A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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domingo, fevereiro 10, 2013

Raquel Varela - Não emigrem

Não Emigrem!

Merkel acredita em mercado de trabalho europeu único
Um jornalista holandês perguntou-me, em tom de desafio, se fosse holandesa, se também defenderia a suspensão da dívida no sul. Claro, respondi-lhe, se a pagarmos é porque o valor da força de trabalho desceu tanto no sul que acabarão por emigrar para o norte e 1) ou tirar-vos os postos de trabalho ou 2)ser uma pressão objectiva para vos obrigar a aceitar salários mais baixos para não perderem para nós os postos de trabalho.
 
A  crise da dívida, se não tiver uma resposta de confronto social, vai precarizar os trabalhadores do sul, que agora não são beirões ou alentejanos com a 2ª classe mas mão de obra altamente formada e produtiva, que vão ser a pressão sobre os do norte para aceitarem salários baixos. Disse-lhe que isso chama-se «a criação de um mercado de trabalho na Europa». Da mesma forma que se usaram os desempregados e os precários para descer os salários dos trabalhadores com contratos e reformados vai-se usar o contingente de precários do sul para fazer descer os salários dos do norte. Merkel disse-o hoje com todas as letras.
 
Fica o incentivo de Merkel e o meu modesto aviso. Programas como os «portugueses lá fora» foram cuidadosamente seleccionados para incentivar a emigração. Estive na minha vida em algumas dezenas de conferências de trabalho migrante, em países ricos e pobres, com ou sem escolaridade, e é um calvário. Um penoso caminho que enfrenta baixos salários, descriminação, competição, xenofobia e, claro, saudades, muitas saudades. Comum nos estudos da emigração é que quase «todos querem voltar». O emigrante, médio, formado ou não, não tem nem boas condições de vida nem é feliz, porque partiu expulso do seu país. Quem emigra para ganhar 4 vezes mais vai gastar 4 vezes mais e o seu salário não será o do português feliz no estrangeiro a enviar divisas mas, na minha opinião, um salário de subsistência. Em Londres não vão jantar fora peixe grelhado, nem em Berlim vão à praia (lago) dar um mergulho porque salário não é aquilo que se recebe ao fim do mês mas o que se consegue fazer com o que se recebe no fim do mês, isto é, salário social, salário família (apoios da família não só em dinheiro mas em espécie,  ajuda a cuidar de filhos e netos, etc), salário real (poder comprar peixe ou legumes), ter dinheiro para se deslocar na cidade, no país, ter uma imensa rede de solidariedade social e familiar, tudo isso é salário. Ver o sol e o Tejo, o Douro, o oceano, sorrir ao lado dos amigos, ver crescer os irmãos, isso também é salário.
 
Emigrar não é uma saída, a saída é perceber que não há saída enquanto o governo for assente na política de acumulação por elevação das dívidas públicas, destruição do Estado social e construção do salário nacional de subsistência, o tal com que Merkel sonha para partir a espinha aos seus sindicatos
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segunda-feira, abril 09, 2012

Dois títulos hoje


o tempo das cerejas 2

Dois títulos hoje
Santa Páscoa ou reina a paz nas
consciências e a ordem nas ruas


CM


DN

quinta-feira, março 24, 2011

A crise irlandesa e o fracasso do neoliberalismo - Eric Toussaint



A crise irlandesa e o fracasso do neoliberalismo

Durante uma década a Irlanda foi chamada de "tigre celta" e apresentada pelos defensores mais fervorosos do capitalismo neoliberal como o modelo a seguir. A liberalização econômica e financeira que visava atrair a qualquer preço os investimentos estrangeiros e as sociedades financeiras transnacionais conduziu a um fracasso completo. Em setembro de 2008, o castelo de cartas ruiu, as bolhas financeiras e imobiliárias explodiram. Empresas começaram a fechar ou deixam o país, o desemprego disparou, passando de 0%, em 2008, para 14% no princípio de 2010. O artigo é de Eric Toussaint.

Durante uma década a Irlanda foi apresentada pelos promotores mais fervorosos do capitalismo neoliberal como o modelo a seguir. O "tigre celta" ostentava uma taxa de crescimento mais elevada do que a média europeia. O taxa de tributação das empresas havia sido reduzida a 12,5% [1] e a taxa efectivamente paga pelas numerosas transnacionais que ali tinham domicílio oscilava entre 3% e 4%: um sonho! Um déficit orçamentário igual a 0 em 2007. Uma taxa de desemprego de 0% em 2008. Um verdadeiro encanto: todo o mundo parecia ali encontrar o seu quinhão.
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Os trabalhadores tinham um emprego (é certo que muitas vezes precário), as suas famílias consumiam alegremente, elas desfrutavam do efeito riqueza e os capitalistas, tanto nacionais como estrangeiros, ostentavam resultados extraordinários.
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Em outubro de 2008, dois ou três dias antes de o governo salvar da falência os grandes bancos "belgas" (Fortis e Dexia) às expensas dos cidadãos, Bruno Colmant, diretor da Bolsa de Bruxelas e professor de economia, publicou um artigo em Le Soir, o diário belga francófono de referência, no qual afirmava que a Bélgica devia absolutamente seguir o exemplo irlandês e desregulamentar ainda um pouco mais o seu sistema financeiro. Segundo Bruno Colmant, a Bélgica devia modificar o quadro institucional e legal a fim de se tornar uma plataforma do capital internacional como a Irlanda. Algumas semanas mais tarde, o Tigre Celta estava de joelhos.
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Na Irlanda, a desregulamentação financeira encorajou uma explosão dos empréstimos às famílias (o endividamento familiar havia atingido 190% do PIB na véspera da crise), nomeadamente no setor imobiliário, o que estimulou a economia (indústria da construção, atividades financeiras, etc). O setor bancário inchou de uma forma exponencial com a instalação de numerosas sociedades estrangeiras [2] e o aumento dos ativos dos bancos irlandeses. Formaram-se bolhas imobiliárias e nas bolsas. O total das capitalizações na bolsa de valores, das emissões de obrigações e dos ativos dos bancos atingiu catorze vezes o PIB do país.
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Aquilo que não podia acontecer neste mundo encantador aconteceu então: em setembro-outubro de 2008, o castelo de cartas ruiu, as bolhas financeiras e imobiliárias explodiram. Empresas fecham ou deixam o país, o desemprego sobe em flecha (de 0% em 2008, ele salta para 14% no princípio de 2010). O número de famílias incapazes de pagar os credores cresce muito rapidamente. Todo o sistema bancário irlandês está à beira da falência e o governo, completamente em pânico e cego, garantiu o conjunto dos depósitos bancários com 489 bilhões de euros (cerca de três vezes o PIB irlandês, que se elevava a 168 bilhões de euros). Ele nacionaliza o Allied Irish Bank, principal financiador do setor imobiliário, injetando 48,5 bilhões de euros (cerca de 30% do PIB).
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As exportações enfraquecem. As receitas do Estado baixam. O déficit orçamentário salta de 14% do PIB em 2009 para 32% em 2010 (mais da metade é atribuível ao apoio maciço aos bancos: 46 bilhões de injeção de fundos próprios e 31 de compra de ativos de risco).
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O plano europeu de ajuda do fim de 2010, com participação do FMI, eleva-se a 85 bilhões de euros de empréstimos (dos quais 22,5 fornecidos pelo FMI) e já se verifica que será insuficiente. Em contrapartida, o remédio de cavalo imposto ao tigre celta é de fato um plano de austeridade drástico que pesa fortemente sobre o poder de compra das famílias, tendo como consequências uma redução do consumo, das despesas públicas nos domínios sociais, dos salários da função pública e na infraestrutura (em proveito do reembolso da dívida) e das receitas fiscais.
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As principais medidas do plano de austeridade são terríveis no plano social:
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Supressão de 24.750 empregos de funcionários (8% do efetivo, o que equivaleria à supressão de 350 mil empregos na França);
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Os novos contratados receberão um salário 10% inferior;
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Baixa das transferências sociais com diminuição dos subsídios de desemprego e familiares, redução importante do orçamento da saúde, congelamento das pensões;
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Aumento dos impostos pagos principalmente pela maioria da população vítima da crise, nomeadamente alta do IVA de 21 para 23% em 2014; criação de uma taxa imobiliária (afeta a metade das famílias, até então livres de tributação);
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Baixa de 1€ do salário horário mínimo (de 8,65 para 7,65 euros, ou seja, -11%).

As taxas dos empréstimos concedidos à Irlanda são muito elevadas: 5,7% para o do FMI e 6,05% para os empréstimos "europeus". Eles servirão para reembolsar os bancos e outras sociedades financeiras que comprarão os títulos da dívida irlandesa — as quais tomam emprestado a uma taxa de 1% junto ao Banco Central Europeu. Um verdadeiro presente dos deuses para os agentes financeiros privados. Segundo a AFP, "o diretor geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, declarou: "Isto vai anda, mas naturalmente é difícil [...] porque é duro para as pessoas' que terão de fazer sacrifícios em nome da austeridade orçamentária".
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A oposição na rua e no parlamento foi muito forte. O Dail, câmara baixa, adoptou o plano de ajuda de 85 bilhões de euros apenas por 81 votos contra 75. Longe de abandonar a sua orientação neoliberal, o FMI indicou que colocava dentre as prioridades da Irlanda a adoção das reformas para suprimir "os obstáculos estruturais aos negócios", a fim de "sustentar a competitividade nos próximos anos". O socialista Dominique Strauss-Kahn diz-se convencido de que a chegada de um novo governo após as eleições previstas para o princípio de 2011 nada mudaria: "Estou confiante em que, ainda que os partidos da oposição, o Fine Gael e o trabalhista, critiquem o governo e o programa [...], eles compreendem a necessidade de colocá-lo em execução".
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Em suma, a liberalização econômica e financeira que visava atrair a qualquer preço os investimentos estrangeiros e as sociedades financeiras transnacionais conduziu a um fracasso completo. Para aumentar os danos sofridos pela população vítima desta política, o governo e o FMI não encontraram nada melhor do que aprofundar a orientação neoliberal praticada desde há 20 anos e infligir à população, sob a pressão da finança internacional, um programa de ajuste estrutural calcado em medidas impostas há três décadas aos países do terceiro mundo.
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Estas três décadas devem ao contrário servir de exemplo daquilo que não se deve fazer. Eis porque é urgente impor uma lógica radicalmente diferente, em favor dos povos e não da finança privada.
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Notas

(1) A taxa de tributação dos lucros das empresas eleva-se a 39,5% no Japão, 39,2% na Grã-Bretanha, 34,4% em França, 28% nos Estados Unidos.

(2) As dificuldades do banco alemão Hypo Reale Estate (salvo em 2007 pelo governo de Angela Merckel) e a falência do banco Bear Sterns nos EUA (comprado em Março de 2008 pelo J.P. Morgan com a ajuda da administração Bush) provém nomeadamente dos problemas dos seus fundos especulativos cuja sede era em Dublim.

P.S. Este artigo inspirou-se num Power Point realizado por Pascal Franchet ("Actualité de la dette publique au Nord").

(*) O original encontra-se em http://www.cadtm.org/La-crise-irlandaise-fiasco-complet

(**) Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
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domingo, janeiro 02, 2011

PCP - 2011 – A LUTA É O CAMINHO



«Para o ano que ora chega, o Governo promete mais do mesmo – para pior»

Dois traços essenciais marcaram, de forma impressiva, o ano de 2010:
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o agravamento da situação económica e social, com consequências dramáticas para os trabalhadores, o povo e o País; e a resposta dos trabalhadores e do povo, através da luta, à política responsável por esse agravamento – a política de direita, política de classe ao serviço dos interesses do grande capital, que há longos 34 anos tem vindo a ser aplicada pelo PS e o PSD, quando necessário acolitados pelo CDS/PP.
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Desemprego, precariedade, salários em atraso, exploração desenfreada, destruição de serviços públicos, pobreza, miséria, fome: eis a primeira face da moeda dos efeitos da aplicação dessa política no ano que ora finda – na outra face, estão os lucros sempre a crescer dos grandes grupos económicos e financeiros, que o Governo trata como os lacaios tratam os donos.
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E para o ano que ora chega, o Governo PS/José Sócrates promete mais do mesmo – para pior. A começar já em Janeiro – em consequência dos PEC e do Orçamento do Estado gerados pela cooperação estratégica PS/PSD/Presidente da República - com os cortes nos salários, o congelamento das pensões e reformas, os cortes nos abonos de família; com o aumento do IVA sobre todos os bens e serviços; com os aumentos da electricidade, do gás, dos combustíveis, dos transportes, do pão – e mais desemprego, e mais famílias lançadas na insegurança e no desespero, e mais pobreza, e mais miséria, e mais fome.
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Ou seja: o ano de 2010 foi um ano de extremas dificuldades para a imensa maioria dos portugueses, confrontados com o maior e mais brutal ataque, desde o 25 de Abril, aos seus direitos e às suas condições de vida – mas foi um ano extremamente proveitoso para a imensa minoria que vive à custa de quem trabalha e vive do seu trabalho; o ano de 2011 será ainda pior para essa imensa maioria – e será ainda melhor, será um ano em cheio, para essa imensa minoria.

Não foi esta, contudo, a realidade que esteve presente na chamada mensagem de Natal do primeiro-ministro. Bem pelo contrário, nada disto constou da dita mensagem: palavras como desemprego, pobreza, miséria, foram arredadas do discurso natalício de José Sócrates, preocupado, isso sim, em alijar as responsabilidades que tem na situação que se vive; em justificar a sua política na base de argumentos falaciosos; em afirmar a continuidade dessa mesma política como uma «inevitabilidade»; em garantir a continuação da «austeridade» - esquecendo-se, no entanto, de dizer que essas «inevitabilidades» e essa «austeridade» vão recair sobre os trabalhadores e o povo, em benefício do grande capital.
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E ao proclamar como exemplo maior das suas preocupações sociais os acordos do Governo com as misericórdias, mutualidades e outras instituições assistencialistas, o primeiro-ministro deixou bem claro, por um lado, a sua visão de justiça social, por outro lado, os seus reais objectivos para 2011…
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E é nessa mesma perspectiva que justifica os passos seguintes, mais gravosos ainda, contidos nas «50 medidas» que constituem autênticos atentados terroristas aos direitos dos trabalhadores portugueses.
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Com uma hipocrisia e uma desfaçatez inauditas, o primeiro-ministro disse, a dada altura: «nos últimos dias, negociámos com os parceiros sociais os termos do aumento do salário mínimo nacional para os 500 euros no próximo ano»...
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Assim falando, omitia descaradamente que tal «negociação» com tais «parceiros sociais» não foi mais do que a concretização de um roubo – mais um – aos trabalhadores. Como é sabido, o que foi acordado na concertação social, e confirmado pela Assembleia da República, foi que o aumento para 500 euros entraria em vigor a 1 de Janeiro próximo –  mesmo assim, um aumento miserável, que se traduzia em cerca de 80 cêntimos por dia. Pois bem, o que Sócrates anunciou, na sequência do negócio feito entre o Governo, as predadoras associações patronais e os amarelos da UGT, foi que esse aumento, para já, era apenas de 10 euros, cerca de 33 cêntimos/dia. O «espírito de Natal» do primeiro-ministro não dá para mais...

Face a esta situação, a luta de massas apresenta-se como elemento determinante para a construção do necessário e indispensável novo rumo para Portugal.
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Com efeito, é a luta de massas – ela e só ela – que porá termo a esta política de desgraça nacional e conquistará a alternativa política e a política alternativa necessárias.
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O ano de 2010 foi um ano de muitas pequenas, médias e grandes lutas, envolvendo a grande massa dos trabalhadores portugueses, de praticamente todos os sectores de actividade, no público e no privado – lutas que tiveram a sua expressão maior na histórica Greve Geral de 24 de Novembro a qual, envolvendo mais de três milhões de trabalhadores, foi bem reveladora quer da força dos trabalhadores organizados na sua central de classe – a CGTP-IN – quer das potencialidades de luta existentes.
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O ano de 2011 será o ano da continuação, intensificação e alargamento da luta de massas, confirmando-a como caminho certo para dar a volta a isto.
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E é neste quadro de lutas concretizadas e de lutas a concretizar que se insere a candidatura presidencial do camarada Francisco Lopes, ela própria uma vertente da luta de massas – a única, entre todas as candidaturas, nascida da luta e integrando-a; a única que, profundamente identificada com os interesses, anseios e objectivos dos trabalhadores e do povo, se bate pela ruptura e pela mudança; a única que, inspirada nos valores de Abril, transporta consigo, como referência básica, a defesa da independência e da soberania nacionais.
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Avante 2010.12.30
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quinta-feira, dezembro 30, 2010

Conheça a tabela dos cortes salariais



Conheça a tabela dos cortes salariais
7 de Outubro, 2010por A.P.A./G.R./H.P./M.D.
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O Executivo apresentou esta quinta-feira a tabela com os cortes salariais a aplicar. Consulte o documento

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Só os salários entre 1.500 e 2.000 euros ilíquidos é que vão ter 3,5% de redução salarial - o corte mais baixo anunciado pelo Governo. A partir daí, a percentagem vai sempre crescendo e os vencimentos a partir de 4.200 euros ilíquidos entram no corte de 10%. 
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O projecto com as anunciadas reduções remuneratórias foi ontem entregue pelo Governo aos sindicatos da Função Pública. Prevê ainda a «aplicação autónoma (de um corte) de 10%» em todos subsídios, suplementos remuneratórios e gratificações (como o subsídio de renda de casa dos magistrados). De fora destes cortes, ficam apenas os subsídios de refeição, as ajudas de custo e os subsídios de transporte. 
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O projecto do Governo determina ainda que, no caso dos vencimentos dos titulares de cargos políticos e dos gestores públicos, este corte de 10% «é cumulativa com a redução de 5%» já operada em Setembro. 
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Esta proposta - que deverá ter a forma de lei, com força obrigatória de lei que «prevalece sobre todas as outras disposições legais» - aplica-se a todos os que trabalham na esfera do Estado, incuindo o sector empresarial (como a CGD, a RTP ou a TAP), fundações, institutos, hospitais-empresa e empresas municipais (ver grelha e proposta de lei na edição on-line). 
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Estes cortes poderão, porém, esbarrar na Constituição, que prevê a «proibição do retrocesso retributivo» - e que os trabalhadores poderão sempre invocar em tribunal. A medida será particularmente difícil de aplicar nos contratos individuais de trabalho - o único tipo de contratação permitido no Estado desde 2005 (excepto para as funções de soberania) e que, no fundo, são contratos de natureza privada na esfera pública. 
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Ninguém escapa
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Na Justiça, os ordenados dos magistrados - que são dos mais elevados - ficam sujeitos ao corte máximo anunciado de 10%. Isto enquanto as restantes medidas (congelamento de admissões no Estado) condenam, à partida, o mapa judiciário - uma vez que as novas comarcas têm de ter quadros próprios (neste momento, nos tribunais de todo o país, já faltam 800 funcionários). E os cortes nas ajudas de custo vão complicar, sobretudo, o trabalho da PJ. 
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Na Saúde, só mesmo os médicos e os enfermeiros no início do internato e estágio é que não vão ser atingidos pela redução salarial. Congelados já estão, entretanto, os acordos feitos por Ana Jorge com os sindicatos desses grupos profissionais para a implementação de novas carreiras, que incluíam novos regimes remuneratórios. 
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Já a expectativa entre os militares é que seja aplicado o mesmo princípio que vigorou entre 2005 e 2007: ficou congelada a progressão horizontal (escalões), mas não a vertical, tendo assim sido preenchidas as vagas abertas por passagem à reserva. 
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Nas polícias, o caso mais delicado é o da GNR, pois a PSP (à semelhança dos militares) conseguiu actualizar o seu sistema retributivo. O presidente da Associação de Profissionais da Guarda afirmou ao SOL ser «grave e surreal» que a GNR não venha a ter os mesmos direitos. E promete fazer «tudo o que a PSP já fez», como uma grande concentração em frente ao MAI. 
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Na Educação, nenhum professor fica a salvo dos cortes salariais. E, sem perspectivas de progredir na carreira, os docentes vão voltar a contestar a avaliação de desempenho. «Aceitámos o modelo, porque o acordo que assinámos permitia progredir», recorda Mário Nogueira, da Fenprof. 
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A Federação Nacional de Sindicatos da Educação também vai dar «uma resposta dura» ao Governo. Isto porque cai também, com estas medidas, o acordo assumido por Isabel Alçada de lançar, em 2011, um concurso extraordinário para a colocação de professores em lugares dos quadros. 
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quarta-feira, dezembro 29, 2010

Capital aproveita crise para atacar salários


«Os aumentos caíram quase para metade entre 2007 e 2009»
Estatísticas confirmam
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A crise sistémica mundial está a ser aproveitada pelo capital para pressionar a remuneração da força de trabalho. Os jovens são as presas mais vulneráveis do capital predador.
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De acordo com os dados apurados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), os salários reais em todo o mundo cresceram menos em 2009 do que em 2007, tendo a subida média passado de 2,8 para apenas 1,6 por cento, isto é, quase para metade.
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No relatório da OIT, que compila informações referentes a 115 países, afirma-se igualmente que se a China for excluída das estatísticas, a queda é ainda mais acentuada, passando de 2,2 para 0,7 por cento no mesmo período.
No conjunto, diz a OIT, o crescimento salarial só se mantém consistente na Ásia e América Latina, cenário oposto ao verificado na Europa e Ásia Central. «A recessão foi dramática não só para os milhões que perderam o emprego, mas também para aqueles que, mantendo o posto de trabalho, viram severamente afectado o seu poder de compra», considerou o director-geral da organização, citado pela Lusa.
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Nos ditos «países desenvolvidos», a OIT estima que depois de um crescimento de 0,8 por cento nas remunerações do trabalho verificado antes da eclosão da actual fase da crise capitalista, os salários reais perderam meio ponto percentual em 2008, voltando a crescer apenas 0,6 por cento em 2009.
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«A percentagem de pessoas que recebem baixos salários – definidos como menos de dois terços do salário mediano – aumentou desde meados da década de 90 em mais de dois terços dos países com dados disponíveis», admite-se também no texto.
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Este quadro de ataque prolongado aos salários por parte do grande capital é consistente com outro divulgado pela OIT, o qual indica que, na primeira década do século XXI, os salários só subiram 5 por cento nos chamados «países avançados».
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Coerentes, neste contexto, são também os dados do Eurostat que apontam para uma quebra de 0,3 por cento no custo do trabalho por hora em Portugal entre Setembro de 2009 e o mesmo mês de 2010, valor substancialmente pressionado pela descida das remunerações no sector dos serviços.

Jovens vítimas do sistema

A OIT salienta no documento supracitado que «os trabalhadores com baixos salários tendem a ser jovens». Mas não são apenas as baixas remunerações o garrote para os mais recentemente chegados à idade activa.
Segundo informações divulgadas a semana passada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), no terceiro trimestre de 2010 a média de desemprego entre os jovens dos 15 aos 24 anos ascendia a 18,5 por cento nos países afectos à organização.
Quando comparados os números do terceiro trimestre de 2007 com os do mesmo período deste ano, verifica-se que 3,5 milhões de jovens caíram no desemprego, acrescenta a OCDE, que alerta ainda para o facto deste valor se encontrar abaixo da realidade, dado que muitos dos que concluem ou abandonam o ensino não entrarem nas estatísticas do desemprego.
A OCDE diz que pelo menos 16,7 milhões de jovens estão arredados do mercado de trabalho e dos programas de educação ou formação profissional, a esmagadora maioria dos quais, cerca de 10 milhões, nem sequer procuram emprego.
Os EUA e a Europa lideram o crescimento do desemprego jovem, com índices de mais 6,3 e 7,4 por cento face a 2007, respectivamente, elevando o total de desempregados neste escalão etário para perto dos máximos históricos dos últimos 25 anos.
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AVANTE 2010.12.23
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domingo, novembro 21, 2010

É fartar, vilanagem !



'Sector privado vai acompanhar redução dos salários'
20 de Novembro, 2010
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O economista João Duque disse hoje acreditar que o sector privado vai acompanhar a redução dos salários na administração pública, considerando que em alguns sectores da actividade económica a medida vai incrementar a competitividade.
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«Vamos esperar, mas eu admito que vai acontecer uma mímica daquilo que aconteceu na administração pública», afirmou João Duque, na Nazaré, onde hoje participou na Universidade de Outono da Federação Distrital de Leiria da JS.
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O ministro das Finanças declarou na sexta-feira que toda a actividade económica portuguesa deve seguir uma política de «contenção e disciplina» salarial para que a competitividade do país não seja prejudicada.
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Lusa / SOL
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mundonovo50
21.11.2010 - 18:58
para o pseudo economista Luis Duque

Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo, defende que as classes mais abastadas deveriam pagar mais impostos.

Para o empresário, considerado como uma das figuras mais importantes da economia dos EUA, os cortes fiscais efectuados pelo Presidente George W. Bush aos mais ricos deveriam deixar de existir a partir de Dezembro.

"Se alguma carga fiscal tiver que ser reduzida, deverá ser a das classes média e baixa. Mas penso que os que estão no topo da escala - aqueles como eu - deveriam estar a pagar impostos muito mais elevados. A situação actual favorece-nos mais do que nunca", afirmou Buffett em entrevista à cadeia ABC.

O multimilionário acrescentou que, embora seja argumentado que os ricos gastarão mais se pagarem menos, "a verdade é que a ideia provou nos últimos 10 anos que não é correcta".
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quarta-feira, novembro 17, 2010

Barreiro: 600 empregos abaixo de 800 €


Bruno Colaço
Centro de Emprego preparou cerca de seis mil pessoas para responder às necessidades do espaço
Barreiro: Novo espaço comercial pede 600 trabalhadores

600 empregos abaixo de 800 €

O Barreiro Retail Planet, que abre hoje ao público, pediu cerca de 600 trabalhadores e todos os dias aparecem novos pedidos no Centro de Emprego do Barreiro. Ainda assim, as ofertas estão muito aquém das três mil anunciadas, mas os lojistas não estão só cautelosos na hora de contratar, também estão na de pagar: 800 € foi o salário mais elevado oferecido. O pedido era para um engenheiro mecânico com experiência de pelo menos três anos, explicou ao CM a directora do Centro de Emprego do Barreiro, Margarida Teixeira. Uma excepção no perfil, e no salário oferecido, já que a maioria das ofertas visava pessoas com o 12º ano, disponíveis para trabalhar em horários parciais (por turnos) e sem experiência.
  • 0h30 Correio da Mahã 2010 11 17

Por:Raquel Oliveira 
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"Dezenas de desempregados do Barreiro, e deverão chegar às centenas, tiveram de recusar estas ofertas por falta de transporte", sublinhou Margarida Teixeira, alertando para o facto de os autocarros "terminarem às 23 horas e o espaço comercial encerrar à meia-noite". 
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A perspectiva da criação de três mil empregos levou o centro de Emprego do Barreiro a articular-se com os de Almada, Seixal e Setúbal, tendo seleccionado e preparado para o processo cerca de seis mil pessoas. Trata-se de uma "boa oportunidade para a Península de Setúbal e, sobretudo, para o Barreiro, que tem estado a perder mão--de-obra", sublinha.
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80 LOJAS ESPALHADADAS POR ESPAÇOS VERDES
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Aki, Jumbo e Decathlon são algumas das lojas-âncora do Barreiro Retail Planet, que abre hoje ao público. Tem mais de oito dezenas de lojas e 1750 lugares de estacionamento. O espaço – um ‘mix’ de centro comercial e retail park, com zonas verdes – será um pólo de atracção para as 700 mil pessoas que residem a menos de meia hora do empreendimento. Estão previstas vendas anuais de 70 milhões de euros. O projecto, que resulta de um investimento de 60 milhões de euros, foi apresentado em 2006, estando prevista a criação de três mil postos de trabalho. 
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sexta-feira, outubro 08, 2010

O saque de Ali Bábá e os 400 Ladrões Golpistas

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Orçamento do Estado

Corte nos salários da função pública gera poupança máxima de 800 milhões

08.10.2010 - 17:40 Por Nuno Sá Lourenço, Raquel Martins


O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, concretizou hoje os valores da poupança que estima vir a atingir com as medidas de austeridade anunciadas a semana passada pelo primeiro-ministro.
 
(Foto: Enric Vives-Rubio)


Segundo o ministro, a redução de cinco por cento aplicada aos salários mais elevados deverá permitir poupar cerca de mil milhões de euros. Porém, a redução entre 3,5 e 10 por cento nos salários dos funcionários públicos e do sector empresarial do Estado conduzirá a uma quebra de mais de 200 milhões nas receitas de IRS, o que significa que a poupança líquida conseguida não irá além dos 800 milhões de euros.

No final do Conselho de Ministros que serviu para aprovar alguns dos decretos-lei que darão corpo aos cortes na despesa, Teixeira dos Santos precisou que os cortes salariais na Administração Pública permitirão ao Estado encaixar 850 milhões de euros, valor que se aproximará de um milhão de euros se for contabilizada a poupança conseguida com a redução dos vencimentos no sector empresarial do Estado. Porém, o ministro fez as contas e, assumindo uma taxa média de 20 por cento, alertou que a esse valor têm que ser retirados mais de 200 milhões de euros de impostos que os trabalhadores deixarão de descontar.

Teixeira dos Santos garantiu ainda que a suspensão do aumento de 25 por cento nos escalões mais baixos do abono de família e o corte dos 4º e 5º escalões implicarão uma redução de 250 milhões de euros nos gastos da Segurança Social.

O aumento de um por cento da contribuição para a Caixa Geral de Aposentações economizará outros 140 milhões.

Pela redução das ajudas de custo e subsídios de transporte, redefinição de trabalho extraordinário e nocturno, Teixeira dos Santos estima uma poupança entre os 50 e 60 milhões.

O ministro das Finanças anunciou ainda outras medidas aprovadas no Conselho de Ministros no mesmo espírito de contenção. Foi decidida a extinção do subsistema de Saúde do Ministério da Justiça e consequente transferência de trabalhadores e aposentados para o sistema ADSE. E reduziu-se o limite máximo de sete para cinco dos membros dos conselhos de Administração dos Hospitais (E.P.E.).
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  1. Vampire . 08.10.2010 19:09
    Via PÚBLICO

    Tudo isto para...

    Tudo isto para o estado gastar 200 milhões em aviões em segunda mãe e mais 500 milhões a actualizar os F16, comprar carros de combate (280 milhões). Submarinos (1.000 milhões) e sabe-se lá o quê mais.Só nestas coisas já foi o dinheiro que nos vão roubar...

  2. Zé do Telhado , País de Ladrões. 08.10.2010 18:54

    Carregar...nos fracos

    Onde estão os cortes nos benefícios fiscais ás empresas? Não é preciso, pois só 1/3 delas paga IRC. Quanto é que pagam de IRS, os donos destas empresas? Nada, pois declaram o ordenado mínimo... Porque é que o Sr. ministro não aplica os métodos indiciários para (pelo menos algumas...) as empresas pagarem (por pouco que fosse...) IRS? Não aplica, pois o PS, o PSD, o PP e o Cavaco só estão interessados em sacrificar os trabalhadores!

  3. JSMarques , Lisboa. 08.10.2010 18:49

    O planeta Portugal

    Upside down. Se lerem a Lei 3-B/2010 (OE 2010) verão que estava previsto que dos 153 mil milhões de euros que são as despesas do Estado, 62%, ou seja, 95 mil milhões, fossem destinados ao serviço da Dívida. Como ela não pára de aumentar, e as despesas do Estado de engrossar, o Défice (que é o dinheiro que falta para o que é preciso pagar até ao fim do ano) disparou!!! Todos os dias, ou quase, são mais mil milhões de dívida pela mão do Sócrates e do Teixeira dos Santos, e a acumulação de todas estas dívidas, com a ausência de cortes nas despesas, fazem com que ninguém ao certo saiba quanto dinheiro resta nem quanto estamos endividados... O TGV e o Areoporto vão para a frente. Mas, SOSSEGUEM!!! O Governo está atento!!! O corte nos salários da Função Pública vai permitir poupar 800 milhões. É fantástico. Até deu para comprar um Mercedes novo que só custou 135 mil euros. Uma ninharia...

  4. rui , porto. 08.10.2010 18:39

    Lei 2105

    Lei 2105 - 1960-Ninguém que ocupe lugares de responsabilidade pública pode ganhar mais do que um Ministro.Assinada por Tomaz e Salazar.Hoje, ao lermos esta legislação, dá a impressão que se mudou, não de país, mas de planeta,porque isto era no tempo do fascismo.Agora, é tudo muito melhor, sobretudo para os reis da fartazana que são os gestores do Estado dos nossos dias.Mudam-se os tempos, mudam~se as vontades, e onde o sector do Estado pesava 17% do PIB no auge da guerra colonial, com todas as suas brutais despesas, pesa agora mais de 50%.E, como todos sabemos, é preciso gente muito competente e soberanamente bem paga para gerir os nossos dinheiritos.Tão bem paga é essa gente que o homem que preside aos destinos da TAP,é o campeão dos salários de empresas públicas em Portugal(se fosse no Brasil, o problema não era nosso)ganha a monstruosidade de 420.000€/mês, um pouco mais que Henrique Granadeiro, o presidente da PT,o qual aufere 365.000€/mês. Acabemos de vez com este desbragamento, este verdadeiro insulto à dignidade de quem trabalha para conseguir atingir a meta de pagar as contas no fim do mês.Basta ressuscitar a velhinha Lei 2105, assinada há 50 anos.

  5. Anónimo , Porto. 08.10.2010 18:29

    EMA - etc para onde vai o dinheiro dos cortes sala

    Multipliquem o caso EMA (empresa publica dependente do Ministério da Administração Interna que tem como função gerir os helicópteros com vista essencialmente ao combate aos incêndios, ou seja no máximo 3/meses ano), e vejam os milhoes desperdiçados. Consultem o site (...), e vejam para onde vai os cortes dos salários e aumento de impostos. São 3 administradores para 41 trabalhadores, dos quais 2 são consultores jurídicos. Os administradores ganham 6.900, 6.600, 6.600/mês automóvel deslocações seguros de saúde .etc,etc - o habitual

  6. Paulo Fernandes , Braga. 08.10.2010 18:29

    O povo os julgará

    Se acabasse com os Instituos públicos e empresas municipais poupava mais e não sacrificava tantos. Teria de "ofender" os boys e isso é que ele, nem o governo de que faz parte querem. Mas terão o julgamento eleitoral que merecem.

  7. Mario , Lisboa. 08.10.2010 18:21

    Jantar de 150.000 Euros!!

    Vejam a noticia do DN: Anacom faz jantar de 150.000euros!!!!!! É a vergonha total. Há que aumentar impostos para pagar estas coisas? E ninguém se demite?

    • Zè Povinho , Coimbra. 08.10.2010

      RE: Jantar de 150.000 Euros!!

      Tendo o sr Amado da Silva um vencimento de 224.000 euros pode oferecer um destes jantares, já que deverá ser "honestíssimo" e altamente "competente" ! ...

  8. violas , beira alta. 08.10.2010 18:20

    Onde pára o dinheiro do BPN?

    Estes imensos sacrifícios que são pedidos a todo um povo, não da para pagar um pequena parte do que foi roubado ao país pelo BPN. Os responsáveis políticos pela nacionalização, deveriam prestar contas na justiça. pobre povo.
  9. Los Antisilvas e Engenhocos , Covilhã. 08.10.2010 18:08

    Não é um imposto?

    Esperamos que o Dr. Coelho junte este corte aos "impostos encapotados" de que fala! Ainda por cima é só para alguns!
    .
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    Ajudas de custo com cortes entre 15 e 20 por cento

    Salários dos funcionários públicos com reduções entre 50 e 725 euros

    08.10.2010 - 08:20 Por Raquel Martins

    Quem ganha 1500 euros, vai perder 50; e o funcionário do Estado mais bem pago, o Presidente da República, vai receber menos 725 euros
    <p>Funcionários já podem calcular os valores que arriscam perder</p>
    Funcionários já podem calcular os valores que arriscam perder
     (DR)

    Era a questão que mais preocupava os funcionários públicos na última semana e que ontem o Governo veio esclarecer. Os 350 mil funcionários do Estado e das autarquias e os 100 mil trabalhadores das empresas públicas já sabem quanto é que vão perder com os cortes salariais - entre 3,5 e 10 por cento - anunciados na semana passada.

    De acordo com a tabela ontem enviada aos sindicatos pelo Ministério das Finanças, e olhando apenas para o universo dos funcionários públicos, a redução começa nos 50 euros, para quem ganha 1550 euros brutos, e pode ir até ao máximo de 725 euros - o corte que será aplicado ao vencimento do Presidente da República, que serve de bitola para os restantes salários na função pública.

    Nas empresas públicas, porém, o corte poderá ser mais significativo, já que não há limites máximos para as remunerações dos gestores e dirigentes e, a partir dos 4200 euros, será aplicada uma taxa de redução de 10 por cento sobre o salário ilíquido sujeito a descontos para a Segurança Social.

    De fora da redução ficam o subsídio de refeição, que se manterá nos 4,27 euros, e o reembolso de despesas.

    Já as ajudas de custo terão um corte entre 15 e 20 por cento, consoante o valor do salário, e os subsídios de transporte levarão uma tesourada de 15 por cento. Todos os subsídios, suplementos remuneratórios, gratificações, senhas de presença, despesas de representação e trabalho suplementar, desde que não estejam incluídos no salário sujeito a desconto para a Segurança Social ou para a Caixa Geral de Aposentações, têm uma redução automática de 10 por cento.

    A única preocupação do Governo é que ninguém fique a ganhar menos de 1500 euros nem menos do que o trabalhador que estava na posição anterior. Por isso, nos salários a partir dos dois mil euros o corte é efectuado em duas parcelas. Por exemplo, um trabalhador que ganhe 3500 euros, tem uma redução de 3,5 por cento sobre o valor de dois mil euros e de 16 por cento sobre o valor da remuneração que exceda esses dois mil euros. Na prática, este funcionários terá uma redução salarial de 310 euros, ou seja, de 8,86 por cento.

    A redução dos salários não deixa ninguém de fora, desde que ganhe mais de 1500 euros por mês. Presidente da República, primeiro-ministro, membros do Governo, deputados, autarcas, magistrados judiciais e do Ministério Público, trabalhadores dos gabinetes dos ministros e dos grupos parlamentares, dirigentes de empresas públicas, trabalhadores das fundações e funcionários públicos e de empresa de capital maioritariamente público, todos serão chamados a contribuir para reduzir o défice público no próximo ano.

    Entretanto, começa a ganhar corpo a ideia de se reduzirem as reformas mais elevadas, evitando assim congelar todas as pensões e centrar os cortes apenas nos salários. A proposta é defendida tanto pelo PSD como pelo CDS, dois dos eventuais aliados do Governo para a aprovação do Orçamento do Estado para o próximo ano.

    Citado pelo Jornal de Negócios, Miguel Macedo, líder parlamentar do PSD, defendeu que os pensionistas "não podem ser tratados todos por igual", por uma questão de justiça. No CDS, Paulo Portas afirmou recentemente que entre cortar pensões e congelar as pensões mais altas defenderia a segunda hipótese. Aparentemente, está tudo nas mãos do Governo, já que, de acordo com os constitucionalistas ouvidos por aquele jornal, nada impediria a redução das pensões.

    De acordo com os dados fornecidos ao PÚBLICO pelo Ministério do Trabalho, no regime geral existem 818 pensionistas com reformas acima dos 5030 euros. Já na função pública, a Caixa Geral de Aposentações dá conta de 4.533 aposentados a receber acima dos 4000 euros.
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    Comentários 1 a 10 de 110


    1. zepagode . 08.10.2010 15:10
      Via PÚBLICO

      Não vai dar em nada

      Os que mamam com muita força na teta do Estado não são os funcionários públicos. Vejam quantos assessores e consultores pagos a peso de ouro andam por lá. Muitos ganham muito mais que o Cavaco. Vejam quantos tachos muito bem remunerados existem nas numerosas fundações, concessões, parcerias, etc. Vocês achavam que os políticos PS/PSD iam reduzir os salários aos amigos, familiares e camaradas? Esperem sentados. Isto, como sempre é mais uma medida para deitar terra para os olhos e lixar quem trabalha.

      • Maria , Ilha do Pico. 08.10.2010

        RE: Não vai dar em nada

        Não vai dar em nada? Vai, vai: estrangular a classe média, miserar os já pobres, manter as fortunas intocáveis, arruinar o comércio e a magra indústria e fazer regressar o País à situação indigente de 1910, cuja data agora se assinalou e quando Portugal pouco mais era do que um protectorado da Inglaterra. Os abutres espreitaram a fragilidade da nossa situação- e dos restantes "pigs" -e aproveitam para nos sugar o sangue até à ultima gota com a complacência conivente da tal "Europa que está connosco" e dos seus mandaretes nacionais. E os povos, ainda narcotizados com a sociedade de consumo, quando um dia acordarem...eu não desejaria estar-lhes no caminho...

    2. Anónimo . 08.10.2010 13:41
      Via PÚBLICO

      Então e as reformas milionárias!?

      Haja justiça, pesa muito mais o aumento do IVA no orçamento de uma familia pobre que os 10% num salário de 4000Eur. DEveriam era estabelecer um tecto máximo.E quanto às refromas milionárias o argumento de que decontaram é um falso argumento! Então não foi também o estado que pagou os descontes! Pois é, mamaram nos salários, mamaram nos descontes para terem reformas milionárias e depois mamam nas reformas, que pouca vergonha! Uns tem que viver com reformas de 300Eur e sabe-se lá o que esta gente sofreu a trabalhar, outros com reformas de 4000Eur e muito mais. Uns 1500Eur chegavam prefeitamente (e já é um exagero) e vejam quantas reformas de 300Eur ainda sobram! MAs o que mais me choca são tipos na flor da idade com reformas de 30.000Eur e mais, os tipos do BCP, Pintos e companhia limitada e outros da banaca e da CGD e etc.

      • zepagode . 08.10.2010
        Via PÚBLICO

        RE: Então e as reformas milionárias!?

        Não te metas com os tectos nas reformas! Quando o sistema público deixar de ser igual para todos, os tipos têm a porta aberta para acabar com as reformas! Depois fica assim: Os ricos fazem um PPR, os pobres morrem de fome

      • Anónimo , Viseu. 08.10.2010

        RE: Então e as reformas milionárias!?

        "Uns tem que viver com reformas de 300Eur e sabe-se lá o que esta gente sofreu a trabalhar, outros com reformas de 4000Eur e muito mais." Secalhar porque alguns estudaram e lutaram para chegar lá, outros aos 16 anos decidiram que não queriam mais nada da escola e foram trabalhar. São escolhas...E não me venham dizer que (e falo actualmente, nao de pessoas mais velhas que não tiveram oportunidade de estudar) que estudar é para os ricos, porque hoje em dia há ajudas em tudo para se estudar na faculdade.


      • Miguel Lopes , Póvoa de Varzim. 08.10.2010

        RE: Então e as reformas milionárias!?

        Vê lá se deixas de ver jogos de futebol então, estás a apoiar gajos que ganham milhões.A inveja é coisa feia...

    3. poislocal . 08.10.2010 13:16
      Via PÚBLICO

      Atentos e venerados

      Eles estão atentos e bem tentam.Tentam colocar trabalhadores contra trabalhadores.Tentam que continuemos a ser carne para canhão.Que continuemos a ver os ordenados diminuirem,a miséria a crescer,o desemprego a aumentar

    4. Nuno Costa . 08.10.2010 12:12
      Via Facebook

      A crrise é boa para se saber os podres deste país

      é tão bom saber que aumenta o iva, aumenta as deduções de irs para pagarmos tudo isto.. podiam ter dito que eu não me importava de pagar mais. O que mais me impressiona é que ninguém sai á rua para protestar... isto na França o que já tinha dado... Portugal um país perfeito para gatunos.

      • Ricardo , Lisboa. 08.10.2010

        RE: A crrise é boa para se saber os podres deste p

        Sempre podes ir para França levantar barricadas Nuno...

    5. Anónimo . 08.10.2010 11:03
      Via PÚBLICO

      Filtragem

      Andamos todos a trabalhar para as élites das Grandes Empresas e do Sector Financeiro. Quanto às reformas não tem sentido estar a receber menos descontar mais para manter as reformas de pessoas que ainda há pouco ganhavam o mesmo. Qual é a solidariedade que está pressuposto no sistema? Dêem-me a possibilidade de descontar de outro porque isto é irracional. Será que entrámos na velha táctica de levar a malta a levantar o problema por reacção para depois dizerem que não foram eles que quiseram foi o povo que exigiu. E vejam bem esses papa reformas moralistas que têm várias reformas, como os tipos do Banco de Portugal. Segundo li o Fundo deles é 80% constituido por titulos da divida. Será verdade? E agora com a ransferência dio Fundo de pensões dos bancários, será que vamos todos pagar as reformas milionários de alguns deles, nomeadamente os 30.000 euros por mês do Paulo Teixeira Pinto? Como não informam alguém pergunta. É que dos RSI, do Desemprego, abono de familia e coisas do género anda tudo bem informado.

      • Anónimo . 08.10.2010
        Via PÚBLICO

        RE: Filtragem

        Ainda bem que falas No Paulinho Teixeirinha Pintinho, então não é que essa personagem do caso do BCP é o responsavel pela revisão cosntitucional do PP Coelho! E mais é também o presidente da Casa Real! O que é que estes tipo querem que a gente pense? Bem que o Coelho faltou as comemorações da instauração da república, só pode ser prova de vassalagem à minorquia! O PSD foi infiltrado...Vem daí Santana Lopes faz alguma coisa pela Social Democracia, Limpa-me esse PSD. Fora com os monarquicos! Eles não têm um partido, então que estão a fazer no PSD. O povo não é idiota! Santana podes contar com o meu Voto!

    6. Anónimo . 08.10.2010 10:55
      Via PÚBLICO

      FET

      Claro que os funcionários públicos, e mais precisamente os da DGCI, não estão satisfeitos - para trabalharem e exercerem as suas funções (o que deveriam fazer sem receberem nada mais), ainda recebem, mediante certas condições, o equivalente a 3/4 salários anuais extra... o chamado FET... isto para não falar da 'corrupção' encapotada que existe, sobretudo os 'responsáveis'; quanto aos outros, fazem de tudo para terem uma classificação de forma a conseguirem nelhores proveitos.

      • Socrates Vicente , Londres, Reino Unido. 08.10.2010

        RE: FET

        O FET e' baseado no desempenho dos servicos, algo que se calhar devia ser feito em mais servicos publicos e nada mais e' que um bonus de productividade, logo um incentivo 'a mesma (como acontece em muitas empresas privadas).

    7. persistente . 08.10.2010 09:56
      Via PÚBLICO

      As pensões não pagam?

      Muitos dos actuais funcionários do Estado e sector público empresarial estarão a pensar que não vale a pena trabalhar para um patrão que lhes retira 10% da remuneração se trabalharem. Isto é um incentivo à preguiça e à fuga para as reformas. Neste momento imensos desses funcionários que podem passar à reforma, preparam-se para se reformarem já e evitarem assim o tal corte de 10%. Os tais médicos, juízes, administradores, políticos, etc.. podem fugir em bandos no fim deste ano para a reforma ou em acumulação com um tacho num hospital empresa que os acolhe de braços abertos.

      • persistente . 08.10.2010
        Via PÚBLICO

        RE: As pensões não pagam?

        Pergunto a quem me saiba responder se um "artista" que tenha sido durante algum tempo professor, depois político, depois funcionário do Banco de Portugal, depois novamente político possa receber o seu vencimento actual de político e as regalias acessórias como despesas de representação, cartões de crédito, casa de borla, criados, férias no estrangeiro, carros de luxo para toda a famelga, etc.. em acumulação com 2 reformas. Resta dizer que este nosso hipotético "artista" decidiu suspender a outra reforma a teria direito (a de político) por motivos éticos presumo porque afinal ele ainda é político no activo. Depois de terminado a mandato de tal hipotético "artista" o certo é que as reformas voltem ao ataque, agora com a adição de mais uma reforma de político revitalizada com mais uma passagem pelo tacho. 3 Reformas é obra, não é?

    8. Vampire . 08.10.2010 09:20
      Via PÚBLICO

      A questão das reformas "milionárias" é parvoice.

      Se as pessoas trabalharam 40 anos e descontaram milhares de euros por mês para ter direito a essas pensões não sei porquê e com que direito alguém tem o direito de reclamar. Se querem meter um tecto nas pensões metam também um tecto nos descontos. Discordo sim é algumas pessoas que trabalharam uma dezena de anos e recebem estas pensões porque tiveram em cargos políticos ou outras do género.

      • Anónimo . 08.10.2010
        Via PÚBLICO

        RE: A questão das reformas "milionárias" é parvoic

        Essa dos descontoe é boa! Então não é também o estado que paga os descontes! POis mamam nos salários mamam nos descontes e depois mamam nas reformas, que pouca vergonha!

      • persistente . 08.10.2010
        Via PÚBLICO

        RE: A questão das reformas "milionárias" é parvoic

        Pergunto a quem me saiba responder se um "artista" que tenha sido durante algum tempo professor, depois político, depois funcionário do Banco de Portugal, depois novamente político possa receber o seu vencimento actual de político e as regalias acessórias como despesas de representação, cartões de crédito, casa de borla, criados, férias no estrangeiro, carros de luxo para toda a famelga, etc.. em acumulação com 2 reformas. Resta dizer que este nosso hipotético "artista" decidiu suspender a outra reforma a teria direito (a de político) por motivos éticos presumo porque afinal ele ainda é político no activo. Depois de terminado a mandato de tal hipotético "artista" o certo é que as reformas voltem ao ataque, agora com a adição de mais uma reforma de político revitalizada com mais uma passagem pelo tacho. 3 Reformas é obra, não é?

      • Anónimo , Algarve. 08.10.2010

        RE: A questão das reformas "milionárias" é parvoic

        Este é dos que MAMAM..!

      • Anónimo , Portugal. 08.10.2010

        RE: A questão das reformas "milionárias" é parvoic

        O problema é que, em média, um reformado recebe durante os anos em que está reformado muito mais do que descontou durante a vida activa. Isto torna a Segurança Social insustentável num mundo envelhecido em que as pessoas nem 40 anos trabalham e depois vivem muitos anos pós reforma. Também por isto, mas não só, é imoral alguém que está reformado receber mais do que outro que está no activo (em profissões diferentes, em regra). Por isso, as pensões deviam ter como tecto o ordenado mínimo. Quem quiser ter uma pensão melhor, que poupe enquanto trabalha. Já agora, não insulte que o insulto diz mais de quem você é do que tudo o que possa escrever.

      • João , Coimbra. 08.10.2010

        RE: A questão das reformas "milionárias" é parvoic

        E outras trabalharam arduamente 40 anos, com salários de miséria e recebem pensões de miséria. É justo haver pessoas a receber 4000 euros de reforma, enquanto outros que trabalharam o mesmo período, muitas vezes em trabalhos bem mais duros, recebem 400 (ou menos) euros?

        • Joaquim , VReal. 08.10.2010

          RE: RE: A questão das reformas "milionárias" é par

          Acho justo, desde que durante o percurso contributivo tenham descontado de forma proporcional. Injusto seria uma pessoa descontar 10 vezes mais do que outra e acabar com uma reforma igual ou apenas duas vezes mais alta.

        • João Sousa , Lx, Portugal. 08.10.2010

          RE: RE: A questão das reformas "milionárias" é par

          Caro anónimo, não tire conclusões precipitadas pois penso que a ideia do João está incompleta. Num sistema de capitalização o anónimo tem razão, pois os mais competentes, com mais recursos intelectuais entre outros, auferem salários maiores e, por essa via, descontariam mais, cujo peculio pagaria a sua pensão no futuro. Mas neste actual sistema solidário creio que o João tem razão. O sistema actual é injusto e penalizador, muito centrado em factores económicos e demográficos bem ao estilo socialista de remunerar os que pouco ou nada produzem à custa dos que trabalham muito, conduzindo a uma sociedade com comportamentos de um laxismo irresponsável. Mas tal comportamento resulta, em grande medida, do facto de nunca termos tido necessidade de lutar pela nossa liberdade, que nos tem sido oferecida a preços elevadíssimos.

        • Anónimo , ... 08.10.2010

          RE: RE: A questão das reformas "milionárias" é par

          Que raio de argumento bacoco. Claro que é JUSTO uns ganharem mais que outros. Vocês são uns tristes que não passam da cêpa-torta, miseráveis! Já reparaste que nem os "camaradas" soviéticos nunca tiveram todos o mesmo salário? Já ouviste falar em competências, ou em produtividade? Deves ser daqueles que queria ganhar o mesmo a coçar os vegetais que o colega do lado que dá no duro! Oh triste, faz um favor à Humanidade, mete-te debaixo de um comboio.

        • x , x. 08.10.2010

          RE: RE: A questão das reformas "milionárias" é par

          por aqui se vê que o socialismo só traz miséria.

    9. Anónimo , Porto. 08.10.2010 18:36

      EMA - etc para onde vai o dinheiro dos cortes sala

      Multipliquem o caso EMA (empresa publica dependente do Ministério da Administração Interna que tem como função gerir os helicópteros com vista essencialmente ao combate aos incêndios, ou seja no máximo 3/meses ano), e vejam os milhoes desperdiçados. Consultem o site (...), e vejam para onde vai os cortes dos salários e aumento de impostos. São 3 administradores para 41 trabalhadores, dos quais 2 são consultores jurídicos. Os administradores ganham 6.900, 6.600, 6.600/mês automóvel deslocações seguros de saúde .etc,etc - o habitual
    10. Anónimo , Alverca. 08.10.2010 16:47

      Contribuintes

      Por estranha ironia, parece que alguns do comentadores esquecem que os funcionários públicos são também eles próprios contribuintes? Por outro lado, a grande maioria dos funcionários públicos não utliza formas ardilosas de fugir ao fisco como acontece com os pagamentos feitos por baixo da mesa realizados em algumas empresas do chamado sector privado. Acresce ainda a este fenomeno anti-funcionário público, o facto de não merecer comentário de maior, o facto de 2/3 das empresas portuguesas não terem pago IRC (dados de 2008). Estranho sector privado poirtugês em que a grande maioria das empresas não consegue gerar lucros para os respectivos sócios/proprietários. Não estaremos nós perante uma gigantesca fuga ao fisco? 
      .

      Comentários 41 a 50 de 111


      1. Koning Santos , Nederland. 08.10.2010 12:45

        Republica das Bananas

        Os Portugueses trabalham?!?So se trabalham como este aqui; Anónimo, Queluz, Portugal. 08.10.2010 11:58 Ja fazem pouco e ainda querem fazer menos! Querem ver gente a trabalhar mesmo?Venham aqui ha Holanda ou a Alemanha, desde que fique acima da latitude de Paris! A unica coisa que os portugueses tem na cabeca he futebol, jantaradas, beber copos, almocos etc, enfim. Trabalho he pro preto como diziam antigamente, so que agora os pretos da europa sao os Portugueses. Ai, ai sou vou mas he de ferias!

      2. Ricardo , Lisboa. 08.10.2010 12:34

        O povo que pague ... Viva a transparência

        O sistema continua igual, infelizmente. Faz-se uma cosmética reduzindo um pouco mais os ordenados maiores para calar o povo. Miséria de país... O povo que pague, políticos sem ética!Não consigo perceber porque não ACABA DE VEZ com as ajudas de custo, os subsídios de transporte, os subsídios suplementares, as gratificações, as senhas, os subsídios de representação, os cartões de crédito, as viaturas, o alojamento, os telemóveis, etc.. etc.. etc..Isso não interessa alterar, pois! É que o país é tão rico que não vale a pena taxar esses RENDIMENTOS REAIS! Ou será mesmo para compensar os 10% que os srs. políticos e os seus gestores se propõem cortar nos seus ordenados? Viva a transparência... Viva este povo que se deixa desgovernar sem reclamar. NÂO QUEREM MESMO ALTERAR O SISTEMA - Não podem porque são eles os que mais lucram com esta republica africana.....

      3. anonymus , anónimo. 08.10.2010 12:27

        Afinal

        O poder corrupto e os grandes interesses económico-financeiros a comandarem-nos.Até quando vamos tolerar isto?

      4. Anonymus , anónimo. 08.10.2010 12:27

        Marx afinal tinha razão

        O poder corrupto e os grandes interesses económico-financeiros a comandarem-nos.Até quando vamos tolerar isto?

      5. Anonymus , Anónimo. 08.10.2010 12:25

        Marx afinal tinha razão

        O sistema podre e corrupto continua a fazer a cada dia que passa mais vítimas.Os que trabalham são imolados no altar do lucro e da agiotagem.É preciso de facto arregaçar as mangas e lutar pela nossa independência e sobrevivência.Há que dizer não aos grandes interesses económicos e financeiros e à Alemanha e restante cambada.

      6. Anónimo , Rio de Mouro. 08.10.2010 12:24

        O Xerife de Nothingam anda à solta!

        Têm de ser os portugueses, pobres e classe media de preferência, a pagar a ganância dos banqueiros, tudo com o patrocínio do PS, PSD e CDS, que continuam a achar que a miseria de salários que pagam às pessoas dá para sustentar um sistema podre e corrupto como a Banca! O povo português tem sido martirizado com aumentos sucessivos de impostos, que nunca resolvem nada, o que poderia ter resolvido isto era os lucros da Galp, da EDP, Aguas de Portugal, etc, stc... tudo empresas vendidas pelo Sr. Cavaco para «beneficio» de todos os portugueses, segundo palavras do mesmo, que agora fariam jeito para ajudar no deficit. Os partidos do Centrão têm as mesmas soluções, há 30 anos, para problemas diferentes, que é vender tudo o que é publico, para depois morrer nas mãos dos privados, e assim assegurarem uns «tachos» para quando saírem da politica. Porque é que têm de ser os Contribuintes portugueses a pagar os erros dos politicos e banqueiros? No meu caso, ainda por cima, pessoas que não contribui para que fossem eleitas.

      7. Anónimo , Lisboa. 08.10.2010 12:22

        Onde está a lista de Carlos Cruz? Já se esqueceram

        Carlos Cruz disse que divulgaria uma lista com mais nomes até ao final de Setembro. Onde está ela?Parece que já se esqueceram do que o pedófilo disse. Eu sei que é normal falar-se no assunto durante 2 ou 3 dias e depois acabou. Estava esperançado que viesse ao de cima no início de Outubro, mas afinal não. Serei o único que está interessado em saber quem faz parte dessa lista? Os jornalistas já esqueceram?Bem sei que este comentário não está relacionado com a notícia, mas, acreditem ou não, é difícil encontrar notícias actualizadas sobre o processo Casa Pia

        • Anónimo , Rio de Mouro. 08.10.2010

          RE: Onde está a lista de Carlos Cruz? Já se esquec

          Porque os que constavam da lista, já lhe prometeram que o safavam! Esta acção vai prescrever ou vão alterar a lei para o safar. O PS não dorme, havia um dirigente do PS que dizia « quem se mete connosco, apanha», isto diz tudo.... os pedófilos podem dormir em paz!

          • Anónimo , Lisboa. 08.10.2010

            RE: RE: Onde está a lista de Carlos Cruz? Já se es

            Mas não haverá nada a fazer? Deixam prescrever ou mudam a lei?! E é assim? E a acusação nada faz para o impedir? Santa ingenuidade a minha.

      8. Juliana , Porto, Portugal. 08.10.2010 12:13

        Acção Directa já.

        Menos euros no ordenado? = Menos horas a trabalhar. Que cada um saiba cobrar o tempo a que tem direito.

      9. J Sousa , Lisboa. 08.10.2010 12:11

        Vai aumentar a corrupção

        Os politicos na sua ignorancia, inata ou aprendida, pretendem destruir a Administração Pública. Ou não conseguem perceber que tudo isto é um incentivo à corrupção. Muitos dos funcionários honestos (que os há!), se a ocasião/ função o permitir, pensarão agora duas vezes antes de recusar aquele subornozito para ajudar na obtenção de algo que, de outra forma, levaria meses. Sempre vaõ dizendo " pelos menos não fico a perder no final do mês...".
      10. Anónimo , porto. 08.10.2010 12:04

        A "nossa terra" é uma terra que foi violada

        A "nossa terra" é uma terra que foi violada pela pior esécie de ladrões e de traidores que a populaça aplaudiu e apoiou. Agora, paga e não bufes, ZÉ!
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        Comentários 91 a 100 de 111


        1. Zé , Braga. 08.10.2010 10:03

          Mas em que estado realmente isto está?

          Sentem-se-lhe os efeitos, são sempre os mesmos a pagar,os argumentos de cada um são sempre a procurar minimizar os efeitos sobre si, as medidas são sempre para os outros.Haja decoro e coragem.Ponham-se tectos e responsabilizem-se, porque há muitos responsáveis.Só não vê quem não quer.O oportunismo, o Clientelismo, a manipulação, a corrupção instalada e branqueada, são o problema real que leva a falar-se muito(mediatização) e agir pouco.Num estado de coisas deste jaez,(Opaco),como agir?Será que os actores vão ter um acesso de consciência e agir contra si próprios e dar o exemplo?Não acredito.A solução se vier virá de fora.Os actores são os mesmos, só um milagre de transformismo os levaria a agir.Continuarão a olhar par baixo e a procurar aí soluções.Será a mediatização, mas de concreto, Zero.Só com medidas Radicais é que se lá vai e não é com este vespeiro de parasitas que serão tomadas, pondo os reais interesses de país á frente:EXEMPLO E MEDIDAS EXEMPLARES,VENHAM DE ONDE VIREM.JÁ

        2. Anónimo , azores. 08.10.2010 09:58

          salários dos funcionários publicos

          E onde param as estatisticas que nos mostram que a grande maioria do funcionalismo tem ''salários de miseria '' para sabermos realmente qtos por cento é que vão ser gravemente prejudicados ?

        3. Matilde , Lisboa. 08.10.2010 09:56

          Salário mínimo de 500 euros e máximo de 3.000 euro

          Assim é que devia ser... mas falta coragem política...Não concordam ?Acabar com o subsídio de férias e subsídio de natal para quem recebe 2.000 eur ou mais por mês.

        4. Anónimo , braga. 08.10.2010 09:55

          e os que estao no fundo desemprego?

          simmm!!há muito boa gente que estao no fundo de desemprego e a trabalhar em outras empresas sem descontos,sem seguros,sem segurança social,etc...eu propria fiz uma queixa a entidade competente para vir ver a situaçao e ninguem veu ver o que se passava nao deixaram de verificar quem merece esse subsidio e que é honesto ou nao.tambem nao é assim que o nosso pais vai sair da crise

        5. arsénio rodrigues , metz. 08.10.2010 09:54

          Antonio Paiva

          Se Salazar Voltasse hoje morria de crise Cardiaca ,ao ver em que estado o Pais se encontra;ele que foi o Maior Estadista que Portugal ja conheceu.

        6. mariana , porto. 08.10.2010 09:53

          acerto

          Esse senhor que tem duvidas não deve ter nem a primaria pois o senhor com a 4ªclasse tem as contas certissimas acho que deve estudar um pouco mais não acham? hé hé sou estudante em economia e boa aluna medias de 17 hé hé...

        7. António Paiva , Braga - Portugal. 08.10.2010 09:50

          RABALDARIA

          Será que, da forma em que está este País, Salazar conseguiria arrumar a casa??

        8. Ana Soares , Ericeira, portugal dos pequeninos e pobres. 08.10.2010 09:44

          Gostava que me reduzissem o salário...

          Sou funcionária pública e estou muito aborrecida! Porquê? Porque o meu salário não vai ser reduzido! Eu queria tanto que me reduzissem aí uns 300 ou 400 euros !!!!! Adorava! Era muito porreiro pá! Felizes são os vêm o seu salário reduzido, ganham mais de 1500,00 Euros! È porreiro pá! Nós os que gannhamos um salário que não vai sofrer alteraçãos estamos aborrecidos! Claro que estamos aborrecidos!LOL

          • Anónimo , PT. 08.10.2010

            RE: Gostava que me reduzissem o salário...

            Olha, são 9h50m. Se estivesses era a TRABALHAR em vez de andar na navegar net podia ser que ganhasses mais.

        9. arsénio rodrigues , metz. 08.10.2010 09:41

          Em 2006

          O Presidente da Républica ja ganhava Sete mil e cinquenta euros.7049,e uns pozinhos de euros em 2006.Peça-se à Administraçao Fiscal,quanto paga Cavaco Silva de Imposto Anualmente,assim como todos os Deputados e Ministros.De certeza absoluta que ninguém conseguira saber a resposta.

          • Anónimo , Maluquinhos à solta. 08.10.2010

            RE: Em 2006

            Cá está o maluquinho anti-Cavaco de volta. Então Cavaco ganhava 20 mil euros e agora só ganha 7 mil? No que ficamos? Será Alzheimer, amigo Arsénio?

        10. António João Neves Martins Alvito , Seixal. 08.10.2010 09:37

          Descriminação!

          No meio de toda a polémica dos congelamentos feitos em anos anteriores e das baixas de salário anunciadas, agora, só tenho a lamentar uma coisa e que é o facto desta situação se traduzir numa descriminação altamente fascista sobre os trabalhadores do Estado em relação aos trabalhadores do privado. Até parece que os funcionários públicos é que são os culpados de toda a má gestão que os políticos (eleitos por todos) têm imprimido ao País e mais grave do que isso, até dá a ideia de que o País pertence aos funcionários públicos e os outros cidadãos são, apenas, marcianos que estão cá em férias e o problema não lhes diz respeito.
          • carla , lisboa. 08.10.2010

            RE: Descriminação!

            Eu meu amigo, como funcionária do estado, não me aborrece que eu pague e os funcionários do privado não pague.Eu estou revoltada é por pagar a má gestão do governo, que continua a apesar do aperto do cinto que pedem aos portugueses..a dar lucros incalculaveis a empresas privadas com a com as supostas prestações de serviços..Além de face ás despesas da assembleia da republica, aindanão ouvimos que cortes vão fazer..
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            Emerdalhado , Esfincter. 08.10.2010 08:34

            É um roubo .....

            É um roubo ..... isto é só o principio se este roubo passar ...... a seguir vai o resto.Vão buscar dinheiro aos responsáveis por esta vigarice desta crise ...... ou seja ao sector financeiro.

            Medidas de austeridade

            Cortes salariais na função pública vão dos 50 até mais de 420 euros mensais

            07.10.2010 - 20:58 Por PÚBLICO


            Os cortes aplicados aos salários dos funcionários públicos e dos trabalhadores das empresas públicas atingem valores que ultrapassam os 420 euros mensais para os vencimentos mais elevados.


            De acordo com as explicações enviadas hoje à noite pelo Governo aos sindicatos, os cortes salariais, que começam para os vencimentos brutos superiores a 1500 euros, são de 3,5 por cento para quem ganha entre os 1500 e os 1550 euros por mês, num valor de 50 euros.

            Os cortes são depois feitos a taxas progressivamente mais elevadas para os diversos níveis de rendimento, com os funcionários que recebem mais de 4200 euros a verem o seu salário mensal a ser penalizado em 10 por cento.
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