"e como que a experiência é a madre das cousas, por ela soubemos radicalmente a verdade" (Duarte Pacheco Pereira)
A Internacional
quarta-feira, agosto 08, 2012
Capitalismo lavado
quinta-feira, dezembro 29, 2011
João Marques de Almeida ~ Vinte anos depois
Diário Económico
Vinte anos depois28 | Dezembro | 2011 João Marques de Almeida | |
Não pretendo comparar a actualidade com a primeira metade do século XX (há comparações que são tão falsas como desnecessárias), mas a afirmação de Churchill ajuda a entender muito do que se passou em 2011. Embora as grandes mudanças não ocorram apenas num só ano, 2011 mostrou de um modo muito nítido o desaparecimento daquilo que o fim da Guerra Fria "tinha deixado de pé". Entre 1989 e 1991, acabou a Guerra Fria, mas não começou uma nova ordem; iniciou-se apenas um momento de transição. Os vinte anos de transição acabaram, e o mundo que aí vem será completamente diferente daquele que foi construído desde o pós-Guerra e durou até ao início do século XXI.
Em primeiro lugar, a distribuição do poder mundial está a alterar-se dramaticamente. Os historiadores do futuro escreverão que a seguir à ordem bipolar da segunda metade do século XX, veio um mundo multipolar. O "momento unipolar", dominado pelos Estados Unidos, passará à história como um breve período de transição. Percebemos agora que a unipolaridade norte americana foi apenas um dos restos da Guerra Fria. A ordem global do futuro será composta por várias grandes potências. Os Estados Unidos serão uma entre outras, como a China, a Índia, o Brasil e a Rússia. E no mundo multipolar, os países europeus serão os grandes derrotados. Segundo a maior parte das previsões, em 2050, nenhum país europeu estará entre as seis maiores economias do mundo (China, EUA, Índia, Japão, Brasil e Rússia, por esta ordem). No entanto, a União Europeia no seu conjunto, estará entre as três maiores (uma razão por si só suficientemente poderosa para fortalecer a União).
Há ainda duas observações a fazer em relação ao mundo multipolar. Além das potências globais, é necessário contar com a influência das potências regionais. Em termos relativos, estas últimas terão mesmo mais poder do que durante a ordem bipolar da Guerra Fria. Dito de outro modo, a influência das potências globais será menor do que era a dos Estados Unidos e da União Soviética durante a segunda metade do século XX. Por outro lado, está na altura de esquecer os BRICS em termos de coligação entre potências emergentes. Todos eles serão importantes, mas o alinhamento entre eles tornar-se-á menos frequente e mais precário. O objectivo comum foi acabar com o "momento unipolar". Com o fim do objectivo comum, a rivalidade entre eles acabará por prevalecer. Não escaparão á lógica da competição multipolar, o que de resto já começou a ser claro durante 2011. Qualquer analista asiático observará que a segurança regional é cada vez mais determinada pela rivalidade entre a China e a Índia. Em termos económicos, a "ameaça chinesa" domina as notícias e os comentários no Brasil.
Tal como no plano global, também na Europa, se assistiu à consolidação de uma dramática alteração na distribuição de poder. Mas ao contrário do mundo, onde o "momento unipolar norte americano" chegou ao fim, na Europa assiste-se ao "momento unipolar alemão". Vinte anos depois, concluíram-se as transformações de 1990-1991. A Alemanha reunificada está no topo da hierarquia de poder na Europa e será necessário concluir um Pacto Orçamental para completar o Tratado de Maastricht. E os dois processos estão intimamente ligados. O que está em jogo é saber se Berlim vai aceitar a institucionalização do seu poder. A questão decisiva para 2012 será a seguinte: irá a Alemanha aceitar que o aumento do seu poder signifique igualmente o reforço do método comunitário e do papel das instituições da União?
Para aqueles que favorecem as regras comunitárias e os métodos institucionais, como os médios e pequenos países, os sinais são relativamente positivos. Até à data, a transferência de competências para a União, no âmbito da governação económica, tem reforçado as instituições e nomeadamente a Comissão Europeia. Há um ponto que tem a ver com as regras não-escritas da política europeia que é necessário entender. Por razões históricas e políticas, a Alemanha tem que prosseguir uma dupla estratégia. Por um lado, tem que conceder uma aparente liderança à dupla Berlim-Paris. Mas por outro lado, não só aceita como procura, no plano substancial, um reforço das competências das instituições.
Esta dupla estratégia procura responder a um dos maiores dilemas da diplomacia alemã: a conciliação entre a gestão da relação bilateral com Paris e a liderança de uma União de 27 países. Tendo em conta o "momento unipolar" germânico, Berlim tem que gerir a relação com Paris com muita cautela. A França será sempre o país que sentirá mais dificuldades para lidar com a liderança alemã (ainda mais do que o Reino Unido). Ora, será necessário impedir o surgimento de uma França ressentida (e quem quiser observar os primeiros sinais do ressentimento gaulês, acompanhe com atenção a campanha eleitoral que aí vem). A construção da figura mediática "Merkozy" tem sido a forma de impedir o crescimento do ressentimento francês, criando-se a aparência de uma liderança a dois (apesar do termo "Merkely" capturar melhor a realidade). O risco será obviamente a emergência de outros ressentimentos na Europa, nacionais e não só, para evitar o ressentimento francês. O que mostra a natureza extremamente delicada e difícil da estratégia alemã.
Ao mesmo tempo, existe uma desconfiança em Berlim em relação à capacidade e vontade reformistas francesas nos planos económico e social. E esta desconfiança tende a transformar-se numa relutância em relação ao método intergovernamental. Berlim quer regras e mecanismos institucionais claramente definidos, precisamente porque não confia inteiramente na cultura económica dos seus principais parceiros europeus. Por isso, é provável que à aparência "Merkozy" se junte a consolidação da substância comunitária e institucional, através da conclusão do Pacto Orçamental.
Em termos da "grande história", 2011 foi o ano que veio depois de 1991: terminou o "momento unipolar" dos Estados Unidos, e a crise da zona Euro expôs os limites do Tratado de Maastricht e evidenciou a liderança alemã na Europa, destruindo a ilusão da relação igual entre Berlim e Paris. Uma coisa é certa: 2012 não será como 1992. O que será, ninguém sabe.
segunda-feira, dezembro 13, 2010
"Risco" (?) Pobreza ameaça dois milhões de portugueses
À presidência o José Pires
Apoio à Candidatura do professor José Pires à Presidência da República Portuguesa
Segunda-feira, 13 de Dezembro de 2010
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quarta-feira, setembro 01, 2010
O Estado "súcialista" e demo-cristão em que se vegeta !
Apoios sociais pagos a mais de dois milhões vão ser revistos
É uma autêntica revolução no sistema de protecção social. O Governo vai rever a atribuição de prestações sociais que beneficiam hoje mais de dois milhões de pessoas. E a estimativa é conservadora, já que o diploma ontem publicado em Diário da República vai mais longe do que o previsto.
É uma autêntica revolução no sistema de protecção social. O Governo vai rever a atribuição de prestações sociais que beneficiam hoje mais de dois milhões de pessoas. E a estimativa é conservadora, já que o diploma ontem publicado em Diário da República vai mais longe do que o previsto.
A comparticipação de medicamentos e de taxas moderadoras, de pensões de alimentos ou de apoios no âmbito da acção social escolar, tal como os outros apoios atribuídos pela administração central, também vão estar sujeitos a regras mais apertadas de aferição de rendimentos, nomeadamente através do recurso à informação fiscal e bancária.
in JNeg
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Apoios sociais pagos a mais de dois milhões vão ser revistos
É uma autêntica revolução no sistema de protecção social. O Governo vai rever a atribuição de prestações sociais que beneficiam hoje mais de dois milhões de pessoas. E a estimativa é conservadora, já que o diploma ontem publicado em Diário da República vai mais longe do que o previsto.
É uma autêntica revolução no sistema de protecção social. O Governo vai rever a atribuição de prestações sociais que beneficiam hoje mais de dois milhões de pessoas. E a estimativa é conservadora, já que o diploma ontem publicado em Diário da República vai mais longe do que o previsto.
A comparticipação de medicamentos e de taxas moderadoras, de pensões de alimentos ou de apoios no âmbito da acção social escolar, tal como os outros apoios atribuídos pela administração central, também vão estar sujeitos a regras mais apertadas de aferição de rendimentos, nomeadamente através do recurso à informação fiscal e bancária.
in JNeg
Apoios dependem da consulta de dados bancários e fiscais
Segurança Social
Apoios dependem da consulta de dados bancários e fiscais
18/06/10
A necessidade de cortar no défice levou o Governo a criar regras mais apertadas. A Segurança Social vai ver a conta bancária no momento de decidir.
Rendas apoiadas pelo Estado, ajudas a estudantes até ao ensino superior, comparticipação de medicamentos e taxas moderadoras são alguns dos apoios sociais a famílias mais pobres que terão novas regras a partir de 1 de Agosto. O decreto-lei, publicado ontem em Diário da República, uniformiza o cálculo dos rendimentos que dão acesso às prestações sociais, tornando as regras mais apertadas. Quem quiser beneficiar destes apoios poderá ter de autorizar a Segurança Social a consultar a conta bancária e a situação fiscal.
As medidas inserem-se no Programa de Estabilidade e Crescimento e, no caso da condição de recursos, o Executivo português já tinha afirmado que espera poupar 90 milhões em 2010 e 199 milhões em 2011.
Com o novo diploma, o Governo restringe o acesso ao RSI, aos apoios por encargos familiares e subsídios sociais de parentalidade e desemprego (atribuído a agregados pobres) mas também abrange outras ajudas dependentes do nível de riqueza. Aqui entram os apoios de acção social destinada aos estudos até ao ensino superior, apoios à habitação, comparticipação de medicamentos e pagamento de taxas moderadoras (que, no entanto, estão hoje mais dirigidas a grupos específicos e menos dependentes dos rendimentos). A lei não menciona expressamente as pensões sociais ou mínimas mas diz que o diploma é aplicável "a outros apoios ou subsídios" atribuídos pelo Estado.
O decreto-lei alarga o conceito de agregado familiar e passa a contabilizar parentes ou afins até ao terceiro grau, ou seja, atingindo até bisavôs e bisnetos, irmãos, tios e sobrinhos (incluindo os do cônjuge), desde que estes partilhem casa. Além disso, atribui um peso diferente a cada elemento da família. Assim, só o requerente da prestação conta a 100%, enquanto os restantes indivíduos maiores tem um peso de 70% e os menores de 50%. O conceito de rendimentos a contabilizar também se alarga: aos salários, somam os rendimentos prediais ou de capitais, pensões e outras prestações sociais. E também entram aqui as rendas apoiadas, nomeadamente subsídios de renda e de residência e todos os encargos com habitação social, ou seja, rendimentos de espécie.
A partir de Agosto, quando a lei entra em vigor, o montante dos apoios será reavaliado ou até eliminado, de acordo com um novo conceito de cálculo. Isto porque o diploma prevê "a reavaliação extraordinária da condição de recursos", mantendo apenas os subsídios sociais de parentalidade que estão em vigor e alguns apoios adicionais atribuídos a beneficiários de RSI.
Rendimento mínimo com cortes nos apoios adicionais
Além das alterações previstas para todos os apoios sociais, os beneficiários do rendimento mínimo contam com cortes acrescidos, além de vir a ser reforçada a fiscalização, que é feita semestralmente e no momento da renovação anual. Recorde-se que o rendimento mínimo levantou sempre fortes críticas ao CDS-PP e eventuais alterações ao diplomas chegaram a ser utilizadas em negociações com o PS para o Orçamento do Estado.
Com o novo decreto-lei, para ter acesso ao subsídio, só a primeira pessoa pode ter um rendimento até ao valor da pensão social (189,5 euros), quando antes este tecto era aplicado aos dois adultos. A partir do segundo elemento da família, o tecto desce para 70% da pensão social, mantendo-se o valor de 50% para cada menor (apesar de actualmente o valor subir para 60% a partir do terceiro filho).
Por outro lado, desaparece o apoio adicional à maternidade, que se mantém apenas para quem já recebe. O Ministério do Trabalho explica que estas ajudas "deixam de se justificar" porque já houve um aumento da protecção dos encargos familiares para a generalidade dos cidadãos.
Também caem outras ajudas a pessoas com deficiência, doença crónica ou idosos em situação de grave dependência e apoios que compensam despesas de habitação.
- AS NOVAS REGRAS
Quem não autorizar a Segurança Social a ter acesso a informações relativas ao seu rendimento (nomeadamente fiscais e bancárias) perde o direito ao apoio. Falsas declarações impedem o beneficiário de aceder ao apoio por dois anos.
Prazo para apresentação de rendimentos de capitais
A prova de rendimentos de capitais e apoio à habitação devem ser apresentados até 31 de Dezembro ou até 30 dias antes da renovação, no caso do RSI. Será ainda regulamentada uma portaria para regular a troca de dados com outras entidades que não a administração fiscal.
Mais controlo sobre o rendimento mínimo
O beneficiário de RSI que recuse o programa de inserção perde a prestação por 24 meses (e não 12). A recusa de emprego conveniente, trabalho social ou formação implica o fim do apoio. A partir de 2011, o Estado garante que vai colocar em seis todos os beneficiários entre 18 e 55 anos em medidas específicas.
in DE.O que vai mudar no acesso aos subsídios e apoios sociais
Estado
O que vai mudar no acesso aos subsídios e apoios sociais
18/06/10
O Governo criou regras mais apertadas e a Segurança Social vai ver a conta bancária no momento de decidir. A partir de 1 de Agosto, os rendimentos dos beneficiários passam a ter uma nova base de cálculo.
Em causa estão todos os apoios que não dependem de contribuições para a Segurança Social baseando-se antes no nível de rendimentos das famílias. O diploma confere um peso diferente aos rendimentos de cada elemento do agregado e alarga o número de pessoas da família que devem ser contabilizadas, além de incluir um conjunto de rendimentos mais alargado. Saiba o que muda.
1- A que prestações se aplicam as novas regras?
A todas as que são atribuídas conforme os rendimentos dos beneficiários, nomeadamente as relativas a encargos familiares, rendimento social de inserção, e subsídios sociais de desemprego e parentalidade (destinadas a agregados pobres. Também se aplicam a outros apoios como os de acção social escolar, comparticipação de medicamentos e pagamento de taxas moderadoras ou apoios a rendas.
2 - Que rendimentos passam a ser considerados?
Rendimentos de trabalho dependente e rendimentos empresariais e profissionais, bem como apoios a rendas e habitação social. Também entram rendimentos de capitais, considerando por exemplo juros de depósitos, dividendos de acções ou rendimentos de outros activos financeiros. Se estes forem inferiores a 5% do valor da dívida da família, é considerado o montante que resulta da aplicação de 5%. São também consideradas pensões, bolsas de estudo e de formação de combate ao abandono escolar ou de formação profissional. As prestações sociais continuadas também contam (à excepção dos apoios por encargos familiares, deficiência e dependência familiar). Já no caso dos apoios a habitação social, é considerado um apoio público no valor máximo para subsídio de renda (46,36 euros) mas de forma escalonada (um terço no primeiro ano, dois terços no segundo e a totalidade a partir do terceiro ano).
3 - Casa própria conta?
No caso de habitação permanente, esta só integra o rendimento do beneficiário se o valor do imóvel for superior a 251.532 euros. Mas neste caso, conta apenas 5% do valor que exceda aquele tecto. Ainda assim, são também contabilizados rendimentos prediais, como rendas ou valores de cedência do imóvel. Caso não exista renda ou esta seja inferior à determinada, considera-se 5% do valor mais elevado que conste da caderneta predial ou certidão matricial.
4 - Como é contabilizado o agregado?
Além do requerente, são contabilizados os rendimentos do cônjuge ou pessoa em união de facto há mais de dois anos e familiares (parentes ou em situação de afinidade) até ao 3º grau da linha recta ou colateral que com ele vivam. Aqui integram, pais e filhos, avôs e netos e bisavôs e bisnetos bem como irmãos e cunhados, tios e sobrinhos (tanto do beneficiário como do cônjuge). Menores, adoptados e adoptantes também contam. Muda o peso dos rendimentos per capita: o requerente equivale a 1, os restantes familiares maiores de idade equivalem a 0,7 e os menores 0,5.
in DE.Pensões
Mais de 1,3 milhões de pensionistas em risco de perder apoios na saúde
21/06/10
Taxas moderadoras, comparticipação de medicamentos, bolsas de estudo e apoios na Função Pública também são abrangidos pelo novo diploma.
Pelo menos 1,3 milhões de pensionistas que recebem apoios do Estado na comparticipação de medicamentos e que estão isentos das taxas moderadoras estão em risco de perder estas ajudas a partir de 1 de Agosto, quando entrar em vigor a lei que aperta o acesso aos apoios sociais..
Questionado pelo Diário Económico, o Ministério do Trabalho não revela o total de pessoas que serão afectadas pelos cortes ou reduções dos apoios sociais salientando apenas que existem 1,7 milhões de beneficiários de apoios por encargos familiares, rendimento mínimo e subsídios sociais de desemprego e parentalidade. O acesso a estas prestações passa agora a depender de regras mais rígidas ao nível dos rendimentos e das características do agregado mas o decreto-lei não se fica por aqui. Igualmente abrangidas estão as comparticipações de medicamentos e pagamento de taxas moderadoras quando estas ajudas dependem do nível de nível de recursos. A medida irá assim afectar os pensionistas com reformas mais baixas mas cujo agregado conta com outros rendimentos e que estão isentos de taxas moderadoras..
Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, referentes a 2006, mais de 1,3 milhões de pensionistas que recebiam uma reforma inferior ao salário mínimo estavam isentos de taxas moderadoras. E 1,37 milhões de pensionistas estavam abrangidos pelo regime especial de comparticipação de medicamentos. Também na Educação estão previstos cortes nos apoios sociais no âmbito da acção social escolar e no ensino superior público. Em risco poderão estar os cerca de 75 mil alunos universitários com baixos rendimentos que recebem bolsas de estudo suportadas pelo Estado. E a Função Pública também não fica de fora, podendo ser afectados os cerca de 16 mil apoios sociais e subsídios atribuídos actualmente.
in DE
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terça-feira, junho 30, 2009
Angola vai crescer acima de 10% no próximo ano
Económico com Lusa
29/06/09 15:20
José Eduardo dos Santos espera, contra todas as previsões internacionais, um forte crescimento da economia do país em 2009.
Notícias Relacionadas
Comunidade
O Governo angolano estima que a economia do país vai voltar a registar um forte crescimento já no ano que vem, depois de abrandar fortemente em 2009.
“Nos últimos três anos, o Produto Interno Bruto (PIB) de Angola cresceu na ordem dos 18%. Para 2009 tivemos que rever em baixa o crescimento para 6,2% e esperamos que a economia acelere já em 2010 para um número na ordem dos dois dígitos”, afirmou aos jornalistas o ministro das Finanças angolano, Eduardo Severim de Morais, citado pela Lusa.
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Em relação à elevada dependência da economia do país das exportações de petróleo, Severim de Morais disse que uma lição que Angola pode tirar da crise actual é a de que “não se pode estar tão dependentes de um só produto”.
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Este responsável adiantou que o executivo angolano está a prestar “grande atenção” a outros sectores da economia do país, para melhorar as condições de habitabilidade da população, em particular através de um projecto de habitação social, ao mesmo tempo que está a fomentar as exportações.
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Os números do governo angolano para o PIB do país em 2009 divergem fortemente das previsões das organizações internacionais, já que, enquanto Luanda estima que Angola vai crescer 6,2% este ano, o Banco Mundial espera uma contracção de 1,9% e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) aponta para um recuo de 7,2% da economia.
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in Diário Económico
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domingo, junho 28, 2009
Autoeuropa mantém trabalhadores mas corta produção
A fábrica continua disponível para aplicar o pré-acordo laboral em vez do lay-off
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O futuro passa por conquistar um quarto modelo para a fábrica
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in Diário Económico - sexta-feira, 26 de Junho de 2009 | 08:41
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segunda-feira, maio 11, 2009
BPP deve mais de dois mil milhões de euros
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quinta-feira, outubro 11, 2007
Joaquim Pina Moura
* Rodrigo Moita de Deus
Poucos talentos terão sido tão pouco apreciados, poucas figuras marcantes terão sido tão injustiçadas como Joaquim Pina Moura.
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Formado em Finanças Públicas, com especialização em planos quinquenais, pela Universidade Ulianov, em Moscovo, completou o seu percurso académico com uma notável pós-graduação em capitalismo. Depois de longos anos noutros ofícios onde não teve especial projecção, foi na política que iniciou uma carreira fulgurante. De chefe de gabinete de ministro, a ministro. De ministro a super-ministro. De super-ministro a referência indiscutível para a nação.
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Foi como ministro que se afirmou figura notável do país na última década. Entre o extraordinário trabalho realizado na contenção do défice público, é igualmente considerado por ser um dos founding fathers da doutrina “como manter centros de decisão em Portugal vendendo empresas a espanhóis”. O mesmo plano que Diogo Vaz Guedes soube transformar em modelo para todo o patronato português.
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Pina teve a oportunidade de aplicar o seu próprio sistema, quando num golpe de génio, se lembrou que a única forma de evitar perder o controlo de empresas consideradas essenciais era vendê-las a estrangeiros.
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Especialmente conhecido nos manuais de gestão ficou o caso da EDP, quando resolveu negociar a empresa com a sua principal concorrente, a Iberdrola. Os espanhóis, de tão impressionados que ficaram com a intransigência e habilidade de Pina Moura na defesa dos interesses nacionais, logo o decidiram convidar para Presidente do Conselho de Administração em Portugal.
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Desenganem-se aqueles que julgam que se tratou de uma reforma dourada. Actualmente, aguardam-no novos e extenuantes desafios. Como representante da energética terá de negociar a rescisão de um contrato, no valor de muitos milhões de euros, que ele próprio assinou como ministro. Do outro lado, a defender os superiores interesses do Estado português, estarão amigos do partido e ex-colegas de governo. Eis um desafio à altura de Pina Moura. Estamos certos que nenhuma das partes desta épica contenda nos desiludirá.
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Pina Moura é hoje deputado eleito do Partido Socialista pelo círculo da Guarda, conselheiro de José Sócrates para matérias económicas e presidente do conselho de adminstração da Iberdrola em Portugal. Dá entrevistas, aparece nos jornais é respeitado e encontra-se em liberdade.
terça-feira, setembro 18, 2007
Que sucedeu a Maddie? (16) - Maddie e Gordon Brown

Até agora ainda não houve nenhum jornal, português ou inglês, que nos explicasse a natureza da relação de amizade entre Gordon Brown e Gerry McCann.
terça-feira, maio 22, 2007

Escandaloso, como de costume
Perante tais resultados, há quem seja devidamente recompensado. Dizem os entendidos, que os salários dos gestores das empresas cotadas em bolsa no índice PSI 20 (entre as quais se encontram os ditos bancos), triplicaram nos últimos 5 anos. Mais, segundo um estudo da Comissão de Mercados de Valores Mobiliários, estes esforçados assalariados recebem, em média, 60 vezes mais (eu soletro, se-ssen-ta, não foi engano), do que o salário médio em Portugal.
Entretanto, estes números que colocam Portugal como um dos países que melhor remunera os seus gestores de topo, contrastam de forma escandalosa com a informação que nos diz que os trabalhadores por conta de outrem, viram o poder de compra dos seus salários diminuir em 2006. Diminuição que, segundo um estudo da Comissão Europeia, foi a mais acentuada desde há 22 anos.
Ou seja, mesmo com aumentos salariais os portugueses trabalhadores por conta de outrem, excluindo os gestores de topo que para este caso não são chamados, conseguem comprar menos coisas que antes dos aumentos.
O agravamento das taxas de juros, particularmente nos empréstimos para compra de habitação, que no último ano ascendeu a mais de 25%, por opção do grande capital financeiro e com o apoio do Governo, tem aqui um peso muito significativo.
Donde se pode concluir que os lucros de que falamos no início, que para alguns são a evidência suprema da prosperidade económica, que só eles conseguem ver, assentam directamente nas dificuldades cada vez maiores da esmagadora maioria dos portugueses. Que os faustosos lucros e compensações de uns poucos engordam na directa medida em que emagrecem os salários de muitos milhões.
E é assim que o Governo do PS constrói Portugal - o país com as maiores desigualdades sociais da União Europeia.
São estes escândalos obscenos do costume que uns especialistas da coisa nos querem fazer engolir.
Aqui repito-me: também é para travar este e outros escândalos obscenos, que em 30 de Maio estamos em Greve Geral!
in Avante 2007.05.17
Executivos “Ronaldos”
* Helena Garrido
in Diário Económico 2007.05.09