A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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sábado, fevereiro 18, 2012

PCP - Em defesa do serviço público de transportes


Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, Feijó, Almada, Sessão Pública



Ficou muito claro nesta sessão pública que aqui realizámos em defesa do sector público de transportes, quais são os verdadeiros objectivos do governo e as consequências do seu anunciado “Plano Estratégico de Transportes” para as populações, os trabalhadores do sector e para a economia nacional.
Criar as condições para prosseguir com a privatização do sector dos transportes à custa das populações com o aumento do brutal do preço dos transportes e de novas limitações à sua mobilidade, mas também à custa dos trabalhadores do conjunto das empresas, com medidas que visam a redução do preço da força de trabalho, ou seja, à custa do aumento da exploração. E igualmente à custa do país ao submeter este sector estratégico essencial para o funcionamento da economia e do desenvolvimento nacional aos estritos interesses e lógica dos grupos capitalistas que pretendem dominar o sector e retirar altas mais valias, incluindo avultadas indemnizações compensatórias do Estado.
De facto, no curto espaço de pouco mais de 12 meses, as populações foram confrontadas com aumentos brutais do preço dos transportes públicos.
O maior e mais brutal aumento dos preços dos transportes que há memória em tão curto espaço de tempo e que penaliza em particular as populações das áreas metropolitanas.
O que se vem passando neste último ano no sector dos transportes é um verdadeiro roubo às populações!
Em toda a área metropolitana os aumentos acumulam-se uns sobre os outros, para muitos utentes. No que respeita aos preços, quer por via do aumento directo (3 aumentos em pouco mais de um ano), quer por via indirecta (redução dos descontos para reformados e estudantes, alterações na bilhética e tarifário), o Governo implementou um brutal aumento de custos, entre 25% e 140%, em 13 meses. Com estes aumentos muitas pessoas têm sérias dificuldades em pagar o transporte para trabalhar.
Aumentos de preços que são acompanhados também por significativas reduções no serviço público prestado. Para além das alterações no âmbito da CP que estão em curso, são as reduções das frequências na ligação fluvial entre as duas margens do Tejo, uma redução da oferta na rede Metro do lado de lá de Lisboa e do lado de cá no Metro Sul do Tejo, mas também e de forma significava na Carris.
O Governo justifica todas as medidas com a necessidade de reduzir custos nas empresas públicas de transportes mesmo que à custa da mobilidade das populações e do seu empobrecimento.
Mas na verdade é o favorecimento dos grupos económicos que está por detrás destes anúncios.
Para além da preparação das empresas para a sua privatização – com o aumento de receitas, a redução de serviços, o despedimento de centenas de trabalhadores, a redução dos seus direitos e remunerações – são os actuais operadores privados que beneficiarão no imediato da aplicação destas medidas.
É ver a evolução e própria situação do sistema de transportes, como aqui também foi evidenciado, que serve o concelho de Almada e a Península de Setúbal.
Em relação ao transporte rodoviário de passageiros, a empresa que resultou da privatização da RN – a Transportes Sul do Tejo – apesar das indemnizações compensatórias que recebe do Estado para o transporte público, qual tem sido a prática? A redução da oferta, mesmo nas chamadas horas de ponta, através da diminuição de frequências, cortes de carreiras, para diversas e grandes áreas residenciais do Concelho, fora das horas de ponta e fim-de-semana.
Uma empresa que está integrada no sistema de passe social intermodal, mas pratica preços muito elevados nos bilhetes.
Em relação à ferrovia. Proibida que foi a CP de concorrer ao eixo norte-sul, a travessia ferroviária pela Ponte 25 de Abril foi concessionada à Fertagus, empresa privada que pertence ao Barraqueiro. Todo o investimento das infra-estruturas para poder operar, desde construção das linhas, estações, da catenária, da sinalização e até o material circulante, foi pago pela CP, REFER e pelo Orçamento de Estado.
Esta empresa que não realizou nenhum investimento, que pratica preços que são quase o dobro dos da CP para percursos semelhantes, que não aceita o passe social, tem recebido milhões de euros em indemnizações compensatórias.
Em relação ao Metro Sul do Tejo, empresa privada, cujo capital é repartido entre Barraqueiro, Mota-Engil, Siemens e outros, também o Estado pagou o investimento e assume o pagamento entre o número estimado de passageiros no contrato de concessão, 85.000/dia e os efectivamente transportados – neste momento 30 a 35mil/dia. Isto é, o Estado assume todo o défice de Exploração.
Esta empresa que está fora do sistema do passe social, depois de muitas lutas desenvolvidas pelos utentes, aceita-o com um pagamento extra de 9 euros. Esta é uma direcção da luta importante. O PCP defende o alargamento do passe social a todos os meios de transporte da Península de Setúbal e lutamos para que essa orientação se concretize.
A coberto do chamado Plano Estratégico, a MTS propõe já o encerramento da linha 2, Pragal – Corroios e a retirada de carreiras dos Transportes Sul do Tejo que operam junto do canal do metro.
A concretizar-se esta ideia, sem que aceitassem o passe sem custos adicionais, os utentes seriam fortemente penalizados.
Em relação à empresa pública Transtejo, o governo pretende a sua fusão com a Soflusa a pensar na privatização, vem cortando carreiras, mais as que se anunciam para breve em função dos objectivos anunciados no Plano Estratégico de Transportes, nas ligações entre Cacilhas/ Cais do Sodré e Trafaria/Porto Brandão/Belém.
Sobra ainda, em cima de toda esta situação, a falta de articulação entre os vários operadores que provoca aumentos dos tempos nas deslocações. Uma situação que poderia ser superada com outra política que tivesse as populações e os seus interesses no centro das opções da política de transportes.
Toda esta evolução mostra que privatização não foi, nem é a solução! Nem esse tão propalado Plano Estratégico de Transportes foi concebido para servir as populações, os trabalhadores, as empresas públicas, o emprego e a economia do país e das regiões.
Nesse tão enaltecido Plano Estratégico de Transportes do governo, não há uma palavra sobre o défice energético, o principal défice do país.
Nenhuma reflexão é feita sobre a relação dos transportes com o aparelho produtivo nacional.
Não se avalia a relação entre o acesso ao transporte público e a opção pelo transporte individual, e os impactos destas opções.
As questões ambientais e de equilíbrio territorial não são sequer mencionadas. O papel das redes de transportes no ordenamento urbano é ignorado. As questões de segurança – estratégica e dos utentes – não são tidas em contas.
Não se realiza nenhum estudo sobre situação actual e perspectivas futuras no que respeita ao tráfego de mercadorias ou à circulação de passageiros. Nada se diz sobre o Mar, nomeadamente sobre a Marinha Mercante.
Apenas uma aposta clara na redução da oferta de transportes públicos e no aumento brutal dos custos suportados pelos utentes.
Fruto da luta dos trabalhadores, dos utentes, das posições assumidas pelo poder local, com destaque para as greves gerais e sectoriais dos transportes, milhares de assinaturas recolhidas em abaixo-assinados, sessões públicas, o Governo recuou em algumas das medidas de redução da oferta, mas implementou um vasto conjunto de outras e continua apostado em implementar novos cortes assim que tiver condições.
Esta política traduziu-se, não apenas, em consequências sociais brutais e brutalmente injustas, mas como o próprio Governo reconhece, está a traduzir-se numa redução da utilização dos transportes públicos, multiplicando os seus efeitos negativos: reduzindo as receitas das empresas públicas; empurrando para o transporte individual milhares de famílias; desperdiçando milhões de euros de investimentos públicos.
Esta lógica poderá permitir concretizar o objectivo do Governo: como mandou a troika, entregar às multinacionais as empresas públicas de transportes em condições de gerar lucros, custe o que custar ao país. Mas o que se impõe é o caminho oposto: uma política de promoção do transporte público que promova a maior utilização da oferta existente, só concretizável com uma política tarifária e de oferta radicalmente diferente.
Em primeiro lugar, com uma simplificação tarifária realizada em simultâneo com uma redução significativa dos preços, que reduza o peso dos transportes públicos no orçamento das famílias, e simultaneamente promova a sua maior utilização dos transportes públicos.
E em segundo lugar, com uma oferta que, pelos horários e percursos, promova a utilização dos transportes públicos em detrimento do transporte individual.
A troika do FMI e União Europeia, o governo e os grandes interesses querem impor em Portugal que as empresas de transportes sejam financiadas a 100% pelos utentes.
Curiosamente, essa é uma política que não se pratica em qualquer outro país Europeu!
Por cada utente que opta por abandonar o transporte individual e utilizar os transportes públicos, ganha o país na redução da importação de combustível, ganha o país no ambiente e ordenamento urbano, ganha o país no equilíbrio das contas das empresas públicas – ganha o país, mas não ganham as multinacionais.
A dívida das empresas públicas de transportes continua a ser utilizada como principal justificação para a necessidade da sua privatização e para este sufoco que se impõe às populações.
Vêm com o argumento que os aumentos são para diminuir a dívida das empresas públicas e para financiar os défices de exploração.
Mas a verdade é que não são os défices de exploração os responsáveis pelo aumento da dívida das empresas públicas de transportes.
Os défices são o resultado dos desvios das verbas das empresas públicas a favor dos privados e das políticas seguidas pelos sucessivos governos dos últimos anos em relação aos investimentos em infra-estruturas.
O próprio governo já teve que reconhecer que essa dívida foi criada em primeiro lugar, pelos investimentos públicos que os anteriores governos desorçamentaram e que estrangularam as empresas públicas de transporte pela gigantesca dívida que o Estado para elas transferiu.
Essa dívida deve-se essencialmente à sucessiva transferência da responsabilidade para as empresas do investimento em infra-estruturas de longa duração, investimentos que o governo e a Assembleia da República decidiam, mas sem a necessária cabimentação orçamental.
Foi assim, por exemplo, com que a construção do Metro do Porto, a expansão do Metro de Lisboa e toda a modernização da infra-estrutura ferroviária nacional nos últimos vinte anos. Investimento público, que foi garantido com o recurso ao financiamento por parte das empresas públicas.
Na verdade, a dívida das empresas públicas de transportes é dívida pública, e só existe uma razão para o Governo não proceder ao seu saneamento: não querer abdicar de um instrumento de propaganda contra o carácter público dos transportes públicos, martelando sistematicamente a opinião pública com os crescentes (e artificiais) prejuízos das empresas públicas.
Aliás, este foi mesmo o aparente paradoxo dos últimos 20 anos: quando o investimento era público, o Estado subfinanciava-o; quando o investimento era privado, o Estado sobrefinanciava-o. Veja-se o exemplo das Parcerias Público- Privadas. Dessas parcerias, ainda esta semana soubemos que originaram uma derrapagem de mais de 18% em prejuízo do Estado em 2011 para garantir que os concessionários privados, principalmente das auto-estradas, mantenham intocáveis os seus lucros. A redução do tráfego com a introdução das portagens nunca é problema para os grandes grupos económicos. O risco está todo do lado do Estado. Os contribuintes pagam as portagens e vêem desviados os seus impostos, não para assegurar um melhor serviço público de transportes, mas o lucro privado das concessionárias.
Por outro lado a situação que hoje existe nas empresas públicas, é também o resultado de terem sido esbulhadas em dezenas de milhões de euros ao longo dos últimos anos.
O caso mais evidente é a distribuição das receitas do passe inter-modal. Só em 2011, desviaram-se mais de 4 milhões de euros que deveriam ter sido entregues às empresas públicas e foram entregues aos operadores privados.
Na verdade, o que esta situação vem demonstrar, tal como o facto do maior encargo da maioria das empresas públicas ser actualmente o conjunto dos juros pagos aos banqueiros, é que as dificuldades financeiras das empresas públicas de transporte decorrem de uma política de desvio das suas receitas para os bolsos dos grupos económicos ao longo de anos.
É essa política que querem continuar e aprofundar. Querem entregar a exploração comercial aos privados e manter nas empresas públicas o passivo que hoje existe, as despesas de manutenção das infra-estruturas e as despesas de investimento.

O aumento dos preços a que assistimos é essencial nessa estratégia que o povo paga com língua de palmo!
Quando se exigia uma política que libertasse as empresas públicas do estrangulamento das dívidas à banca, renegociando contratos e garantindo a sustentabilidade financeira das empresas públicas por via da transferência de justas e atempadas indemnizações compensatórias e se reclamava uma ruptura com a política de favorecimento dos grupos económicos, o governo assume, uma vez mais, o seu posicionamento enquanto agente ao serviço dos grupos monopolistas.
De facto, a política que está em curso, prosseguida ao longo de décadas pelos sucessivos governos e brutalmente agravada no âmbito do Pacto de Agressão que PS, PSD e CDS assumiram com a União Europeia e o FMI, ameaça fazer implodir o actual sistema de transportes públicos.
É por isso que se exige uma ampla revisão do chamado Plano Estratégico de Transportes, partindo das necessidades de desenvolvimento da economia nacional, construindo-o com a ampla participação dos trabalhadores e dos demais agentes económicos, e não através das imposições das multinacionais e da sua troika.
Sim, construindo-o também com a participação dos trabalhadores.

A opção do Governo neste Plano Estratégico de Transportes, quer na construção, quer na implementação, quer nos objectivos, quer nas medidas concretas, é agir contra os trabalhadores, fruto de uma opção de classe bem vincada.
Os trabalhadores são sempre vistos como o problema e não como a solução.

Em oito meses, o Governo só valorizou a importância dos trabalhadores dos transportes para a economia nacional nos dias em que estes marcaram greves – aí passaram a imprescindíveis, como aconteceu no passado dia 2 de Fevereiro.
Os próprios processos de reestruturação das empresas foram realizados de costas voltadas para os seus trabalhadores, e em violação frontal da lei.
O objectivo estava pré-definido – despedir, reduzir salários e direitos – sem qualquer preocupação efectiva em reduzir os custos das empresas públicas e muito menos em melhorar o seu serviço.
Eles sabem que há muito por onde melhorar na gestão das empresas públicas. Basta passar os olhos pelas propostas e denúncias dos trabalhadores e suas organizações em tantos momentos: desde a sangria por via da negociata das “sucatas”; ao nepotismo instalado nas contratações externas, aos processos de inflacionamento dos custos das obras realizadas; às contratações de pessoal não operacional para dar emprego a clientelas; aos estudos encomendados e nunca usados; às assessorias jurídicas principescas, às frotas automóveis luxuosas, às opções de investimento determinadas por razões de calendário eleitoral.
São centenas e centenas de medidas concretas que poderiam ser tomadas, juntamente com uma uma estratégia de aumento da oferta e a captação de mais passageiros e de saneamento das empresas. Mas esta realidade, que o Governo bem conhece, não quer o Governo discutir nem ouvir.
Por isso, só a luta dos trabalhadores e das populações poderá travar este rumo para o desastre que está em curso nos transportes e em todos os domínios da nossa vida colectiva.
São muitas hoje as razões dos trabalhadores, das populações, do conjunto do nosso povo para se opor a uma política, a um governo e a um Pacto de agressão que estão a conduzir o país para uma situação cada vez mais insustentável.
Razões que ficaram bem expressas no protesto, nas reivindicações, nas exigências de uma nova política na voz dos 300 mil homens, mulheres e jovens que integraram e participaram na grande manifestação da CGTP de 11 de Fevereiro, no Terreiro Paço.
Uma magnífica acção de massas que ficará registada como um acontecimento marcante da luta dos trabalhadores portugueses.
Marcante pela dimensão. Marcante pela capacidade de organização e enraizamento nas massas populares. Marcante pela combatividade e determinação, travada num quadro social, político e ideológico difícil e muito exigente.
Mas particularmente marcante pelo que significa de alteração qualitativa na luta dos trabalhadores portugueses e das populações contra a política de ruína nacional concertada entre a troika do PS, PSD e CDS e a troika da ingerência estrangeira do FMI e coadjuvantes.
Uma grandiosa manifestação que demonstra as grandes potencialidades existentes para o alargamento da luta e que pronuncia a abertura de uma nova fase da resistência do povo português ao Pacto de agressão e à sua ofensiva.
O Terreiro do Paço foi, de facto, o Terreiro do Povo. De um povo que não está disposto a ser submetido e subjugado. De um povo que não ajoelha como os signatários do Pacto perante as exigências do grande capital internacional e o directório das grandes potências.
De um povo que veio dizer que a luta vai continuar. Que não se pode cruzar os braços perante o ataque brutal às suas condições de vida e de trabalho. Que não se pode aceitar como uma fatalidade a política de severa austeridade do corte nos salários, nas reformas e pensões, do desemprego, do aumento dos impostos e dos preços de todos os serviços e bens essenciais que conduz à violenta redução do seu poder compra.
De um povo que veio dizer que é preciso defender os direitos laborais conquistados por gerações de trabalhadores, derrotando as propostas de alteração ao Código de Trabalho que têm como objectivo forçar os trabalhadores a trabalhar mais por menos dinheiro; promover despedimentos fáceis e baratos; destruir a contratação colectiva e aos direitos sindicais e a segurança social.
De um povo que não está disposto aceitar a destruição do Serviço Nacional de Saúde.
De um povo que quer garantir para os seus filhos o direito à educação. O direito no acesso a todos os níveis de ensino para todos os que mostrem capacidade e interesse de a ele aceder e não apenas aos que têm poder económico.
São muitas as razões dos que com a sua combativa e massiva presença nessa gigantesca manifestação apontou os caminhos do futuro. Desse futuro que se constrói de muitas lutas ainda mais intensas e combativas, porque são fortes as razões para a manter.
Lutas que se desdobram em múltiplas frentes e que têm expressão concreta já no próximo dia 21 com a jornada de luta dos transportes e no dia 29 com a grande acção nacional da CGTP no quadro da jornada europeia da CES.
Múltiplas lutas que confluirão na Greve Geral que a CGTP-IN acaba de convocar para o próximo dia 22 de Março.
Uma decisão que o PCP saúda e que estamos certos que se concretizará com o mesmo êxito da grande manifestação do Terreiro do Paço.
Uma decisão que corresponde à exigência do momento presente e que é a resposta necessária e inadiável ao agravamento das condições de vida e à escalada da ofensiva que o governo do PS/CDS de Passos e Portas está a promover contra os trabalhadores, mas também contra outras camadas sociais
Uma Greve Geral que será mais um importante contributo para o isolamento social e político do governo e mais um decisivo passo em frente no caminho do enfraquecimento e da derrota da sua política, do Pacto de agressão e das forças que o sustentam.
Um isolamento e enfraquecimento que têm expressão e visibilidade com as lutas realizadas já no comportamento dos principais responsáveis políticos pela sua execução ou lhe dão suporte. Confrontados com o protesto popular, com a crescente indignação dos portugueses, aí os temos a ensaiar retiradas e fugas para evitar encarar as pessoas que são vítimas desta ruinosa política, como ainda agora aconteceu com Cavaco Silva.
O rumo que o país segue é cada vez mais preocupante. O governo tudo faz para iludir o fracasso da sua política e o autêntico desastre económico e social em que se está a traduzir a concretização do Pacto de agressão.
A propaganda do governo fala em viragem e promete um mundo novo no virar deste ano. Mas ao contrário do que o governo afirma, estamos a assistir a uma situação contínua de aceleração da degradação do país e da vida dos portugueses. Quem pode acreditar nas promessas e afirmações deste governo? Nenhuma das suas previsões se concretiza. Nada dá certo. A situação à medida que o tempo passa revela-se sempre pior do que se anunciava e previa.
A dimensão que atingiu o desemprego em Portugal no final de 2011 é bem a expressão não apenas da situação de vida dramática que enfrentam centenas de milhar de portugueses, mas o ritmo de degradação da situação e do afundamento o país. Isso vê-se no significativo agravamento da recessão no último trimestre do ano e agora no aumento brutal do desemprego que o INE acaba de anunciar.
O desemprego em sentido lato em Portugal, isto é, o desemprego real supera já a taxa de 20%, mais de um milhão e duzentos mil desempregados. Uma situação inaceitável e insuportável no contexto das condições de vida e da economia portuguesa. Uma situação inaceitável e insustentável para as novas gerações a quem lhes é negado o presente e o futuro.
É perante esta amarga realidade que os Migueis Relvas do governo repisam e repisam que o país vai no caminho certo. É o fundamentalismo ideológico a falar. É cegueira do dogmatismo doutrinário do capitalismo dominante a negar o rumo para o declínio a que estão a conduzir o país.
Essa mesma cegueira que está a levar a Grécia ao fundo com as políticas de exploração brutal e de falsa “assistência financeira” e para onde querem conduzir também o nosso país com as medidas e as políticas do Pacto de agressão.
A vida está a mostrar que as políticas de austeridade, as medidas anti-sociais e anti-económicas do Pacto de Agressão que o governo do PSD/CDS tem vindo a tomar e ao qual o PS manifesta renovadamente a sua co-paternidade e vinculação, não só não resolvem os problemas do país, como os agravam.
É preciso arrepiar caminho!
É preciso uma ruptura nesta marcha de cega submissão que nos está a conduz a um ciclo vicioso de endividamento, austeridade e recessão com terríveis consequências económicas e sociais. Uma ruptura que implica a rejeição do Pacto de Agressão e a derrota das políticas que o acompanham.
Por isso nos estamos a dirigir aos trabalhadores, ao povo, aos democratas e patriotas, para que com a sua acção contribuam para ampliar e intensificar a luta a luta de exigência de rejeição desse Pacto de declínio nacional.
Fazemo-lo com a consciência de que este é um combate central para impedir o afundamento do nosso país e salvaguardar os interesses do nosso povo.

As soluções para os problemas do país, a salvaguarda do futuro da vida dos portugueses, a garantia de um Portugal soberano e desenvolvido não pode encontrar-se no seu cumprimento como preconizam o PSD, CDS e PS, mas na sua recusa.
A solução dos problemas do país exige a imediata renegociação da dívida nos termos em que o PCP preconiza e a implementação de uma nova política, uma política alternativa patriótica e esquerda.
Uma política que tenha como objectivos o desenvolvimento económico, a elevação das condições de vida do povos e como componente essencial a valorização do trabalho e dos trabalhadores, dos seus salários, direitos e condições de vida, no combate à exploração, na afirmação do projecto emancipador que o PCP protagoniza e a Constituição da República consagra.
São grandes a exigências que se colocam neste combate que travamos.
Tempos que reclamam o reforço da organização e mobilização do movimento de massas e da sua luta e um Partido determinado e combativo.
Os próximos tempos serão de luta e trabalho árduo, tendo como pano de fundo a Greve Geral dos trabalhadores portugueses. Uma Greve Geral que não só contará com a solidariedade dos comunistas portugueses, mas com o seu empenhamento para que se traduza na grande manifestação de protesto e de exigência de um outro rumo para o país.
Sabemos que são grandes os perigos, mas também as possibilidades de os ultrapassar.
Mas nós temos confiança que com a luta dos trabalhadores e do povo seremos capazes de abrir um caminho novo de esperança para Portugal.

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN, entrevistado no "Jornal das 8" da TVI


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Enviado por  em 03/02/2012
Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN, entrevistado no "Jornal das 8" da TVI
2 Fevereiro 2012

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Greve: 94% dos comboios parados


A greve dos maquinistas visa protestar contra os cortes salariais e medidas de austeridade do Governo.

Lusa
7:29 Terça feira, 15 de Fevereiro de 2011

A greve dos maquinistas da CP provocou hoje "supressões na ordem dos 94 por cento de comboios previstos" entre as 00:00 e as 06:00, revelou à Agência Lusa a porta-voz da empresa, Ana Portela.
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Segundo a porta-voz da CP, registou-se "um elevadíssimo nível de supressões, logo para as 06:00 horas da manhã". "Estamos a falar de supressões na ordem dos 94% de comboios previstos", frisou.
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De acordo com a mesma fonte, "não estão previstos transportes alternativos".
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Segundo Ana Portela, entre as 00:00 e as 06:00, foi suprimido um comboio Alfa, o único que estava programado, um comboio inter-regional e 20 comboios regionais, a totalidade dos que estavam programados. 
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Nos comboios urbanos, em Lisboa foram suprimidos 32 dos 36 programados, no Porto dos 11 que estavam previstos realizou-se apenas um e em Coimbra foram suprimidos os dois que estavam previstos.
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Segundo a mesma fonte, até às 00:00, o impacto da greve dos maquinistas levou à supressão de dois comboios internacionais, o Sud Expresso e o Lusitânia.
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Em todos os restantes serviços, de acordo com Ana Portela, verificaram-se apenas três supressões a nível regional, 18 nos comboios urbanos de Lisboa e duas nos comboios urbanos do Porto.
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A greve dos maquinistas visa protestar contra os cortes salariais e medidas de austeridade do Governo. 
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quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Passos Coelho e o passe social - Vitor Dias

o tempo das cerejas*


um blogue de esquerda em homenagem à Comuna de Paris

08/02/11


Passos Coelho e o passe social



Mea culpa, mea maxima culpa

Segundo leio aqui, parece que Pedro Passos Coelho «acha estranho que as pessoas possam aceder ao passe social sem apresentarem uma declaração de rendimentos», o que, confesso, é um assunto premente pois, ainda no passado dia 31, me encontrei com Ricardo Salgado numa fila da CP para compra do passe social.
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Mas quero começar por dizer que não perdoo ao Daniel Oliveira ter-me estragado o dia com esta notícia. Eu explico: por volta de 1992, portanto ainda nos finais do cavaquismo, eu escrevi um artigo para um número da revista POLITIKA que já não chegou a sair, onde comentava, tanto em vertente séria como em vertente irónica, as já então impetuosas teorias que sustentavam que a gratuitidade ou tendencial gratuidade de todo um conjunto de serviços sociais (saúde, educação e outros) devia ficar dependente do nível de rendimentos de cada. E, aqui há uns bons anos, recuperei ideias e observações desse artigo para uma crónica no Avante! ou no Semanário de que não encontro cópia ou ficheiro. Para além da vertente séria, em que com tanta actualidade como hoje explicava caridosamente que é em sede de impostos que esta questão deve ser resolvida e não mutilando a universalidade de certos serviços sociais, o que tinha mais graça era a vertente irónica. Com efeito, eu escrevia então que, um dia destes, estes tipos ainda vão descobrir que os ricos também podem comprar passes sociais e ter os filhos na primária (era assim que eu escrevia) à borliu. E depois sugeria que, não sendo viável, por tenebrosas ressonâncias históricas, ressuscitar o sistema das estrelas de diversas cores cozidas nas lapelas, talvez o Ministério das Finanças pudesse emitir para cada um de nós um cartão plastificado apenas com as letras A, B, C, D e E, ou vá lá um selo sobre o cartão de cidadão, assim sinalizando de forma oficial, prática e portátil o escalão de rendimentos a que pertencemos.
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Moral da história: tendo escrito isto a gozar e havendo a probabilidade, ainda que ínfima, de Passos Coelho me ter lido, só me resta fazer um mea culpa, mea maxima culpa por o líder do PSD vir agora levantar a questão dos passes sociais. Já não me vai servir de muito, mas fica a lição: nunca brinques com coisas sérias pois o rídiculo ou impensável numa época pode sempre tornar-se em realidade uns anos depois, ao menos nas meninges neo-liberais de certos protagonistas políticos.
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O passe de Coelho por Daniel Oliveira

Terça-feira, 8 de Fevereiro de 2011
por Daniel Oliveira






Pedro Passos Coelho explicou, este fim de semana, numa proposta aparentemente setorial, o que entende ser papel do Estado na sociedade. Acha estranho que as pessoas possam aceder ao passe social sem apresentarem uma declaração de rendimentos. Ou seja, defende que o passe deve apenas estar disponível como um subsídio à mobilidade dos mais pobres. Repete assim a ideia de que o papel do Estado deve ser meramente assistencialista.

Não é dificil perceber qual o resultado desta política: como as pessoas também agem seguindo alguma racionalidade económica, os preços de mercado resultariam num abandono dos transportes públicos, que ficariam, na realidade, quase exclusivamente reservados às classes baixas. Além da perda de qualidade estar assim mais do que garantida - já aqui expliquei várias vezes os efeitos na qualidade dos serviços públicos quando as classes médias deixam de os utilizar -, isto teria efeitos em toda a qualidade de vida urbana.

Na verdade, Passos Coelho limita-se a querer continuar o que outros começaram.

O passe social nasceu, com o nome errado, no final dos anos 70 e seguindo a boa experiência europeia. Aproveitando o facto de quase todos os transportes coletivos serem de propriedade Estatal, criou um bilhete mensal único para todos os transportes urbanos, dividido por coroas. Falhou ao deixar de fora os títulos de transporte para uma só viagem. Mas a lógica estava lá: a rede de transportes deve ser vista como um todo e não como uma mera soma das partes. Não se tratava de um apoio aos mais pobres, mas da promoção do uso do transporte coletivo. Não por qualquer fetiche ideológico. Apenas porque a sociedade, o ambiente e a economia ficam a ganhar com esta opção.

Quando começou, nos anos 90, o processo de privatizações dos transportes o passe único perdeu importância. Os privados não foram obrigados, como são em grande parte das grandes cidades europeias - sejam elas geridas por pessoas de esquerda ou de direita -, a aderir a este sistema. Criaram-se então os passes combinados. Um erro histórico: quase metade das deslocações dos lisboetas, por exemplo, são fora do circuito casa-trabalho. Ou seja, estes passes chegam para as deslocações habituais, mas são inúteis em todas as restantes movimentações, em que os utentes passam a usar os seus próprios carros. Se a isto juntarmos o crescimento económico dos primeiros anos da entrada na CEE e o desinvestimento nos transportes coletivos com uma canalização geral de fundos para a promoção do transporte individual, o resultado foi o que se esperava: cada vez mais carros nas cidades, trânsito infernal, estacionamento impossível, perdas de produtividade e mais poluição. Esta opção foi paga por todos nós. Sentiu-se nos nossos bolsos e na nossa qualidade de vida.

Durante as últimas décadas os transportes coletivos passaram a cobrar preços impensáveis para os rendimentos médios dos portugueses. E, para compensar o número cada vez maior de carros nas cidades, também o estacionamento passou, e bem, a ser cobrado. Ou seja, fosse qual fosse a opção passámos todos a pagar mais para nos deslocarmos.

O que um governante tem de propor ao País é exatamente o oposto do que propõe Pedro Passos Coelho: um pacto pela mobilidade. Os passes e restantes títulos de transporte (únicos e incluindo os operadores privados, como acontece na maioria das cidades europeias) devem ser subsidiados pelo Estado não por qualquer razão social, mas por uma questão de racionalidade económica. Em troca, o uso das redes públicas por transportes individuais deve ser visto, sempre que há alternativas, como um luxo que se paga. E paga-se para subsidiar o transporte público.

Promover o transporte público tem efeitos diretos na economia. Transportes públicos mais baratos e melhores permitem menor dependência energética do País (com efeitos na dívida externa); menos pressão no mercado imobiliário dos centros das cidades (a centralidade perde importância); maior competitividade das regiões mais isoladas ou deprimidas; menos tempo perdido nas deslocações para o trabalho (com efeitos imediatos na produtividade); melhor saúde dos cidadãos (menos custos no Serviço Nacional de Saúde); mais rendimento disponível (menos despesa em transporte, incluindo no transporte individual); e menor despesa na construção e manutenção de infraestruturas rodoviárias (é insustentável manter uma rede pública que garanta mobilidade para todos nos seus próprios carros).

O problema do debate sobre a despesa pública em Portugal é que as contas são sempre as de merceeiro e não as das grandes opções políticas. Passos Coelho pensou na despesa que o Estado tem com os operadores públicos e com o passe social. Esquece-se de fazer as contas para os efeitos económicos e orçamentais do desinvestimento no transporte coletivo. Se o fizesse, estaria a propor mas investimento - e melhor gestão - em tudo o que promova o uso dos transportes públicos. Porque saberia que nesta matéria, como em tantas outras, o barato sai muitas vezes caro.

O problema do debate sobre o papel do Estado na vida coletiva é que se toma por preconceito ideológico a defesa da intervenção pública e por meramente racional a posição oposta. Quando, mostra a experiência, aqueles que acreditam nos automatismos quase milagrosos da concorrência e do mercado nunca conseguiram provar, com números e factos, a sua tese. E a política de transportes é talvez o melhor exemplo disso mesmo. Quando cada um trata de si o Estado se demite de intervir ficamos todos a perder. Incluindo os que vivem melhor.

Publicado no Expresso Online
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sábado, dezembro 04, 2010

Carros de luxo fogem da crise



Automóveis

Carros de luxo fogem da crise

DR

Vendas aumentaram 36% desde Janeiro. Corrida à compra de viaturas para evitar as penalizações do Orçamento.

  • 0h30 Correio da Manhã 2010 12 04
Por:Miguel Alexandre Ganhão


A venda de carros de luxo não está a ser afectada pela crise económica. As marcas de maior prestígio nunca venderam tanto. A Porsche, por exemplo, já vai nas 399 unidades vendidas, uma subida de 71,2% face a 2009 e a Jaguar já vendeu 245 carros, mais 36,1%, de acordo com os dados ontem divulgados pela ACAP - Associação Automóvel de Portugal. "Estamos a falar de marcas de nicho que nunca são afectadas pela crise económica", afirmou ao CM Hélder Pedro, secretário-geral da ACAP. Para aquele responsável "existem clientes fiéis, que esperam meses pelo lançamento dos últimos modelos que têm sempre compradores garantidos". Segundo Hélder Pedro esta apetência será "ainda mais significativa em 2011. A generalidade do mercado vai conhecer fortes baixas, mas as marcas de nicho vão resistir". 
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Construtores como a BMW e a Mercedes (que têm uma oferta para todas as gamas automóveis) registaram subidas de vendas, de Janeiro a Novembro deste ano, na ordem dos 25,5 e 23,2%, respectivamente.
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No mês passado registou-se uma "corrida" à compra de viaturas com os portugueses a anteciparem as escolhas de modo a evitar a penalização fiscal consagrada no Orçamento para 2011. "O fim do programa de incentivos ao abate de veículos é o que mais está a contribuir para incentivar as compras de carros novos, mas o aumento do IVA (de 21 para 23%) e a actualização de 5% na componente ambiental do Imposto Sobre Veículos também influenciaram esta decisão", adiantou Hélder Pedro. 
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POUPANÇA DE 5 000 € EM 2010
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A compra de carro até Dezembro pode equivaler a uma poupança superior a 5000 €. No seguimento do fim do incentivo ao abate (que, no mínimo, é de 1250 €), existem marcas a oferecer descontos de 5000 e 6000 € na compra de um carro novo. A acrescer a esta poupança há o aumento do IVA para 23% e a subida das tabelas do Imposto sobre Veículos, que será de 5% para a componente ambiental e 2,2% na componente de cilindrada.
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quarta-feira, julho 14, 2010

Aviação: Google compra software de venda de bilhetes


4/7/2010

A Google comprou uma das maiores empresas de software de aviação, a ITA Software, por 700 milhões de dólares (cerca de 559 milhões de euros) e prepara-se para concorrer com gigantes como a Amadeus e a Travelport. O objetivo é disponibilizar aos utilizadores um portal onde possam obter informação sobre bilhetes de avião.

A integração da ITA, criada em 1996 por cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT), é crucial, uma vez que a empresa é especializada no tratamento e cruzamento de dados relativos a preços e disponibilidade de voos.

Apesar de não estar ao alcance dos clientes, é dela que se socorrem as agências de viagens, portais de comparação de preços e até companhias de aviação, entre as quais a TAP, quando precisam de informação para calcular o valor dos bilhetes.

Citado pelo jornal britânico The Guardian, Eric Schmidt, presidente executivo da Google, disse que "a ITA abre oportunidades extraordinárias, criando uma nova forma para os utilizadores encontrarem informação de voo mais facilmente".

A empresa norte-americana acredita que há espaço no mercado para crescer, porque, de acordo com as suas estimativas, "metade dos bilhetes de avião já são comprados pela Internet".

Os portais de viagens ganham assim um concorrente de peso, com acesso privilegiado à informação que estes utilizam diariamente para interagir com os consumidores.

As apreensões persistem, apesar da Google já ter assegurado que não pondera vender diretamente bilhetes de avião aos consumidores.

As entidades reguladoras norte-americanas deverão agora pronunciar-se sobre os impactos deste negócio no mercado. Só o aval das autoridades permitirá à Google entrar no setor da aviação. 
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http://www.boasnoticias.pt/index.aspx?p=MenuDetail&MenuId=2204&ParentId=6
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Compra aguarda por aval das autoridades

Google entra no negócio da aviação

02.07.2010 - 11:27 Por Raquel Almeida Correia

Tecnológica norte-americana comprou empresa que presta serviços a agências de viagens e transportadoras aéreas por 599 milhões de euros.
<p>Guerra com a Microsoft intensifica-se</p>
Guerra com a Microsoft intensifica-se
 (PEDRO MELIM)


A Google vai estrear-se no negócio da aviação. Comprou uma das maiores empresas de prestação de serviços do sector, a ITA Software, por 700 milhões de dólares (cerca de 559 milhões de euros) e prepara-se para concorrer com gigantes como a Amadeus, a Expedia e a Travelport, noticiou o Guardian.

A ideia é disponibilizar aos utilizadores um portal de viagens, onde possam obter informação sobre bilhetes de avião. A integração da ITA, criada em 1996 por cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) é crucial, uma vez que a empresa é especializada no tratamento e cruzamento de dados relativos a preços e disponibilidade de voos, entre outros.

Apesar de não ser conhecida pelos consumidores, é a ela que recorrem agências de viagens, portais de comparação de preços e até companhias de aviação, de entre as quais a portuguesa TAP, quando precisam de informação para fixar o valor dos bilhetes, por exemplo.

Esta compra pressupõe um investimento de 700 milhões de dólares (o equivalente a 559 milhões de euros) e significa uma expansão dos serviços prestados pela Google, que descreveu este novo passo como "pró-competitivo" e "pró-consumidor".

Eric Schmidt, presidente executivo da tecnológica norte-americana, afirmou que "a ITA abre oportunidades extraordinárias [para a Google], criando uma nova forma para os utilizadores encontrarem informação de voo mais facilmente".

Este negócio vai colocar a Google e a Microsoft novamente em confronto, uma vez que o rival já se antecipou, com a criação do portal Bing Travel, que também presta informação e possibilita a reserva de voos.

Ainda assim, a empresa norte-americana acredita que há espaço no mercado para crescer, porque, de acordo com as suas estimativas, "metade dos bilhetes de avião já são comprados pela Internet".

Quem se tem mostrado mais apreensivo com esta aquisição são os portais de viagens, que ganham um novo concorrente de peso, que terá acesso privilegiado à informação que utilizam diariamente para interagir com os consumidores.

No entanto, a Google já assegurou que, para já, não pondera vender directamente bilhetes de avião aos consumidores.

Os reguladores norte-americanos deverão agora pronunciar-se sobre os impactos deste negócio no mercado, avaliando se poderá influenciar negativamente a livre concorrência. Só o aval das autoridades permitirá à tecnológica entrar no sector da aviação.


Notícia corrigida às 17h33

segunda-feira, maio 24, 2010

Marchas lentas a partir de amanhã contra introdução de portagens

Auto-estradas sem custo para o utilizador

23.05.2010 - 09:51 Por Lusa
As comissões de utentes contra a introdução de portagens nas Scut (auto-estradas sem custo para o utilizador) Costa de Prata, Norte Litoral e Grande Porto manifestam-se a partir de amanhã, realizando marchas lentas em dias diferentes.
José Ferreira, da comissão de utentes da A29, afirmou à Lusa 
esperar a adesão de “algumas dezenas” de condutores na marcha de amanhã
José Ferreira, da comissão de utentes da A29, afirmou à Lusa esperar a adesão de “algumas dezenas” de condutores na marcha de amanhã (Paulo Ricca)


O protesto tem início amanhã, com a realização de uma marcha lenta dos utentes da Costa de Prata, na A29.

Segue-se na quarta-feira o desfile na A41/A41 (SCUT do Grande Porto), estando a última marcha programada para a Scut Norte Litoral, na A28, no dia 2 de Junho.

As comissões de utentes prometem manter os protestos até que o Governo recue na decisão de colocar portagens naquelas três Scut.

José Ferreira, da comissão de utentes da A29, afirmou à Lusa esperar a adesão de “algumas dezenas” de condutores na marcha de amanhã, que tem início em Coimbrões, Gaia, e terminará em Ovar/Norte.

“A situação [financeira] do país tem piorado a olhos vistos”, disse, acrescentando que aquela zona não tem vias alternativas, sendo desejável que o Governo “não avance” com o pagamento da via.

José Ferreira frisou também não perceber como é que vai ser cobrada a portagem, entendendo que “nada está ainda clarificado”.

Na sua opinião, caso as transportadoras se juntassem a este protesto dos utentes, o Governo recuava “sem dúvidas” nesta sua decisão.

Gonçalo Oliveira, do movimento de utentes da A41/A42, afirmou à Lusa que a marcha lenta que terá lugar na quarta-feira naquela Scut “será uma forma de os utentes manterem viva a sua indignação e demonstrarem a sua incompreensão” à introdução de portagens.

“Acreditamos que a nossa luta tem atrasado a introdução das portagens, apelando assim a todos os que estão do nosso lado a se juntarem neste novo desfile”, acrescentou.

Estas comissões alegam ser uma “injustiça” o Governo avançar com a introdução de portagens nestas Scut, uma vez que se localizam numa região que vive uma crise económica e social “mais profunda que a média do país”.

Apesar de já ter sido anunciado que a partir de 1 de Julho as Scut começam a ser pagas, as comissões de utentes acreditam que o governo “ainda está a tempo de reverter esta sua intenção”.
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terça-feira, dezembro 22, 2009

Pesadelo no túnel da Mancha

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Andt Rain/Epa  Milhares de afectados numa das alturas mais movimentadas do ano

Milhares de afectados numa das alturas mais movimentadas do ano
Correio da Manhã - 20 Dezembro 2009 - 00h30

Mau Tempo: Milhares de pessoas encurraladas


Uma verdadeira noite de pesadelo foi o que viveram na madrugada de ontem cerca de uas mil pessoas, presas em quatro comboios Eurostar imobilizados no túnel da Mancha, que liga a França ao Reino Unido. Na origem da avaria que causou a imobilização das composições esteve o mau tempo que assola grande parte da Europa.
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"Foi muito assustador para as crianças e para as pessoas mais velhas. Havia mulheres grávidas e pessoas em cadeiras de rodas, pessoas com ataques de asma e outras a desmaiar. Foi um completo pandemónio", descreveu um dos passageiros vítimas da paragem.
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A avaria, de origem eléctrica, afectou quatro composições que partiram de Paris para Londres ao final da tarde de sexta-feira, e terá sido causada pela brusca diferença de temperatura entre o exterior – a temperatura no Norte de França tem rondado os dez graus negativos – e o interior do túnel, onde a temperatura era bastante mais quente. O súbito choque térmico causou problemas nos motores eléctricos das composições, que acabaram por se imobilizar no interior do túnel, sem iluminação e ar condicionado. As poucas reservas de água e comida esgotaram-se num ápice, e muitos passageiros acabaram por passar a noite no chão, às escuras e num calor sufocante, sem qualquer explicação por parte dos funcionários da Eurostar. Muitos só foram resgatados ao fim de mais de dez horas.
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O incidente no Eurotúnel foi uma das consequências mais graves da onda de frio que assola a Europa, e que levou os termómetros aos vinte graus negativos em países como Espanha, França, Itália e Alemanha, com fortes nevões a cortarem estradas e a causarem o caos no trânsito. O mau tempo levou ainda ao encerramento de vários aeroportos europeus numa das alturas mais congestionadas do ano.
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PORMENORES
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PELO MENOS 7 MORTOS
O frio e os acidente causados pelo mau tempo fizeram pelo menos sete vítimas mortais: cinco na Alemanha, uma na Rússia e uma na Bósnia.
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"PARECÍAMOS ANIMAIS"
A Eurostar, operadora da ligação ferroviária do túnel da Mancha, pediu desculpa aos passageiros, que se sentiram tratados "como animais", e ofereceu a devolução do preço do bilhete.
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RECUPERAÇÃO LENTA
A circulação no Eurotúnel será retomada parcialmente hoje, mas apenas amanhã deveráficar normalizada.
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EMERGÊNCIA EM WASHINGTON
Uma forte tempestade de neve que assola toda a costa leste dos EUA levou as autoridades a decretarem ontem o estado de emergência no estado de Washington.
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Milhares de pessoas estão sem electricidade na Virgínia e na Carolina do Norte, e para hoje são esperados trinta centímetros de neve em Nova Iorque.
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SAIBA MAIS
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TRÊS TÚNEIS
O túnel da Mancha é composto por dois túneis ferroviários (um em cada sentido) com um terceiro túnel de serviço entre ambos.
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50
quilómetros é a extensãodo túnel da Mancha, que liga Calais (França) a Folkestone(Reino Unido).
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1994
foi o ano em que foi inauguradaa travessia subterrânea do Canal da Mancha.
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PESSOAS E VEÍCULOS
Os comboios do Eurotúnel transportam tanto passageiros como veículos.
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PROTECÇÃO CIVIL PÕE TODOS OS DISTRITOS EM ALERTA
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A Autoridade Nacional de Protecção Civil pôs todos os distritos do continente em alerta amarelo, até às 23h59 de amanhã, devido à previsão de chuva forte e à ocorrência de neve.
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De acordo com as previsões do Instituto de Meteorologia, nos próximos dias a vaga de frio irá dar lugar à chuva. O IM prevê para hoje a manutenção da massa de ar seco e muito frio, com a presença praticamente durante todo o dia de céu limpo. Contudo, a partir do início da tarde, primeiro no Algarve e gradualmente em todo o continente, irá surgir uma superfície frontal quente que fará subir a temperatura.
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As nuvens transportadas por esta superfície frontal, que se desloca a partir do Litoral de Marrocos, irão trazer a chuva, numa deslocação de Sul para Norte. Durante a noite, já todo o continente estará coberto de nuvens, com a consequente precipitação. A chuva para esta noite será de neve a uma altura baixa, cerca de 300 metros, pelo que será possível ocorrer nos pontos mais altos do Algarve ou do Alentejo. Amanhã, em consequência da passagem desta superfície frontal quente, as temperaturas irão subir, pelo que a queda de neve só poderá ocorrer acima dos 1400 metros. O tempo ficará marcado pelo vento forte com rajadas de 90 km/h nas terras altas. No Algarve estão previstas ondas de 4,5 metros.
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SEM-ABRIGO ENFRENTAM FRIO
Termina hoje a festa de Natal da Comunidade Vida e Paz, em que foram servidas refeições durante três dias aos cerca de 2500 sem-abrigo que vivem em Lisboa. Servidas as refeições, pelas 21h00, os sem--abrigo têm contudo de enfrentar o frio que se faz sentir com maior intensidade na rua, perante a ausência de locais públicos abertos.
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ESTRELA: TEMPERATURA DE -6,5º
A serra da Estrela registou ontem, pelas 08h00, uma temperatura mínima negativa de 6,5 graus. Apesar do frio, a neve não tem caído com forteintensidade no ponto mais alto de Portugal
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TRÁS-OS-MONTES: DIA GELADO
Trás-os-Montes é a região em que ontem foram observadas mais localidades com temperaturas abaixo dos 5 negativos. Entre elas, Bragança, Miranda do Douro, Chaves e Mirandela
NATAL: CHUVA E NEVE
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As previsões para o dia de Natal indicam aocorrência de chuva de norte a sul, sob a forma de neve na serra da Estrela e em Bragança.Um alerta para os milhares de automobilistas

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Ricardo Ramos com agências/J.S.
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» COMENTÁRIOS no CM on line
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22 Dezembro 2009 - 08h57  | José Mateus
Foi a cidade de Washington a capital dos EUA que sofreu o forte nevão,não estado de Washington que fica na costa oeste.
21 Dezembro 2009 - 14h26  | orefugiado
admira-me o estado de washington ter passado para a costa leste dos estados unidos.
20 Dezembro 2009 - 10h22  | Pedro Botelho
... Este tipo de acidente deveria ter sido estudado quando da construção do Túnel. É falha do projecto.
20 Dezembro 2009 - 10h18  | Pedro Botelho
Fala-se tanto do mau planeamento das obras portuguesas e afinal, Países altamente industrializados cometem erros destes!
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terça-feira, novembro 17, 2009

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