A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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terça-feira, março 29, 2011

Revolução pacífica na Islândia, silêncio dos media

 
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Revolução pacífica na Islândia, silêncio dos media

Por incrível que possa parecer, uma verdadeira revolução democrática e anticapitalista ocorre na Islândia neste preciso momento e ninguém fala dela, nenhum meio de comunicação dá a informação, quase não se vislumbrará um vestígio no Google: numa palavra, completo escamoteamento. Contudo, a natureza dos acontecimentos em curso na Islândia é espantosa: um Povo que corre com a direita do poder  e sitiando pacificamente o palácio presidencial, uma "esquerda" liberal de substituição igualmente dispensada de "responsabilidades" porque se propunha pôr em prática a mesma política que a direita, um referendo imposto pelo Povo para determinar se se devia reembolsar ou não os bancos capitalistas que, pela sua irresponsabilidade, mergulharam o país na crise, uma vitória de 93% que impôs o não reembolso dos bancos, uma nacionalização dos bancos e, cereja em cima do bolo deste processo a vários títulos "revolucionário": a eleição de uma assembleia constituinte a 27 de Novembro de 2010, incumbida de redigir as novas leis fundamentais que traduzirão doravante a cólera popular contra o capitalismo e as aspirações do Povo por outra sociedade.
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Quando retumba na Europa inteira a cólera dos Povos sufocados pelo garrote capitalista, a actualidade desvenda-nos outro possível, uma história em andamento susceptível de quebrar muitas certezas e sobretudo de dar às lutas que inflamam a Europa uma perspectiva: a reconquista democrática e popular do poder, ao serviço da população.
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Desde Sábado 27 de Novembro, a Islândia dispõe de uma Assembleia constituinte composta por 25 simples cidadãos eleitos pelos seus pares. É seu objectivo reescrever inteiramente a constituição de 1944,
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tirando nomeadamente as lições da crise financeira que, em 2008, atingiu em cheio o país. Desde esta crise, de que está longe de se recompor, a Islândia conheceu um certo número de mudanças espectaculares, a começar pela nacionalização dos três principais bancos, seguida pela demissão do governo de direita sob a pressão popular.
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As eleições legislativas de 2009 levaram ao poder uma coligação de esquerda formada pela Aliança (agrupamento de partidos constituído por social-democratas, feministas e ex-comunistas) e pelo Movimento dos Verdes de esquerda. Foi uma estreia para a Islândia, bem como a nomeação de uma mulher, Johanna Sigurdardottir, para o lugar de Primeiro-ministro.
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segunda-feira, março 28, 2011

Islândia. O povo é quem mais ordena. E já tirou o país da recessão - Joana Azevedo Viana


Islândia. O povo é quem mais ordena. E já tirou o país da recessão.

A crise levou os islandeses a mudar de governo e a chumbar o resgate dos bancos. Mas o exemplo de democracia não tem tido cobertura.

Os protestos populares, quando surgem, são para ser levados até ao fim. Quem o mostra são os islandeses, cuja acção popular sem precedentes levou à queda do governo conservador, à pressão por alterações à Constituição (já encaminhadas) e à ida às urnas em massa para chumbar o resgate dos bancos. 

Desde a eclosão da crise, em 2008, os países europeus tentam desesperadamente encontrar soluções económicas para sair da recessão. A nacionalização de bancos privados que abriram bancarrota assim que os grandes bancos privados de investimento nos EUA (como o Lehman Brothers) entraram em colapso é um sonho que muitos europeus não se atrevem a ter. A Islândia não só o teve como o levou mais longe.

Assim que a banca entrou em incumprimento, o governo islandês decidiu nacionalizar os seus três bancos privados - Kaupthing, Landsbanki e Glitnir. Mas nem isto impediu que o país caísse na recessão. A Islândia foi à falência e o Fundo Monetário Internacional (FMI) entrou em acção, injectando 2,1 mil milhões de dólares no país, com um acrescento de 2,5 mil milhões de dólares pelos países nórdicos. O povo revoltou-se e saiu à rua.

Lição democrática n.º 1: Pacificamente, os islandeses começaram a concentrar-se, todos os dias, em frente ao Althingi [Parlamento] exigindo a renúncia do governo conservador de Geir H. Haarde em bloco. E conseguiram. Foram convocadas eleições antecipadas e, em Abril de 2009, foi eleita uma coligação formada pela Aliança Social-Democrata e o Movimento Esquerda Verde - chefiada por Johanna Sigurdardottir, actual primeira-ministra.

Durante esse ano, a economia manteve-se em situação precária, fechando o ano com uma queda de 7%. Porém, no terceiro trimestre de 2010 o país saiu da recessão - com o PIB real a registar, entre Julho e Setembro, um crescimento de 1,2%, comparado com o trimestre anterior. Mas os problemas continuaram.


Lição democrática n.º 2: Os clientes dos bancos privados islandeses eram sobretudo estrangeiros - na sua maioria dos EUA e do Reino Unido - e o Landsbanki o que acumulava a maior dívida dos três. Com o colapso do Landsbanki, os governos britânico e holandês entraram em acção, indemnizando os seus cidadãos com 5 mil milhões de dólares [cerca de 3,5 mil milhões de euros] e planeando a cobrança desses valores à Islândia.

Algum do dinheiro para pagar essa dívida virá directamente do Landsbanki, que está neste momento a vender os seus bens. Porém, o relatório de uma empresa de consultoria privada mostra que isso apenas cobrirá entre 200 mil e 2 mil milhões de dólares. O resto teria de ser pago pela Islândia, agora detentora do banco. Só que, mais uma vez, o povo saiu à rua. Os governos da Islândia, da Holanda e do Reino Unido tinham acordado que seria o governo a desembolsar o valor total das indemnizações - que corresponde a 6 mil dólares por cada um dos 320 mil habitantes do país, a ser pago mensalmente por cada família a 15 anos, com juros de 5,5%. A 16 de Fevereiro, o Parlamento aprovou a lei e fez renascer a revolta popular. Depois de vários dias em protesto na capital, Reiquiavique, o presidente islandês, Ólafur Ragnar Grímsson, recusou aprovar a lei e marcou novo referendo para 9 de Abril.

Lição democrática n.º 3: As últimas sondagens mostram que as intenções de votar contra a lei aumentam de dia para dia, com entre 52% e 63% da população a declarar que vai rejeitar a lei n.o 13/2011. Enquanto o país se prepara para mais um exercício de verdadeira democracia, os responsáveis pelas dívidas que entalaram a Islândia começam a ser responsabilizados - muito à conta da pressão popular sobre o novo governo de coligação, que parece o único do mundo disposto a investigar estes crimes sem rosto (até agora).

Na semana passada, a Interpol abriu uma caça a Sigurdur Einarsson, ex-presidente-executivo do Kaupthing. Einarsson é suspeito de fraude e de falsificação de documentos e, segundo a imprensa islandesa, terá dito ao procurador-geral do país que está disposto a regressar à Islândia para ajudar nas investigações se lhe for prometido que não é preso.

Para as mudanças constitucionais, outra vitória popular: a coligação aceitou criar uma assembleia de 25 islandeses sem filiação partidária, eleitos entre 500 advogados, estudantes, jornalistas, agricultores, representantes sindicais, etc. A nova Constituição será inspirada na da Dinamarca e, entre outras coisas, incluirá um novo projecto de lei, o Initiative Media - que visa tornar o país porto seguro para jornalistas de investigação e de fontes e criar, entre outras coisas, provedores de internet. É a lição número 4 ao mundo, de uma lista que não parece dar tréguas: é que toda a revolução islandesa está a passar despercebida nos media internacionais.

por Joana Azevedo Viana

Fonte : i online

quarta-feira, janeiro 13, 2010

E.conomia.info - 2010.01.11


e.conomia.info

Os avanços da semana na Teoria Económica


Aumenta a pressão sobre o OE/2010
11 Janeiro 2010

Segundo o Financial Times as agências de rating estão de olho em Portugal e querem ver medidas significativas de combate ao défice orçamental. A situação não é comparável à grega, mas vários analistas avisam que o país corre o risco de receber cortes de ratings.
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O Negócios escreve que o Governo decidiu um corte de 10% a 15% no investimento financiado pelo Orçamento do Estado, uma medida que resulta da necessidade de consolidação orçamental
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A Islândia discutida em Portugal…
João Pinto e Castro sai em defesa da Islândia contra Reino Unido e Holanda. Nuno Teles, elogia a análise, mas salienta as diferenças face ao caso porruguês e grego para critica os que defendem politicas orçamentais austeras.
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… E a Europa discutida nos EUA
Para a maioria dos norte-americanos a Europa é um desastre. Essa é, por exemplo, a visão de James Manzi. Paul Krugman discorda e diz que se considerada apenas EU-15 o desempenho entre os dois blocos, desde 1980, e medido pelo PIB per capita, não é assim tão diferente.
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Num outro artigo Krugman apresenta em maior detalhe as razões para considerar a Europa um sucesso económico
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Chavez desvaloriza bolívar em 50% e enfrenta corrida às compras
O Presidente da Venezuela aprovou na sexta-feira uma desvalorização de 50% do bolívar. A decisão gerou forte contestação junto das empresas estrangeiras que tinham capitais no país (nomeadamente as espanholas) e levou milhares às ruas para fazerem compras antes dos preços dispararem, escreve o El País que diz que Chavez ameaça por o exército nas ruas para travar as subidas de preços exageradas.
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Tensão na Argentina sobre decisão de Kirchner de demitir o governador do Banco Central
Na semana passada Cristina Kircher deu ordem ao banco central para vender reservas de modo a pagar divida externa. O governador do banco central recusou-se e alegou que se tratava de uma acção ilegal. Kirchner demitiu-o. Deste então a tensão política e juridica não pára de crescer, escreve o New York Times
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Proposta espanhola de uma política económica comum na EU não colhe junto de alemães e britânicos
A proposta de Jose Luis Zapatero de criação de uma política económica comum na EU, que permita relançar, com credibilidade, a agenda de Lisboa para recuperar a economia europeia na próxima década não colhe junto da Alemanha e do Reino Unido, escreve o El País

A China transformou-se no maior exportador mundial
Depois de 13 meses de queda as exportações chinesas aumentaram 18% em Dezembro face ao mesmo mês do ano anterior, conseguindo assim fechar 2009 à frente da Alemanha como maior exportador mundial, escreve o The Guardian. Com os consumidores do mundo a privilegiarem produtos mais baratos como os produzidos na China, o gigante asiático afirma-se como líder.
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— e.conomia.info
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sexta-feira, agosto 28, 2009

WSWS - New -- 24 August 2009

New Today -- 24 August 2009

Perspective

70 years since the Hitler-Stalin Pact

Seventy years ago, Nazi foreign minister Joachim von Ribbentrop and Soviet foreign minister Vyacheslav Molotov met in Moscow to sign a hastily-negotiated Non-Aggression Pact between Hitlerite Germany and the USSR.

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News & Analysis

War to escalate after Afghan election

In the wake of last Thursday's election in Afghanistan, the US establishment is proceeding with plans for a further expansion of the war.

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South Korean government witch-hunts Ssangyong workers

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Hydroelectric catastrophe in Russia

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Iceland: Bank bailout and corruption scandals fuel protests

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US: New revelations on immigrant detainee abuse

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Australian teachers union calls for streamlined dismissals

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Former Wehrmacht officer condemned as war criminal

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The firing of a German supermarket cashier: A case of class justice

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Socialist Equality Party

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Detroit city workers oppose concessions, layoffs

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