A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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quarta-feira, fevereiro 15, 2012

O verdadeiro significado dos resultados negativos da banca


Intervenção de Honório Novo na Assembleia de República

O verdadeiro significado dos resultados negativos da banca

Senhora Presidente,

Senhores Deputados,


O Governo e a troika estrangeira que hoje regressa a Portugal, não podem ignorar a voz da revolta e do protesto das trabalhadoras e trabalhadores que no passado sábado, vindos aos milhares de todo o País, inundaram o Terreiro do Paço e o transformaram numa torrente de Povo contra o pacto de agressão imposto a Portugal pelas mãos do PS, do PSD e do CDS-PP.

O “FMI não manda aqui”, gritaram centenas de milhares no passado sábado.

Sim, senhores deputados, ouçam bem o Povo: nem o FMI, a União Europeia ou o Banco Central Europeu mandam nos trabalhadores portugueses; nem a Senhora Merkel, o seu Ministro das Finanças ou o alemão Presidente do Parlamento Europeu mandam em Portugal. Podem mandar ou comandar o Governo Português, mandar ou comandar os partidos que subscreveram o Memorando da Troika, mas nunca mandarão no nosso Povo, não conseguirão levar o nosso País ao declínio ou à pobreza generalizada, não conseguirão nunca fazer-nos regressar aos níveis de exploração e ao desprezo pelos direitos semelhante aos que existiam em Portugal há trinta e oito anos.

A grandiosa manifestação dos trabalhadores portugueses no sábado, Senhora Presidente, Senhores Deputados, não foi só a expressão da luta combativa contra as imposições das troikas e de profunda confiança no futuro; foi também a demonstração de que a velha teoria das inevitabilidades, o estafado coro da ausência de alternativas e a chantagem ou as ameaças sobre quem trabalha, sobre os pequenos empresários e a generalidade do nosso Povo têm os dias contados e, mais tarde ou mais cedo, irão parar ao caixote do lixo da história.

Senhora Presidente,

Senhores Deputados,


Na semana passada, a banca portuguesa apresentou os resultados de 2011. Os resultados negativos superiores a mil milhões de euros constituem uma mega operação contabilística, certamente concertada com o Banco de Portugal e que conta com a participação ativa do Governo.

São pelo menos quatro os objetivos desta operação contabilística:

. Ilibar os acionistas das suas responsabilidades por anos de administrações irresponsáveis e imprudentes, só vocacionadas para a obtenção de lucros fáceis, para proporcionar milionárias distribuições de dividendos, (mais de 6000 milhões só na última década), e para receber prémios tão chorudos quanto imorais.

. Justificar, com estes prejuízos negativos, novos financiamentos do Estado, isto é, mais transferências de capital feitas à custa dos contribuintes e dos impostos de quem trabalha. Importa, aliás, afirmar com clareza que esses prejuízos se explicam porque os bancos decidiram, concertadamente, concentrar em 2011 situações que nunca quiseram tratar e que se arrastavam há anos sem qualquer expressão em resultados.

. Evitar, através desses financiamentos do Estado (que alguns banqueiros, descaradamente, fingem rejeitar), que as necessidades de recapitalização, de reforço de provisionamento ou de liquidez sejam apenas resolvidas pelos acionistas privados, os únicos responsáveis pela situação criada.

. Fazer crer ao País e aos portugueses que os sacrifícios são para todos e até já atingem a própria banca e o sistema financeiro, numa inqualificável e mistificadora operação ideológica.

Senhora Presidente,

Senhores Deputados,


Como é que o País pode aceitar que estes prejuízos traduzam uma distribuição equitativa de sacrifícios, quando, no preciso momento em que apresentam resultados negativos, o Banco de Portugal e o Primeiro-Ministro vêm a terreiro, em coro bem afinado com os banqueiros, afirmar que os bancos estão mais fortes que nunca?

Como é que se pode aceitar que os fundos de pensões não estivessem devidamente suportados e o regulador não tivesse imposto taxas de desconto adequadas? Quem são os responsáveis? E como se pode aceitar que seja agora o Estado a financiar, em centenas de milhões de euros, a recapitalização imposta pelo insuficiente provisionamento?

Como se pode aceitar que os níveis de capitais próprios, fixados há muito, não estivessem a ser cumpridos pela banca e isso só ocorra em 2011? E como se compreende que, também aqui, seja o Estado a suprir, com dinheiros públicos, o desleixo irresponsável dos banqueiros?

Como se pode aceitar que a invocação da pretensa falta de liquidez conduza o Estado a devolver à banca a quase totalidade dos fundos de pensões para comprar antecipadamente créditos de empresas públicas?

E como se pode aceitar que só em 2011 se contabilizem imparidades com muitos anos, incluindo a exposição à dívida soberana grega com que tanto ganharam quando se financiaram a 1% no BCE para cobrarem 7 e 8% aos gregos?

Senhora Presidente,

Senhores Deputados,


Foi quase comovente a forma como os banqueiros apresentaram os resultados de 2011, alijando responsabilidades e atribuindo-as a um conjunto de adversidades “ditas inesperadas” a que foram sujeitos. Como alguém bem disse, só lhes faltou dizer que os principais responsáveis pelos prejuízos da banca foram os cidadãos, ou seja, as principais vítimas da gestão agiota dos bancos.

Fiquem, porém, os banqueiros seguros que o combate aos privilégios fiscais de que beneficiam e o combate à proteção inaceitável que continuam a receber do poder político continuará a ser objeto central da ação do PCP.

Disse

Divulgação dos resultados da banca obtidos em 2011 - uma operação ideológica com objectivos muito precisos


Partido Comunista PortuguêsPartido Comunista Português

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Conferência de Imprensa, Jorge Pires, membro da Comissão Política do CC do PCP , em Lisboa

Divulgação dos resultados da banca obtidos em 2011 - uma operação ideológica com objectivos muito precisos


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O verdadeiro significado dos resultados negativos da banca

Ao contrário do que os resultados obtidos pelos principais bancos privados até ao final do 3º trimestre faziam prever – um lucro superior a 1,5 milhões de euros/dia -, BCP, BES e BPI, apresentaram os resultados de 2011 com um prejuízo superior a mil milhões de euros, no quadro de uma gigantesca operação ideológica que visa, entre outros objectivos, dar suporte político ao financiamento por parte do Estado à banca privada em Portugal.
Chegou mesmo a ser comovente a forma como os três banqueiros apresentaram publicamente os resultados, atribuindo os prejuízos a um conjunto de adversidades e malfeitorias a que foram sujeitos. Só faltou dizer que os principais responsáveis foram os cidadãos, aqueles que são as principais vítimas da gestão agiota dos bancos.
Mas o que levou estes bancos que tiveram em tempo de crise resultados operacionais de 2 642,9 milhões de euros – fruto de elevadas taxas de juro, spreads incomportáveis e das enormes comissões bancárias - a apresentarem resultados negativos de cerca de mil milhões de euros e simultâneamente os banqueiros a considerarem os seus bancos mais fortes e mais resilientes?
A resposta a esta e outras perguntas sobre a situação da banca nacional, está vertida na política de direita que tem vindo a ser concretizada no nosso país e que tem na sua matriz uma total subordinação do poder político aos interesses do capital financeiro, consubstanciada na transferência de importantes recursos públicos (dinheiro dos contribuintes) para que possam continuar a sua actividade especulativa e obter o máximo lucro.
As afirmações proferidas, quase em simultâneo com a apresentação dos resultados por parte do Governador do Banco de Portugal e do Primeiro Ministro, de que estes bancos, apesar dos resultados negativos anunciados, estão mais fortes do que nunca, não deixam dúvidas do envolvimento do governo e da entidade reguladora nesta operação. Em todo este processo o Banco de Portugal que devia funcionar como entidade de supervisão, continua numa linha de protecção ao sector bancário privado e o Governador aparece cada vez mais comprometido com a gestão dos bancos.
Sustentados num processo contabilístico muito criativo, em que fizeram repercutir nos resultados do ano, um conjunto muito vasto de imparidades que há muito (desde o início da crise) vêm contaminando os activos dos bancos, sendo que a sua contabilização foi gerida ano após ano, tal como se diz à boca fechada nos bancos, “passando de uma algibeira para a outra”, em função dos interesses dos accionistas, procuram em primeiro lugar justificar todos os apoios que a banca já recebeu e vai receber nos próximos meses e em segundo lugar ilibar os accionistas dos bancos de qualquer responsabilidade, nomeadamente a de não assumirem os aumentos de capital que estes bancos têm necessidade de realizar tal como se pode verificar na redução significativa dos capitais próprios destes bancos (menos 24% de capitais próprios no último ano).
Tal como o PCP já tinha denunciado no passado mês de Novembro, a banca nacional distribuiu pelos seus accionistas, ao longo da última década, mais de 6.000 milhões de euros em dividendos de um lucro global de cerca de 24 000 milhões de euros, conseguidos à custa da especulação financeira, das elevadas taxas de juro e do aumento significativo das comissões bancárias. O PCP recusa qualquer solução que não passe por serem os próprios accionistas dos bancos a assumirem os custos do aumento de capital e não aceitamos que, mais uma vez, sejam as vítimas de uma gestão agiota a pagarem os custos da recapitalização dos bancos.
Nos balanços apresentados pelo BCP, BES e BPI, os banqueiros invocam, para justificar os prejuízos de mais de 1000 milhões de euros, acontecimentos extraordinários e não recorrentes, associados às imparidades de crédito e em especial às imparidades associadas à divida soberana grega, às provisões adicionais exigidas pelas inspecções da troika, à qualidade das carteiras de crédito e ao imposto criado em 2011 e que incide sobre a banca. Atribuem os resultados igualmente aos ditos prejuízos causados pela transferência dos fundos de pensões para a Segurança Social mas nunca à gestão irresponsável e pautada pelos ganhos com a especulação financeira.
Mas não é verdade que a exposição à dívida grega já tem alguns anos, com muitos ganhos para quem especulou adquirindo este produto financeiro, com financiamento que foi buscar ao BCE a 1%, cobrando em seguida ao Estado grego juros de 7 e 8%?
E quando referem prejuízos de centenas de milhões de euros com a transferência dos fundos de pensões, não procuram, mais uma vez, esconder que as responsabilidades que tinham assumidas com o pagamento das reformas e outras prestações sociais não estavam devidamente provisionadas?
Há duas questões que neste momento importa denunciar:
- A primeira reside no facto destes bancos não terem considerado um conjunto muito significativo de imparidades nos seus resultados ao longo dos últimos anos, imparidades que resultam principalmente de uma gestão irresponsável e determinada pelos ganhos da especulação financeira, porque desta forma puderam apresentar lucros muito significativos. Assim justificaram a distribuição de milhares de milhões de euros em dividendos pelos accionistas desses bancos e de milhões de euros de prémios para as suas administrações, numa altura em que já era evidente a dimensão da crise, em vez de reforçarem os fundos próprios dos bancos. Agora apresentam-se como vítimas de uma situação que eles próprios criaram para assim acederem às ajudas do Estado.
Ajudas que se vão concretizar através: do acesso ao fundo de recapitalização de 12 mil milhões de euros, com custos insignificantes para os bancos; do compromisso do Estado de fazer regressar aos bancos 50% da verba dos fundos de pensões transferidos no final do ano de 2011 (qualquer coisa como 3.000 milhões de euros); da aquisição antecipada de créditos da dívida das empresas públicas e tal como já foi denunciado, o acesso a um conjunto de créditos fiscais nos próximos 10 a 20 anos como contrapartida, mais uma, do negócio com os fundos de pensões. No global e no que se refere a estes três bancos, estamos a falar de um valor entre 6 a 8 mil milhões de euros.
- A segunda questão, é a de que ao contrário do que foi dito pelo antigo Presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) «os prejuízos históricos registados em 2011 pelos principais bancos a operar em Portugal não serviram para “limparem os seus balanços” e enfrentar o futuro com maior solidez». Estes bancos, estão hoje mais dependentes de financiamento no BCE (tudo indica que a banca nacional irá financiar-se no BCE no final do mês, em cerca de 10 mil milhões de euros por 3 anos com uma taxa de juro de 1%), os balanços não estão totalmente limpos, antes pelo contrário, continuam a existir nos activos dos bancos milhares de milhões de euros em lixo tóxico e apesar de voltarem a ter liquidez com todos estes apoios, os bancos privados não vão injectar dinheiro na economia nacional. A diminuição do rácio entre o montante de crédito concedido por cada um destes bancos e os depósitos obtidos de clientes, tem sido obtida, não em resultado de uma boa gestão, mas à custa da redução do crédito concedido a empresas não financeiras e a particulares.
Com estes resultados, os bancos procuram ainda justificar a intensificação das medidas de reestruturação iniciadas em 2011, responsáveis pelo despedimento de cerca de 1000 trabalhadores e o encerramento de mais de 150 balcões.
Também a Caixa Geral de Depósitos apresentou prejuízos de 488,4 milhões de euros, resultantes de investimentos ruinosos, de financiamentos sem garantias mínimas a figuras públicas para ficarem com as privatizações de importantes empresas públicas e bancos (Cimpor, BCP) num contexto de aumento do financiamento à economia e com custos, não explicados neste balanço, da intervenção na operação BPN que obrigaram a um endividamento adicional de 5.400 milhões de euros, numa dívida total de 14.000 milhões de euros que o Grupo Caixa tem neste momento. A acrescentar a este valor existem mais 922 milhões emprestados pela Caixa às três sociedades veículo criadas no âmbito do processo de reprivatização do banco, para o limpar dos chamados activos stressados, sem nenhuma garantia do retorno deste dinheiro.
Mas se relativamente à banca privada existem apoios públicos para o seu refinanciamento que lhes permite manter uma actividade marcada pelo aumento da exploração dos seus clientes e trabalhadores, uma actividade que continua centrada na especulação financeira que os tem caracterizado, já o banco público que apesar de todas as dificuldades, nomeadamente de uma gestão enfeudada aos interesses da política de direita, tem mantido o financiamento à actividade económica, não pode recorrer a esses apoios. E sendo assim, aí está o governo a reafirmar a futura privatização da actividade seguradora e da saúde do grupo Caixa, como instrumento de refinanciamento do Banco.
O PCP reafirma que a solução para a crise passa por uma política assente em instrumentos de apoio à economia real, uma política de cedência de crédito, não especulativa, mas de apoio verdadeiro particularmente aos sectores produtivos, só possível colocando nas mãos do Estado, o controlo público dos sectores estratégicos da economia.
Um controlo público que contrarie a lógica da busca do lucro máximo ao serviço dos banqueiros e dos accionistas dos bancos e seja colocada ao serviço do desenvolvimento do país.

quinta-feira, julho 23, 2009

Agência Financeira - Notícias por detrás dos títulos

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Economia [23/07/2009 | 07:30] Sócrates: Ainda está para nascer o executivo que faça melhor
Primeiro-ministro responde a Ferreira Leite, a propósito do défice
Economia [22/07/2009 | 19:05] O ministro que menos respondeu aos deputados
Economia [22/07/2009 | 17:34] EUA: preço das casas cai 5,6%
Finanças [22/07/2009 | 15:36] Lucro do Wells Fargo dispara 81%
Finanças [22/07/2009 | 15:02] Morgan Stanley perde mais do dobro do esperado
Empresas [22/07/2009 | 14:56] Lucros da GlaxoSmithKline sobem 11%
Empresas [22/07/2009 | 14:23] Maior tabaqueira dos EUA sobe lucros no 2º trimestre
Economia [22/07/2009 | 13:01] Zona Euro: encomendas à indústria descem 30% em Maio
Empresas [22/07/2009 | 12:38] Trabalhadores em greve por tempo indefinido
Empresas [22/07/2009 | 12:06] Fiat regista perdas de 590 milhões até Junho
Economia [22/07/2009 | 11:55] Trocas mundiais vão cair 10% ainda este ano
Economia [21/07/2009 | 17:09] Impostos: regularização voluntária chega aos 281 milhões
Mercados [21/07/2009 | 17:01] Lucros semestrais do BPI deverão subir muito
Empresas [21/07/2009 | 15:15] Lucros da farmacêutica Merck superam expectativas
Economia [21/07/2009 | 14:25] Partidos criticam aumento do défice
Economia [21/07/2009 | 13:47] Famílias e empresas fazem disparar malparado
Dinheiro/Impostos [21/07/2009 | 13:43] Litoral Alentejano com mais turistas este ano
Economia [21/07/2009 | 13:40] Estado perde quase 4 mil milhões em impostos
Empresas [21/07/2009 | 13:09] Lucros da Coca-Cola sobem 43% no 1º trimestre
Economia [21/07/2009 | 10:56] Espanha recebeu menos 10% de turistas em Junho
Empresas [21/07/2009 | 10:11] Volvo perde 892 milhões no 1º trimestre
Economia [21/07/2009 | 07:57] Receitas do Estado caem 21% até Junho
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in Agência Financeira 2009.07.21/22
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