- Anabela Fino
"e como que a experiência é a madre das cousas, por ela soubemos radicalmente a verdade" (Duarte Pacheco Pereira)
A Internacional
quinta-feira, fevereiro 16, 2012
Prosseguem as troikas
quarta-feira, dezembro 29, 2010
As sobras
- Anabela Fino
Avante 2010.12.23
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segunda-feira, novembro 16, 2009
Face Oculta - Albardas há muitas... - Anabela Fino
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terça-feira, agosto 11, 2009
Duocracia
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Outros Títulos: . • Os «porquinhos» de Sócrates • É assim o amor… • Alianças à esquerda – porque não? . . in Avante - 2009.07.30 . . |
sexta-feira, maio 22, 2009
Big, big brother

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quinta-feira, fevereiro 19, 2009
Coitados dos ricos
• Anabela Fino
O que está a acontecer aos ricos em geral e aos portugueses ricos em particular é verdadeiramente confrangedor. Num abrir e fechar de olhos, que é como quem diz de um trimestre ou quadrimestre para o outro, os coitados perderam milhões com a famigerada crise do nosso descontentamento.
sexta-feira, janeiro 04, 2008
Call girls, call boys

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terça-feira, dezembro 18, 2007
A estratégia do saco de plástico
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quarta-feira, outubro 31, 2007
Alô Cuba

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Como estas coisas não se fazem sem ajuda – que o diga o povo iraquiano, há quatro anos a viver as delícias da «liberdade duradoura» prometida por Bush – o presidente norte-americano logo ali apelou ao Congresso para ratificar o bloqueio que há quase 50 anos mantém contra a pequena ilha caribenha e, em jeito de quem acena com a cenoura ao burro, prometeu a criação de um fundo, mais um, para os empresários que hão-de colher os frutos da economia do país quando se registarem «mudanças profundas».
Com a enorme subtileza que o caracteriza, Bush pediu a colaboração das Forças Armadas e da polícia cubanas, exigiu a prisão dos actuais dirigentes e deixou claro quem serão os «eleitos» do futuro delineado por Washington ao afirmar que «os dissidentes de hoje serão os líderes de amanhã».
Nesta «lição de democracia», sem direito a público nem a perguntas (ao contrário do que sucede com o tão criticado programa Alô Presidente, de Hugo Chávez), Bush teve ainda tempo para se solidarizar com os cubanos que «com grande risco» acompanhavam o seu discurso através dos canais norte-americanos que transmitem para Cuba.
O que Bush não disse – e muitos outros calaram – é que apenas cinco horas depois deste patético Alô Cuba, o canal público Cubavisión (do tenebroso regime cubano), no programa Mesa Redonda, retransmitia a sua intervenção na íntegra, e, ao contrário do que fez a CNN, sem sequer intervalo para publicidade.
Embora seja público e notório que a Casa Branca está sempre pronta para apaparicar Cuba, vale a pena dizer que esta encenação bushiniana não ocorreu por acaso. É que estamos em vésperas de mais uma Assembleia Geral da ONU onde – surpresa!!! – vai estar mais uma vez em debate a questão do bloqueio, o tal que em nome da democracia obriga o povo cubano aos mais severos sacrifícios para defender a sua Revolução.
sexta-feira, outubro 12, 2007
Operação Milagre e a ajuda humanitária Cubana na Bolívia

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Toda a gente conhece a famosa frase sobre as bruxas, as tais em que não se acredita... pero que las hay, las hay. Pois não é que voltaram ao ataque? Não, não foi nada com Sócrates, nem com polícias à paisana, nem com o debate sobre Segurança Interna, nem com nenhum outro tema palpipante, revoltante, sórdido, indigno ou (sobretudo) preocupante dos muitos que agitam as águas cada vez mais turvas da nossa vida nacional, e em relação aos quais estou em crer que as bruxas, se existem, não só nada têm a ver como devem guardar distância por elementar questão de higiene e sanidade mental.
Do que se trata é de outra coisa, sem importância de maior porque sem consequências relevantes, que nem sequer valeria a pena trazer aqui à colação se não fosse essa questão de princípio que obriga – a alguns pelo menos – a repor a verdade sempre que é caso disso. O caso é com Teran, o sargento boliviano hoje na reforma, o homem que há 40 anos assassinou Che Guevara, que tanta tinta fez correr recentemente – inclusive no Avante!, pela autora destas linhas – devido a uma pretensa operação às cataratas que lhe teria devolvido a visão. O tempo dos verbos não é fortuito.
A «notícia» correu mundo. Mas uma falsa notícia não é notícia. Ou será? Quase se pode ouvir as gargalhadas das bruxas, saboreando a pequena vingança e pensando em quantas «notícias» destas, de consequências bem mais graves, fundamentam o «conhecimento» do que se passa no mundo ou mesmo aqui ao nosso lado, difundidas de forma bem menos inocente do que esta de Teran o foi.
O erro, no caso, não foi grave. O mérito da Operação Milagre é incontornável. Mas não deixa de ser caricato que tenha sido preciso um engano destes para milhões de pessoas em todo o mundo ficarem a saber a imensa generosidade da revolução cubana. Uma gota de água no oceano de mentiras ou meias verdades que todos os dias nos servem, dirão as bruxas.
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O número foi divulgado na última segunda-feira (25) pela ministra para o Investimento Estrangeiro e a Colaboração Econômica de Cuba, Martha Lomas, em apresentação ao Parlamento de seu país. Na ocasião, ela detalhava aos deputados o andamento da da Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA), à qual pertencem Cuba, Venezuela, Bolívia e Nicarágua, e de cujos programas também se beneficiam inúmeros países da região.
A ministra fez um balanço das cinco Cúpulas da ALBA realizadas até hoje, a última das quais teve lugar, em abril, em Barquisimeto, Venezuela, e na qual foi aprovada a execução de 32 mega-projetos nacionais para fomentar a unidade latino-americana e caribenha.
Também se referiu à implementação de outros programas dentro da ALBAquanto ao fornecimento de petróleo e sua poupança; ao uso de fontes renováveis de energia; ao impulso de planos de alfabetização e da saúde pública na Nicarágua, Bolívia e Venezuela; além de projetos de desenvolvimento em Cuba e outras ações.
Além disso, foram denunciados os empecilhos impostos pelas leis do bloqueio econômico, comercial e financeiro de Washington a Cuba ao pagamento de suas cotas financeiras à UIP e ao Parlamento Latino-americano (Parlatino).
No dia 29 de junho, começa no Palácio das Convenções o 9º período ordinário de sessões da 6ª Legislatura do Parlamento cubano.
Fonte: Granma - Site do Pc do B
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È inaceitável que alguns médicos brasileiros corporativistas tratem de difamar a medicina cubana com o único objetivo de impedir que os médicos ali formados ocupem o mercado de trabalho no Brasil.
Vivemos em um país de medicina comercial e qualquer escola que forme médicos para trabalhar para a população carente brasileira será vista com maus olhos, pois quanto mais médicos, menos doenças e menos mortes e consequentemente, menos dinheiro será gasto com consultas particulares e medicamentos desnecessários, o que para o mercado da medicina é uma perda.
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sábado, outubro 06, 2007
Bolívia - Operação Milagre

Deste bem, como de muitos outros, só ganhamos plena consciência quando se torna raro, quando fica ameaçado ou quando, no limite, nos falta. É nessa altura que assume toda a sua dimensão a importância do conhecimento e dos meios que permitiram à humanidade reparar o que se degradou e, mais ainda, o tipo de organização social que não faz depender do dinheiro que se tem ou não no bolso o acesso a tais cuidados.
Não são muitos os países que se podem orgulhar de ter a medicina ao serviço do seu povo e são menos ainda os que se dispõem a partilhá-la generosamente com os outros povos.
Talvez seja por isso que ostenta o nome de «Operação Milagre» o programa cubano de assistência médica oftalmológica gratuita a pessoas de parcos recursos em diversos países da América Latina, que já devolveu a vista a milhares de pessoas.
O «milagre», se existe, não está no desenvolvimento científico-técnico hoje já uma realidade num vasto número de países, mas na dádiva que Cuba e os seus médicos dela fazem ao mundo, em particular lá onde o imperialismo – o mesmo que tão encarniçada e persistentemente quer destruir a Revolução cubana – condenou os povos à mais aviltante pobreza, explorando as suas riquezas e a sua força de trabalho para de seguida os descartar como lixo quando deixam de se tornar rentáveis, sem direito aos mais elementares cuidados de saúde, quanto mais ao «luxo» de uma operação que lhes permita continuar a ver.
Num desses países, a Bolívia, que trilha agora os caminhos da libertação do jugo imperialista, a «Operação Milagre» acaba de dar mais uma lição de humanidade aos que vivem da exploração do homem pelo homem, aos que transformam o homem – alguns homens – em carrascos de outros homens. Em Santa Cruz, a segunda maior cidade boliviana, o ex-sargento Mario Teran recuperou a vista após ter sido operado às cataratas por médicos cubanos.
O caso nada teria de excepcional se Teran não fosse o homem que há 40 anos assassinou Che Guevara com uma rajada de metralhadora, a 9 de Outubro de 1967, um dia depois de ter sido preso e encerrado numa escola a algumas centenas de quilómetros de Santa Cruz.
Teran não se apresentou com a sua identidade, receoso talvez de não ser atendido. Mas o filho – por ventura mais visionário do que o pai alguma vez foi – considerou dever expressar o seu reconhecimento aos médicos cubanos numa declaração ao jornal local El Deber (O Dever).
Comentando o facto, o jornal cubano Granma escreveu que Teran, agora na reforma, «poderá apreciar de novo as cores do céu e da floresta, conhecer o sorriso dos seus netos (…). Mas nunca será capaz de ver a diferença entre as ideias que o levaram a assassinar um homem a sangue-frio e as desse homem.»
Pode ser que o Granma se engane. Afinal, é a «Operação Milagre» que Cuba está a oferecer ao mundo.
quarta-feira, julho 04, 2007


* Anabela Fino
sábado, junho 09, 2007


* José Casanova
Havia quem opinasse que, na apreciação à Greve Geral, os rapazes BE não dariam o passo de, publicamente, alinhar com o poder dominante. Quem assim opinava, alvitrava que, nesta situação concreta, os referidos boys manteriam a habitual postura de tapar a careca (desta vez com um véu de silêncio). Quem tal dizia, argumentava que os rapazes, apesar dos inegáveis esforços até aqui desenvolvidos e da mestria revelada na arte de esconder o que são e fingir o que não são, ainda não cumpriram plenamente as tarefas que lhes estão destinadas, as quais, cumpridas, quiçá lhes abrirão as portas de acesso a merecidos cargos governamentais.
Mas a verdade é que o êxito da jornada de luta de 30 de Maio – a maior e mais forte acção de massas contra o actual governo - colocava exigências imperativas: para o Governo, a Greve Geral tinha que ter sido um fracasso. E para o demonstrar, foram utilizados todos os trunfos disponíveis: catadupas de ministros e secretários de Estado a desfilarem pelas têvês; os média em peso (mais o coro afinado dos respectivos fazedores de opinião); enfim, a tropa de choque dos grandes momentos – todos repetindo-se e repetindo a cassette gasta e roufenha destas ocasiões.
Ora, tal estado de alerta há-de ter levado os rapazes BE a pensar que se lhes pedia um passo em frente. E deram-no: Miguel Portas e outros seus pares, no decorrer da Convenção do BE, juntaram-se ao coro de propagandistas do Governo. Mais do que isso: aproveitaram os ventos favoráveis e avançaram nas provocações contra o PCP e a CGTP, o que muito há-de ter agradado aos que tudo fazem para acabar com esse mau exemplo que é a existência em Portugal de uma verdadeira central sindical – verdadeira porque, sendo democrática, unitária, de massas e de classe, existe para defender, e defende de facto, os direitos e interesses dos trabalhadores.
E tamanha era a euforia que os rapazes nem se aperceberam que, ouvindo-os, muitos cidadãos haveriam de concluir que eles estavam, afinal, a reconhecer publicamente que nada fizeram para que a Greve Geral fosse um êxito; que, nos casos em que disseram apoiá-la, o fizeram apenas para não perder o comboio; e que, apesar disso, a Greve Geral foi um êxito dos trabalhadores e da CGTP.
Custa-lhes, enerva-os e irrita-os o êxito da Greve Geral e a constatação da certeza de que a luta dos trabalhadores vai continuar mais ampla e mais forte? Tenham paciência: é assim mesmo que vai ser.
A luta não espera por Proença
* Anabela Fino
«Sentimos novamente a pobreza e a exclusão»; o combate ao défice público «tem sido feito à custa dos salários e das pensões»; reina o «caos» na Administração Pública; «não é aceitável a política do quero, posso e mando!»
Bem prega Frei Tomás, ou no caso vertente João Proença, líder da UGT, ex-dirigente nacional e deputado do PS, com passagem por vários gabinetes ministeriais e hoje como sempre militante socialista.
Quem o ouviu no 1.º de Maio, pregando aos cerca de mil manifestantes (mil manifestantes mil) que segundo o DN responderam à chamada da UGT para as comemorações do Dia do Trabalhador, quem o ouviu, dizia, é capaz de ter pensado que a organização se distanciava das estratégias político-partidárias do Governo PS e erguia a bandeira da luta contra o «aumento do desemprego, da precariedade no trabalho e das desigualdades sociais» que, de acordo com o próprio Proença, o executivo Sócrates está a implementar.
Dias depois, no encerramento do Congresso do CDS-PP, a 20 de Maio, Proença voltava ao ataque dizendo que «houve perdas de salários», e alertando para o facto de Portugal ser o «país da União Europeia com maior desigualdade social».
É desta, pensaram os crédulos, antevendo a entrada da UGT na luta geral dos trabalhadores por uma mudança de rumo na política nacional. Qual quê! Quem acreditou nisso não leu certamente a entrevista de Proença ao CM (13.05.07), onde o intrépido sindicalista opina que ainda não é tempo de os trabalhadores da UGT fazerem greve, aconselha os trabalhadores a esperar pelo momento certo para protestar, e aponta como eventual razão para uma greve geral a próxima revisão do Código de Trabalho, o qual, se bem nos lembramos, lhe mereceu o aplauso.
Não é pois de estranhar que Proença tenha vindo a público acusar a CGTP de «arrogância» e asseverar que a greve de 30 de Maio não foi geral «porque não foi declarada pela UGT, nem pela maioria dos sindicatos independentes».
Se se tiver em consideração que a única vez que a UGT aderiu a uma greve geral foi em 1988 – também classificada com um «fracasso» pelo então primeiro-ministro Cavaco Silva – bem pode Sócrates dormir descansado. Se os trabalhadores estivessem à espera «do momento certo para protestar», segundo a UGT, bem podiam esperar sentados. Talvez seja por isso que apenas mil foram ouvir Proença no 1.º de Maio, enquanto dezenas de milhares desfilavam ao som de luta da CGTP.
Avante 2007.06.06
segunda-feira, abril 23, 2007

Bruxas & conspirações
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sábado, abril 21, 2007

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terça-feira, abril 17, 2007

Os EUA são o único país do mundo que possui armamento nuclear armazenado fora do seu território |
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sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Victor Nogueira
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in Avante, 2007.02.08 |