A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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quinta-feira, janeiro 20, 2011

Que nenhum voto se perca !

Que nenhum voto se perca !

por Victor Nogueira a quinta-feira, 20 de Janeiro de 2011 às 22:52
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«Mas ai deles quando os mais de três milhões de trabalhadores que participaram na greve geral perceberem a força que têm; ai deles se os dois milhões de pobres tomarem consciência que pesam mais do que os dois mil muito ricos; ai deles se o milhão e meio de reformados, o milhão e 200 mil precários, os mais de 700 mil desempregados e os micro, pequenos e médios empresários perceberem que têm mais força que os deputados do PS e do PSD que votaram favoravelmente este Orçamento injusto», afirmou [Jerónimo de Sousa]. 
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Um genuíno projecto político de esquerda
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No Comício do Campo Pequeno, o secretário-geral do PCP frisou que «nenhum outro candidato se apresenta perante os trabalhadores e o povo com um genuíno projecto político de esquerda», e sublinhou que «é preciso que nenhum voto se perca». 
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(…) «nenhum outro candidato se apresenta perante os trabalhadores e o povo com um genuíno projecto político de esquerda, capaz de enfrentar a gravidade da situação a que o País chegou e lançar a patriótica tarefa de colocar Portugal no caminho do desenvolvimento, da justiça e do progresso social».
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Continuando assinalar distinções entre a candidatura de Francisco Lopes e as demais, o dirigente comunista acrescentou que a nossa «é a única que assume sem rodeios e sem dissimulações uma frontal oposição com a política de direita de Sócrates, Passos, Cavaco e companhia, e que jamais meteu as mãos no atoleiro da hipocrisia política reinante».

Cavaco não é solução

(…) Cavaco Silva (…) «Vem agora pedir aos políticos que falem verdade», continuou o secretário-geral do PCP, «como se ele não fosse por inerência do cargo o mais responsável dos políticos portugueses, e não fosse igualmente um dos mais responsáveis pelas decisões que conduziram o País ao declínio». (…)   «O candidato não sabe como chegámos aqui? Nós lembramos», prosseguiu.
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«Cavaco chora lágrimas de crocodilo pelos atingidos, pelos pobres, pelos trabalhadores da administração pública. Como estamos na capital do fado, apetece dizer que só falta a guitarra e a viola para cantar o fado da desgraçadinha», atirou. Mas a verdade é que ele «sabe bem como chegámos até aqui. Sabe que o esbulho dos portugueses que vivem do seu trabalho contou não apenas com o seu silêncio mas com o seu aval, o aval da chancela das inevitabilidades em nome da fraude da acalmia dos mercados».
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Assim, para o secretário-geral do PCP, Cavaco Silva  (…)  representa um futuro de «continuação do mesmo rumo de declínio nacional e aprofundamento da crise».

«Que nenhum voto se perca!» 

(…) «Não faltam por ai propagandistas, disfarçados de comentadores isentos, a fazer crer que as eleições estão decididas. Que já há um vencedor antecipado e na primeira volta. Querem com as suas calculistas e nada inocentes previsões desarmar os portugueses que lutam pela verdadeira mudança, por uma real alternativa. Querem fazer crer que o voto dos que não aceitam e se opõem a esta vergonhosa política está condenado ao fracasso. Querem desvalorizar o próprio direito ao voto», alertou.
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«Mas ai deles quando os mais de três milhões de trabalhadores que participaram na greve geral perceberem a força que têm; ai deles se os dois milhões de pobres tomarem consciência que pesam mais do que os dois mil muito ricos; ai deles se o milhão e meio de reformados, o milhão e 200 mil precários, os mais de 700 mil desempregados e os micro, pequenos e médios empresários perceberem que têm mais força que os deputados do PS e do PSD que votaram favoravelmente este Orçamento injusto», afirmou. 
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(…) «Ainda é hora de ir ao encontro dos muitos milhares de homens e mulheres que no passado votaram nas forças políticas e nos candidatos que suportam anos de governação à direita, e dizer-lhes que chegou a hora de mudar e ultrapassar preconceitos; que a solução não é a abstenção, que não é hora para se ficar calado ou desistir».
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 Cumprir o dever até ao fim
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  • José Casanova

 (…) Há aquele amigo hesitante, que não sabe se vai ou não votar, porque isto não dá nada e, por isso, não vale a pena; há aquele vizinho que acha que o melhor é votar no candidato que os jornais, rádios e têvês dizem que já ganhou; há aquele familiar que diz que as sondagens...; há aquele colega que de tanto ouvir nas rádios, têvês e jornais que eles são todos iguais, acha mesmo que é assim…

A todos eles é necessário dizer – e isso pode e deve ser feito até ao último momento – que não é assim: que não só vale a pena como é imperioso votar para mudar; que quem diz que o tal candidato já ganhou são os cães de guarda dos responsáveis pela situação existente; que as sondagens são instrumentos de propaganda ao serviço de mais do mesmo – e é necessário demonstrar, com os muitos e sólidos argumentos da verdade, que eles não são todos iguais, isto é: que o candidato Francisco Lopes é diferente dos que são todos iguais. E que o voto em Francisco Lopes é um voto diferente de todos os outros: porque é o único que conta para a mudança.
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  • Filipe Diniz

Estas eleições vão deixar marcas
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(…) Mas quaisquer que sejam as votações obtidas por cada candidato nas eleições de domingo próximo, uma coisa é certa: vão deixar marcas.
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Vão deixar marcas em Cavaco Silva, cuja face autoritária e arrogante ficou mais visível do que nunca; cujo verniz «impoluto» ficou irremediavelmente manchado pelas pouco recomendáveis companhias que há muito conserva e pelas mal esclarecidas embrulhadas em que apareceu metido; que ficará definitivamente identificado pela hipocrisia e desfaçatez com que pretendeu desresponsabilizar-se da situação que o País atravessa; que não poderá mais disfarçar o profundo reaccionarismo que lhe preenche a pouco ginasticada cabeça.
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Vão deixar marcas em Manuel Alegre, no PS e no BE, cúmplices activos numa candidatura e numa campanha de mistificação e de desresponsabilização da governação de Sócrates. Cúmplices activos numa campanha que pretendeu inculcar a absoluta e antidemocrática falsidade de que as opções existentes se resumiriam à alternativa entre Cavaco e Alegre, entre política de direita e política de direita.
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Vão deixar marcas em Fernando Nobre, o «dedicado humanitário» cujo pensamento político reaccionário e em muitos aspectos fascizante se coloca à direita do próprio Cavaco Silva.
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Vão deixar marcas na já reduzida credibilidade de «comentadores» e dos grandes média, que assumiram do primeiro ao último dia a tarefa de distorcer e ocultar as reais alternativas em confronto e de condicionar a opinião do eleitorado.
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Vão deixar marcas em todos aqueles que fizerem a corajosa e coerente opção de votar Francisco Lopes. Porque este voto é bem mais do que uma cruz num boletim. É uma exigência de mudança, patriótica e popular. É uma afirmação de esperança e um compromisso de luta. 
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De uma luta que a magnífica e combativa campanha de massas mobilizada por esta candidatura confirma que continua.
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Esta campanha teve a marca da luta e das aspirações dos trabalhadores e do povo a uma vida melhor. Nada apagará essa marca.

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 Avante, 2011.01.20
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Sublinhados de Victor Nogueira
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sábado, julho 11, 2009

Uma peça na engrenagem



Uma página de jornal como tantas outras. Neste caso, a página 8 do Sol (03.07.09), dedicada às listas de candidatura às eleições legislativas. Dois terços (com fotografia) dedicados ao PSD. Do restante espaço, quatro colunas para o BE, duas para a CDU. O conteúdo noticioso das notícias sobre o BE e a CDU é idêntico: as duas forças políticas propõem à eleição os deputados actuais. Essa manutenção significa, para o jornalista, que os comunistas são «conservadores», coisa que, naturalmente, não sucede com o BE, que apenas pretende «meter no Parlamento quase toda a direcção do partido».
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Esse propósito do BE é explicado assim por um membro da sua comissão política: «o principal espaço de luta é o Parlamento e aí devem estar os principais dirigentes».
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Muito progrediu o BE desde a sua criação. Já vai longe, pelos vistos, aquele bernsteiniano «movimento» descrito na Declaração «Começar de Novo», empenhado em enriquecer «instrumentos de participação directa dos cidadãos na vida política», tão crítico do «impasse do sistema político português», que sublinhava que «as principais decisões não se tomam em sede parlamentar ou sequer no governo».
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Dez anos de vida ensinaram ao BE muito respeito pelas instituições e pelo parlamentarismo. É este BE que defende que o actual Parlamento Europeu - com uma larguíssima maioria de direita e com a social-democracia que sabemos - deve ser incumbido de elaborar uma nova proposta de Tratado Europeu.
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Não aprendeu com os quatro anos de maioria absoluta do PS.
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Se o actual Governo e a sua maioria parlamentar caminham agora aceleradamente para a derrota, certa e merecida, é porque os trabalhadores portugueses, em vez de considerarem a Assembleia da República «o principal espaço de luta», combateram tenazmente a sua política e defenderam os seus direitos nas empresas, nas escolas, nas ruas, em tantas e tantas grandiosas acções de massas em que os dirigentes do BE vieram mostrar-se, pelos vistos a contra-gosto.
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Começa a assentar como uma luva ao próprio BE a crítica que a sua mencionada <Declaração» fazia então à «política que existe»: «a fulanização aproxima-a de uma feira de vaidades, o minimalismo da dependência face aos media retira-lhe densidade e qualidade».
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in Avante 2009.07.09
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