresso – conceber um programa para resolver esse atraso. O “patriotismo de esquerda”, sempre à beira de sobrepor os interesses da nação aos interesses da classe, deve ser questionado.
Esta análise eu já a comecei e os meus primeiros resultado encontram-se aqui. Do conhecimento das contradições internas e dinâmica das classes em Portugal saíram duas recomendações:
  • Criar uma organização de jovens desempregados, sob a palavra de ordem “Desempregados não pagam dívidas”. (Ver aqui atualizado aqui).
  • Exigir a nacionalização da banca (ver aqui).
Tenho em preparação um texto sobre a eminencia de uma solução fascista e como combatê-la. O rascunho do texto, de qualquer modo, já está aqui.

Omissões e rupturas por Miguel Urbano Rodrigues

Omissões e rupturas

por Miguel Urbano Rodrigues
O Projecto de Alterações ao Programa do PCP lança uma ponte entre a democracia avançada e os valores de Abril no futuro de Portugal. A relação pode ser fonte de confusões.

O desenvolvimento da revolução democrática e nacional foi travado pelo golpe contra-revolucionário do 25 de Novembro. O fim da aliança entre o movimento popular e o MFA inviabilizou o projecto revolucionário.

É transparente que a relação de forças é hoje muito mais desfavorável do que a existente no período das conquistas de Abril. Conclusão: no actual contexto o carácter da futura revolução portuguesa terá de ser outro; a Historia não se repete.

O Projecto de Programa define a Democracia Avançada tal como a concebe nas suas quatro vertentes e expõe os objectivos a alcançar para que o Portugal ideado possa ser uma realidade.

A democracia avançada – afirma-se – "criará condições propícias a um desenvolvimento da sociedade portuguesa conduzindo ao socialismo".

O documento submetido aos militantes lembra, porém, e bem, que "a questão do poder acaba por condicionar o curso da política nacional". Não apenas em Portugal – acrescento – mas em qualquer país.

O projecto de alterações, claro e quase exaustivo ao desenhar o quadro de uma ambiciosa democracia avançada, é porém omisso quanto ao desafio fulcral: como concretizar o objectivo fixado?

Cabe recordar a velha pergunta de Lénine: Que Fazer?

O PCP "aponta ao povo português como seu objectivo a futura construção do socialismo". Mas o Projecto não esclarece como deve actuar o "partido de funcionamento democrático, enraizado nas massas", na luta contra o poder da burguesia para construir a sociedade de transição.

O Projecto de Resolução Política também não responde à questão fundamental.

Condenando a criminosa política praticada pelos governos do PS e do PSD-CDS, a direcção do Partido propõe como alternativa "uma política patriótica de esquerda".

Nas Teses reafirma-se que "a luta de massas constitui a expressão central, essencial e determinante da resistência e da luta do povo português". Mas, simultaneamente, a insistência numa táctica que defende o advento de "um governo patriótico de esquerda" no quadro institucional existente gera confusão.

Obviamente a luta institucional, a luta eleitoral e a luta de massas não são incompatíveis, mas complementares.

Mas estarão as duas primeiras colocadas ao serviço da ascensão torrencial da luta de massas como prioridade no combate para a transformação revolucionária da sociedade?

A pergunta é inseparável de outra: no actual contexto português é possível um "governo patriótico de esquerda"?

Registo que no Projecto de Teses se afirma que a alternativa proposta pode constituir um processo complexo e eventualmente prolongado que "assuma uma corajosa ruptura com a política de domínio do grande capital".

Essa ruptura seria portanto uma luta dentro do sistema e não uma "ruptura" com o sistema.

A ambiguidade desse conceito de "ruptura" pode empurrar muitos militantes para a conclusão de que aflora no Partido uma tendência reformista de matizes eleitoralistas.

É motivo de orgulho para os seus militantes que o Partido se defina como marxista-leninista. O PCP mantém-se fiel à sua ideologia revolucionária. Precisamente por isso, os projectos agora divulgados deveriam ser claros na afirmação de que as transformações revolucionárias na sociedade portuguesa são incompatíveis com reformas inatingíveis no âmbito do capitalismo. O caminho para o socialismo passa pela destruição, sem calendário, do capitalismo.
O original encontra-se em http://www.avante.pt/pt/2029/pcp/122285/ 

terça-feira, dezembro 27, 2011

O nosso mundo melhor não é o mundo melhor da coca-cola

 

Anúncio do Jornal American Druggist: Coca-Cola já estava sendo comercializada em cinco estados americanos.


Uma das marcas mais famosas do mundo, a Coca-Cola, acusada de chantagem pelo presidente da Dolly, empresa fabricante brasileira de refrigerantes
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_Coca-Cola_vs._Dolly
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Enviado por em 26/12/2011
A versão corrigida de uma campanha publicitária deste inverno de 2011.


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Enviado por em 28/02/2011
http://twitter.com/#!/RevolutionZGZ boikot a coca cola basta ya de abusos e hipocresía , de asesinatos y persecución a sindicalistas
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¿Y esto no es hipocresía? ¿dónde están los datos que confirman todo lo que dice este video? Pues lo digo yo: sacados de la manga. No defiendo coca cola para nada, he visto el spot original y se que los datos que aparecen son falacias que buscan el cariño y el aplauso fácil de los telespectadores, pero lo mismo hace este video, busca el aplauso de aquellos que defienden todo lo que el creador expone. Un saludo y no os creais nada, ni de un lado ni del otro, todos manipulan.

segunda-feira, maio 02, 2011

Três feridos em incidentes no 1º de Maio em Setúbal



Ontem

Confrontos entre um grupo anarquista e forças de segurança no Largo da Fonte Nova, em Setúbal, resultaram em três feridos e várias pessoas identificadas pela PSP, disseram fontes policiais e do Hospital São Bernardo. 
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O grupo constituído por alguma dezenas de anarquistas, que trajavam de negro, seguiu de perto o tradicional desfile do 1.º de Maio da União de Sindicatos de Setúbal (USS), afeta à GGTP, que partiu da Praça de Quebedo em direcção à avenida Luísa Todi, mas, segundo fonte sindical, não se registaram incidentes.
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Segundo a mesma fonte, a partir de determinada altura os anarquistas acabaram por seguir outro percurso, em direcção ao Largo da Fonte Nova. 
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Fonte policial adiantou que os incidentes terão começado quando as forças policiais chegaram ao local e foram recebidas com o arremesso de vários objectos, depois de terem sido alertadas por populares para o barulho e para alguns comportamentos menos próprios dos anarquistas.
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"Os elementos da PSP tiveram de efectuar alguns disparos de shot-gun", confirmou à Lusa um porta-voz da corporação, admitindo a possibilidade de haver alguns feridos ligeiros.
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O Gabinete de Comunicação do Hospital São Bernardo confirmou à Lusa que deram entrada no serviço de urgência três pessoas que terão sofrido alguns ferimentos ligeiros, alegadamente nos incidentes que ocorreram na Fonte Nova, mas adiantou que já todos tiveram alta.
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Contactado pela Lusa, um dos participantes no que classificou como uma "manifestação anti-capitalista" e que pediu o anonimato, disse que no final do protesto, "chegou um carro de patrulha da polícia que pediu para baixar [o som] da música que vinha da mala de um carro e pediu identificação a algumas pessoas que não se quiseram identificar".
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Entretanto, prosseguiu, "chegou um carro da polícia de intervenção" ao Largo da Fonte Nova. "Tinham armas de balas de borracha e armas reais, gás pimenta e cassetetes", tendo a polícia e os manifestantes entrado em confrontos. 
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"Foi um cenário desmesurado para o que se estava a passar", concluiu.
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EPHEMERA

Biblioteca e arquivo de José Pacheco Pereira

Publicado por: JPP | 29/04/2011

1º DE MAIO ANTI-CAPITALISTA ANTI-AUTORITÁRIO (SETÚBAL, 1 DE MAIO DE 2011)



Setúbal:Convocatória 1º de Maio 2011- Manifestação Anti-capitalista e Anti-autoritária

2011-05-01 13:00
Todos a Setúbal no 1º de Maio 2011, pelas 13:00 no Largo da Misericórdia.
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Chamada à recuperação da tradição combativa e anti-autoritária do “dia do trabalhador”::
{Chamada a uma mobilização geral}
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Desde o grupo de pessoas que compõem o recém formado colectivo anarquista *Terra Livre* de Setúbal queremos convocar uma manifestação de indivíduos, grupos, colectivos, espaços ou sindicatos apartidários, anti-autoritários, anti-políticos ou autónomos para o Domingo 1º de Maio de 2011.
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Desejamos fazer desta data um marco de mobilização não controlada por nenhuma força partidária, por nehuma central sindical , ou qualquer força de repressão e controlo do Estado.
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Desejamos recuperar o seu carácter de mobilização geral de trabalhadores, desempregados, estudantes e de todos quantos anseiam por uma sociedade nova, livre de violência capitalista, jogos partidários e repressão estatal.
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{1º de Maio de 1886}
Em Chicago, EUA, as mobilizações operárias são violentamente atacadas pela polícia, seguranças privados e mercenários nas mãos dos ricos. Ao fogo tirano responde o fogo dos revolucionários. Caem corpos no chão dos dois lados da barricada.
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Uma dezena de anarquistas são presos, condenados e injustamente assassinados: não interessava a verdade, mas sim o exemplo e a instauração de um clima de terror e medo entre o povo.
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O efeito foi contrário: desse dia em diante, por todo o mundo, milhões de pessoas se levantam em solidariedade com esses anarquistas presos, propondo-se a resgatar da prisão essas sementes de dignidade humana. E dos corpos desses anarquistas cravejados das balas do poder e da infâmia, brotaram as raízes do assalto colectivo às cúpulas, para tentar trazer a (des)ordem capitalista aos seus joelhos e finalmente decapitá-la.
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Até aos dias de hoje houve algumas vitórias, muitas derrotas e demasiadas traições... mas não houve um momento de descanso. A violência do Estado e dos patrões mudou bastante, perdendo a sua “simplicidade” enquanto refinava as suas tácticas, adquirindo tecnologia de ponta e requintes repugnantes de crueldade e maquiavelismo. Pelo contrário, as condições laborais / sociais/ económicas têm andado para trás, estando hoje pouco ou nada melhor do que no inicio do século passado, apesar dos gigantescos avanços tecnológicos e ciêntificos.
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O que podemos aprender desses tempos, recusando qualquer mistificação do passado, é que a solidariedade e a acção colectiva das bases surgem sempre como uma poderosa arma em tempos de guerra suja dos governantes contra os seus governados
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{2011 – Estamos Inquietos }
Há várias posições assumidas, mas dê lá por onde der, um facto é hoje inegável, da Tunísia à China, da Grécia a Portugal: os dias da paz social e apatia inquebrável ficaram para trás. Muitos sabiam que mais tarde ou mais cedo aconteceria, outros foram apanhados de surpresa. Alguns já tinham feito as suas jogadas antecipando-se, mas muitos mais têm agido com a espontaneidade e criatividade que os tempos exigem.
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O que nos causa hoje em dia uma grande inquietação não é simplesmente o facto de vivermos sob o controlo de um poderoso Estado que nos oferece blindados e policias para resolver a nossa fome.
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Não é só o facto de termos de apertar tanto o cinto até que o tenhamos de pôr finalmente à volta do pescoço.
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Nem tão pouco a “crise” desta economia que nos obriga a todos a ser seus fiadores e que no fundo existe desde que o capitalismo é a nossa forma de regime económico.
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Não é só o facto dos direitos laborais serem sinónimos de uma escravatura com menos chicotes, ou da democracia ser a maior ditadura de que há memória.
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O que nos inquieta é saber que é de todos nós que se alimenta este virús chamado capitalismo, e portanto que é também de nós que depende a sua destruição.
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Estamos inquietos e é sem dúvida nenhuma o tempo de sair à rua. Sem líderes nem partidos, sem cúpulas nem dirigentes. Sabendo que assim que levantamos a voz e os braços surgem imediatamente alcateias de instituições, partidos e organizações a quererem controlar os nossos gritos. Sabemos também que independentemente da data, todos os dias são um bom dia para recuperarmos a dignidade que o estado e a ganância de alguns nos foram roubando a todos.
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Portanto, movermo-nos colectivamente a partir da base e de forma autónoma no primeiro dia de Maio é fruto do desejo de nos movermos assim todos os dias! E assim deixarmos para trás a corja de abutres e oportunistas que tentarão anunciar-se como “salvadores da pátria”, tão interessados que estão em chupar o nosso sangue de uma forma mais “justa”, mais “democrática” ou mais “nacionalista”.
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{Porquê Setúbal?...}
Setúbal mantém um espírito rebelde apesar das inúmeras investidas do progresso capitalista e da pobreza. É uma cidade com fortes raízes de lutas libertárias, que nunca deixou de ser território de conflitos sociais. A ideia era propôr Setúbal como local anual para as iniciativas libertárias do 1º de Maio reconhecendo na cidade o potencial para um protesto mais vísivel nas ruas e menos imiscuido na paleta de cores partidarias e institucionais que as grandes mobilizações trazem a Lisboa.
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O objectivo seria termos o espaço para criar uma mobilização autónoma e de base e consideramos que em Lisboa esta tarefa é bem mais difícil, confusa e frustrante; acrescida de toda a perseguição promovida vezes sem conta pelo grupo de ordem da CGTP (cujos abusos não tencionamos tolerar) que coopera e participa das tácticas repressivas da Polícia (para mais tarde fazerem figuras tristes a indignar-se com a “violência policial” quando lhes toca a eles) e que nos atraí com demasiada frequência para um confronto que não é o nosso objectivo.
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O nosso desejo não é, no entanto, criar espaço para que membros de base da cgtp sejam alvos dos nossos insultos já que antes de considerarmos um individuo como “sindicalista” ou “membro da cgtp” considera-lo-emos enquanto individuo. Os nossos insultos ficam guardados para os dirigentes e para as cúpulas.
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Não foi nem nunca será difícil expressar as nossas ideias e a nossa combatividade se em vez de nos focarmos no que há de criticável nas organizações sindicais, nos focarmos nos nossos princípios, métodos e objectivos.
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{E agora... mãos à obra companheiros!}
Queremos pôr esta proposta em discussão. Levem-na aos vossos grupos, colectivos, companheiros, camaradas ou amigos do café. Planeiem, conspirem, discutam e critiquem.

Pelo caminho vão haver um par de reuniões para acertar detalhes, e uma assembleia mais abrangente. Se quiseres participar nas preparações ou tiveres sugestões entra em contacto através do nosso e-mail. Todos poderemos aportar com um pouco para a realização deste projecto e seguramente conseguimos fazer o possível e o impossível. Sempre o conseguimos. Sem estruturas hierárquicas, sem autoridades mesquinhas e sem politiquices.
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Sem nada disso, mas com toda a determinação, respeito, dignidade e combatividade.
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Todos a Setúbal no 1º de Maio 2011, pelas 13:00 no Largo da Misericórdia.



quarta-feira, abril 06, 2011

Informação Económica Alternativa - Eugénio Rosa

Eugénio Rosa - Economista

A maior parte da informação divulgada sobre a economia e a sociedade portuguesa nos media é dominada pelo pensamento neoliberal, porque é este que tem acesso privilegiado aos media. Este domínio é tão grande que atinge os próprios meios académicos podendo-se falar, com propriedade, de um pensamento económico único dominante. Quem esteja familiarizado com a ciência económica, sabe bem que a economia não está acima dos interesses de classe que se confrontam na sociedade, e o neoliberalismo defende os interesses do poder económico dominante nas sociedades capitalistas actuais. Nos estudos disponíveis neste “site” procura-se analisar  os problemas económicos e sociais numa perspectiva  diferente, que é a dos interesses dos trabalhadores. No entanto, não existe qualquer pretensão de substituir um pensamento único por outro, mas apenas o propósito de fornecer ao leitor uma outra forma de analisar os problemas económicos e sociais, para que ele, confrontando-a com a do pensamento neoliberal dominante nos media,  forme a sua própria opinião, que é o mais importante. A verdade só poderá surgir do confronto democrático de ideias e nunca da imposição de um pensamento único como se pretende actualmente.
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Para facilitar a pesquisa do leitor agrupamos os estudos por temas e dentro destes com indicação da data da sua elaboração, pois os estudos são datados.
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Consulte estudos nas seguintes áreas:
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Administração Pública   Crescimento Económico, Defices, Crise   Desigualdades Regionais   Empresas Publicas   Grupos Económicos   Impostos   Orçamento do Estado e Segurança Social   Política de Crédito   Preços   Quadros Comunitários e QREN   Qualidade do Investimento   Salários / Produtividade   Transportes   Outros Temas  Comunicação e Media   Desigualdades Sociais   Direito do Trabalho   Educação e Formação   Emprego e Desemprego   Injustiça na Repartição do Rendimento   Saúde   Segurança Social, CGA, Fundos Pensões   Situação da Mulher  

ÚLTIMO ESTUDO