A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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sábado, abril 19, 2008

Niemeyer adere a campanha 'Apelo a Favor da China'


O filósofo marxista italiano Domenico Losurdo lançou uma campanha em seu blog na Internet contra a campanha anti-chinesa em curso a favor do boicote aos Jogos Olímpicos de Pequim, provocada por algumas nações ocidentais, em seguida aos atos terroristas cometidos por separatistas tibetanos em Lhasa, em 14 de março. O arquiteto Oscar Niemeyer é uma das personalidades que aderiu à campanha. Confira abaixo a íntegra da campanha.



"Uma sórdida campanha de demonização da República Popular Chinesa percorre o planeta. Quem a dirige e orquestra são governos e órgãos de imprensa inteiramente dedicados a dar aval ao martírio interminável do povo palestino, e sempre prontos a desencadear e apoiar guerras preventivas como a que no Iraque produziu centenas de milhares de mortes e milhões de refugiados".

Por Domenico Losurdo


"Agita-se a bandeira da independência (por vezes camuflada de "autonomia") do Tibete, mas se esse objetivo viesse a realizar-se, a mesma palavra de ordem seria lançada também para o Grande Tibete (uma área três vezes maior que o Tibete propriamente dito) e em seguida para o Sin-kiang, para a Mongólia Interior, para a Manchúria e ainda para outras regiões.


Na verdade, com seu enlouquecido projeto de dominação planetária, o imperialismo visa desmembrar um país que há muitos séculos se constituiu sobre uma base multiétnica e multicultural onde hoje chegam a conviver 56 etnias. Não é sem significado o fato de que à frente dessa Cruzada não encontra-se o Terceiro Mundo, que olha para a China com simpatia e admiração, mas o Ocidente que desde as guerras do ópio precipitou o grande país asiático no subdesenvolvimento causando-lhe uma imensa tragédia, da qual um povo que representa um quinto da humanidade está finalmente saindo.


Com base nas palavras de ordem análogas às que hoje são gritadas contra a China, se poderia promover o desmembramento de diversos países europeus como a Inglaterra, a França, a Espanha e a Itália onde não faltam movimentos que reivindicam a "libertação" e a secessão da Padânia.


O Ocidente, que posa de Santa Sé da religião dos direitos humanos, não gastou uma palavra sequer sobre os pogrom antichineses que em Lhasa no dia 14 de março custaram a vida de civis inocentes, de velhos, mulheres e crianças.


Enquanto proclama de chefiar a luta contra o fundamentalismo, o Ocidente transfigura na forma mais grotesca o Tibete do passado (fundado sobre a teocracia, sobre a escravidão e sobre a servidão das massas) e se prostra diante de um Deus-Rei, concentrado em constituir um Estado sobre a pureza étnica e religiosa (também uma mesquita tem sido assaltada em Lhasa), querendo anexar a esse Estado territórios que são habitados sim por tibetanos, mas que nunca foram administrados por um dalai-lama: trata-se do projeto do Grande Tibete fundamentalista, caro àqueles que querem colocar em crise o caráter multiétnico e multicultural da República Popular Chinesa para conseguir desmembrá-la mais facilmente.


No final do século 19, na China, na entrada das concessões ocidentais deixava-se bem visível a placa: "Proibido o ingresso aos cães e aos chineses". Esta interdição não desapareceu, sofreu apenas alguma variação, como demonstra a campanha para sabotar ou comprometer de qualquer maneira as Olimpíadas de Pequim: "Proibidas as Olimpíadas aos cães e aos chineses".


A Cruzada antichinesa em curso está em total continuidade com a longa e abjeta tradição imperialista e racista."


Para assinar a favor da campanha "Um Apelo a Favor da China", hospedada em http://appellocina.blogspot.com/ e que já foi endossada inclusive pelo arquiteto Oscar Niemeyer, enderece e-mail para appellocina@libero.it

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Da redação
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in Vermelho - 18 DE ABRIL DE 2008 - 15h26
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quarta-feira, março 26, 2008

Tibete - Dólares do Império financiam os monges do Dalai-Lama







tibete.jpg

por Sidnei Liberal*


Após a vitória da Revolução Chinesa, os comunistas tomavam o poder no Tibet que, no curso dos dois séculos anteriores, nem um só país no mundo havia reconhecido como um país independente. A comunidade internacional considerava o território parte integrante de China.


Como a Índia e a Inglaterra, a mesma que há 40 anos dominava a região. Só os EUA se mostraram vacilantes. Até a Segunda Guerra Mundial, consideravam o Tibet como uma parte da China e procuravam frear os avanços da Inglaterra sobre o território. Porém, após a guerra, Washington decidiu fazer do Tibet um enclave religioso contra o comunismo.

Em 1951, a elite tibetana concordou em negociar com a China uma “liberação pacífica”. Cinco anos depois, no entanto, pressionadas pelo movimento camponês, as autoridades decidiram por uma reforma agrária em alguns territórios tibetanos. Era a senha para o conflito. A elite local repeliu a iniciativa e provocou o levante armado de 1959. A revolta foi preparada durante vários anos, sob a direção do serviço secreto dos EUA, a CIA. É o que registra o livro de 300 páginas “The CIA's Secret War in Tibet” de Kenneth Conboy. Uma obra que o especialista da CIA, William Leary, definiu como “um impressionante estudo sobre uma das operações secretas da CIA mais importantes durante a guerra fria”.

Outro livro, “Buddha's Warriors – The story of the CIA-backed Tibetan Freedom Fighters”, de Mikel Dunham, de 434 páginas, explica como a CIA levou centenas de tibetanos aos EUA para treinamento bélico e como lhes supriu de armas modernas. O prefácio desta obra foi redigido por “sua Santidade o Dalai-Lama”, que considerou uma honra o fato de que a rebelião separatista armada tenha sido dirigida pela CIA. Porque “Os EUA são os campeões da Democracia e da Liberdade”. [1]

Em outubro passado, o parlamento estadunidense entregava ao Dalai-Lama a Medalha de Ouro, a condecoração mais importante que pode entregar. Sua (sempre sorridente) “Santidade” pronunciou um discurso onde louvava Bush por seus “esforços a nível mundial em favor da Liberdade, da Democracia e dos Direitos Humanos”. Fica evidente quem financia o Dalai-Lama e seus monges, não só por seu anticomunismo hidrófobo como também por seu racismo fascista que condena os casamentos entre tibetanos e os “demais”. Fica fácil entender a mobilização da mídia ocidental contra a China, sobretudo em vésperas de uma importante eleição em Taiwan e a aproximação das olimpíadas de Pequim. [2]

O pretexto para balbúrdia de agora foi lembrar ação golpista derrotada em 1959, quando o Dalai-Lama tentava separar o Tibet para restaurar o regime ditatorial dos Lamas naquele território da China Popular. Derrotado, fugiu, acobertado pela pelos EUA. Ao longo dos anos 60, a comunidade de exilados tibetana embolsou 1,7 milhões de dólares por ano da CIA, como consta nos documentos liberados pelo próprio Departamento de Estado em 1998. Depois que este fato ficou público, a organização do Dalai-Lama emitiu uma declaração admitindo haver recebido milhões de dólares da CIA naquele período, com o objetivo de enviar pelotões armados de exilados para o Tibet para minar a revolução socialista. [3]

O pagamento anual pessoal do Dalai-Lama reconhecido pela CIA era de US$186.000, assinalou Tom Grunfeld, em seu livro The Making of Modern Tibet. Atualmente, através do Fundo Nacional para a Democracia e outros canais que servem de fachada “respeitável” para os financiamentos da CIA, o governo dos EUA continua a destinar US$ 2 milhões anuais para os separatistas tibetanos que atuam na Índia, com milhões adicionais para a comunidade de exilados tibetanos em outros lugares. O Dalai-Lama também obtém dinheiro do especulador George Soros, que dirige a Radio Free Europe e Radio Liberty, ambas também vinculadas à CIA, ressaltou Michael Parenti, escritor e historiador estadunidense. [4]

Quanto à participação popular nos distúrbios, vejamos o que diz a BBC Brasil: (...) “Os protestos começaram no dia 10 de março, 49º aniversário da revolta contra o domínio chinês”. “Segundo a campanha Tibet Livre, os manifestantes de Machu foram até prédios do governo e destruíram portas e janelas. Eles também teriam incendiado lojas e empresas chinesas na cidade. No sábado, o Ministério de Segurança Pública da China ordenou o aumento da presença da polícia nas regiões atingidas por protestos. A população de Lanzhou parece saber pouco do que está ocorrendo na região tibetana de Gansu e em outros locais”.


“A primeira página do jornal local Lanzhou Morning Post destacava a reeleição do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao”. ‘O preço dos bens de consumo subiu muito rápido, então acho que os protestos estão ligados a isso’, disse uma mulher à BBC.


“Mas outras pessoas que queriam comentar os protestos mostraram pouca simpatia à causa tibetana”. ‘Acho que estão causando tumulto sem ter razão’, disse um homem à BBC, e arrematou: ‘Acho que (os protestos) estão sendo organizados pelo Dalai-Lama, para atingir as Olimpíadas’. [5]

[1] http://www.rebelion.org/noticia.php?id=64952

[2] http://infortibet.skynetblogs.be/post/5284744/een-gouden-bushmedaille-en-engel-merkel-voor-

[3] http://infortibet.skynetblogs.be/post/5433093/tibetaanse-en-internationale-reacties-bij-de-

[4] http://infortibet.skynetblogs.be/post/5512204/het-schaduwcircus-de-cia-in-tibet-een-documen

[5] http://noticias.uol.com.br/bbc/reporter/2008/03/17/ult4909u2881.jhtm





*Sidnei Liberal, Médico, membro da Direção do PCdoB - DF



* Opiniões aqui expressas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
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in VERMELHO - 26 DE MARÇO DE 2008 - 20h48
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terça-feira, março 25, 2008

Ofensiva antiolímpica do separatismo no Tibete

Diz-me com quem andas...



Dalai Lama e Bush - A medalha pelos bons serviços, evidentemente...


Era de se esperar. Os inimigos da China e do socialismo chinês não iam mesmo assistir de braços cruzados ao sucesso das Olimpíadas de Pequim, no fantástico Estádio Ninho de Pássaro e dezenas de outras instalações especialmente construídas para a grande festa esportiva da amizade entre os povos. Alguma eles iam aprontar.

Em Taiwan seria difícil: seu homem na ilha, o separatista Chen Shui-bian, marchava para uma feia derrota na eleição presidencial, como de fato ocorreu neste sábado, com a vitória do Kuomintang e da proposta do diálogo. O separatismo no Xinjiang pegaria mal, por suas conexões com o terrorismo de Bin Laden & Cia. Acionaram então o separatismo tibetano e seu indefectível dalai lama, que alimentam e financiam há meio século.

Não conseguiram grande coisa: algumas jornadas de violência em Lhasa e outras cidades, promovidas por brigadas de arruaceiros que destruíram, queimaram e mataram gente inocente, até que a polícia os conteve, sem usar armas de fogo. Mas foi o que bastou para a bem oleada máquina propagandística dessa gente armar o circo da crise tibetana e iniciar sua ofensiva antiolímpica.

É mentira que não existam imagens dos distúrbios. O Vermelho apresentou neste sábado o vídeo de uma impressionante reportagem de 15 minutos, produzida pela rede estatal CCTV. As imagens e depoimentos falam por si: como a do pai da jovem Shen Xia, 18 anos, queimada viva junto com quatro colegas na loja onde trabalhava. É por opção editorial que a mídia dominante não mostra essas cenas: elas rebentariam sua campanha como uma bolha de sabão.

Tampouco é verdade que os eventos de março visem a autonomia do Tibete. Este já é uma das cinco Regiões Autônomas da China – estatuto que lhe permite cultivar livremente sua língua, cultura, costumes e crenças, inclusive o budismo tibetano. Foram os desordeiros de março que espezinharam um por um os quatro preceitos do budismo – não matar, não roubar, não trair e não mentir.

Apesar da cumplicidade midiática, a grife da causa do dalai lama sai arranhada dos episódios. A começar pela aura pacifista laboriosamente montada por ele – embora se trate de um estranho ''pacifista'' que apoiou a invasão e apóia a ocupação do Iraque pelos 160 mil soldados de seu amigo George W Bush. Ficou visível o embaraço de sua santidade o Buda vivo ao ver seus discípulos lhe rasgarem a fantasia.

O papel dos monges nos distúrbios merece um registro. Ele não se liga à sua condição de religiosos, mas ao status de classe dominante de que gozavam no sistema teocrático-feudal-escravista que veio ao chão depois da contra-revolução de 1959. É de estarrecer que um pedaço do planeta tenha chegado à segunda metade do século 20 sem uma única estrada, uma só escola laica ou lâmpada elétrica sequer, mas com uma classe dominante de aristocratas e monges da casta superior, que sujeitavam a maioria trabalhadora formada por servos e escravos.

Assim era o Tibete de que o dalai lama tem saudades. Uma de suas peculiaridades era o uso de seres humanos como montarias: como não havia estradas, os monges e aristocratas se locomoviam carregados nas costas de escravos ou servos.

Os 1,3 bilhão de chineses de todas as nacionalidades, a começar pela tibetana, com certeza não permitirão a volta desse passado. Continuarão a construir sua pátria que não se cansa de deslumbrar o mundo pela pujança do seu progresso, progresso que avança no Tibete em ritmos mais elevados que a média nacional. Perseverarão na busca da meta avançada de uma sociedade socialista harmoniosa. Capricharão ainda mais nos preparativos dos Jogos Olímpicos de Pequim, que encaram como uma oportunidade de ouro para exibir ao mundo a China de hoje, um país de carne e osso, com qualidades e defeitos, mas que com razão enche de orgulho os seus filhos. Ninguém há de estragar a sua festa, que é também a de toda a humanidade amante da paz e do progresso.
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in VERMELHO - 24 DE MARÇO DE 2008 - 18h29
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24 Março 2008 - 00.30h

Bilhete Postal

Leonor Pinhão

Negócio olímpico

O Ocidente, bastião dos Direitos Humanos, debate-se com um problema. A cinco meses dos Jogos de Pequim, a vaga de repressão sobre o Tibete obriga a recordar o boicote aos Jogos de Moscovo, em 1980, como protesto pela invasão soviética do Afeganistão.

O presidente do Parlamento Europeu considera 'justificadas' as medidas de boicote no caso de a China se recusar ao diálogo com o Dalai Lama. Mas os 27 Comités Olímpicos Europeus entendem que a possibilidade de um boicote está 'fora de questão'. O que terá mudado de 1980 para 2008?
O volume olímpico do negócio, sem dúvida. Os interesses dos investidores, dos patrocinadores, os direitos de televisão, a publicidade e a facturação das marcas de equipamentos desportivos são os argumentos de uma nova consciência. Dalai quê?
Leonor Pinhão
» COMENTÁRIOS no CM on line.
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24 Março 2008 - 11.34h | Figueira
Em 1994 foram assinados acordos para passificar as Olimpiadas, porque o Caso Russo, e Amaricano, não levou os boicotes lado nenhum, a não ser a frustração desportiva dos atletas olimpicos. (Desporto e politica as duas faces de uma só moeda?) Os mass media, e atletas são uma força que ninguem gosta de afrontar. Em conta deve-se ter que... Mundial de futebol, jogos olimpicos, e o euro de futebol, são por ordem de importancia mediatica os três inventos desportivos mais importantes no mundo. Força suficiente para parar para pensar. O boicote, (que não vai haver)não creio que se seja mais forte que a deplomacia.
24 Março 2008 - 20.13h | jose carlos
Querem manter o poder que já não se justifica ter... O mundo gira a volta do ser humano não a volta de interesses secundários.
24 Março 2008 - 23.27h | Graça Afonso
Independentemente da forma como os jogos olimpicos sejam de hoje em dia encarados estes não devem ser boicotados em circunstância nenhuma!E nunca se deve levar a politica para dentro dum estádio olimpico!
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in Correio da Manhã 2008.03.24
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