A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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quinta-feira, julho 29, 2010

Brasil - Juventude rural segue exemplo dos pais e luta por reforma agrária


Movimentos

28 de Julho de 2010 - 15h09
Ag. Brasil
Juventude rural
O festival da juventude rural é comparado ao Grito de Terra e a Marcha das Margaridas


Os filhos têm as mesmas reivindicações dos pais. Comparado ao Grito da Terra e a Marcha das Margaridas, o 2º Festival Nacional da Juventude Rural (FNJR), que acontece essa semana em Brasília, reúne milhares de jovens do campo que reivindicam dos poderes públicos: reforma agrária e trabalho. Nesta quarta-feira (28), eles fizeram uma caminhada pela Esplanada dos Ministérios como parte da programação do evento promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

A primeira parada dos manifestantes foi no Ministério do Desenvolvimento Agrário. Na seqüência, realizaram atos políticos em frente aos ministérios da Educação e do Trabalho. Também pararam em frente ao Congresso Nacional. O tema central do evento - "Sucessão Rural com Terra, Meio Ambiente Sustentável, Trabalho e Renda", fez parte das palestras, dos discursos e palavras de ordem.

O secretário de Política Agrária, Willian Clementino, afirma que a expectativa da direção da Contag com a caminhada é dar visibilidade às bandeiras de luta da juventude rural. “Queremos deixar uma mensagem para o governo federal sobre a necessidade de resolver as questões estruturantes e de priorizar a educação do campo”, esclareceu.

Os jovens que engrossaram a enorme fila “verde” – todos vestiam camisas verdes da Contag e carregavam bandeiras da entidade – também demonstraram confiança no sucesso do evento. Rérisson Leite, do município de Alto Floresta (MT) disse que “a minha expectativa é que a nossa mobilização tenha progresso. Queremos alcançar um poder maior e conseguir todas as propostas colocadas no plenário do Festival.”

Sílvia Soares, de Fundão (ES), também demonstra otimismo. “O meu desejo é que as nossas reivindicações, que estão na Carta Proposta, sejam atendidas pelo governo.” Adriana Dias Almeida veio de Araçuaí, em Minas Gerais, revelou que “estamos nos organizando há três meses para chegar aqui hoje. Esperamos que o festival contribua para avançar a nossa luta”, disse.

Mundo melhor

Ao abrir o evento, na terça-feira (27), o presidente da Contag, Alberto Broch, cobrou dos representantes do governo que estavam presentes mais comprometimento com as necessidades da juventude rural. Segundo Broch, eventos como este traduzem o mais puro sentimento de um mundo melhor. “A juventude está mostrando para o País a garra que o campo tem na discussão de temas importantes como a sucessão rural e a soberania alimentar”, declarou.

Ele também defendeu um investimento do governo federal na educação do campo. “Vamos formar engenheiros, médicos, advogados para ficar na roça e fortalecer a agricultura familiar”, lançou o desafio.

O tom da cobrança também foi adotado pela secretária de Jovens da Contag. “A evasão da juventude do campo é resultado da falta de políticas públicas capazes de garantir qualidade de vida no campo. É preciso estender para os jovens do campo a mesma atenção e valor que é dado a outros segmentos da sociedade brasileira”, cobrou Elenice Anastácio.

Também presente ao evento de abertura, o secretário nacional de Juventude da CTB, Paulo Vinicius, destacou o protagonismo do Sistema Contag. “Para ter um futuro que queremos, temos que ter muita massa organizada. E quando a Contag realiza esse festival, ela se mantém na vanguarda desse movimento”, concluiu.

Após a abertura política do festival, os jovens participaram de debates sobre assuntos de interesse da juventude, como reforma agrária, Política Nacional de Crédito Fundiário, a relação entre a juventude rural e as políticas de desenvolvimento territorial e de fomento da agricultura familiar. O Festival é também um espaço para a prática de esportes e acesso à cultura.

De Brasília
Márcia Xavier
Com informações da Contag
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sexta-feira, julho 03, 2009

Crise interrompeu "feminização" do mercado de trabalho

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Houve uma interrupção da feminização do mercado de trabalho no Brasil, com redução nos postos ocupados por mulheres de 3,1% contra 1,6% dos homens, e aumento da inatividade feminina no período de setembro de 2008 a abril de 2009, caracterizado pela crise econômica. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (2) no Boletim Mulher e Trabalho: A crise econômica internacional e os (possíveis) impactos sobre a vida das mulheres.

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Segundo a pesquisa, a atual crise, desencadeada em 2008 nos Estados Unidos, vem fazendo sentir seus efeitos nos últimos meses no Brasil. Apesar de um contexto interno que reduz esses efeitos em comparação a outros países, os movimentos de expansão do emprego e de formalização que vinham ocorrendo desde o ano de 2004 no mercado de trabalho foram refreados.

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A preocupação do estudo é que os efeitos da crise não atinjam principalmente as mulheres, comprometendo as vitórias obtidas no sentido da promoção da igualdade e da diminuição das injustificáveis discriminações vivenciadas pelas mulheres brasileiras no mundo do trabalho.

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De 2004 para cá, o mercado de trabalho formal passou por um processo de feminização. As mulheres foram mais empregadas no comércio (88,8%) e nos serviços (78,3%). No entanto, os dados demonstram que existe precarização neste setor: os salários de contratação das mulheres foram sempre inferiores aos dos homens no período analisado, ou seja, parece haver substituição de salários mais altos por mais baixos. Este fenômeno acontece inclusive entre os trabalhadores de maior escolaridade, com as mulheres sendo admitidas com salários que equivalem a 65% dos masculinos.

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O objetivo do estudo é analisar os dados recentes sob a perspectiva das relações de gênero. Se homens e mulheres têm inserções diferenciadas no mundo do trabalho, serão diferentemente atingidos pela crise. A hipótese foi confirmada com o exame dos dados das pesquisas mensais de emprego e do cadastro de desligamentos e admissões do Ministério do Trabalho. O processo de feminização do mercado de trabalho, observado nos últimos anos, foi refreado.

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Precarização como reação

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Apesar de os homens terem perdido mais empregos que as mulheres no setor formal –- 24,1% para os homens contra 11,2% das mulheres - as mulheres, em geral, se retiraram mais do mercado de trabalho. O desemprego atingiu mais os homens por que os setores de atividade econômica mais atingidos, indústria da transformação e construção civil, são tradicionalmente de ocupação masculina.

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As informações disponíveis sugerem que pode estar havendo uma precarização geral do emprego como reação à crise, que se manifesta na elevação da inatividade e também no aumento de mulheres em postos mais precários, como trabalho sem remuneração e trabalho sem carteira assinada.

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Por outro lado, há evidências de uma “feminização” do mercado de trabalho formal, o que é positivo, mas também expressa uma estratégia do empresariado em contratar de forma mais precária.

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Direitos e desenvolvimento

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O estudo, feito pelo Observatório Brasil da Igualdade de Gênero, em parceria entre a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), quer monitorar os impactos da crise econômica sobre homens e mulheres a partir da análise dos indicadores de mercado de trabalho no período.

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Os estudos internacionais concluem que a igualdade entre mulheres e homens é um elemento de consolidação dos direitos da cidadania e de desenvolvimento econômico e social. “Com vistas a promover a igualdade de gênero, é de crucial importância a garantia de oportunidades para o acesso, permanência e ascensão de homens e mulheres no mundo do trabalho”, avaliam as entidades.

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O estudo também destaca “a importância de compreender os efeitos diferenciados da atual crise econômica sobre os distintos grupos populacionais, uma vez que vivemos um cenário em que se colocam sob risco os avanços – uns mais tímidos, outros menos – obtidos ao longo dos últimos anos, no sentido da redução da distância existente entre homens e mulheres.”

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De Brasília
Márcia Xavier
Com informações da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM)


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in Vermelho - 2 DE JULHO DE 2009 - 15h28
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terça-feira, julho 08, 2008

Brasil - Deputados criticam europeus pela criminalização dos imigrantes

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Théodore Géricault

A Jangada da Medusa

(1818 - 1819)

Paris, Museu do Louvre





4 DE JULHO DE 2008 - 13h53


A legislação aprovada no Parlamento europeu sobre ciminalização dos imigrantes ilegais continua sendo alvo de censuras e críticas entre os parlamentares e autoridades brasilerias. Esta semana, a deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) e o deputado Luiz Couto (PT-PB) fizeram discursos na tribuna da Câmara, para tratar do tema. “Com essa diretiva, o continente europeu resgata a xenofobia, o preconceito e a violação de direitos humanos fundamentais. Aspectos esses que levaram o mundo inteiro à 2ª Guerra Mundial”, afirmou Manuela.



Ela destacou “a vigorosa resposta brasileira através do Ministério das Relações Exteriores, que, de forma altiva, aplicou o princípio da reciprocidade”, embora admita que “neste caso, não há como estabelecermos procedimentos recíprocos, simplesmente porque o Brasil estaria violando suas próprias leis, e mais do que isso, estaríamos violando a Carta de Direitos Humanos. Não existe em nossa legislação a possibilidade de mantermos presos, sem acusação formal, imigrantes por até 18 meses”.


Para a deputada, “instituiu-se de fato uma situação kafkiana para os imigrantes. Instituiu-se o "delito da imigração", acrescentando que “essa formulação foi gestada e aprovada pelos setores mais conservadores da sociedade e está muito longe de ser a opinião de todo o povo europeu, haja vista os protestos em diversos países europeus”.


Ela lembrou ainda que “o Brasil acolheu os emigrantes europeus em diferentes levas, sempre com respeito e humanidade. Fazem parte hoje de nossa cultura e de nosso País”, acusando os dirigentes europeus – Berlusconi (Itália), Merkel (Alemanha), Sarkozy (França) e Brown (Inglaterra) – de construirem uma Europa “triste, xenófoba e sombria”.


“Tristes lembranças que achávamos sepultadas há mais de 60 anos, mas que foram resgatadas pelos novos tempos de liberalismo. O mesmo liberalismo que busca refrear nosso crescimento, que tenta atacar a soberania dos países em desenvolvimento e também destrói conquistas sociais no Primeiro e no Terceiro Mundo”, afirmou Manuela.


Tratados como bandidos


O mesmo assunto foi tema de discurso do deputado Luiz Couto, que demonstrou preocupação com os brasileiros que viajam para o exterior e lá são presos e deportados. "Só na França foram mais de 50 que trabalhavam na construção civil, alguns deles de forma legal", afirmou.


Luiz Couto disse que repudia a postura de governantes da França, da Espanha e de Portugal de prenderem brasileiros e brasileiras nos aeroportos e os mandarem de volta. Para ele, há um sentimento de xenofobia por parte de algumas autoridades dos Estados Unidos e da Europa, especialmente Espanha e Portugal, "que querem enxotar brasileiras e brasileiros que trabalham de forma digna naqueles países e agora estão sendo presos e considerados bandidos".


O parlamentar propõe que o Brasil ratifique a Convenção da ONU que trata da questão da regulamentação dos trabalhadores imigrantes e de seus familiares. Segundo ele, é essa convenção que vai dar possibilidade a que o imigrante, que esteja legal ou não, não seja tratado como bandido.


O deputado petista também quer que a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) e a Comissão de Direitos Humanos da Câmara defendam a ratificação da convenção que regulamenta o trabalho dos imigrantes e dos seus familiares.


De Brasília
Márcia Xavier

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24 DE JUNHO DE 2008 - 19h25

Brasil endurece discurso contra a xenofobia na Europa


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez, nesta terça-feira (24) duras críticas ao que classificou de "vento frio da xenofobia" dos países europeus. Na avaliação de Lula, o preconceito contra imigrantes é hoje uma questão séria em toda a Europa e só existe uma solução para isso: "Não é proibindo os pobres de irem para a Europa, é ajudando a desenvolver os países pobres; por isso, falamos tanto na construção de parceria com os países do Terceiro Mundo para produzir etanol e biodiesel."


Ele invocou o artigo 13º da Declaração Universal dos Direitos Humanos "contra os tambores do medo e da intolerância", que diz: "Todo ser humano tem o direito de circular livremente."


As críticas que Lula fez, em seminário ocorrido em Brasília, sob o tema "A responsabilidade social nas empresas e os 60 anos da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos", foram uma resposta à aprovação, na semana passada pelo Parlamento Europeu, de uma nova lei de imigração que prevê sanções mais fortes a todos aqueles que ingressarem de forma ilegal na Europa, incluindo a expulsão.


Ainda no discurso, o presidente disse que o mundo "ainda não entende (a defesa que o Brasil faz do aumento da produção do álcool, incluindo a parceira com os países subdesenvolvidos), mas vai entender".


Vento frio


Ao citar as comemorações dos 60 anos da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos, Lula continuou com as críticas: "É forçoso expressar nossa perplexidade, passadas seis décadas do mais ousado compromisso de paz, assinado por entre as rinhas da Segunda Guerra, fronteiras marcadas por preconceito e discriminação voltam a circundar países." O presidente continuou: "O vento frio da xenofobia sopra outra vez sua falsa resposta para os desafios da economia e da sociedade. Hoje, como ontem, o desemprego, a fome e a instabilidade financeira reclamam maior coordenação entre as nações e maior solidariedade entre os povos."


Depois do pronunciamento no Parlamento Europeu, por causa do endurecimento das leis de imigração, Lula elogiou a postura brasileira: "Em meio a ameaças e sombras, a trajetória brasileira distingue-se, positivamente, no cenário internacional. Graças a uma convergência de esforços entre o Estado e as organizações da sociedade civil, acumulamos um saldo de conquistas humanistas que nos orgulha, mas redobra a responsabilidade e nos encoraja a ir além."


O presidente argumentou ainda que, no governo, os cuidados com os segmentos mais fracos e os contingentes mais humildes da sociedade deixaram de ser encarados como ação meramente paliativa. Segundo Lula, essa concepção de desenvolvimento, "indissociável do fortalecimento da cidadania, trouxe para dentro da democracia e da economia parte expressiva da população brasileira que, durante séculos, foi mantida na soleira da porta, praticamente do lado de fora do país".


in Vermelho

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