A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
Mostrar mensagens com a etiqueta Cultura. Ideologia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Cultura. Ideologia. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, agosto 22, 2011

As "indignações" e as bem-aventuranças do Cardeal Patriarca de Lisboa


    • Cardeal patriarca irrita sindicatos

      Na homilia em que celebrava o cinquentenário de eucaristias, D. José Policarpo disse não gostar dos grupos que fazem "reinvindicações de classe", como os sindicatos, que contrariam as medidas da troika. CGTP e UGT não gostaram das palavras do cardeal.
      O cardeal patriarca de Lisboa diz que os sindicatos põem o interesse individual acima do nacional
      O cardeal patriarca de Lisboa diz que os sindicatos põem o interesse individual acima do nacional. Foto José Goulão/Flickr
      "Está a fazer-me muita confusão ver, neste anúncio das medidas difíceis que até nos foram impostas por quem nos emprestou dinheiro, que os grupos estejam a fazer reivindicações grupais, de classe, não gosto", afirmou D. José Policarpo na aldeia de Alvorinha, nas Caldas da Rainha, no seu regresso ao local onde tinha celebrado a sua primeira eucaristia.
      O discurso do cardeal fez referência aos sindicatos como fazendo parte dos grupos que põem o interesse individual acima do nacional numa altura em que têm que ser vencidas "as visões derrotistas e pessimistas" e "todos somos chamados a vencer o egoísmo, a pensar no nós e não no eu".
      Do lado dos sindicatos, a resposta não se fez esperar. "É interessante que o cardeal patriarca tenha esta posição quando se justificava que defendesse os que mais precisam", afirmou o dirigente da CGTP Arménio Carlos. No entender do sindicalista citado pela agência Lusa, as declarações do patriarca de Lisboa estão deslocadas da realidade do país pois ignoram o aumento do desemprego, da precariedade e das desigualdades sociais e a redução dos salários.
      João Proença, líder da UGT, manifestou "incredibilidade pelo comentário" de Policarpo. "A igreja assume, assim, que ela defende o interesse geral e as restantes instituições sociais defendem interesses particulares", criticou o sindicalista. Proença afirmou ainda que dar prioridade aos problemas do país "passa também pela defesa dos interesses dos trabalhadores, pois sem trabalhadores não há país".

sábado, agosto 20, 2011

PCP - Sobre os acontecimentos de 19 de Agosto de 1991 na URSS





1.Os acontecimentos de 19 de Agosto de 1991 na URSS que os apologistas do capitalismo estão a assinalar com uma clássica operação de diversão ideológica constituíram uma tentativa desesperada e fracassada de altos dirigentes do Partido e do Estado soviéticos para impedir a desagregação da URSS, num episódio mais da aguda luta que então se travava na União Soviética pelos destinos deste poderoso país multinacional e do seu sistema socialista. Tratou-se de um acontecimento que serviu então de pretexto para uma violentíssima campanha internacional anti-comunista, campanha que além de visar o enfraquecimento, divisão e degenerescência dos partidos comunistas, pretendia sobretudo justificar a brutal ingerência do imperialismo nos assuntos internos do Estado Soviético e dar cobertura política e ideológica às forças contra-revolucionárias que, rasgando a Constituição soviética, preparavam já o assalto ao poder. Assalto que veio a consumar-se pouco tempo depois com a dissolução e proibição do PCUS e, ulteriormente com todo um conjunto de actos violentos e criminosos, de que o bombardeamento do Soviete Supremo é exemplo particularmente significativo.
2.Historicamente o que é relevante não são os acontecimentos de 19 de Agosto mas a veloz escalada contra-revolucionária encabeçada por Ieltsin que, contra a expressa vontade do povo soviético – no referendo de 17 de Março desse ano, e apesar da confusão já então instalada na sociedade, 76% dos soviéticos votaram pela continuação da URSS – conduziu ao desmantelamento da URSS e à destruição do seu sistema sócio-económico socialista. Sistema que, apesar de atrasos, erros e deformações que se tornara necessário superar, revelara bem a sua superioridade em relação ao capitalismo, trouxera ao povo soviético grandes conquistas e realizações, dera a mais heróica e decisiva contribuição para a derrota do nazi-fascismo e exercera uma influência determinante nos grandes avanços transformadores e revolucionários do século XX. A sua destruição não podia deixar de representar, como representou de facto, grandes perdas e imensos sacrifícios para os trabalhadores e para os povos da URSS e para os povos de todo o mundo.
Com o desaparecimento do poderoso contra-peso que a URSS e o sistema socialista representavam em relação ao imperialismo e à sua política exploradora e agressiva, e a brutal alteração da correlação de forças daí resultante, o mundo tornou-se mais injusto, mais perigoso, mais desumano.
Vinte anos depois revela-se com toda a nitidez a falsidade e hipocrisia dos argumentos “democráticos” e “humanos” que presidiram à campanha anti-soviética e anti-comunista em torno dos acontecimentos de 19 de Agosto de 1991, falsidade e cinismo que o PCP desde logo denunciou, enfrentando com firmeza as operações de falsificação e calúnia que visavam, em Portugal, desprestigiar, enfraquecer e dividir o colectivo partidário, confirmando e afirmando os seus princípios e identidade revolucionária e expressando inteira confiança no ideal e no projecto comunista.
3. É oportuno realçar a derrota política e ideológica daqueles que então apregoaram a “morte do comunismo”, o “declínio irreversível” do PCP, o “fim da luta de classes”, o “fim da História”, em suma, a derrota da apologética de um capitalismo triunfante e revanchista pretendendo reescrever a História à medida do seu interesse.
A realidade da profunda crise em que o sistema capitalista se encontra mergulhado fala por si. O capitalismo não só se revela incapaz de resolver os problemas dos trabalhadores e dos povos como tende a agravá-los profundamente pondo em risco, com a corrida ao máximo lucro, a agressão ambiental e a guerra, a própria existência da Humanidade. Como assinalou o XVIII Congresso do PCP, a alternativa ao capitalismo, o socialismo, é mais actual e necessária do que nunca.
.