A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
Mostrar mensagens com a etiqueta Financial Times. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Financial Times. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, outubro 22, 2010

Martin Wolf: Reino Unido e EUA em rotas diferentes

Economia

Vermjelho - 20 de Outubro de 2010 - 18h47
 
Os EUA e o Reino Unido exibem semelhanças que vão além de falar a mesma língua: em ambos houve enorme expansão do crédito ao consumo familiar, ambos tiveram de socorrer seus setores financeiros, ambos viram seus bancos centrais baixar as taxas de juro para quase zero e adotar a "flexibilização quantitativa", e ambos registraram enormes aumentos dos déficits fiscais no período pós-crise.


Por Martin Wolf*

No entanto, vem aí uma grande divergência no terrenos das políticas monetária e fiscal. O governo de coalizão no Reino Unido divulgará hoje detalhes sobre seus cortes nos gastos governamentais. Nada comparável é esperado nos EUA. Em suas mais recentes previsões, o Fundo Monetário Internacional (FMI) citou essa divergência. Mas os mercados de títulos parecem bastante despreocupados, ao menos até agora.

Podemos identificar diferenças na experiência pós-crise dos dois países: os EUA tiveram um declínio menor do Produto Interno Bruto (PIB) - uma queda de 4% entre seus máximo e mínimo, contra 6,4% no Reino Unido - e maior crescimento da taxa de desemprego (que avançou 5 pontos percentuais entre 2007 e 2010, contra 2,5% no Reino Unido). Nos EUA, o núcleo da inflação caiu mais do que no Reino Unido (para 0,8% no ano, até setembro, contra 2,9%), em grande parte devido ao impacto da desvalorização da moeda britânica.

No entanto, os países compartilham o demorado e depressivo processo de desalavancagem e contenção de gastos pós-bolha explicado por Carmen Reinhart, da Universidade de Maryland, e por Kenneth Rogoff, de Harvard, em sua obra-prima: "This Time is Different" (Desta vez é diferente). As duas economias estão operando bem abaixo de suas capacidades. Ambas precisam optar entre os riscos de curto prazo de aperto fiscal para a recuperação e os riscos de mais longo prazo dos enormes déficits fiscais para sua credibilidade financeira. Ambos se apoiam na política monetária. Mas o Reino Unido deverá apoiar-se muito mais nela, tendo em vista sua perspectiva de aperto fiscal.

A austeridade fiscal receitada para o governo britânico - aperto de 8% do PIB durante cinco anos - é excessiva. Mas o insucesso americano no desenvolvimento de algum caminho convincente de aperto fiscal de longo prazo é também irresponsável.

Por que, então, ocorreu essa divergência? Que impacto poderá ter? Em que medida o alívio quantitativo compensará o impacto da política fiscal? E, por fim, o que poderemos aprender sobre os respectivos papéis das políticas monetária e fiscal?

A resposta à primeira indagação é que a elite que define as políticas governamentais britânicas ficou chocada com a crise fiscal na zona euro e isso a levou à moderação. Já argumentei que o caso da Grécia, um país sem banco central e com limitadas perspectivas de um retorno ao crescimento é muito diferente da situação do Reino Unido. Já defendi que a austeridade fiscal receitada para o Reino Unido - um aperto de 8% do PIB (ajustado pelas variações cíclicas) durante cinco anos - é excessiva. Mas o insucesso americano no desenvolvimento de algum caminho convincente de aperto fiscal de longo prazo é também extremamente irresponsável.

Sobre o provável impacto do aperto fiscal, o mais recente relatório "World Economic Outlook" do FMI, oferece uma excelente análise. As principais conclusões dessa análise são as seguintes.

Primeiro, uma consolidação orçamentária de 1% do PIB tende a reduzir a demanda interna real em 1% e o PIB em 0,5% num curso de dois anos. Se assim for, a consolidação no Reino Unido reduziria a demanda real - tudo o mais suposto constante -, num total de 8% e o PIB em 4%.

Em segundo lugar, taxas de juros mais baixas geralmente amortecem esses efeitos. Mas agora não será assim. Os juros mais baixos tornarão a consolidação mais onerosa.

Em terceiro lugar, um declínio na taxa de câmbio real normalmente amortece o impacto. Isso é relevante para o Reino Unido, que beneficiou-se de uma queda de aproximadamente 18% na taxa de câmbio real desde o início da crise.

Em quarto lugar, contrações fiscais que se apoiam em cortes de gastos são mais expansionistas do que ajustes baseados em mudanças nos impostos. Mas isso, em parte, se deve ao fato de que os bancos centrais parecem reagir mais agressivamente.

Finalmente, a redução da dívida é benéfica a longo prazo, tudo o mais mantido constante, porque reduz as taxas de juro reais. Mas é duvidoso se isso é relevante hoje, quando as taxas de juros reais estão tão baixas (perto de 1%).

A conclusão é que a consolidação fiscal no Reino Unido provavelmente será contracionista, a um ritmo de 1% a 2% do PIB a cada ano.

Consideremos, agora, questão final: o que estamos aprendendo sobre o papel relativo das políticas monetária e fiscal? É convicção generalizada entre economistas que a política monetária é exata, previsível e eficaz, ao passo que o oposto vale para políticas fiscais. No entanto, como Joseph Stiglitz argumentou no "Financial Times", nesta semana, é longe de evidente que isso seja verdadeiro. O impacto de um alívio quantitativo é tudo menos previsível. O mais importante é que, na prática, a política monetária tem funcionado via expansão do crédito. Por isso, ela é, ao menos parcialmente, responsável pela atual crise de endividamento. Quem pode agora afirmar com confiança que a adoção de uma política que funcionou ao financiar a compra de casas a preços inflados foi melhor do que usar excedentes de poupança para aumentar o investimento público? Analogamente, quem pode afirmar com convicção que é melhor voltar a fomentar um "boom" de crédito privado do que aumentar o investimento público? Não é evidente que a política monetária seja o instrumento mais confiável para enfrentar a implosão de uma explosão anterior da dívida privada.

O grande argumento a favor de austeridade do governo britânico é que a alternativa poderia ser, nas palavras de George Osborne, o ministro das Finanças, "o colapso". Por que é que um país cuja dívida pública atual e prospectiva permanecerá abaixo da média dos últimos dois séculos deveria estar em apuros tão sérios está muito longe de ser evidente. O que sabemos é que o Reino Unido inaugurou um experimento notável de política econômica. O contraste com os EUA, deveria ser pelo menos instrutivo. Nunca saberemos se o desastre era realmente iminente. Mas os britânicos vão aprender muito- e também o restante do mundo.

* Martin Wolf é editor e principal comentarista econômico do Financial Times, o artigo foi reproduzido do jornal Valor
.
.

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Guerra no Afeganistão: o império no caminho certo do desastre

Na Periferia do Império





Posted: 01 Dec 2009 01:05 AM PST
.
Veteranos de guerra soviética veem repetição de erros
.
Foi em 1985 que o general Igor Rodionov desembarcou em Cabul para comandar os 120 mil soldados do Exército soviético no Afeganistão.
.
Rodionov é parte de uma irmandade de generais estrangeiros enviados ao país a fim de conquistá-lo. Essa lista, que começou com Alexandre Magno, se distingue por uma característica conspícua: todos fracassaram. Os soviéticos deixaram o país em 1989, após sangrenta campanha de dez anos contra os insurgentes.
.
Rodionov descobriu ao chegar que não havia frente de batalha. As balas podiam vir de qualquer lugar.

.
"Bombardeávamos uma aldeia porque havia um ou dois rebeldes abrigados lá. Mulheres e crianças morriam, e isso criou a insurgência", relata.
.
Quase 15 mil soldados soviéticos e centenas de milhares de afegãos morreram nos mesmos lugares que EUA e aliados hoje lutam para controlar: a fronteira com o Paquistão e as províncias de Candahar e Helmand.
.
"A guerra se movia em círculos. Avançávamos, e os rebeldes partiam. Recuávamos, e eles retornavam", conta Rodionov.
.
Outros ex-comandantes soviéticos consideram fúteis os esforços americanos. "Mais soldados só significará mais mortes", diz Gennady Zaitsev.
.
Para Rodionov, uma vitória militar é impossível. "A única forma de vencer é política. E o [presidente] Karzai não é popular junto ao seu povo", diz.
.
Pyotr Suslov, ex-agente especial, diz que o maior erro é não dar a devida atenção ao equilíbrio entre tribos afegãs.
.
Rodionov conclui: "A ideia que existia no momento da retirada era a de que deveríamos ter saído mais cedo".

.
Na Periferia do Imperio - http://www.naperiferiadoimperio.blogspot.com



.
.

domingo, agosto 30, 2009

Roubini adverte para perigo de nova recessão

Jornal de Negócios - 2009.08.24
.

O economista norte-americano, que consolidou a sua reputação por ter sido o que melhor antecipou a crise financeira internacional e as suas consequências, diz que o risco de o mundo regressar de novo a uma recessão está a aumentar.

Eva Gaspar
egaspar@negocios.pt
.

O economista norte-americano, que consolidou a sua reputação por ter sido o que melhor antecipou a crise financeira internacional e as suas consequências, diz que o risco de o mundo regressar de novo a uma recessão está a aumentar.
.

Ainda assim, precisa Nouriel Roubini, o cenário mais provável é o de uma recuperação “anémica”, com taxas de crescimento abaixo do potencial “durante alguns anos”.
.

Em artigo de opinião hoje publicada no “Financial Times”, Nouriel Roubini reconhece que taxas de juro historicamente baixas, associadas a uma fortíssima dose de intervenção dos Estados nas economias, arrisca a gerar tensões inflacionistas no futuro. Mas, acrescenta, neste momento é preciso que bancos centrais e Governos mantenham os estímulos à economia, caso contrário “a recuperação será comprometida” e o mundo desenvolvido poderá regressar à “estagdeflação (recessão e deflação).
.

O economista norte-americano sublinha ainda que a subida do preço de vários produtos alimentares de base e do petróleo é outro factor de risco que pode pôr termo à ainda frágil dinâmica de recuperação.
.
.

quinta-feira, julho 30, 2009

Lucros do Deutsche Bank crescem 68%

.
.
os lucros do deutsche bank cresceram quase 400 milhõesO maior banco alemão, o Deutsche Bank aumentou os seus lucros do segundo trimestre deste ano em 68 por cento. Segundo revelou o banco esta terça-feira, a subida dos resultados foi impulsionada pela banca de investimentos, apesar do aumento das provisões para o crédito malparado. Em Abril, Maio e Junho deste ano, o banco alemão registou lucros de 1,09 mil milhões de euros, uma grande subida em relação aos 649 milhões de euros um ano antes. Estes resultados superaram a previsão dos analistas.
.

Segundo o presidente executivo do Deutsche Bank, Josef Ackermann, os resultados trimestrais são «satisfatórios».

.

Entretanto, o Deutsche Bank está a ser investigado por um possível crime de espionagem.

.

Segundo revelou na semana passada o diário «Financial Times», o banco contratou detectives para seguir membros do seu próprio conselho de supervisão.

.

A agência de protecção de dados do Estado de Hesse, onde está situado o banco alemão, pediu às autoridades que determine porque é que estão a ser levadas a cabo pesquisas de foro criminal dois meses depois do próprio banco ter contratado externos para fazerem esse serviço.

.

A má reputação do banco na sequência da divulgação deste caso não tem contudo impedido os lucros de crescerem.

.

.

in Esquerda.net - 28-Jul-2009

.

.

domingo, julho 26, 2009

Grandes empresas farmacêuticas faturam bilhões com a gripe A




.

Algumas das maiores companhias farmacêuticas do mundo estão auferindo bilhões de dólares em receita adicional, em meio à preocupação global sobre a expansão cada vez maior da gripe suína. É o que informa o insuspeito Financial Times.

.
Por Cristovão Feil, para o Diário Gauche


.

Analistas estimam alta significativa nas vendas da GlaxoSmithKline, da Roche e da Sanofi-Aventis, quando elas divulgarem nos próximos dias resultados do primeiro semestre engordados por encomendas governamentais de vacinas contra a gripe e medicamentos antivirais. A informação é do Financial Times.

.
As novas vendas - ao mesmo tempo em que a suíça Novartis e a americana Baxter, que também produzem vacinas, já divulgaram resultados expressivos - surgem no momento em que o mais recente cômputo aponta para um total de mais de 700 vítimas fatais do vírus da gripe A (H1N1) e para milhões de pessoas infectadas em todo o mundo.

.
A britânica GlaxoSmithKline (GSK) confirmou que até o momento já vendeu 150 milhões de doses de uma vacina pandêmica contra a gripe (o equivalente ao total anual de vendas de vacinas sazonais contra a doença), a países como o Reino Unido, os EUA, a França e a Bélgica, e anunciou que estava se preparando para expandir a produção.

.
A GSK também produz o Relenza, um medicamento antivírus que reduz a duração e atenua a severidade da infecção, e está se preparando para ampliar a produção, rumo a uma meta de 60 milhões de doses anuais. O governo do Reino Unido encomendou 10 milhões de doses do medicamento neste ano.

.
Um dos principais beneficiários do temor crescente de uma pandemia foi a suíça Roche, que vende o Tamiflu, o principal medicamento antiviral usado no combate à gripe, e registra alta considerável nos pedidos de governos e empresas privadas.

.
Uma pesquisa do banco de investimento americano JPMorgan Chase estimou, na semana passada, que governos de todo o mundo já teriam encomendado quase 600 milhões de doses de vacinas contra a pandemia e adjuvantes (produtos químicos que aumentam sua eficácia). Isso representa US$ 4,3 bilhões em vendas, e existe o potencial de vender mais 342 milhões de doses de vacina, ou US$ 2,6 bilhões, no futuro próximo.

.
O JP Morgan Chase previu que novos pedidos de antivirais podem elevar as vendas da Roche e da GlaxoSmithKline em mais US$ 1,8 bilhão nos países desenvolvidos e, em potencialmente, mais US$ 1,2 bilhão nas nações em desenvolvimento.

.
Mas também existem incertezas para os fabricantes de produtos farmacêuticos. Com a probabilidade de demanda superior à oferta e os lotes iniciais de produção sugerindo que o rendimento da vacina contra a pandemia é relativamente baixo, as companhias podem ter de enfrentar escolhas difíceis na alocação de produtos aos diferentes países que estão apresentando encomendas.

.
As companhias também estão sob pressão para fornecer mais medicamentos e vacinas gratuitamente, ou a preços extremamente baixos, para os países em desenvolvimento.

.

Fonte: Blog Diário Gauche

.

.

in Vermelho - 24 DE JULHO DE 2009 - 16h13

.

.

quinta-feira, julho 16, 2009

Propaganda socialista no Financial Times?


.

O colunista Ben Funnell não é nem de longe um socialista. Mas a causa socialista ganhou um tento com seu artigo, A dívida é o pequeno truque sujo do capitalismo, publicado no jornal inglês Financial Times. Ele fornece dados ''de nocautear'' sobre a concentração de renda nos Estados Unidos durante o apogeu neoliberal. Explica ''por que não houve uma revolução''. Escorrega no final, quando discorre sobre ''o que pode ser feito''; mas também não é de admirar, em alguém que nem de longe é socialista.

.
Por Bernardo Joffily



Sam Walton, do clã mais rico que 100 milhões
.

Funnell não se detém na crise capitalista atual, mas nas décadas precedentes, de razoável crescimento e ''pensamento único'' neoliberal. Sua conclusão: ''Em palavras simples, os benefícios do crescimento econômico foram para os bolsos dos plutocratas''.

.
''São dados de nocautear''

.
Ele dá dados: segundo economistas do banco Société Generale, a renda da quinta parte mais rica da população dos EUA aumentou 60% desde 1970; ao mesmo tempo, a renda dos quatro quintos restantes caiu mais de 10%.

.
Somente a família Walton, dona da rede multinacional Wal-Mart de supermercados, tem mais dinheiro que todo o terço mais pobre da população dos EUA. Uma família tem mais dinheiro que 100 milhões de americanos...

.
''Por que não houve uma revolução?

.
''São dados de nocautear, confirmados pelos sempre crescentes índices de Gini, due mede as disparidades de renda, nos EUA e no Reino Unido'', comenta Funnell. ''Outra forma de colocar o problema é que a divisão das fatias do Produto Interno Bruto está no nível de 100 anos atrás, ou estava até recentemente''.

.
''Então por que não houve uma revolução?'', indaga Funnell. E chega então ao seu raciocínio central: ''Por que havia uma saída: o endividamento''.

.
''O excessivo endividamento da sociedade ocidental nos últimos anos era a única forma de manter altos níveis de vida para a maioria da população em uma época onde a elite concentrava mais e mais riqueza'', comenta. E a seguir mostra como o sonho acabou, ''o que significa um crescimento econômico mais baixo por muitos anos no futuro''.

.
Um recuo para longe do abismo

.
Depois de apanhar em flagrante a iniquidade da pirâmide social americana (e, de quebra, também da inglesa), Ben Funnell chega à parte das saídas. E aí o seu texto fica ainda mais interessante: o leitor atento há de notar como ele sente que talvez tenha se excedido, chegado perto demais do abismo que um colunista do mais que centenário jornal financeiro britânico jamais deve sequer admitir, e ensaia uma meia-volta-volver.

.
''O que pode ser feito? Primeiro, embora não seja o ideal, não devíamos ser açodados demais em abandonar o modelo capitalista. Ele é menos mau que qualquer outro sistema já inventado'', assevera o colunista, para o alívio de seu editor no Financial Times.

.
Tarde demais, Ben Funnell

.
Depois da meia-volta, o artigo termina em enticlímax. A montanha pare um rato, embora seja um rato ''estrutural'', segundo assevera seu autor: ''Precisamos de um novo consenso político, destinado a uma redução de conjunto dos níveis de endividamento, enquanto reduzimos as disparidades encorajando a educação, o empreendorismo e o investimento em inovação''.

.
Tarde demais, Ben Funnell. O último parágrafo do artigo, com sua lengalenga, evidentemente não encaixa e não convence (exceto uma acurada constatação de que ''os atuais níveis de disparidade de renda são uma bomba-relógio política''). Quem ler seu artigo, verá, ao concluirá, ao contrário, que é precisamente o modelo capitalista que faz água e precisa ser abandonado. Portanto, a causa socialista, enternecida, agradece.

.
A concentração da renda e da riqueza faz parte da lógica do sistema capitalista. Isto pode ser constatado estatisticamente, não só nos EUA e na Inglaterra, e não apenas nas décadas de ouro do neoliberalismo. A ''distribuição'' de renda possível, no capitalismo, é esta deletéria e destrutiva que o mundo assiste com a crise. Não há ''reforma estrutural'' capaz de criar um ''capitalismo virtuoso'', frugal, piedoso, preocupado com os pobres e blindado contra crises.

.

.
.
in Vermelho -
15 DE JULHO DE 2009 - 17h04
.
.

sábado, julho 11, 2009

Ban Ki-moon critica líderes do G8

Eric Fefferberg/Reuters Berlusconi ajuda Merkel a descer do pedestal após a foto de família
Berlusconi ajuda Merkel a descer do pedestal após a foto de família [1]

.

Aquecimento Global

.
* Ricardo Ramos com agências
.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, criticou hoje os líderes do G8 por não adoptarem metas mais ambiciosas e imediatas para a redução das emissões de gases causadores do efeito de estufa.
.

Ontem, no primeiro dia da cimeira de Áquila, no centro de Itália, os líderes dos 8 países mais ricos do mundo chegaram a acordo para reduzir em 80% as suas emissões de gases nocivos até 2050, como forma de combater o aquecimento global. Os líderes vão ainda propor aos países em vias de desenvolvimento, como a Índia e a China, a adopção de uma meta mundial de redução de 50% das emissões até 2050, embora esta seja vista pela generalidade dos observadores como uma proposta muito difícil de gerar consensos.

.

Ontem, Ban Ki-moon saudou o acordo alcançado pelos líderes do G8 mas afirmou que eles podiam ter ido muito mais além e adoptado um compromisso mais firme e ambicioso, nomedamente, no que diz respeito às metas a alcançar num período intermédio, até 2020. 'Trata-se de um imperativo moral e de uma responsabilidade histórica, para bem da humanidade e do planeta Terra', afirmou o secretário-geral da ONU.

.

Entretanto, no segundo dia de trabalhos da Cimeira, os líderes mundiais discutiram um plano de ajuda ao desenvolvimento agrícola nos países pobres, nomeadamente em África, que deverá chegar aos 15 mil milhões de dólares em três anos, e que será formalmente anunciado hoje, no último dia da Cimeira de Áquila.

.

ITÁLIA 'FURA' PROTOCOLO

.

Diz o protocolo que as reuniões bilaterais entre os líderes do G8 são privadas e aquilo que ali é discutido deve ficar no ‘segredo dos deuses’. No entanto, o jornal ‘Financial Times’ noticiou ontem que vários assessores do primeiro-ministro Silvio Berlusconi têm seguido as conversas através de microfones escondidos na sala de reuniões.

.

De acordo com o rígido protocolo das cimeiras do G8, cada líder apenas se pode fazer acompanhar de um assessor, o chamado ‘sherpa’. É rigorosamente proibido filmar, gravar ou tirar anotações, e a única forma de comunicação com o exterior é através de uma caneta digital na posse do ‘sherpa’. Desta vez, no entanto, parece que não foi assim.

.

Segundo o ‘Financial Times’, Berlusconi terá mandado instalar microfones na sala, de modo a que os assessores possam ouvir a conversa no exterior e enviar instruções através do ‘sherpa’. O jornal diz ter tido acesso a um memorando interno da delegação italiana, no qual é recomendado a todos os membros para 'não comentarem o assunto com outras delegações'. Um porta-voz de Berlusconi já desmentiu, afirmando que 'tudo o que é dito na sala fica na sala'.

.
in Correio da Manhã -
10 Julho 2009 - 00h30
.
.
NOTA VN - Segundo outras informações Berlusconni iria «apalpar» Angela Merkl, criando um incidente diplomático, evitado pela intervenção de Lula, como se vê na foto.
.
Confira na Bodega Cultural:
-

Sexta-feira, 10 de Julho de 2009