A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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sexta-feira, novembro 19, 2010

Milhares de documentos confirmam apoio dos EUA ao golpe de Pinochet


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Museu da Memória no Chile tem novos dados no seu arquivo
 
18.11.2010 - 18:22 Por Isabel Gorjão Santos
O apoio norte-americano ao golpe militar que derrubou o Presidente chileno Salvador Allende, a 11 de Setembro de 1973, não é um tema inédito, mas agora há dados novos. O Museu da Memória e dos Direitos Humanos em Santiago do Chile acaba de receber mais de 20.000 documentos desclassificados que trazem novas informações sobre o envolvimento dos EUA no golpe que deu início à ditadura de Pinochet.
Pinochet derrubou Allende em 1973 e ficou no poder até 1990  
Pinochet derrubou Allende em 1973 e ficou no poder até 1990 (Claudia Daut/Reuters)
“Desejamos que o seu governo seja próspero. Queremos ajudá-lo e não obstruir o seu trabalho.” Estamos em Junho de 1976, passaram já quase três anos após o bombardeamento do Palácio de La Moneda em Santiago e a morte de Allende. O secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger prepara-se para fazer um discurso na Organização dos Estados Americanos sobre direitos humanos, mas antes volta-se para o general Augusto Pinochet e manifesta-lhe o seu apoio. Depois acrescenta: “Está a ser vítima de todos os grupos de esquerda do mundo e o seu maior pecado não foi outro senão derrubar um governo que se converteu ao comunismo”.

Esta conversa entre o secretário de Estado norte-americano e o ditador chileno, que ontem foi citada pelo diário espanhol "El Mundo", é uma das que se encontram transcritas nos documentos que agora passaram a fazer parte dos arquivos do Museu da Memória. Mas nos mais de 20.000 documentos entregues pelo director do projecto dedicado ao Chile no arquivo da Universidade George Washington, Peter Kornbluh, é também expressa “de forma muto clara” a intervenção da Administração do Presidente Richard Nixon.

Peter Kornbluh, autor de várias obras sobre a ditadura chilena, adiantou ao "El Mundo" que Kissinger “foi o arquitecto do programa para derrotar Allende entre 1970 e 1973”. Alguns dos documentos agora disponibilizados, cerca de 2000, provêem da CIA, enquanto outros são transcrições de conversas de Kissinger ou informações sobre como Pinochet e o chefe da polícia secreta Chile DINA, Manuel Contreras, tentaram encobrir o assassínio em Washington do antigo ministro dos Negócios Estrangeiros de Allende, Orlando Letelier.

Kornbluh considera que os documentos serão um contributo para os processos judiciais sobre violações de direitos humanos na ditadura que se prolongou até 1990 e em que foram mortos mais de 3000 opositores.
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quinta-feira, janeiro 21, 2010

Parte da tragédia do Haiti é "Made in USA"


Mundo

Vermelho - 15 de Janeiro de 2010 - 14h27

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Parte do sofrimento no Haiti é "Feito nos Estados Unidos". Se um terremoto pode danificar qualquer país, as ações dos Estados Unidos ampliaram os danos do terremoto no Haiti. Como? Na última década, os Estados Unidos cortaram ajuda humanitária ao Haiti, bloquearam empréstimos internacionais, forçaram o governo do Haiti a reduzir serviços, arruinaram dezenas de milhares de pequenos agricultores e trocaram apoio ao governo por apoio às ONGs.

Por Bill Quigley, no Huffington Post

O resultado? Pequenos agricultores fugiram do campo e migraram às dezenas de milhares para as cidades, onde construiram abrigos baratos nas colinas. Os fundos internacionais para estradas e educação e saúde foram suspensos pelos Estados Unidos. O dinheiro que chega ao país não vai para o governo mas para corporações privadas. Assim o governo do Haiti quase não tem poder para dar assistência a seu próprio povo em dias normais -- muito menos quando enfrenta um desastre como esse.
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Alguns dados específicos de anos recentes.
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Em 2004 os Estados Unidos apoiaram um golpe contra o presidente eleito democraticamente, Jean Bertrand Aristide. Isso manteve a longa tradição de os Estados Unidos decidirem quem governa o país mais pobre do hemisfério. Nenhum governo dura no Haiti sem aprovação dos Estados Unidos.
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Em 2001, quando os Estados Unidos estavam contra o presidente do Haiti, conseguiram congelar 148 milhões de dólares em empréstimos já aprovados e muitos outros milhões de empréstimos em potencial do Banco Interamericano de Desenvolvimento para o Haiti. Fundos que seriam dedicados a melhorar a educação, a saúde pública e as estradas.
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Entre 2001 e 2004, os Estados Unidos insistiram que quaisquer fundos mandados para o Haiti fossem enviados através de ONGs. Fundos que teriam sido mandados para que o governo oferecesse serviços foram redirecionados, reduzindo assim a habilidade do governo de funcionar.
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Os Estados Unidos têm ajudado a arruinar os pequenos proprietários rurais do Haiti ao despejar arroz americano, pesadamente subsidiado, no mercado local, tornando extremamente difícil a sobrevivência dos agricultores locais. Isso foi feito para ajudar os produtores americanos. E os haitianos? Eles não votam nos Estados Unidos.
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Aqueles que visitam o Haiti confirmam que os maiores automóveis de Porto Príncipe estão cobertos com os símbolos de ONGs. Os maiores escritórios pertencem a grupos privados que fazem o serviço do governo -- saúde, educação, resposta a desastres. Não são guardados pela polícia, mas por segurança privada pesadamente militarizada.
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O governo foi sistematicamente privado de fundos. O setor público encolheu. Os pobres migraram para as cidades. E assim não havia equipes de resgate. Havia poucos serviços públicos de saúde.
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Quando o desastre aconteceu, o povo do Haiti teve que se defender por conta própria. Podemos vê-los agindo. Podemos vê-los tentando. Eles são corajosos e generosos e inovadores, mas voluntários não podem substituir o governo. E assim as pessoas sofrem e morrem muito mais.
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Os resultados estão à vista de todos. Tragicamente, muito do sofrimento depois do terremoto no Haiti é "Feito nos Estados Unidos".

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Fonte: Huffington Post, reproduzido por Vi o Mundo

Leia também: Naomi Klein alerta para "capitalismo do desastre" no Haiti

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terça-feira, janeiro 12, 2010

Lincoln Gordon e a origem dos "desaparecidos"

Lincoln Gordon e a origem dos "desaparecidos"

A elite americana


por William Blum [*]
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Cartoon de Latuff. Lincoln Gordon morreu há poucas semanas com a idade de 96 anos. Licenciara-se summa cum laude em Harvard aos 19 anos, doutorara-se em Oxford como bolsista Rhodes, publicara o seu primeiro livro aos 22 anos, com dúzias mais a seguir sobre governo, economia e política externa na Europa e América Latina. Entrou [como professor] na Faculdade de Harvard aos 23 anos. O dr. Gordon foi executivo no Gabinete de Produção de Guerra durante a II Guerra Mundial, administrador de topo dos programas do Plano Marshall na Europa do pós guerra, embaixador no Brasil, teve outras altas posições no Departamento de Estado e na Casa Branca, foi investigador no Centro Internacional Woodrow Wilson para Académicos, economista na Brookings Institution, presidente da Johns Hopkins University. O presidente Lyndon B. Johnson louvou o serviço diplomático de Gordon como "uma rara combinação de experiência, idealismo e julgamento prático".
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Está a ver o quadro? O rapaz maravilha, intelectual brilhante, líder notável de homens, patriota americano destacado.
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Abraham Lincoln Gordon foi também o homem de Washington no Brasil, e muito activo, como director do golpe militar de 1964 que derrubou o governo moderadamente de esquerda de João Goulart e condenou o povo brasileiro a mais de 20 anos de uma ditadura terrivelmente brutal.
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Os que fazem campanha pelos direitos humanos sustentam há muito que o regime militar do Brasil originou a ideia dos "desaparecidos" e exportou métodos de tortura através da América Latina. Em 2007, o governo brasileiro publicou um livro de 500 páginas, "O direito à memória e à verdade", no qual esboça a tortura sistemática, violação e desaparecimento de aproximadamente 500 activistas de esquerda e inclui fotos de cadáveres e vítimas de tortura. Actualmente, o presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva está a propor uma comissão para investigar alegações de tortura pelos militares durante a ditadura de 1964-1985. (Quando será que os Estados Unidos criam uma comissão para investigar a sua própria tortura?)
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Num telegrama para Washington após o golpe, Gordon declarava — numa observação que dificilmente superaria as de John Foster Dulles — que sem aquele golpe poderia ter havido uma "perda total para o ocidente de todas as repúblicas sul americanas". (O golpe foi realmente o princípio de uma série de golpes anti-comunistas fascistóides que aprisionou a metade sul da América do Sul em décadas de um longo pesadelo, culminando na "Operação Condor", no qual várias ditaduras, ajudadas pela CIA, cooperaram na captura e morte de esquerdistas.)
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Gordon posteriormente testemunhou numa audiência perante Congresso e, negando completamente qualquer conexão com o golpe no Brasil [1] , declarou que este fora "a mais decisiva vitória isolada da liberdade nos meados do século XX".
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Ouçam uma conversação telefónica entre o presidente Johnson e o secretário assistente de Estado para Assuntos Inter-Americanos, Thomas Mann, em 3 de Abril de 1964, dois dias após o golpe: 

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MANN: Espero que esteja tão feliz como eu acerca do Brasil.

LBJ: Estou.

MANN: Penso que é a coisa mais importante acontecida no hemisfério nos últimos três anos.

LBJ: Espero que eles nos dêem algum crédito ao invés do inferno.

(Michael Beschloss, Taking Charge: The Johnson White House Tapes, 1963-1964 (New York, 1997), p.306. Todas as outras fontes desta secção sobre Gordon podem ser encontradas em: Washington Post, 22/Dezembro/2009, obituário; The Guardian (Londres), 31/Agosto/2007; William Blum, "Killing Hope", chapter 27.)
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Assim, da próxima vez que se encontrar com um rapaz maravilha de Harvard, tente manter a sua adulação não importa que posto o homem tenha, mesmo — oh, apenas escolhendo uma posição aleatoriamente — a presidência dos Estados Unidos. Mantenha os olhos centrados não sobre estes "liberais" ... "melhores e mais brilhantes" que vêm e vão, mas sobre a política externa dos EUA que permanece a mesma década após década. Há dúzias de Brasis e de Lincoln Gordons no passado dos EUA. No seu presente. No seu futuro. Eles são o equivalente diplomático dos sujeitos que dirigiam a Enron, a AIG e a Goldman Sachs.
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Naturalmente, nem todos os nossos responsáveis pela política externa são como este. Alguns são piores.
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E recorde as palavras do espião condenado Alger Hiss: A prisão é "um bom correctivo para três anos de Harvard". 

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[1] O que é uma mentira diplomática descarada.   O golpe de 1964 no Brasil foi preparado, coordenado e apoiado pela Embaixada dos EUA no Rio de Janeiro sob o comando do embaixador Lincoln Gordon.   A preparação psicológica e política para o golpe foi feita por entidades criadas pela CIA, como o IPES e o IBAD.   A coordenação foi feita pelo general da CIA Vernon Walters em conjunto com o general Castelo Branco (o primeiro presidente pós golpe).   Quanto ao apoio militar, o sr. Lincoln Gordon até mandou vir uma esquadra da U.S.Navy pronta para intervir caso houvesse resistência significativa aos golpistas.   Preparado durante mais de dois anos, o golpe consumou-se 18 dias depois de o presidente João Goulart anunciar algumas pequenas restrições à remessa de lucros das transnacionais que operavam no Brasil e de uma tímida lei da Reforma Agrária que previa a expropriação de terras (com indemnização aos proprietários) numa faixa de terra ao longo das rodovias federais.(NR)
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[*] Autor de numerosas obras, como La CIA Una Historia Negra/ Killing Hope: Intervenciones de La CIA desde la segunda guerra mundial/ U.S. Military and CIA Interventions Since World War II e Les Guerres scélérates . BBlum6@aol.com

O original encontra-se em http://www.counterpunch.org/blum01072010.html


Este artigo encontra-se em http://resistir.info/

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08/Jan/10

Na Periferia do Império: Massacres e Ditaduras

Na Periferia do Império




Posted: 08 Jan 2010 06:21 AM PST
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O relator especial da ONU para as Execuções Extrajudiciais, Sumárias ou Arbitrárias, Philip Alston, confirmou a autenticidade do vídeo, difundido inicialmente em Agosto no Reino Unido, que mostra um homem de uniforme que dispara na nuca de um homem nu, atado e de olhos vendados, junto a campo em que jazem os corpos de vários homens. Outro homem é em seguida abatido.
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As imagens de execução de supostos guerrilheiros do Tigres Tâmeis foram produzidas pelo grupo Journalists for democracy in Sri Lanka e difundidas pelo britânico Channel 4.

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Na Periferia do Imperio - http://www.naperiferiadoimperio.blogspot.com
Posted: 08 Jan 2010 05:26 AM PST
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.O texto abaixo faz parte do artigo "A elite americana", do estadunidense William Blum, autor de numerosas obras, como La CIA Una Historia Negra/ Killing Hope: Intervenciones de La CIA desde la segunda guerra mundial/ U.S. Military and CIA Interventions Since World War II e Les Guerres scélérates.
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"Lincoln Gordon morreu há poucas semanas com a idade de 96 anos. Licenciara-se summa cum laude em Harvard aos 19 anos, doutorara-se em Oxford como bolsista Rhodes, publicara o seu primeiro livro aos 22 anos, com dúzias mais a seguir sobre governo, economia e política externa na Europa e América Latina. Entrou [como professor] na Faculdade de Harvard aos 23 anos. O dr. Gordon foi executivo no Gabinete de Produção de Guerra durante a II Guerra Mundial, administrador de topo dos programas do Plano Marshall na Europa do pós guerra, embaixador no Brasil, teve outras altas posições no Departamento de Estado e na Casa Branca, foi investigador no Centro Internacional Woodrow Wilson para Académicos, economista na Brookings Institution, presidente da Johns Hopkins University. O presidente Lyndon B. Johnson louvou o serviço diplomático de Gordon como "uma rara combinação de experiência, idealismo e julgamento prático".

Está a ver o quadro? O rapaz maravilha, intelectual brilhante, líder notável de homens, patriota americano destacado.
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Abraham Lincoln Gordon foi também o homem de Washington no Brasil, e muito activo, como director do golpe militar de 1964 que derrubou o governo moderadamente de esquerda de João Goulart e condenou o povo brasileiro a mais de 20 anos de uma ditadura terrivelmente brutal. " (leia mais)

Leia o texto completo:

Em português encontra-se em http://resistir.info/.

O original em inglês encontra-se em http://www.counterpunch.org/blum01072010.html

Na Periferia do Imperio - http://www.naperiferiadoimperio.blogspot.com

quinta-feira, outubro 15, 2009

Total de 53 milhões de pessoas passará fome na A.Latina em 2009, diz FAO

14/10 - 14:17 - EFE

EFE - v1


Santiago do Chile, 14 out (EFE).- Um total de 53 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe passará fome em 2009, devido à alta dos preços dos alimentos e à crise financeira global, segundo um relatório publicado hoje pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês).

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O documento aponta que a crise de acesso aos alimentos "persiste e se aprofundou" nos últimos três anos. Em 2009, 6 milhões de pessoas a mais passarão fome na região, em comparação com 2008.
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"Éramos a única região do mundo que estava progredindo na redução da fome até 2005 (...)", disse o diretor da FAO para a América Latina e o Caribe, o brasileiro José Graziano, que esclareceu que a região não sofre de escassez em alimentos, mas que as oportunidades de acesso a eles são restritas.
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Segundo Graziano, de 2006 a 2008, o número de pessoas desnutridas aumentou de 45 para 47 milhões, devido a um "aumento rapidíssimo" dos preços dos alimentos, que afetou, principalmente, a população mais pobre.
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Durante o último ano, auge dos efeitos da crise econômica, a quantidade de desnutridos seguiu aumentando na região, sobretudo devido à alta do desemprego e à ausência de programas sociais para enfrentar o problema.
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Apesar dos números negativos, Graziano se mostrou convencido de que a fome poderá ser erradicada na América Latina e no mundo dentro de um prazo que vai até 2025, embora seja necessário incorporar a luta contra a desnutrição nas políticas públicas dos países. EFE gs/pd



quarta-feira, julho 29, 2009

O Golpe de Honduras e as matérias pestilentas da Folha

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Honduras - Desistir jamais


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Em nome da 'democracia', os EUA invadiram o Iraque e o Afeganistão, iniciando uma guerra contra o terror (e não contra suas causas), matando milhões de pessoas, a maioria inocentes.

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Rechaçaram a invasão do Kuwait promovida pelo Iraque, e em apenas um dia de batalha tecnológica restituíram a paz nquele país. Vivam os EUA! Os guardiãs da democracia... Mas, esperem. Por que ainda não tomaram um providência contra o golpe na democracia de Honduras?
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Um golpe de estado acontece às barbas do Tio Sam, ameaçando a paz na América-Latina, e os EUA se calam. Será que democracia tem sentidos diferentes quando fogem dos seus interesse?
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E a mídia espúria, que sempre defendeu os gorilas de fardas, se comporta de acordo com o pensamento dos EUA. E o pensamento deles é que não houve golpe militar em Honduras, o povo não está sendo massacrado pelo exército hondurenho e Zelaya é o único culpado pelo golpe porque, pasmem, queria fazer uma consulta popular. "Que isto sirva de lição" - disse o porta-voz do Departamento de Estado, Phillip Crowley.
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Vejam no segundo parágrafo da matéria sobre Honduras o que diz a Folha sobre Zelaya, e tirem suas conclusões se vale a pena continuar lendo porcarias, contribuindo para o seu empobrecimento intelectual e com o desmatamento das florestas.
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(...) "O hondurenho, que ganhou apoio internacional, rejeitou negociar com o governo interino e acusou os Estados Unidos de afrouxarem sua retórica contra o golpe de Estado que o derrubou, em 28 de junho passado". Link para o esgoto aqui.
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A Folha vale um pau de fósforo? E você sabe quantas árvores são derrubadas para imprimir esse lixo?
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Não existe governo interino, existe golpistas fascistas e não se negocia com eles. É o que reza a cartilha sobre defesa da democracia imposta pelos EUA. Barack Obama, cadê tu, macho réi???!!! Desça de cima do muro!!!
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in Bodega Cultural - Segunda-feira, 27 de Julho de 2009

segunda-feira, julho 27, 2009

Estratégia separatista na Bolívia é cópia de Kosovo



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O jornalista espanhol Julio César Alonso assegurou neste domingo (19) que a estratégia separatista na Bolívia impulssionada por um bando de terroristas, neutralizado em abril último em Santa Cruz, era a mesma que a aplicada em Kosovo,em 1999. Em declarações ao programa "O Povo é Notícia", de Rádio Pátria Nueva e que divulga a estatal televisora Bolívia TV, Alonso recordou que em ambos momentos, a embaixada estadunidense esteve encabeçada pela mesma pessoa, Philip Goldberg.


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O avezado correspondente de guerra, de visita em La Paz, antes anunciou que conheceu e entrevistou várias vezes o cabeça dos extremistas mortos e detentos em um operativo policial, o 16 de abril último no hotel crucenho Las Américas, Eduardo Rózsa Flores, conhecido assassino e mercenário, explicou.

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Segundo Alonso, existe um vídeo que o extremista enviou a Europa, cujo conteúdo será revelado em setembro ou outubro próximos, no que Rózsa Flores delata aos financiadores da banda, em caso que algo lhe suceda.

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Ao que parece, afirmou, o líder do grupo irregular sentia-se defraudado por quem contrataram-no para organizar na Bolívia uma guerra civil na que militares, policiais e indígenas se converteriam em vítimas, e já estava por se retirar quando foi surpreendido, sem capacidade de reação.

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Bolívia era o país eleito

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De acordo com o depoimento do profissional, na nação andina o extremista pensava organizar sua guerra, a guerra que, ao menos, duraria nos meses suficientes para finalizar seu filme, seus massacres, suas torturas e seu novo reino, limpo de índios, negros, comunistas e demais desperdícios, segundo ele mesmo dizia.

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"Rózsa Flores pensava copiar na Bolívia, país ao que sempre desprezou nas conversas privadas e ao que se referia como "berço de índios analfabetos", "nação de bobos" ou "cubo de lixo", sua particular guerra suja", remarcou.

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Será em setembro ou outubro, explicou, quando saberemos toda a verdade de Rózsa Flores, um especialista mercenário que formava grupos mistos de veteranos e jovens para orgías de sangue.

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Segundo Alonso, os mercenários estavam preparando na Bolívia não uma defesa, senão uma guerra que devia durar, para ser rentável econômica e politicamente, mais de um mês. O cálculo para este fim, na primeira semana, era de 25 mil mortos, segundo descreve Alonso em um artigo publicado neste domingo na Agência Boliviana de Informação (ABI).

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Com esta situação, disse, só uma intervenção internacional, seguindo o modelo da Croácia e Kosovo, a deteria. Para isso, afirma, chegariam voluntários argentinos, alguns deles já veteranos das guerras balcânicas. Também se esperava a paraguaios, colombianos e alguns elementos uruguaios.

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Fonte: Prensa Latina
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in Vermelho - 19 DE JULHO DE 2009 - 20h11
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Na Flórida, deposição de Zelaya vira exemplo anticomunista



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Se em Washington e no restante mundo a condenação ao golpe de Estado em Honduras é unânime, no sul da Flórida a saída dos tanques às ruas em Tegucigalpa e a expulsão do presidente Manuel Zelaya são vistos como “um golpe democrático”. É o que pensa José Lagos, presidente de uma organização ultradireitista de imigrantes hondurenhos.

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“O presidente Zelaya queria levar o país para o comunismo, entregá-lo a [Hugo] Chávez e por isso as Forças Armadas tiveram de dar um golpe democrático”, afirma Lagos. Sua entidade, não por acaso, tem sede em Miami — a única cidade do mundo onde, em 2003, foi realizada uma manifestação de apoio à guerra no Iraque.

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Logo após o golpe, Lagos, que estava internado em um hospital convalescente de uma operação, saiu à rua e organizou a primeira coletiva de imprensa do presidente inconstitucional, Roberto Micheletti. Uma vez convocada a imprensa local de Miami, ele pegou o celular, telefonou para o presidente golpista e o pôs em contato com os jornalistas. “Você é um bom patriota”, elogiou Micheletti.

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A entrevista foi repetida até a exaustão pelas rádios e televisões da cidade. A situação chegou a tal ponto que até o diretor do jornal The Miami Herald, Anders Gyllenhaall, escreveu em seu Twitter: “Estas coisas só acontecem em Miami. Deputado dá golpe em Honduras e telefona para Miami para dar explicações”.

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“Nós, os cubanos livres, estamos orgulhosos do presidente hondurenho, que deu um exemplo ao mundo de ideais democráticos e responsabilidade cívica”, acrescentou o líder de Vigília Mambisa, Miguel Savedra, referindo-se a Micheletti. Savedra é um exilado cubano conhecido na cidade por, “em tempos de crise política”, aparecer sempre no principal café da Pequena Havana, o Versailles, onde se concentram os jornalistas em busca de opiniões pitorescas.

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Foi neste ambiente que Rodolfo Frómeta, o “comandante-chefe” da Comandos F-4 anunciou que tinha “enviado para Honduras 230 soldados” para ajudar o Exército desse país a combater “a penetração cubano-chavista”. A Comandos F-4 é possivelmente a única organização anticastrista que reivindica uma oposição “bélica” contra o governo da ilha,

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Da Redação, com informações do Operamundi.net

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in Vermelho - 25 DE JULHO DE 2009 - 20h01

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sexta-feira, julho 24, 2009

O vergonhoso papel da Igreja em Honduras



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O golpe militar em Honduras relembra o triste papel da Igreja Católica na defesa dos privilégios dos ricaços na América Latina. Nas décadas de 1960/1970, a sua alta hierarquia organizou as marchas com “Deus, pela família e pela propriedade”, preparando o clima para a derrubada de presidentes nacionalistas. Com seu discurso anticomunista, ela deu apoio ostensivo a sanguinárias ditaduras. No Chile, ela abençoou o fascista Pinochet; na Argentina, alguns “religiosos” participaram até de sessões de tortura. Esta ligação carnal com os poderosos rachou a Igreja, com o florescimento da Teologia de Libertação e das Comunidades Eclesiais de Base, ligadas aos anseios populares.

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Por Altamiro Borges, em seu Blog*

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Este setor progressista cresceu e jogou papel de destaque na luta pela democracia e por reformas profundas no continente. Mas com a ascensão do cardeal polonês Karol Wojtyla, o Papa João Paulo II, houve nova guinada direitista no Vaticano, que investiu para dizimar os religiosos mais engajados nas lutas dos povos “pelo reino de Deus na Terra”. A hierarquia ligada aos poderosos retomou a ofensiva e voltou a cometer atrocidades, como no frustrado golpe na Venezuela de abril de 2002, no apoio aos separatistas da Bolívia ou nas ações de desestabilização do governo de Cristina Kirchner na Argentina. Agora, ela novamente mostra sua fase horrenda em Honduras.

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Papável com as mãos sujas de sangue

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Logo após o golpe de 28 de junho, a Conferência Episcopal de Honduras divulgou nota de apoio aos militares e condenou o presidente Manuel Zelaya por “traição à pátria, abuso de autoridade e usurpação de funções”. Já o cardeal Oscar Rodriguez Madariaga, que chegou a ser cotado para substituir o reacionário Wojtyla no Vaticano, implorou na TV que Zelaya não retornasse ao país. Agora, num habilidoso jogo de poder, a Igreja Católica tenta se cacifar politicamente. “Depois da clara aprovação do golpe, a máxima hierarquia eclesiástica reproduz, numa linguagem melosa e hipócrita, os convites ao diálogo, ao consenso e a reconciliação”, critica o filósofo Rubén Dri.

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A alta hierarquia católica está temerosa com a onda de revolta da população. “O nosso país vive um caos. Não sabemos o que vai acontecer. Nas ruas, as manifestações ocorrem num ambiente de grande incerteza. As manifestações a favor do ex-presidente são muito agressivas, no sentido de que sujam tudo, e ocorreram vários atos de vandalismo em defesa de Zelaya”, apavora-se o elitista Carlos Nuñez, secretário particular do cardeal Maradiaga. A Igreja Católica de Honduras, bastante distanciada do povo, tem perdido prestígio no país. Em 2006, por exemplo, 15 paróquias foram assaltadas e 35 imagens sacras sumiram. No começo deste ano, ela solicitou proteção para os seus templos. Com o apoio ao truculento golpe militar, a tendência é a descrença aumente.

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Rejeição nas bases católicas

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A ação golpista do papável Oscar Rodrigues não foi consensual nas bases da igreja hondurenha. O bispo Luis Affonso, da Diocese de Copán, repudiou “a substância, a forma e o estilo com que se impôs ao povo um novo chefe do Poder Executivo”. Já a Rádio Progresso, ligada aos jesuítas e que se opôs ao golpe, foi invadida por 25 militares, que ordenaram o cancelamento “de maneira absoluta da programação” e agrediram os trabalhadores. Ela também gerou críticas do Conselho Latino-Americano de Igrejas (Clai), que condenou o golpe, e causou mal-estar até no Vaticano.

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Segundo o correspondente do jornal Clarín em Roma, caiu a máscara do cardeal. “Considerado um papável no conclave de abril de 2005, que elegeu Bento 16, com seu gesto lamentável ele perdeu todas as chances que ainda tinha de ser o eventual sucessor do atual pontífice. Maradiaga, um dos mais conhecidos cardeais latino-americanos, com vastos contatos em todos os níveis da Cúria de Roma, fez mais do que apoiar o golpe. Sua Eminência é um inspirador dos golpistas. Ele os brindou com uma cobertura que os reforça e contribui ainda mais para ferir a causa democrática na America Latina, onde os golpes de Estado pareciam um anacronismo superado."

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O golpismo da Conferência Episcopal de Honduras confirma as opiniões do escritor uruguaio Jorge Majfud. “Na América Latina, o papel da Igreja Católica quase sempre foi o dos fariseus e dos mestres da lei que condenaram Jesus na defesa das classes dominantes. Não houve ditadura militar, de origem oligárquica, que não recebesse a benção de bispos e de sacerdotes influentes, legitimando a censura, a opressão e o assassinato em massa dos supostos pecadores... Agora, no século 21, o método e os discursos se repetem em Honduras como uma chibatada no passado”.

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* Fonte: http://altamiroborges.blogspot.com/

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in Vermelho - 23 DE JULHO DE 2009 - 20h39

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Eva Gollinger: EUA dizem que não houve golpe em Honduras




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Após três semanas de um discurso ambíguo por parte de Washington sobre o golpe de Estado em Honduras, finalmente a diplomacia norte americana declarou que não considera o que se passou naquele país como um golpe de Estado. Foi o que disse o porta voz do Departamento de Estado, Phillip Crowley, numa conferência de imprensa em Washington., no último dia 20. Um jornalista perguntou se o governo norteamericano considerava os acontecimentos em Honduras como um “golpe de Estado”, ao que o porta voz respondeu com rotundo “Não”.

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Por Eva Gollinger


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Nas últimas semanas, desde que se deu o nefasto golpe de Estado em 28 de junho, o Departamento de Estado se negou a responder com clareza sobre o que pensa da situação. Desde o primeiro dia, a Secretária de Estado Hillary Clinton não reconheceu os acontecimentos como sendo um “golpe” e nem exigiu claramente a restituição do presidente Zelaya ao poder. Em todas as suas declarações a respeito sempre se refere às “duas partes do conflito”, legitimando assim aos golpistas e tornando responsável ao presidente Zelaya.

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Desde então, apesar das diversas referências ao “golpe” de Honduras, o Departamento de Estado se negou a qualificar de golpe de Estado, o que o obrigaria a suspender toda classe de apoio econômico, diplomático e militar ao país. Em 1º de julho, os porta vozes do Departamento de Estado explicaram desta maneira: “Em referência ao próprio golpe, o melhor seria dizer que foi um esforço coordenado entre os militares e alguns grupos civis.”

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De início, os porta vozes do Departamento de Estado disseram que seus advogados estavam “analisando” os fatos para chegarem a uma conclusão sobre se o que realmente havia ocorrido em Honduras era um golpe de Estado. Contudo, após a reunião entre a Secretária Hillary Clinton e o presidente Manuel Zelaya, no dia 7 de julho, a diplomacia norte americana se negou a opinar sobre o assunto para não “influir” no processo de “negociação” posto em marcha por Washington.

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Entretanto, a segunda-feira, 20 de julho, foi um dia esclarecedor. Admitiu-se perante o mundo que Washington não considerava que havia ocorrido um golpe de Estado em Honduras. Assumindo esta postura, o governo dos Estados Unidos se junta ao regime golpista de Honduras e seus aliados, a maioria dos quais é composta por antigos golpistas ou agentes da inteligência estadunidense.

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A União Européia, as Nações Unidas, a Organização dos Estados Americanos e todos os países da América Latina rejeitaram os acontecimentos em Honduras e disseram tratar-se de um golpe de Estado. A administração de Obama se isola com os golpistas ao negar o golpe, legitimando – .desta maneira – o afastamento do presidente Zelaya.


Que isto sirva de lição a Zelaya e aos demais

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Durante a mesma conferência de imprensa do dia 20 de julho, o porta voz Phillip Crowley disse ainda algo mais revelador sobre a posição de Washington diante dos fatos ocorridos em Honduras. Perguntado sobre uma suposta ruptura entre o governo venezuelano e o presidente Zelaya a propósito do processo de negociação na Costa Rica, Crowley disse o seguinte: “Acreditamos que se tivéssemos que eleger um modelo de governo e um líder na região para que os demais países o seguissem, a atual liderança da Venezuela não seria o modelo indicado. Se esta é a lição que o presidente Zelaya aprendeu com esse episódio, então terá sido uma boa lição.”

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Essa declaração de Washington confirma que o golpe de Honduras é um esforço para acabar com a ALBA e o bolivarianismo que cresce e se amplia em toda a região. Crowley também afirma que o golpe contra Zelaya é uma mensagem a outros governantes da América Latina que estão estreitando seus vínculos com a Venezuela. É como dizer a esses governantes: “se vocês se aproximam da Venezuela, poderão ser derrotados por um golpe de Estado ou outro tipo de agressão”, que seria respaldada por Washington e justificada como uma medida para livrar a região da “ameaça chavista”

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Um jornalista insistiu no assunto e perguntou ao porta voz do Departamento de Estado:

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“Quando disse que o governo venezuelano não deve servir de exemplo de governo para outros líderes...” Cinicamente Crowley interrompeu o resto da pergunta e acrescentou: “Creio que me expressei com muita clareza...”

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Devido às implicações da resposta, o jornalista insistiu: “Pode repetir?... É como justificar o golpe de Estado, porque o senhor está dizendo que se algum governo tentar seguir o modelo socialista de governo da Venezuela, seria justo derrubar esse governo? Pode explicar sua declaração sobre a Venezuela?

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Crowley respondeu à pergunta do jornalista com um silêncio de cumplicidade. Em seguida, aproveitou o momento para agredir a Venezuela: “Temos preocupações sobre o governo do presidente Chávez, não somente sobre o que tem feito em seu próprio país – perseguir a imprensa, por exemplo – e os passos que tem dado para limitar a participação e o debate dentro do seu próprio país. Também estamos preocupados com os passos que ele tem dado em relação a alguns de seus vizinhos... e a intervenção que temos visto por parte da Venezuela em relação a outros países, Honduras por um lado e a Colômbia por outro. E quando temos diferenças com o presidente Chávez, somos muito claros a respeito.”

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Sem dúvida, estas últimas declarações de Washington confirmam seu apoio ao golpe de Estado em Honduras e sua motivação por trás dos acontecimentos. A lição que está dando Washington com este golpe é uma declaração de guerra à Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA) e em especial contra a Venezuela.

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Seus ataques se intensificam tanto contra a Venezuela e também contra o Equador e a Bolívia. Com o recente acordo entre o presidente Obama e o presidente Uribe da Colômbia, para o aumento da presença militar estadunidense na América Latina, a nova administração de Washington reafirma que a batalha entre a paz e a guerra continua e que a luta pela libertação dos povos latino americanos da brutal mão do império está apenas começando.

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Eva Gollinger é advogada e pesquisadora com cidadania venezuelana e americana. Publicado originalmente do Rebelión.org. Traduzido por Izaías Almada e reproduzido do site Escrevinhador, do jornalista Rodrigo Vianna (http://www.rodrigovianna.com.br/)


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in Vermelho - 23 DE JULHO DE 2009 - 15h55
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quinta-feira, julho 23, 2009

Golpe nas Honduras

Quinta-feira, 23 de Julho de 2009

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EUA: Nada mudou, a não ser os cabelos



Golpe em Honduras
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Lembram de uma propaganda antiga de um produto para cabelos, onde depois de muitos anos duas amigas se encontram e uma diz para a outra: Olha como você mudou! E aí conclui: Mas os seus cabelos continuam os mesmos! – em seguida, dão um close nos cabelos e mostram o produto milagroso?


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Pois é, nos EUA, com a posse de Obama, a única coisa que mudou foram os cabelos, o presidente do império é negro, mas de resto continua na mesma. [...]
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O “ditador” Hugo Chàvez, como os jornalões conservadores costumam se referir ao presidente da Venezuela, disse que os EUA não estavam mostrando na pratica o que diziam em seu discurso, sobre o golpe militar de Honduras.
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E passou-se a desconfiar, inclusive, se eles não estariam efetivamente envolvidos com o golpe que depôs o presidente Zelaya.
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O que acho mais estranho e esdrúxulo em tudo isso é o motivo que os gorilas fascistas encontraram para perpetrar o golpe: um plebiscito. Há algo mais democrático no mundo do que uma consulta popular? Então, os motivos são outros. Os EUA querem novamente o comando da America Latina através do medo e da subserviência, e para isto usam os serviçais de Micheletti.
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Para completar e corroborar com as desconfianças de Hugo Chávez, a farsa dos norteamericanos caiu.
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Segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Phillip Crowley, a diplomacia americana não considera como golpe o que aconteceu em Honduras e conclui: “espero que o “episódio” sirva de “lição” para Zelaya e outros que seguem o padrão venezuelano”, seguno o site do Azenha.
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Pronto! Como falamos aqui, os ratos estão querendo dar uma lição na América Latina e o recado é este: ou vocês se comportam de acordo com as nossas vontades ou mais golpes virão, como aconteceu na década de 60.
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Não há nada o que se negociar com golpistas, apesar de eu ser pacifista e defender o diálogo. Se estes bandidos não restituírem a democracia em Honduras e não permitirem que 'MEL' volte ao seu posto e conclua o referendo, deve-se tomar o poder com uma revolução armada e Micheletii enforcado em praça pública.
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E concluindo, Barack Obama talvez seja pior que Bush. Aguardem!.
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in Bodega Cultural -
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terça-feira, julho 21, 2009

Massacre em Honduras não existe nas TVs



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Em junho passado, a mídia mundial deu enorme destaque para os protestos contra as eleições no Irã, que garantiram 64% dos votos para Mahmoud Ahmadinejad. Mesmo criticando a “censura”, as redes de TV inundaram o planeta com cenas das “explosões espontâneas contrárias à ditadura islâmica”. A morte de uma jovem em Teerã teve overdose de exposição nas telinhas.

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Por Altamiro Borges, em seu blog

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O curioso é que o mesmo empenho na cobertura jornalística não se observa em Honduras, palco de um golpe militar que já causou dezenas de mortes. Dados oficiais da Cruz Vermelha contabilizam mais de 50 hondurenhos assassinados e cerca de mil lideranças oposicionistas presas e desaparecidas.

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O repórter Laerte Braga, que mantém contatos com a resistência hondurenha, está indignado com o silêncio da mídia. Ele garante que já são mais de 150 executados no país. “Pessoas são mortas nas ruas de Tegucigalpa, muitas são conduzidas às prisões e os postos de saúde controlados pelos golpistas negam atendimento aos feridos”.

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Militares e esquadrões da morte invadem residências, saqueiam, estupram as mulheres e torturam. “Setores da resistência falam em banho de sangue, tamanha a selvageria dos militares. Porta-vozes da Cruz Vermelha se mostram horrorizados com a violência... Traficantes de drogas e quadrilhas com base em Miami estão em Honduras dando respaldo ao golpe e ocupam o Ministério da Justiça através de membros do esquadrão da morte”.

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Mídia servil aos interesses do império

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Para Laerte Braga, “há uma ação concentrada dos embaixadores dos EUA na região, em conluio com o governo paralelo dos EUA, para desestabilizar toda a área, provocar uma guerra e, assim, derrubar governos contrários aos interesses norte-americanos. Obama é um boneco, um objeto de decoração envolvido nas tramas golpistas... O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, acusou os golpistas de tentarem forçar uma situação de guerra para justificar uma intervenção militar norte-americana, mesmo que disfarçada com a presença de tropas de outros países, como já ocorre no Haiti”. O seu governo e o de El Salvador já reforçaram a presença de tropas nas fronteiras.

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Com a mesma convicção, o jornalista Juan Gelman, do diário argentino Página 12, afirma que “a Casa Branca conhecia há meses o golpe que se preparava em Honduras, embora seus porta-vozes finjam agora sua inocência”. Ele lembra que o atual embaixador em Tegucigalpa, Hugo Llorens, privilegiou as relações com o general golpista Romero Vásquez desde a sua chegada ao país, em setembro passado.

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Cita ainda as declarações de Hillary Clinton contra o referendo convocado por Manuel Zelaya. “É difícil supor que os chefes militares de Honduras, armados pelo Pentágono e formados na Escola das Américas, tenham se movido sem a autorização de seus mentores”.

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Golpistas corruptos e assassinos

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Diante dos interesses imperiais dos EUA e do temor das elites locais com o avanço dos governos progressistas no continente, a mídia hegemônica evita mostrar as cenas de violência. Ela também ofusca os protestos diários e crescentes contra o golpe.

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As televisões privadas sequer denunciam que os “gorilas” são fascistas assumidos e corruptos processados. O general Romero Vásquez, autor do seqüestro do presidente Zelaya, foi preso em 1993, acusado de roubar 200 automóveis de luxo. Já o “ministro” Billy Joya foi chefe da divisão tática do Batalhão B3-16, o esquadrão da morte hondurenho que torturou e seqüestrou inúmeras pessoas nos anos 1980.

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Nada disto aparece nas telinhas da televisão. O tratamento da mídia venal é totalmente diferente do exibido durante as “explosões espontâneas” no Irã. Manuel Zelaya era um obstáculo para os interesses do império na região. Ele rompeu o tratado de “livre comércio” com os EUA, firmou o acordo com a Alba (Alternativa Bolivariana das Américas) e aliou-se a Hugo Chávez, tão odiado e estigmatizado pela mídia imperial.

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Daí a cobertura tendenciosa. Sua linha editorial é evidente. Seguindo as ordens da Casa Branca, ela aposta na solução “negociada”, que inviabilize o retorno de Zelaya ao poder e legitime um “governo de conciliação nacional”. Tanto que vários veículos de comunicação já têm tratado o governo golpista como “interino”.


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in Vermelho - 20 DE JULHO DE 2009 - 17h21
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quinta-feira, julho 16, 2009

Honduras - A coup is a coup is a coup is a coup

COMMENTARY

>Archive - Daily Online

Author: Emile Schepers
People's Weekly World Newspaper, 07/07/09 21:16


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The pre-Neanderthal characters who have taken control, at gunpoint, of the government of Honduras are telling us that this was not a coup d’etat, but an orderly legal proceeding against a president who had violated the constitution: A normal constitutional succession, as they are telling us.
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This is nonsense. It was a coup, as indicated by the following and many other things.
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The removal of Zelaya by a squad of troops and his expulsion from his country is the way coups are done in Latin America, not the way elected officials are normally removed for malfeasance.
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The arrest of members of Zelaya’s cabinet, without any kind of due process or legal bill of particulars, and effectuated by the military also, shows that this is a coup.
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Likewise, the arrest and harassment of pro-Zelaya labor, community and political figures is something that is done in military coups, not in “constitutional successions”.
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The physical attack against the ambassadors of Nicaragua, Cuba and Venezuela, who were trying to protect the foreign minister from injury, shows that this is a coup.
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The closing down of all media that supported Zelaya or just reported the news accurately, via military squads bashing down the doors of their offices, are hallmarks of a coup.
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The removal of elected officials in smaller cities and towns around their country, and their replacement by military officers, is something that would only happen in a coup.
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The actions of the military in going through towns and villages to grab military age men and force them into the army, is something that no democratic government would do, and is another hallmark of a coup.
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The act of the military firing on a crowd of tens of thousands of extremely peaceful and disciplined demonstrators, resulting in the death of several people, is behavior typical of regimes installed by coups.
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Every time there was a military coup d’etat in Latin America in the past century, the army brass would always find some judges, senators and other civilian politicians to invent some pseudo-legalistic claptrap to give it the appearance of legality. Many of the worst dictators in Latin American history ran their countries from behind the façade of a civilian leadership.
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We are not fooled. The world is not fooled.

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Evo Morales acusa participação dos EUA no golpe de Honduras


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O presidente boliviano Evo Morales assegurou que o Comando Sul da Armada dos Estados Unidos interveio no golpe de Estado de Honduras, que derrubou o presidente Manuel Zelaya, em 28 de junho.

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"Existe a informação de que o império do Estados Unidos, mediante seu Comando Sul, é responsável pelo golpe de Estado em Honduras. Portanto, é o império contra o povo, e o povo historicamente derrotou os diferentes impérios", declarou Morales, em uma entrevista coletiva que concedeu na noite dessa segunda-feira em Montevidéu, capital do Uruguai.

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O mandatário disse que a suposta participação de Washington na deposição do presidente Zelaya configura uma "agressão e provocação". "O golpe que poderia ter ocorrido na Bolívia no ano passado está acontecendo agora em Honduras", acrescentou.

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Evo preferiu não acusar diretamente o presidente norte-americano, Barack Obama. "Talvez ele (Obama) não saiba disto, mas a estrutura do império continua em vigor. É uma agressão, uma provocação", disse.

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Morales e o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, divulgaram ontem um comunicado conjunto no qual manifestaram repúdio ao golpe em Honduras e reafirmaram que não reconhecerão o governo de facto do país, encabeçado por Roberto Micheletti, nomeado presidente pelo Congresso.

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"Após o ocorrido, temos a obrigação de fazer uma profunda reflexão sobre como se vive em uma ditadura, já que as novas gerações talvez não saibam", enfatizou o boliviano.
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Durante uma visita de nove horas ao Uruguai, a primeira que fez como presidente, Morales discutiu a possibilidade de obter uma saída para o Oceano Atlântico e a venda de gás boliviano. Também houve conversas sobre temas ligados à educação, à saúde e à integração regional.
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O mandatário revelou que, além de se reunir com Vázquez, pôde ainda conversar com o candidato à presidência uruguaia pela coalizão governista Frente Ampla, José Mujica, e com o escritor Eduardo Galeano.
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Mediação da Costa Rica continua sábado
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O presidente da Costa Rica, Oscar Arias, anunciou ter convidado as novas autoridades Honduras e as depostas mediante o golpe de Estado de 20 de junho a se retomarem o diálogo no próximo sábado. O presidente derrubado pelos militares, Manuel Zelaya, que ontem deu um ultimato para que os golpistas abandonem o poder, se encontra na Guatemala, à espera da próxima etapa da mediação costa-riquenha para solucionar a crise política de Honduras.
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O encontro representará uma nova tentativa de prosseguir com as conversas iniciadas na semana passada. Arias anunciou que a reunião com as partes será realizada no próximo sábado, mas pode se estender até o domingo, caso não seja alcançado um acordo.
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O encontro será realizado novamente na residência oficial de Arias, em San José, capital da Costa Rica. As delegações do governo golpista e do governo deposto também participarão da reunião.
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Com agência

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in Vermelho - 14 DE JULHO DE 2009 - 17h52

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domingo, julho 12, 2009

Honduras: uma pequena história da intervenção dos EUA

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Não seria irônico se a primeira intervenção militar do governo Obama ocorresse logo em Honduras? Eu admito que isto seria improvável, mas não impossível. Jovens presidentes democratas com pouca experiência em política externa geralmente sentem uma necessidade de demonstrar a sua disposição de usar a força. Pensem em John F. Kennedy e na Baía dos Porcos. Ou, para usar um exemplo mais pertinente, lembrem-se de Bill Clinton e o Haiti. Em 1994, Clinton enviou tropas àquele país para recolocar o presidente Jean-Bertrande Aristide no poder depois que este foi derrubado por um golpe militar.

Por Max Boot*, para o The New York Times

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Isso soa familiar?

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No Haiti a nossa intervenção não funcionou tão bem. Aristide, embora eleito, não se revelou nem um democrata nem um déspota esclarecido. O país continuou tornando-se mais pobre e caótico. Ele acabou sendo derrubado em um outro golpe em 2004. E dessa vez o presidente Bush foi suficientemente esperto para dar uma carona ao presidente para fora do país - em vez de forçar a sua volta ao poder.

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Esperemos que Barack Obama veja nisso tudo uma lição sobre os perigos da intervenção dos Estados Unidos nas questões internas de uma outra nação - algo do qual ele está bem consciente em se tratando do Irã. Mas ele parece bem menos reticente quanto a interferir nas questões internas de Israel ou Honduras.

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Ele e a secretária de Estado, Hillary Clinton têm denunciado estridentemente a ilegalidade do recente golpe que derrubou o presidente Manuel Zelaya. No entanto, a questão da legalidade daquilo que ocorreu é nebulosa. O exército alegou que estava simplesmente executando uma ordem no sentido de prender e exilar Zelaya. Teria sido melhor se o presidente tivesse sofrido um impeachment ou sido julgado, de forma que pudesse organizar uma defesa legal, mas o lado anti-Zelaya apresenta bons argumentos quanto à ilegalidade das ações do presidente.

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Não houve nada de legal quanto às tentativas de Zelaya de organizar um referendo fraudulento que lhe teria permitido continuar no poder, em desrespeito à decisão do Supremo Tribunal de Honduras. Ele estava nitidamente mobilizando-se - no estilo do seu patrocinador, o presidente venezuelano Hugo Chávez - no sentido de aumentar o seu poder por meios truculentos, mantendo desta forma um invólucro de democracia eleitoral de cerne oco.

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Trata-se de uma situação complexa, e é difícil justificar que os Estados Unidos deveriam empregar o seu poder e prestígio para impor a volta de Zelaya ao poder. Os Estados Unidos deveriam empenhar-se em agir como um mediador honesto para ajudar todos as partes a chegar a um acordo e, mesmo se isto não acontecesse, para fazer com que o processo eleitoral voltasse a ser plenamente funcional.

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Obama, Clinton e o resto do governo deveriam, sem dúvida, manifestar apoio à democracia - que significa o império da lei, e não simplesmente votações. Golpes militares não são mais a maior ameaça à democracia latina. O perigo agora são os demagogos esquerdistas que reprimem a oposição e acumulam poder em suas próprias mãos após serem eleitos. É este exatamente o perigo que muitos hondurenhos viram baixar sobre o país.

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*Max Boot é detentor da bolsa Jeane J. Kirkpatrick do Conselho de Relações Exteriores para estudos sobre segurança nacional. Recentemente ele lançou o livro War Made New: Technology, Warfare, and the Course of History, 1500 to Today / A Guerra Renovada: Tecnologia, Beligerância e o Curso da História, de 1500 aos Dias Atuais. Atualmente ele está escrevendo uma história da guerra de guerrilha.

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Tradução: UOL

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in Vermelho -11 DE JULHO DE 2009 - 23h10


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Fidel Castro: Morre o golpe ou morrem as Constituições





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O líder revolucionário cubano Fidel Castro prevê, em artigo intitulado Morre o golpe ou morrem as Constituições, divulgado neste sábado (11), que se Manuel Zelaya não retomar a presidência de Honduras, a autoridade dos “governos civis” latino-americanos será abalada e regressarão os golpes militares.

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“Se o Presidente Manuel Zelaya não for reinvestido nas suas funções”, escreve Fidel no site www.cubadebate.cu, “uma onda de golpes de Estado ameaça varrer muitos governos na América Latina, ou eles estarão à mercê da extrema-direita militar, formada na doutrina de segurança da Escola das Américas, especialista em tortura, guerra psicológica e terror.”

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Acrescenta Fidel:

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“A autoridade civil de muitos governos na América do Sul e Central seria enfraquecida. Eles não estão muito longe desse tempo tenebroso. Os militares golpistas nem vão dar atenção à administração civil dos Estados Unidos. Pode ser muito negativo para um Presidente que, como Barack Obama, pretende melhorar a imagem desse país. O Pentágono obedece formalmente ao poder civil. As legiões, como em Roma, ainda não assumiram o comando do império.”

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Fidel Castro põe em causa a iniciativa de procurar o diálogo directo com o governo de facto de Roberto Micheletti, considerando tratar-se de uma “armadilha” e uma “humilhação” para o Presidente legítimo das Honduras.

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“Que horrível é ver um Presidente [Oscar Árias, da Costa Rica, anfitrião do encontro] receber um usurpador e tratá-lo da mesma maneira que ao Presidente legítimo”, comentou Chávez.

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“Zelaya sabe que não é apenas a Constituição das Honduras que está em jogo, mas o direito dos povos da América Latina a escolher os seus dirigentes”, comenta Fidel Castro.

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“O presidente ilegalmente derrubado não procura o poder, mas defende um princípio e, como disse José Martí [líder da revolução independentista cubana], ‘um princípio justo no fundo de uma cova pode mais do que um exército’”, afirma.

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Ele disse também que Zelaya foi pressionado para que negociasse um “humilhante perdão” pelas ilegalidades atribuídas a ele, e que esse país está “ocupado pelas Forças Armadas dos Estados Unidos”.

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Fidel diz que enquanto o presidente americano, Barack Obama, declarava que o único presidente constitucional de Honduras é Zelaya, “em Washington, a extrema direita e os falcões manobravam para que este negociasse o humilhante perdão”.

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“Era óbvio que esse ato significaria perante os seus e perante o mundo seu desaparecimento do cenário político”, afirma.

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“Não seria compreensível que Zelaya admita agora manobras dilatórias que desgastariam as consideráveis forças sociais que o apoiam”, comenta Fidel.

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Ele afirma que “Honduras é hoje não só um país ocupado pelos golpistas, mas também um país ocupado pelas Forças Armadas dos Estados Unidos”.

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Segundo Fidel, a base militar de Soto Cano, a 100 quilômetros de Tegucigalpa, foi utilizada pelo coronel americano Oliver North “quando dirigiu a guerra suja contra a Nicarágua”, e Washington dirigiu dali “ataques contra os revolucionários salvadorenhos e guatemaltecos”.

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“Ali se encontra a ‘Força de Tarefa Conjunta Bravo’ dos Estados Unidos, composta por elementos das três armas, que ocupa 85% da área da base”, acrescenta.

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“Soto Cano é igualmente sede da Academia da Aviação de Honduras. Parte dos componentes da força de tarefa militar dos Estados Unidos é integrada por soldados hondurenhos. Qual é o objetivo da base militar, dos aviões, dos helicópteros e da força-tarefa dos EUA em Honduras?”, pergunta Fidel.

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“Sem dúvida, serve unicamente para utilizá-la na América Central. A luta contra o narcotráfico não requer essas armas”, disse.

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Fidel adverte que, se Zelaya não voltar a seu cargo, “uma onda de golpes de Estado ameaça varrer muitos Governos da América Latina, ou estes ficarão à mercê dos militares de extrema direita, educados na doutrina de segurança da Escola das Américas”.

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“A autoridade de muitos governos civis na América do Sul e Central ficaria debilitada. Não estão muito distantes aqueles tempos tenebrosos. Os militares golpistas nem sequer prestariam atenção à administração civil dos Estados Unidos. Pode ser muito negativo para um presidente que, como Barack Obama, quer melhorar a imagem desse país”, adverte Fidel.

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Blog O Outro Lado da Notícia
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in Vermelho - 11 DE JULHO DE 2009 - 15h37

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