A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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domingo, maio 30, 2010

Portugal: 300 mil saem às ruas contra políticas antitrabalhistas

Mundo..

Vermelho -  30 de Maio de 2010 - 9h11


Mais de 300 mil pessoas ocuparam o centro de Lisboa contra a política de desastre nacional do Partido Socialista (PS) e do Partido Social Democrata (PSD) que compõem o núcleo da aliança governista portuguesa e que juntamente com o Partido do Centro Democrático e Social (CDS) estão promovendo uma série de medidas antitrabalhistas para tentar responder à crise econômica que ameaça seriamente o país.


Com as avenidas do centro da capital tomadas por uma verdadeira multidão, uma massa imensa de indignação, protesto e luta, respondeu ao apelo da principal central sindical do país, a CGTP. Milhares de funcionários públicos e assalariados do setor privado protestarm contra as medidas de austeridade anunciadas pelo governo português. "Basta!", "Que o desemprego deixe de subir!", "Não à austeridade!" e "Por uma estabilidade do emprego!" eram algumas das inscrições nas faixas exibidas entre diversas bandeiras sindicais.

Esta é, segundo os organizadores do protesto, a maior manifestação dos últimos anos, superando os 200.000 manifestantes que tomaram as ruas de Lisboa no dia 13 de março de 2009 para pedir melhores condições de trabalho. Para os comunistas portugueses, que participam com destaque das entidades sindicais, esta foi a maior manifestação das últimas décadas, uma clara demonstração da força, unidade e determinação da classe operária e de todos os trabalhadores.

"Esta impressionante jornada de luta reforçou a convicção de que é possível derrotar a política de desastre nacional, de abdicação dos interesses do país, de agravamento da exploração que o PS, o PSD e CDS querem impor aos trabalhadores e ao Povo", diz a direção do PCP (Partido Comunista Português).

"Perante a escalada de medidas contra os trabalhadores, o Povo e o país decididas nos últimos meses, esta foi a resposta do Povo português, às pretensões dos grupos econômicos e financeiros, uma clara exigência de ruptura com a política de direita, de mudança na vida nacional", reforçam os comunistas.




Desemprego

Empolgado com a multidão de manifestantes, o secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, indicou que ali estavam dadas as condições para a convocação de uma greve geral. E que esta decisão é apenas uma questão de tempo.

Os líderes sindicais exortaram os manifestantes para estarem "disponíveis para todas as formas de luta num curto período de tempo".

O líder da CGTP desafiou o Governo a revogar as medidas consagradas no PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento), as quais, na sua opinião, "são falsas soluções para a crise" econômica que afeta a Europa, porque vão apenas penalizar os trabalhadores e fomentar o desemprego.

E, neste capítulo, Carvalho da Silva fez questão de salientar o problema do desemprego nos mais jovens. "A juventude tem de estar sempre presente nas grandes transformações da sociedade", declarou, elencando os aumentos de impostos e diminuição dos benefícios sociais como medidas que penalizam os mais jovens.

O governo do PS, que se comprometeu a reduzir seu déficit de 9,4% do PIB em 2009 para 4,6% em 2011, justificou as novas medidas de austeridade com a necessidade urgente de sanear as finanças públicas frente ao risco de contágio da crise grega e à explosão das taxas de juros da dívida.

Como contrapropostas às enunciadas pelo Governo, o líder da CGTP apontou como caminhos para superar a crise econômica os "cortes nas parcerias público- -privadas e o combate à fraude e à evasão fiscal como medidas para sair da crise, o estímulo à economia interna e o combate à economia paralela e à corrupção".




Presidente vaiado


Depois de apontar baterias contra o governo do primeiro-ministro José Sócrates, as atenções de Carvalho da Silva viraram-se para o Palácio de Belém, sede da Presidência da República Portuguesa, ocupada atualmente por Aníbal Cavaco Silva (PSD): "O Presidente da República assiste a tudo numa atitude de apoio implícito e, para compor a participação no cenário, vai fazendo discursos moralistas. Não é isto que precisamos. Precisamos de um Presidente que trate dos problemas com rigor e transparência", declarou o dirigente sindical. Os manifestantes responderam com uma monumental vaia ao Presidente da República.

Apesar da mobilização, o dia também ficou marcado pelas declarações do secretário-geral da UGT, João Proença, que considerou que o protesto levado a cabo pela CGTP colocava em causa a imagem de Portugal nos mercados internacionais. Carvalho da Silva classificou-as de ofensivas. Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, foi mais longe: "É a posição de um vencido, de um conformado. Mesmo no seio da UGT há muita gente indignada." O líder do PCP declarou ainda que a adesão à manifestação mostra a disponibilidade dos portugueses para lutar. Já Francisco Louçã, dirigente do Bloco de Esquerda que também aderiu ao protesto, disse que "quando há crise o Governo retira medidas como a do apoio a 187 mil desempregados".




Ainda neste sábado, o gabinete de Imprensa do PCP emitiu nota reafirmando suas críticas às políticas de direita adotadas pelo atual governo. No documento, os comunistas portugueses reiteram que "para o grande capital, para os grupos econômicos e financeiros, para as potências da União Europeia, para aqueles a quem os sacrifícios nunca tocam, ficam os lucros e privilégios. É preciso agir! É urgente dizer basta!"

O PCP já marcou para os próximos dias 17, 18 e 19 de Junho três grandes protestos nos centros das cidades de Lisboa, Évora e Porto, respectivamente.

Da redação, Cláudio Gonzalez, com agências
Fotos: Arquivo PCP ( http://pcp.pt/fotografias )
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  • Partidos Comunistas

    30/05/2010 20h10 Quando as grandes tormentas vem aparecem os homens de coragem, quando os trabalhadores são atacados em seus direitos a voz dos comunistas se fas ouvir. Admiro os Partidos Comunistas, principalmente o Grego e o Português.Que estão na vanguarda destas lutas.

    victor miguel nobre
    rio grande - RS

  • Não há confusão nenhuma

    30/05/2010 19h06 Creio que os leitores familiarizados minimamente com o contexto político europeu sabem que as denominações "socialista" e "social-democrata" já não guardam nenhuma identificação com o socialismo. Tanto que aqui mesmo no Brasil temos um partido que tem os termos "Social Democracia" (PSDB) no nome e outro que tem "Popular Socialista" (PPS) e são dois partidos que defendem idéias neoliberais. Portanto, não há razão para achar que só porque o Partido Socialista está no poder em Portugal o regime de governo é socialista. Precisa ser muito desinformado para acreditar nisso.

    Edgar Martins
    Guaratinguetá - SP

  • Socialista?

    30/05/2010 15h51 Entendo as colocaçoes e preocupações do leitor Antonio Levino, mas acho que vem ficando claro para os leitores do vermelho que vem acompanhando as lutas sociais, e também tem noção do processo da revolução dos cravos- muito bem abordado por Augusto Buonicore em artigo citado-qual tgem sido o papel dos partidos sociais democratas e também dos partidos socialistas na Europa, a partir do final dos anos oitenta e principlamente com a crise dos socialismo real. E pensar que na Constituição Portuguesa apos a revolução havia o objetivo de contruir uma sociedade sem classes. A efetivação deste projeto e o avanço da revolução foi claramente boicotado pelas posturas do PS ainda nos anos setenta e este partido vem a aca dia se desmascarando definitavente ao cofirmar, sem os retoques anteriores, sua adesão ao neoliberalismo. Todo apoio a luta dos trabalhadores portugueses e ao PCP

    Luis Eduardo Mergulhao Ruas
    Rio de Janeiro - RJ

  • Que governo socialista é esse?

    30/05/2010 13h18
    É no mínimo Estranho uma matéria como essa abordar a reação popular à crise portuguesa e criticar as medidas neoliberais de um governo que é chamado de socialista. Deveria ser explicado alguma coisa sobre o sistema de govero daquele país e o papel desempenhado por Mário Soares, lider do Partido Socialista Português. Recentemente, Augusto Buonicore escreveu um brilhante artigo sobre a "Revolução dos Cravos" relembrando a data de 25 de Abril de 1975. A complexidade do processo político português está descrita ali, com maesria e detalhamento. Ao contrário do artigo de Buinicore, matéria do Cláudio Gonzales, publicada hoje parece querer informar "simplesmente" e termina por atrapalhar. Tenho a impressão que a um leitor desavisado fica a impressão de que estamos a assistir a crise do "socialismo portugês" e não a quebra de um país destroçado pelo neoliberalismo e dirigido por uma coalizão de direita ou seja lá o que for. Socialista é o que não é mesmo. Estaria eu errado? Acho que não.
    Antonio Levino
    Manaus - AM
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domingo, maio 02, 2010

CGTP-IN marca manifestação nacional para 29 de maio

O secretário geral da CGTP-IN anunciou hoje a realização de uma grande manifestação nacional no dia 29 de maio em Lisboa, na sua intervenção no final das comemorações do 1º de Maio.(Ver vídeo no fim do texto)

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Lusa
19:54 Sábado, 1 de Maio de 2010 - Expresso
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Carvalho da Silva afirmou na sua intervenção hoje em Lisboa que a manifestação nacional visa "exigir novas políticas para o desemprego, a defesa do direito ao emprego e melhores condições salariais".  
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"Vamos fazer do dia 29 de maio um momento alto da luta dos trabalhadores. Da luta a favor dos trabalhadores, do progresso social e do desenvolvimento do país", disse o sindicalista perante os milhares de pessoas que participaram na manifestação do Dia do Trabalhador.  
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A manifestação anunciada por Manuel Carvalho da Silva foi ratificada pelos manifestantes, que aprovaram uma resolução em que consideram o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) "uma declaração de guerra aos direitos e ao nível de vida dos trabalhadores, dos reformados e dos pensionistas, à proteção social e às funções sociais do Estado".  
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No longo discurso que fez, Carvalho da Silva também fez duras criticas ao PEC, dizendo que ele representa apenas "uma politica cega de consolidação orçamental" que impõe mais sacrifícios aos trabalhadores mas "não garante que daqui a 4 ou 5 anos a divida seja ainda maior".  
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"O défice é resultado dos milhares de milhões de euros que foram rapinados do Orçamento do Estado para tapar buracos do setor financeiro, que aconteceram por má gestão", acusou.  
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O sindicalista considerou, no entanto, que "o país tem futuro" mas para isso "é preciso cortar nas despesas desnecessárias". Carvalho da Silva salientou a importância da contratação coletiva na distribuição da riqueza e na melhoria das condições de vida e de trabalho. 
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"Na segunda metade do século XX não houve nenhum instrumento de governação que tivesse tanto efeito na distribuição da riqueza como a contratação coletiva", disse. "Por isso vamos continuar a mobilizar os portugueses e vamos intensificar a luta", acrescentou.  
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Aos jornalistas, Carvalho da Silva disse, no final do comício, a elevada participação dos trabalhadores neste primeiro de maio mostra que "a luta dos trabalhadores está em linha ascendente". "A mobilização vai crescer e teremos uma enorme manifestação a 29 de maio", afirmou.  
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Segundo Carvalho da Silva, que disse que a CGTP cruzou os seus dados com a polícia, participaram na manifestação de Lisboa cerca de 90 mil pessoas. 
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Mas no resto do país participaram também muitos milhares de pessoas, lembrou, citando os 4.000 participantes das manifestações de Évora ou Coimbra e os 5.000 de Aveiro.



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Preservativos e panfletos para convencer trabalhadores sexuais a aderirem ao 1º de Maio

Três activistas e dois trolleys carregados de preservativos e gel lubrificante percorrem a noite no Conde Redondo, Lisboa. Saíram à rua para fazer prevenção junto de trabalhadoras/es sexuais e apelar à adesão à manifestação contra o estigma no Dia do Trabalhador.

Muitas/os já sabem do que lhes falam. Na semana passada, outros rostos informaram-lhes sobre o MayDay e a inclusão das/os trabalhadoras/es sexuais na marcha do 1º de Maio.

"Prostituição é trabalho sexual. Trabalho sexual é trabalho!" são as palavras de ordem da convocatória, que desta vez partiu de quem faz do aluguer do corpo uma ocupação.

Não há organizadores formais, nem associações promotoras. Todos serão, hoje, entre o Largo de Camões e a Alameda, trabalhadoras/es sexuais.

"Apareçam no Martim Moniz às duas e meia", pedem-lhes, enquanto distribuem caixas com uma centena de preservativos. "Vamos estar todos de guarda-chuvas vermelhos", sinalizam.

Entre os três activistas - que pediram anonimato - há duas estreantes. O terceiro é uma cara já conhecida de muitas das pessoas que aguardam nas esquinas de uma das zonas de prostituição de Lisboa.

O movimento não é muito, mas lá se vão lançando olhares de carros, frequentemente de alta cilindrada. "É a crise, dantes gastava dez a quinze preservativos, agora até cinco é difícil. Eles passam, mas só olham, são sempre os mesmos", partilha um transgénero.

A idade começa a pesar, a paciência a faltar, confessa. Hoje com 44 anos, recorda como aos 20 "tudo era uma fantasia", enquanto abre os braços em pose de diva.

Já ouviu falar da manifestação de hoje - talvez lá passe - mas entretanto teve "algum juízo" e foi tratando "da reforma". Porque "tudo tem um princípio e um fim". 

 
Uma e meia da manhã e à porta de uma "casa de hóspedes" várias mulheres esperam clientes que nem sempre vêm. "Apanho três autocarros para vir para aqui e pago 25 euros para voltar para casa de táxi. Por isso, nem sempre venho", conta uma.

Manifestação? Nem pensar. "Tenho roupa para lavar e para passar. E só de pensar que a família poderia descobrir..."


Os preservativos e os panfletos entregam-se no primeiro andar. Uma senhora de bata cor-de-rosa abre a porta, com ar de dona de casa.

"Isto está muito vazio para final do mês", diz o activista repetente. O trolley palmilha mais umas quantas ruas, em direcção à zona das imigrantes brasileiras. Dois travestis confirmam os boatos - a polícia tem avisado: não saiam à rua quando o papa estiver de visita.

"Eles pensam que se vive da paz do senhor, que se come com a paz do senhor, que se veste com a paz do senhor, que se paga a renda com a paz do senhor", ironiza um.

Provavelmente não virá trabalhar nos dias em que Bento XVI estiver em Portugal. Até porque problemas com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras já tem de sobra: faltam poucos dias até que a ordem de expulsão seja uma realidade.

Partilha dúvidas com o grupo: "E se me casasse com um português? Agora posso, não é?"

Ainda não, se calhar é melhor apostar num contrato de trabalho, aconselham.


Lusa 

Prostitutas exigem a legalização da actividade e acesso à Segurança Social


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Notícias Dinheiro  |  01/05/2010

 

Contra o trabalho precário: parada MayDay juntou-se às manifestações pelo 3º ano consecutivo


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quinta-feira, julho 16, 2009

Algumas diferenças entre as candidaturas de Jorge Sampaio e António Costa

Francisco LouçãAntónio Costa apresentou a 13 de Julho a sua candidatura à Câmara de Lisboa, aliás já muitas vezes anunciada e confirmada. No mesmo dia, um grupo de defensores de um apelo para a "convergência das esquerdas", com forte protagonismo da Renovação Comunista, declarou que o apoiaria, como se esperava (embora os signatários do apelo sempre tivessem jurado recusar tal possibilidade, que agora se concretizou). José Saramago juntou-se aos apoiantes de Costa. E a sua candidatura fez publicar na imprensa uma história fantasiosa acerca de tentativas antigas e novas de acordo com o PCP e com o BE.
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Vale por isso a pena discutir porque é que a configuração da disputa em Lisboa é como é. E uma das razões mais evidentes está na diferença entre as candidaturas de António Costa, que separa, e a de Jorge Sampaio, que uniu.

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Quando Jorge Sampaio se candidatou a Lisboa, há vinte anos, era o dirigente de um partido de oposição. Não representava o poder político, nem apoiava o Código do Trabalho, nem tinha colaborado com a perseguição à escola pública, nem tinha fechado os olhos perante o corte ao subsídio de desemprego. Ajudava a mobilização contra a maioria absoluta de Cavaco Silva. António Costa em 2009 é o contrário de Jorge Sampaio em 1989.

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Quando Jorge Sampaio se candidatou a Lisboa, fez um esforço para juntar pessoas mobilizadas por um programa concreto para tirar a cidade da letargia. Arquitectos, urbanistas, activistas sociais e diversas opiniões políticas juntaram-se durante largos meses para pensar ideias, para definir propostas, para mostrar e aprofundar essa alternativa. Não fez um apelo a um arranjo eleitoral sem ideias, a três semanas do prazo de apresentar as candidaturas. Era um acto de coragem e ousadia, não era um acto de desespero.

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Quando Jorge Sampaio se candidatou a Lisboa, fez um cuidado trabalho de aproximação entre diferentes partidos. Não foi para um Congresso do PS insultar outro partido, chamando-lhe "parasita". Com parasitas não se fazem coligações.

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Quando Jorge Sampaio se candidatou a Lisboa, juntou o melhor da cidade para as melhores ideias e para a maior transparência. Não criou uma lista para ter que se envergonhar com a investigação judicial à concessão sem concurso do terminal de contentores de Alcântara à empresa de um amigo do governo e do partido.

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Mas, acima de tudo, o problema da actual maioria da Câmara é que não fez. Não lançou o debate do PDM. Não aplicou a prometida regra dos 25% de construção a custos controlados nas novas urbanizações. Não defendeu a frente ribeirinha. Não pôs um travão à especulação. Não interveio na política de habitação. Não reestruturou os transportes e deixou-se afastar do Metropolitano. Não defendeu o espaço público e antes introduziu o aluguer de praças e avenidas a marcas e a empresas. Calou e consentiu. O problema desta maioria é que falhou.

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Por isso, é por causa de Lisboa, de um programa para Lisboa, de uma política para Lisboa, que é necessária uma alternativa. E essa alternativa é a candidatura do Bloco de Esquerda, com Luis Fazenda. É tempo de termos uma esquerda de confiança na Câmara.

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Bem sei que, no desespero do fracasso, há sempre quem exija votos com o argumento triste: se estás em desacordo com o que o PS fez, vota no PS para continuar a fazer o que te desagrada, porque o PSD é igual. Há quem não consiga conceber o mundo sem ser sob a batuta do PS ou do PSD. Há quem pense que, no dia em que o PS e o PSD deixarem de ser os partidos maioritários, o trigo cresce para dentro do chão e o sol se recusa a levantar cada manhã. Desejo as maiores felicidades a estes apoiantes do bloco central, porque a vida não está fácil para eles.

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in Esquerda Net

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sexta-feira, outubro 26, 2007

Cidade de Lisboa perde população

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O concelho de Lisboa continua a perder habitantes em favor das zonas de habitação da periferia da cidade, segundo um estudo sobre fluxos migratórios, divulgado esta terça-feira, que refere que as famílias trocam a capital, preferencialmente, pela linha de Cascais e pela zona Norte.
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O estudo, realizado pela Imométrica, uma empresa de sistemas de informação para o sector imobiliário, teve por base a análise dos pedidos de reencaminhamento de correspondência postal feitos pelos agregados familiares entre 2005 e o primeiro semestre de 2007.
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Com base nestes movimentos de mudança de casa, com origem ou destino na Área Metropolitana de Lisboa, o estudo conclui que o concelho de Lisboa registou um saldo migratório negativo de 3 por cento, tendo originado 9.585 saídas e sendo destino de apenas 8.435 mudanças.
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Mais de dois terços (71 por cento) dos fluxos gerados na capital tiveram como destino o próprio concelho, já que 5.760 mudanças foram feitas dentro de Lisboa. Das 2.799 famílias (29 por cento do total) que optaram por residir noutro concelho, a maioria (64 por cento) escolheu a linha de Cascais/Oeiras e a zona Norte, que engloba os concelhos de Loures, Vila Franca de Xira, Amadora e Odivelas. As famílias que deixaram Lisboa privilegiam também cada vez mais a Margem Sul, quer no eixo Ponte Vasco da Gama (Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo e Palmela), quer no eixo Ponte 25 de Abril (Almada, Seixal, Sesimbra e Setúbal).
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No mesmo período em análise, entraram em Lisboa apenas 2.024 famílias oriundas de outros concelhos, sobretudo da linha de Cascais/Oeiras e zona Norte, que concentraram 38 por cento dos fluxos migratórios para a capital.
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in Correio da Manhã 2007.10.23
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