A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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quinta-feira, março 13, 2008

Emídio Rangel, o Correio da Manhã e a desmontagem do filme





- Domingo, 9 Marco 2008 - 19:25

Sócrates mantém confiança na ministra
“A saída da ministra (da Educação) não está em causa”. A garantia foi dada este domingo pelo Primeiro-ministro, José Sócrates, que afirmou que o Governo vai continuar com o trabalho que tem vindo a desenvolver na área da Educação, nomeadamente a implementação do sistema de avaliação de desempenho dos professores, contestado ontem por cerca de cem mil docentes que saíram à rua exigindo a demissão de Maria de Lurdes Rodrigues.
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- Domingo, 9 Marco 2008 - 18:15
Acabar mandato com a dignidade possível
O líder do PSD, Luís Filipe Menezes, comentou este domingo a manifestação de ontem dos professores pelas ruas de Lisboa, afirmando que resta agora ao Governo tentar acabar o mandato "com a dignidade possível"..
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- Domingo, 9 Marco 2008 - 13:00
Governo corta em salários 3726 milhões
A nova grelha remuneratória na Administração Pública e a mobilidade especial vão provocar um forte rombo nos ganhos salariais dos funcionários públicos.
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- Domingo, 9 Marco 2008 - 00:30
Cem mil contra a ministra
Portugal tem 143 mil professores. Contas da ministra da Educação. Vestidos de negro, de lenços brancos na mão, de luto por “a escola pública já não aguentar mais”, foram cem mil, segundo os sindicatos e a PSP, os professores que ontem pediram a demissão de Maria de Lurdes Rodrigues.

- Domingo, 9 Marco 2008 - 00:30
Eu percebo os professores
Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação, à SIC.


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09-03-2008 - 00:30:00 A voz que vem da rua


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- Domingo, 9 Marco 2008 - 00:30
A voz que vem da rua
- Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto
A manifestação dos professores contra a ministra da Educação foi um êxito óbvio. Nenhuma guerra de números adiantará seja o que for em relação ao problema que está criado para o Governo.

E também pouco significado terá querer reduzir o protesto de ontem a um universo de participação restrito à capacidade de mobilização dos sindicatos. A expressão do protesto está muito para lá daquilo que os sindicatos conseguem mobilizar.

A voz que ontem veio da rua exige a demissão da ministra mas ela é, também, o melhor seguro de vida que um governante pode receber. Nas actuais circunstâncias, José Sócrates está entalado entre aquilo que pode ser uma gravíssima crise de autoridade caso ceda à pressão dos protestos e demita a ministra e uma ainda incalculável perda de votos.

O conflito afunilou de uma forma que atinge o próprio primeiro-ministro diminuindo-lhe drasticamente a margem de manobra. A partir daqui é impossível encontrar uma solução que não seja trágica para o Governo e para o próprio País. Sócrates não pode descartar a ministra, não pode ceder às pretensões dos professores, mas não pode continuar numa linha de hostilidade.

Este seria o tempo do regresso ao diálogo e à negociação de consensos se ainda fosse possível. A radicalização só trouxe autismo e demagogia de lado a lado. Nem os professores estão carregados de razão, nem são os maus da fita. A realidade mais incontornável é a da necessidade de uma efectiva reforma do ensino, que é impossível de fazer contra tudo e contra todos. Resta saber se alguém ainda se preocupa com isso.

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09-03-2008 - 00:30:00 Eu percebo os professores

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Domingo, 9 Março

- José Timão-Açores
O Governo aumentou os impostos. Deu cabo dos reformados encurtando-lhes o valor e as condições de reforma. Fez coisas do "arco-da-velha" no que respeita à saude e também à Justiça e ao mais que não ocorre dizer. Claro que houve "refilanços" mas, no "fundo" a gente sabia que era preciso fazer qualquer coisa. Mas, quando houve asneira da grossa o Sr. 1ºMinistro cuidou-se,é bom que se cuide agora...

- JC
Em vez de comentários que não são carne nem peixe e perante uma mega-manifestação e muitos discursos que nada esclareceram, seria útil dar a conhecer os argumentos dos professores e qual a resposta do ME a esses argumentos. O argumento mais ouvido de escassez de tempo, é muito pobre,porque, parece, agora apenas serão avaliados 7000 docentes num total de quase 150000 a avaliar até fins de 2009.

- josé (agricultor )
A culpa é destes srs q. nos governaram quase há 34 anos. Foram eles q. fizeram, desfizeram reformas e avaliações de profs-em 1995. Queixem-se deles próprios q. foram incompetentes e parecem papagaios a enganar-nos anos a fio.Assumam mais os erros c/ humildade democrática.Quem n. consegue dialogar, só tem um caminho: Apoio a luta dos profs, ministra para a rua, já!

- Rui Tavares
Êxito para quem? A quem interessa a demissão da Ministra? A quem interessa a manutenção do sistema existente que não avalia os professores? Aos verdadeiros professores talvês não. Continuaremos na cauda da Europa, seremos ultrapassados até pelos Países de Leste.


- Domingo, 9 Marco 2008 - 00:30
A Rua e as decisões políticas - Rui Rangel
O Governo não deve subestimar a grande massa humana que ontem desceu a Avenida da Liberdade.

- Sabado, 8 Marco 2008 - 18:32
Governo não vai mudar políticas
O Governo não vai alterar as suas políticas educativas. Quem o diz é o porta-voz do PS, Vitalino Canas, que afirmou que o partido dará a devida atenção aos sinais que advém da manifestação dos professores de hoje, mas que continuará no caminho que tem vindo a tomar.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 17:14
Cavaco não comenta Marcha da Indignação
O Presidente da República, Cavaco Silva, que se encontra em visita oficial ao Brasil, recusou este sábado comentar o protesto dos professores que está a decorrer em Lisboa, considerando que “não deve enviar mensagens” quando se encontra fora do País e recordando o seu apelo ao respeito pelo direito à manifestação.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 16:33
Protesto junta mais de 80 mil professores
Mais de 80 mil professores participam, este sábado, na 'Marcha da Indignação', que desfila entre o Marquês do Pombal e o Terreiro do paço, em Lisboa, segundo estimativas dos sindicatos dos docentes e da PSP.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 13:36
Professores já enchem Marquês de Pombal
Centenas de professores do Porto, Aveiro, Coruche, Gaia, Coimbra e Ourém estão já no Marques de Pombal e Parque Eduardo VII, em Lisboa, para participarem na denominada 'Marcha da Indignação', a manifestação contra a política do Ministério de Educação.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 13:13
Menezes diz que ministro não tem credibilidade
O líder do PSD, Luís Filipe Menezes, afirmou este sábado que o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, é uma pessoa "sem credibilidade nenhuma".
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 12:48
PCP critica tentativa de condicionar manifestação
O PCP reagiu este sábado à declarações do ministro dos Assuntos Parlamentares Augusto Santos Silva considerando que são uma "tentativa de última hora para condicionar a participação" na manifestação de professores que hoje se realiza e um "insulto" à figura de Álvaro Cunhal.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 11:46
Miguel Relvas chocado com acusações de Santos Silva
O deputado do PSD Miguel Relvas manifestou-se este sábado "chocado" com as declarações do ministro dos Assuntos Parlamentares, Santos Silva, que acusou professores manifestantes de "não reconhecerem a diferença entre Salazar e os democratas".
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 11:02
Ministro acusa manifestantes de não distinguirem entre Salazar e democratas
O ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva acusou, na sexta-feira à noite, em Chaves, à entrada para uma reunião sobre os três anos da governação PS, os professores manifestantes de estarem a levar a cabo uma intimidação anti-democrática e de "nem sequer saberem distinguir entre Salazar e os democratas".

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"A liberdade é algo que o País deve a Mário Soares, a Salgado Zenha, a Manuel Alegre... Não deve a Álvaro Cunhal nem a Mário Nogueira", afirmou Santos Silva, citado nos media, acrescentando que estes "lutaram por ela antes do 25 de Abril contra o fascismo, e lutaram por ela depois do 25 de Abril contra a tentativa de tentar criar em Portugal uma ditadura comunista", sustentou.

"O clima político que algumas pessoas estão a tentar desenvolver em Portugal é um clima de intimidação, é um clima próprio da natureza anti-democrática dessas forças. E se for preciso defender outra vez, como defendemos em 75, a liberdade em Portugal, o Partido Socialista, posso garantir, estará na linha da frente da defesa das liberdades públicas", afirmou, na ocasião.

O ministro acusou os manifestantes de "nem sequer saberem distinguir entre Salazar e os democratas" e de nem terem "lutado contra o fascismo".

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Domingo, 9 Março

- jaespadana
As pessoas não podem ser eternamente enganadas.Alguém ia pensar em 25/11/75,que um partido (dito socialista)ia patrocinar a reposição da exploração do homem pelo homem,a entrada dos velhos fascistas,alterar os direitos constitucionais dos trabalhadores,os políticos com benesses monstruosas,leis para os proteger de toda a espécie de crimes. Esta democracia não serve. Podem ir morrer longe. Bombarral

Sabado, 8 Março

- antonio
O sr ofende o bom nome de pessoas ja falecidas apos 25 de abril.London

- m.c.
Lamentavél este sr.chamar analfebetos aos portugas por não saberem distinguir SALAZAR e os democratas SERÁ QUE ELE SABE O QUE SIGNIFICA PARTIDO SOCIALISTA NO MEIO POLITICO?Não é de certeza o P.S.actual....

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- Sabado, 8 Marco 2008 - 09:00
Hooligans em Lisboa
- Coisas do Circo, por Emídio Rangel
Tenho vergonha destes pseudo-professores que trabalham pouco, ensinam menos, não aceitam avaliações.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 00:30
Protestos ainda sem fim à vista
A ‘Marcha da Indignação’, que junta hoje entre 40 a 70 mil professores entre o Marquês de Pombal e o Terreiro do Paço, em Lisboa, não deve ser a última acção de protesto deste ano lectivo.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 00:30
Ensino
Professores têm razões para protestar?
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 00:30
Um País bipolar com recessão à porta
Menezes, de uma penada, quer fechar as portas do partido à oposição interna e faz engrossar as ruas do protesto.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 00:30
A polícia na Escola
As autoridades dão sinais de não saberem como lidar com as manifestações de rua.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 00:30
Ministro admite baixar impostos
O ministro das Finanças admitiu ontem que o Governo está a ponderar uma redução dos impostos, com vista a incentivar as despesas dos consumidores e, por esta via, fomentar o crescimento da economia portuguesa.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 00:30
Senhora Política

Paula Teixeira da Cruz [PSD] diz que Cavaco Silva fez bem em apelar à serenidade na Educação e que o sistema de avaliação dos professores tolhe “a autonomia técnica que possa existir”. Já Marta Rebelo [PS] acredita que no início desta fase de contestação dos docentes houve uma politização por parte do PCP, mas que agora o protesto já ganhou vida própria. A saída da ministra seria uma derrota.
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- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 14:48
PSP espera 70 mil professores
A Polícia de Segurança Pública (PSP) vai amanhã, sábado, cortar ao trânsito a zona entre o Marquês de Pombal e a Praça do Comércio, em Lisboa, durante o decorrer da manifestação de professores, para a qual são esperados entre 60 a 70 mil participantes.

- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 14:37
Fim do número mínimo de filiados
O Parlamento aprovou esta sexta-feira por unanimidade o fim da obrigação de os partidos terem um número mínimo de filiados.

- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 14:22
Ministro admite baixar impostos
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, afirmou esta sexta-feira que o Governo está a estudar a possibilidade de descer os impostos.
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- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 14:03
Medidas combatem a criminalidade
O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, afirmou esta sexta-feira que as recentes medidas aprovadas pelo Governo vão combater a “criminalidade grave e violenta”.
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- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 11:01
Rui Pereira ordena investigação
O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, anunciou esta sexta-feira ter solicitado à Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) para investigar a alegada visita de agentes da PSP às escolas para recolha de dados.
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- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 09:13
PSP de Santarém não ordenou visita a escolas
O Comando Distrital da PSP de Santarém garantiu que não deu indicações para que dois agentes da PSP de Ourém fossem a uma escola na quinta-feira, a fim de recolher dados sobre a manifestação de professores agendada para este sábado, em Lisboa.

- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 09:00
O Calcanhar de Aquiles - A dança dos coxos -
João Marques dos Santos, Advogado
Os professores, descontentes e manietados, manifestam-se. Sócrates, sentindo a contestação a crescer, teve uma ideia delirante. Manifestar-se.

Os professores estão descontentes com o Governo, a gestão das escolas e sobretudo com o novo sistema da sua avaliação. Sócrates, que gosta de mostrar quem manda, está descontente com os professores, que não acreditam em soluções nem homens providenciais e querem ter uma palavra a dizer nas questões mais importantes das suas escolas e vidas profissionais. Os pais dos alunos que erradamente julgam que as escolas devem suprir a falta de acompanhamento que eles (pelas mais variadas razões) não são capazes de dar aos seus filhos, estão descontentes com tudo.

Com Sócrates, com o sistema de Ensino, com a falta de segurança generalizada nas, e à volta, das escolas e com os professores. Só os seus lindos meninos estão inocentes. Alguns alunos, entretanto, vão agredindo uns professores e tornando as salas de aulas verdadeiros happenings onde tudo se pode fazer excepto ensinar ou aprender. Os professores, descontentes e manietados, manifestam-se. Sócrates, (porque Sócrates é o PS e o PS é uma extensão em coma político profundo dele próprio) sentindo a contestação a crescer, teve uma ideia delirante. Manifestar-se, também. Entrar na dança que os descontentes lhe sugerem. É difícil de acreditar, mas é verdade. Abandonado o patamar da discussão racional das razões de cada um entra-se no domínio do fantástico. Da representação. Da indigência política e intelectual. O ordeiro PS de Sócrates, que já começou a corrigir o tiro, ameaçou manifestar-se ‘espontaneamente’ em apoio ao grande chefe. Contra os professores e todos os que ousem contestá-lo.

À moda das grandes manifestações de ‘desagravo’ Salazaristas que enchiam o Terreiro do Paço com gentes que rumavam de borla à capital acompanhadas das respectivas bandeirinhas e farnel em troca de duas horas ao Sol a olhar para as varandas dos ministérios. Uma verdadeira viagem no tempo. O PS (leia-se, sempre, o Governo) a manifestar-se nas ruas contra o descontentamento dos cidadãos é coisa que nem ao diabo lembraria. Seria a transferência das razões do poder para o terreiro que é, por natureza, o palco dos que não têm voz. E onde facilmente seria batido.

O descabelado convívio de desagravo ‘socialista’ já tinha local e data marcados. Seria na Praça D. João I, no Porto, no próximo dia 15. Mas o ridículo e o perigo de outras forças mais efectivas ao nível da rua poderem deixar uma má recordação aos promotores deste original evento fê-los recolherem ao Pavilhão Académico. Já não teremos o gozo de ver Sócrates e os seus pelotões de infantaria a manifestar-se nas ruas contra os descontentes que lhes tiram o sono. Sócrates percebeu a tempo o gozo que estava a dar e no dia 15 lá irá, envergonhado, até ao Pavilhão Académico dizer às suas tropas que o PS é forte, tem o exclusivo da inteligência deste País, não receia nada nem ninguém e sobreviverá por todo o sempre. Será ovacionado até à exaustão. E acreditará que o universo começa e acaba no Pavilhão Académico.

Os professores desfilarão, amanhã, sabendo que estão a bater em mortos, mas que, ironicamente, a sua luta ameaça ser inglória. Porque a ministra é a herdeira dos amores que Sócrates devotava a Correia de Campos, o primogénito sacrificado para aplacar a fúria dos deuses. E nem Sócrates consegue viver sem um grande amor...

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Sexta-feira, 7 Março

- diplofax
Já se sabia à muito,que mesmo dentro do PS haveria muito descontetamento em relação a certas medidas tomadas,não calculávamos que teriam nesta,oportunidade de se manifestarem.Espero que não lhes traga dissabores futuros pois aquela de "quem se mete com o PS leva"continúa ser válida até ordem em contrário,como se sabe.Estou curiosa acerca das "orientações"que terão sido dadas às FS para a manif!

- José Timão-Açores
Quando a Senhora Ministra da Educação assevera que "perdeu os professores e "ganhou" a opinião pública, pode entender-se que a Senhora Ministra quis dizer que, em Portugal, o que conta (para este Governo e logo para a Senhora Ministra) é a condição de "análise" duma parcela da "opinião publica" e não o conceito e o discernimento de quem faz por estar na vida com dignidade.

- JB
E não será dificil prever que no Pavilhão do Académico haverá uns apelativos incentivos à comparência e ao enérgico desempenho vocal e bandeiral, tais como, uns aconchegadores comes e bebes à descrição, umas promessas de retribuição pelo espontânea lealdade...
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- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 00:30

Estado
Funcionários com duas notas negativas devem ser despedidos?
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- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 00:30

Professores na rua - Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto

A discussão até pode acabar reduzida a números com Governo e sindicatos de professores a discutirem se estiveram vinte ou cem mil pessoas na rua. Mas uma coisa é certa: há muito tempo que um governo não era submetido a tão grande prova de força por parte de uma classe profissional. Digo bem: por uma classe profissional, não tanto por uma estrutura sindical.

É fácil reduzir as movimentações dos professores aos interesses políticos dos sindicalistas do PCP e ao próprio partido. Mas, neste caso, independentemente dos juízos de mérito ou falta dele que se possa fazer sobre o regime de avaliações proposto, a verdade é que o protesto está muito para lá daquilo que é a força sindical do PCP ou da Fenprof.

Em algumas das manifestações têm aparecido a dar a cara pessoas ligadas a estruturas locais do PS, simultaneamente professores, que pedem a demissão da ministra. Talvez por isso, e por o protesto dos professores mobilizar também muita gente distante de qualquer lógica político-partidária ou sindical, fosse bom que o Governo ponderasse seriamente os caminhos deste braço-de-ferro. Porquê? Tão-só para não prejudicar aquilo que hoje é decisivo: a possibilidade de fazer uma efectiva reforma no Ensino.

Seja esta ou outra a verdade, é que não pode naufragar aqui a hipótese de fazer uma reforma que fosse boa para todos mas, sobretudo, para os estudantes. Já agora, convinha que alguém pensasse neles..

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Sexta-feira, 7 Março

- diplofax
Uma coisa é certa,o objectivo,tanto da reforma como da manifestação,devia ser em 1º plano o interesse na qualidade do ensino e formação dos alunos,não em quantidade de horas de aulas,e, no respeito pela classe dos profs.Julgo não haver nem uma coisa nem outra neste momento,por isso estou do lado deles,apoio a manifestação!

- diplofax
O gov não percebe que,para haver qualquer reforma,é preciso haver consenço entre ambas as partes.A reforma que quer fazer,se provoca esta avalanche de profs descontentes em todo o país é evidente que não serve.E não são só os sindicatos,como diz,que interveem.Tem que haver diálogo e recuos eventualmente de ambas as partes.Claro que os nºs vão diferir conforme sejam do gov,PSP,manifest. ou sind.

- José Timão-Açores
Claro que seria muito bom que alguém pensasse neles... e tivesse em conta a diferença que há entre aqueles que são cábulas convencidos de que o não são e os que são cumpridores e convictos de que o são...

- J. Rodrigues
Não é possível pensar a sério nos alunos, sem pensar nos professores!É a história do ovo e da galinha. Certo é que, neste caso, alguém, na defesa cerrada dos seus interesses pessoais, não está a cumprir os seus deveres cívicos. O país merece o melhor, de cada um.

- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 00:30
Castigos rápidos para funcionários
O novo Estatuto Disciplinar dos Trabalhadores da Função Pública prevê processos disciplinares mais rápidos e uma redução no número de penas a aplicar. A proposta de lei foi ontem aprovada em Conselho de Ministros e tem subjacente a aproximação do regime público ao privado.

- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 00:30
Ex-ministra aufere 101 mil euros ano
Maria de Belém Roseira, advogada, 59 anos, é deputada do PS eleita pelo círculo de Lisboa. A socialista foi ministra nos dois executivos de António Guterres nos anos 90, tendo ocupado a pasta da Saúde de 1995 a 1999 e a pasta da Igualdade de 1999 a 2000.

- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 00:00
Entrevistas interessantes
Longe vão os tempos em que, na TV, o entrevistador perguntava ao entrevistado, especialmente se fosse político: “Sr. Dr., poderia elucidar os portugueses sobre esta questão no sector da Educação?”. E o ministro, por exemplo, responderia: “Ainda bem que me faz essa pergunta. Deixe-me pois esclarecer que...”.

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quarta-feira, outubro 24, 2007

O Filhinho do Papá - uma história exemplar !


O Calcanhar de Aquiles - História exemplar

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* João Marques dos Santos, Advogado

O que aconteceu no BCP e a ligeireza das justificações já apresentadas são um insulto à inteligência de todos os portugueses.

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in Correio da Manhã 2007.10.19
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Ver o resto das notícias clicando nas hiperligações
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O Banco de Portugal já recebeu as explicações da administração do BCP em relação aos alegado perdão de juros e capital ao filho de Jardim Gonçalves e a Goes Ferreira, membro do Conselho Superior do banco.
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in Correio da Manhã 2007.10.19
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» Comentários no CM on line
Sexta-feira, 19 Outubro
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- E porque não? Todos os detentores de créditos no BCP, devem começar a enviar cartas a pedir que à semelhança do sucedido, lhes seja perdoada a divida.
- alagador Se não tem um pai rico vá ao BES, se tem um pai rico vá ao BCP. É que assim "arrisca-se" a não pagar as dívidas...
- anónimo, pois claro Constâncio recebeu explicações, como Jardim Gonçalves é da opus dei, Constancio deve estar a preparar uma forma de ficar tudo na paz do Senhor. Tal como diria o outro, é a vida.
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domingo, setembro 30, 2007

O Calcanhar de Aquiles - O círculo vicioso


* João Marques dos Santos,
Advogado
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O PSD tornou-se um partido pouco mais do que inútil com um líder impedido de fazer verdadeira oposição.
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Politicamente (o que significa social e economicamente) estamos numa encruzilhada sem sinalização. Quer dizer: perdidos. E não há PSD que nos salve. Sócrates combate o défice (o inimigo mais fácil de derrotar) pelo método do merceeiro, com a obstinação com que D. Quixote combatia moinhos. Mas não liga a menor atenção aos outros grandes inimigos do bem-estar social.
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Em pouco mais de dois anos, o Governo agravou substancialmente as condições de vida dos Portugueses e nada se incomoda com isso. E, porque as suas preocupações foram transformadas em obsessão, promete piorar. Para quê, afinal? Sarkozy apresentou o seu 1.º orçamento de estado e mandou às malvas as regras instituídas por todos os papagaios do combate ao défice. Os impostos baixam, mas há mais crescimento económico. Com a baixa dos impostos, aumenta a confiança dos investidores e das famílias. Há mais transacções. Maior rendimento das empresas. E, surpresa das surpresas, até o défice e a dívida pública baixam.
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Alguém será capaz de explicar isto a todos os Ferreira Leite e Teixeira Santos cá da terra? A todos os iguaizinhos gurus do combate ao défice que se não distinguem pelo tom laranja ou rosa das suas preferencias? É por estas e por outras que em condições normais com a eleição do líder do PSD teríamos hoje uma decisão da máxima importância para o futuro do País. Infelizmente não é essa a perspectiva. Sabemos já o que nos espera se o escolhido for Mendes. E não é difícil adivinhar o que acontecerá se a balbúrdia da votação sorrir a Menezes.
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O governo Sócrates, com as suas decididas incursões pelos terrenos da direita, não inaugurou uma nova forma de governo, mas desencadeou um fenómeno único. Não foi só Sócrates que descaracterizou o PS com as suas opções políticas. Também a direita se descaracterizou, quando deliciada com as iniciativas do 1.º ministro o começou a tratar com mais carinho (político...) do que trata os seus, apoiando quase todas as suas iniciativas na área económica e financeira.
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A direita tradicional instalada no PSD queria tudo. Um 1.º ministro voluntariamente decidido a mostrar serviço à direita para lhe tolher os ímpetos oposicionistas e um partido forte que pudesse aparecer quando a solução Sócrates se esgotasse. Mas a oportunística postura desta direita impediu-a de antever as consequências da contradição.
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O PSD tornou-se um partido pouco mais do que inútil com um líder impedido de fazer verdadeira oposição. Por isso, estão perfeitamente indiferentes ao que possa acontecer hoje. Também na política é impossível ter dois amores. E os barões do PSD ao ‘flirtar’ descaradamente com Sócrates destruíram a harmonia do lar. A escolha, para os barões do PSD, não é entre Mendes ou Menezes. É entre Mendes e Sócrates. Ou Menezes e Sócrates. E essa já foi feita há muito tempo. Porque Sócrates é que continua a ser a sua grande esperança.
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O que o PSD possa ou não vir a fazer nos próximos dois anos será completamente indiferente face ao rumo da política imposta pelo 1.º ministro. Mas o PSD é muito mais do que os seus barões e baronetes. É também o partido dos militantes e simpatizantes anónimos que acreditam piamente que o seu partido pode ser a alternativa por que aspiram e, por isso, sentem o doce apelo da (lírica...) subversão que lhes propõe Menezes.
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in Correio da Manhã, 2007.09.28

sexta-feira, setembro 14, 2007

Que sucedeu a Maddie? (12) - A opinião de José Marques dos Santos



Se a investigação não deu grandes frutos, o plano para salvar a honra do convento ia resultando
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João Marques dos Santos,
Advogado

Seja qual for a sua evolução, o caso Maddie terá sempre um desfecho dramático. A não ser que por imprevisível milagre ela apareça, sã e salva. Mas, por enquanto, um macabro folclore domina as atenções. A obstinação dos pais de Maddie em continuarem em Portugal impedia que o caso fosse esquecido, como o foram tantos outros, e dava uma visibilidade permanente à impotência dos investigadores. Mas os resultados fornecidos pelos laboratórios ingleses revelaram-se um bom pretexto e ‘decretou-se’ a morte de Maddie. E, imediatamente, se apontaram os autores do crime. Com precipitação. Porque continua por explicar muita coisa essencial. Porque é que a PJ com cães ou sem eles em quatro meses não encontrou o cadáver nem vestígios ‘palpáveis’ do mesmo? Como é que os McCann, vigiados 24 horas por dia, conseguiram, com total êxito, esconder o cadáver, nas barbas dos investigadores, jornalistas e redes de televisão de todo o Mundo, vizinhos e meros curiosos? Como conseguiram, depois, desfazer-se dele?

Apesar disso, a PJ passa rapidamente à fase da pouco ‘inocente’ intimidação. Porque a teoria da presunção de inocência de um arguido é uma burla. Uma fantasia com que se pretende enganar toda a gente. E que a realidade contraria. Porque a constituição de arguido significa precisamente o contrário. Que alguém (inocente ou não) é presumido pelos investigadores como potencial culpado. Com efeitos sociais demolidores e irrecuperáveis. Generosos, no entanto, os investigadores dão um inesperado brinde a tão desapiedados suspeitos. Deixam-nos ir calmamente recuperar das emoções dos últimos dias para sua casa em Inglaterra. Até lhes proporcionam tratamento VIP na saída de casa, no caminho para o aeroporto e no próprio aeroporto.

Um luxo e um desvelo de simpáticos investigadores que, afinal, inauguraria uma nova fase do relacionamento entre investigadores e arguidos, se não fosse uma lamentável facécia. E faz desconfiar. Viajaram aliviados uns. Ficaram aliviados com a sua partida, outros. Agora é só fazer mais uns pedidos muito mediáticos para consumo interno, que repugnem à opinião pública e publicada inglesas (como diários e peluches) e alterar as medidas de segurança para prisão preventiva. E esperar que eles, de lá da sua terra, nos façam um grande manguito.

O que é fatal. Se estão inocentes nunca se submeterão aos devaneios e ameaças dos investigadores nacionais. Se são culpados muito menos cá voltarão a pôs os pés. Mandam cá os seus advogados ingleses e continuarão a recolher calmamente o benefício da dúvida e dos erros da investigação (que já por ali são qualificados como grosseiros) e o apoio dos seus compatriotas e jornais da casa.

Moral da história: a intimidação ainda resulta. E se a investigação não deu grandes frutos, o plano para salvar a honra do convento ia resultando.

Mas (maldito mas...) como ninguém acredita que os pais, apesar das facilidades oficiais, tenham viajado com o cadáver da filha na bagagem, ele, em princípio, terá de continuar por cá. Haja o que houver os investigadores, que sustentam a tese dos pais homicidas, continuam com a menina nos braços. A apetecível receita ‘Joana’ nunca funcionará aqui. Esgotou-se. Livraram-se (livraram?) dos pais, mas nunca se verão livres da filha. Nem da enxurrada que lhes vai cair em cima.
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in Correio da Manhã 2007.09.14
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14-09-2007 - 13:01:00 PJ investiga cúmplice dos McCann
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Sexta-feira, 14 Setembro
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- Luiz O artigo expressa sinteticamente todos os fragmentos.
- Amigo Kavisa Mas por que raio pararam as buscas?? Falaram na igreja, nas obras, na lixeira, no cemitério, na hipótese do mar e cruzam os braços? Estão à espera que passem mais 4 meses? Raio de país estes. Nós já estamos habituados, mas o caso é acompanhado ao pormenor no mundo inteiro. E a pobre menina merece Justiça!
- Miguel Nogueira Excelente.Obrigado!!
- Patricia Silva Muito se anda a especular, mas de tudo que já li este é o artigo mais lógico. Esta opnião para mim é a mais lógica, justa, realista e imparcial. Parabéns ao Advogado João Marques dos Santos. Lousada
- Alex Holanda Pois eu pelo contrário, cada vez mais acho que a Judiciaria fez e está a fazer um excelente trabalho. As perguntas: Como é que os McCann, vigiados 24 horas por dia, conseguiram, com total êxito, esconder o cadáver...são obviamente lógicas. E ai reside o problema, porque o crime não se deu no dia 3 à noite. Bem visto! Parabéns a Judiciaria!
- joao O artigo tá muito bom, de qualquer maneira o corpo concerteza foi enterrado antes de todos os alertas dados pelos proprios pais para a comunicação social e policia, daí muitas teses indicarem que o crime ocorreu muito antes do jantar dos Mccan.
- Carmo Uma teoria "com pernas", mas quem nos garante que o clean work não foi feito antes de se alarmar os mass media?
- cr Há um pequeno detalhe que a mim me deixa a pulga atrás da orelha: em meados de Junho alguem ligou para um jornal holandês(creio) a informar que o corpo estava enterrado em odeaxere. Lá foi a policia, os jornalistas para o tal sitio. O casal ficou livre, para caso tivesse o corpo se desfazer dele. Não digo que foi o caso mas poderia ter sido! Andamos todos a especular! Lagos
- maria Este artigo deita abaixo a nossa PJ!As especulações quem as tem feito são os jornais.Que eu saiba a PJ tem sido mto cautelosa com as palavras.Tudo o que se tem dito nnão passam de especulações e nossas através de comunicados da PJ.Nós é que temos que ser mais contidos!A PJ tem que fazer o percurso da investigação consoante os indicios que vão surgindo.Para adivinhações contratassem a Maia.
- nokas É evidente que quando deram o alerta do desaparecimento, já tinham desaparecido com o corpo. Pensar o contrário é chamá-los de estúpidos,coisa que não são. Se acontecesse com o Sr.(salvo seja),o que faria 1º? Chamar as autoridades ou telefonar para o estrangeiro para uma estação de tv? Julgo que a lição já vinha estudada e Portugal, pelas razões que sabemos, foi o local escolhido para este desfecho!
- ANA P PARABENS. Finalmente ... espero que a sua opinião seja lida por muitos. E que esses muitos ponham a mão na consciencia, que pensem nas barbaridades que se tem escrito sobre este caso. Calma e serenidade faz muita falta ao povo português.
- Inês Coelho Excelente artigo! Esta análise do "Caso Maddie" está imparcial, consciente e acima de tudo real. Muita coisa se atira para o ar, muito se especula, começo a pensar que todo este caso não passa de uma farsa, sim, porque esta investigação parece-me bastante mal resolvida! Como é que os McCan sendo vigiados durante 24h, pelos investigadores e jornalistas os conseguiram "cegar"! Lisboa
- Valter Guerreiro A esta pergunta só presumo que se os McCann realmente fizeram algum mal a Maddie, o fizeram antes da declaração de desaparecimento/rapto em Maio. Tão simples quanto isso, depois foi e é o que temos até hoje, fingimento! "Como é que os McCann, vigiados 24 horas por dia, conseguiram, com total êxito, esconder o cadáver...".
- Fernando Ferreira Não sou formado mas (maldito mas...) sou informado. Por isso ao ler - atentamente - este artigo veio-me há memória a questão da contratação dos tais especialistas em direito, de nacionalidade inglesa. Por norma não trabalham sozinhos, antes, contratam os "necessários" colaboradores!
- Variadora da paz "A lei e a vontade do mais forte"...o homem é assim mesmo! O mundo pertence a quem sabem desfruta-lo, a quem que nada é impossivel porque nao perdem tempo, porque sabem aquilo que querem, porque tem recursos e usao-os sem complexes emocionais ou conflitos de consciência. Mas o 'ser pobre' não se manisfesta apenas na falta de recursos. É assim que paises ricos são cada vez mais pobres enjoadicos e macudos!
- Natercia Brás Não posso deixar de felicitar o Sr Advogado João Marques dos Santos pelo excelente artigo de opinião que escreveu neste jornal.Parabéns! Quem tenha a capacidade de pensar um pouco chega à mesma conclusão que o senhor. A atitude da polícia portuguesa não está à altura da situação.Não tenho dúvidas de que a enxurrada lhes irá cair em cima. Setúbal
- Theresa Calvet Parabéns - finalmente um pouco de bom senso. E espero, realmente, que a apetecível receita 'Joana' não funcionará mais neste caso.
- Natercia Bras Acabei de ler o artigo de opinião do Advogado João Marques dos Santos. Fiquei feliz por ainda haver neste País vozes inteligentes na imprensa. Não lhe doam as palavras! Quem tiver o dom de saber pensar, facilmente chega às mesmas conclusões que o Senhor!Parabéns!
- anna vieira Parabéns pelo artigo. Lúcido, inteligente e imparcial. Faro
- eliana zielonka Por fim alguem lucido,logico, realista, justo e imparcial. Estas- as questoes pelo dr Joao Marques dos Santos- levantadas, deveriam ser o ponto principal que norteam as invetigacoes. Nao vejo outra maneira de pensar se nao a do referido Doutor. Parabens. Curitiba Brasil

sábado, junho 09, 2007










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O Calcanhar de Aquiles
Jogging e Erecções
* João Marques dos Santos,
Advogado
A erecção das vítimas, embora não prevista no Código Penal, tem, afinal, virtudes insuspeitadas. Reduz as penas dos abusadores.
1. Sócrates foi a Moscovo fazer jogging na Praça Vermelha. A única actividade em que tem incontestado reconhecimento internacional. Para a fotografia e mais tarde se rir com os netinhos. Os seus assessores já o sossegaram. Tornar-se uma atracção circense internacional com tournées prometidas para todas as capitais mundiais não o diminui, nem ao País. É só mais um popularucho item para o seu tão vasto currículo. Obtido, inquestionavelmente, com esforço e algum suor. O nosso 1.º não tem mão no seu Governo nem nas petulantes girls e boys do seu partido. Mas de ténis e em calções é mesmo bom. Veja-se a profusão de fotografias nos jornais da parvónia. Mas não exageremos. Estes pecadilhos nem sequer requerem penitência para serem perdoados. E Sócrates não andou só às voltas ao Kremlin. No dia em que a Rússia testou, com êxito, o seu novo míssil intercontinental ‘RS-24’ ouviu Putin pôr os pontos nos is e dizer que quanto a Direitos Humanos não é pior nem melhor do que europeus e americanos. É igual, na sua diferença. E tem razão. Porque no que diz respeito ao desprezo pelos direitos e liberdades fundamentais, sobre os quais os líderes ocidentais falham quando menos se espera, só os métodos é que variam. E Putin, com longa formação nas escolas do KGB, sabe do que fala. Sócrates, fingindo que a eliminação na Rússia, de adversários incómodos, por métodos clássicos, ou por sofisticado envenenamento radioactivo, não passou de um reality show holandês de mau gosto, certificou, com as suas reticências, a confissão e a denúncia do líder russo. Foi prudente. Tem memórias frescas no que diz respeito à perseguição por delito de opinião, servida também de forma particularmente venenosa, e meteu a viola no saco e voltou satisfeito. Para ele não há mistela que lhe perturbe a digestão. Venha ela dos seus inimigos ou de qualquer dos seus mais desbocados ministros ou das suas tresloucadas girls. Ou de Putin. É um estômago de ferro. Tudo digere enquanto o diabo esfrega um olho. Sem dores de cabeça, sem alterações do ritmo cardíaco ou de trânsito intestinal. Sosseguemos. O segredo do seu sucesso resume-se ao pendor sadomasoquista dos portugueses. E dele próprio.
2. No nosso tribunal supremo discutiram-se os malefícios e as virtudes da erecção dos abusados sexualmente. De agora em diante o único cuidado de molestadores de menores e de violadores é garantir que as suas vítimas sejam capazes de uma resposta fisiológica. A erecção das vítimas, embora não prevista no Código Penal, tem, afinal, virtudes insuspeitadas. Reduz as penas dos abusadores. Por este andar não tardaremos a ver os violadores a serem louvados e as violadas a terem de agradecer aos violadores se, por qualquer inimaginável razão biofisiológica inesperada (possível nas mais bizarras situações), a violada, no meio da agressão, tiver um orgasmo ou qualquer reacção aparentada. Quando os tribunais se mostram incapazes de compreender que a interpretação e aplicação da lei não podem ser feitas contrariando o sentir profundo e inequívoco das populações, não estamos perante erros judiciários. Debatemo-nos com uma verdadeira catástrofe. Porque se podemos dar-nos ao luxo de sofrer as agressões dos maus políticos, ficaremos gravemente debilitados sem bons tribunais.
“Elementar, meu caro Watson”.
in Correio da Manhã 2007.06.01

sexta-feira, junho 08, 2007














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.O Calcanhar de Aquiles
Lavagem de roupa suja
* João Marques dos Santos,
Advogado
José Sócrates está perturbado. Chamou a sua ministra e reconduziu no cargo a sua devota serva, directora da DREN, saneadora do professor Charrua.
Sócrates recusou falar sobre a Ota na AR. Sensato.
Por tudo quanto o País já soube pelas televisões, rádios, jornais e revistas a Ota é um desastre a evitar a todo o custo. Um remendo. Há muitas semanas que deixou de ser uma questão política para regressar ao patamar de onde saiu prematuramente. A discussão técnica, séria e exaustiva, de todas as alternativas possíveis. Como, finalmente, já se está a fazer fora da área de influência do PS e das suas vorazes clientelas. Os portugueses sabem já o suficiente para não haver a menor dúvida de que a insistência na opção Ota, sem atender à prudência aconselhada pela grande maioria dos técnicos, seria de uma estranha e imperdoável leviandade. E as decisões governamentais podem ser censuráveis, mas, em caso nenhum, levianas.
Sócrates parece indiferente ao interesse nacional que se não compadece com remendos. Sob o pretexto de que é urgente encontrar uma alternativa à Portela. Mesmo que ela seja péssima. A questão é que na opção Ota há vários timings a embotar o discernimento dos seus defensores. O tempo da saturação da Portela. O tempo dos autarcas do Oeste e restantes lóbis. E, sobretudo, o timing dos interesses pessoais (leia-se eleitorais) de Sócrates e do PS. Que são muito específicos.
Contam-se em relação à proximidade das legislativas que se avizinham. Mas mesmo esse tempo perdeu-se. Porque a Ota, feita contra os pareceres técnicos já existentes, ou suspensa tardiamente, será sempre a certidão de óbito de Sócrates. Porque dificilmente irá justificar o seu estranho comportamento.
Sócrates nesta estranha luta transformou-se num novo, e ainda mais patético, D. Quixote com o seu fiel Sancho Pança sempre à ilharga. Contraria técnicos. Mistifica o interesse nacional e ameaça lesá-lo gravemente. Esbraceja e ataca para o lado para que está virado. Finge não ouvir o PR, que julga exorcizar fingindo a sua inexistência e anulando magicamente a sua capacidade de intervenção. Mas, afinal, desafiando-o infantilmente. Sofre de um lamentável autismo que está a tornar-se crónico. Nada existe para além do seu pequeno mundo. Sócrates ainda não entendeu que face às muitas reticências de carácter técnico aquilo que um governo de gente minimamente sensata teria feito há muito tempo era anunciar um período para a apresentação de alternativas que seriam devidamente apreciadas e comparadas com a opção Ota. Mas não. Sócrates sente a admissão de novos estudos como uma derrota pessoal e do seu Governo E isso, para um ‘grande chefe’ como ele se sente, é uma ideia insuportável. Continuamos a sofrer os efeitos da doença infantil do nosso sistema partidário em que o deleite dos meninos é medir as respectivas pilinhas.
Sócrates está, nitidamente, perturbado. Chamou a sua ministra e reconduziu no cargo a sua devota serva, directora da DREN, saneadora do prof. Charrua.
Finalmente, baixou a guarda e tomou uma posição clara sobre os crimes de opinião (ou pseudo-insultos) de que se dizia opositor. Ficámos a saber que aplaude e recompensa generosamente todos os lambe-botas que lhe saíam ao caminho e fechará os olhos a todas as purgas políticas que eles levem a cabo. Exemplar.
in Correio da Manhã 2007.06.08

sábado, março 03, 2007


Opinião

O Calcanhar de Aquiles
Superestrela fiscal

Este apagado personagem, com cara de querubim e cifrões a correrem-lhe nas veias, aceita pacificamente o seu estatuto de estrela.

Nos últimos meses uma nova estrela foi atirada, abruptamente, para o nosso firmamento socio-político. Paulo Macedo de seu nome, director-geral dos Impostos, onde foi colocado por Manuela F. Leite, que um dia, despromovendo-se, resolveu empregá-lo pagando-lhe muito mais do que ela própria ganhava. Graças a esta bizarria, o homem tornou-se uma peça do museu das lusas curiosidades. Do alto dos seus vinte mil e tal euros mensais, podre de dinheiro (o referencial preferido deste mundo moderno), olhava com comiseração para a ministra, o primeiro-ministro e, até, o Presidente da República. Virtuoso e grato.

Ele sabe que a consideração social continua a aferir-se muito pelo peso e grossura da carteira de cada um. E faz questão de ser alguém. E aqui o homem fala grosso. Mas este apagado personagem, com cara de querubim e cifrões a correrem-lhe nas veias, aceita pacificamente o seu estatuto de estrela, de motor da vultuosa recolha dos dinheiros públicos. Fantasias. Porque demonstrado a cem por cento está, apenas, que ele é um exímio gestor dos seus próprios proventos que ninguém iguala e são certos no fim de todos os meses. O resto é um infame esquecimento de todos os trabalhadores da DGI.

Aliás, o grande equívoco à volta das suas ‘virtudes’ está desfeito pelo facto de os seus patrões (que de bom grado o dispensaram) não sentirem a sua falta, nem parecerem desejar o seu regresso. Continuam a prescindir dele de bom grado. Ora, ninguém dispensa a colaboração de homens excepcionais. Paulo Macedo teve, apenas, a sorte de chegar à Direcção-Geral dos Impostos num momento-chave. O sistema informático começava, finalmente, a funcionar, o cruzamento de dados era uma realidade, o acesso à informação era cada vez mais fácil. Era o momento de alguma coisa acontecer. E aconteceu. Mas o mérito do director-geral era absolutamente secundário neste salto qualitativo. Mas ele próprio gosta de acreditar na mentira que se pôs a circular. Independentemente do mérito que possa ser-lhe atribuído, a sua remuneração é um festival de falta de vergonha. Dele próprio, do ministro, do secretário de Estado e de todos quantos fingem compreendê-la.

Mas, agora, o director-geral, superstar, ou passa a receber em função da retribuição atribuída ao seu cargo ou terá de ir pregar para outra freguesia. Mas os profissionais da chicana e da baixa política estão atentos e preparam o guião para um novo filme.

A que Paulo Macedo acedeu dar a sua colaboração Sem ter de abrir a boca. Basta que continue a fingir que não é nada com ele.

Os seus execráveis louvaminheiros e ele próprio sonham já com o momento da vingança. A campanha organizada que tem sido feita na imprensa para louvar as virtudes do sempre calado director-geral é sórdida porque nada tem a ver com as supostas qualidades da falsa estrela. Tem motivações exclusivamente políticas. E tem um único objectivo. Todos sabemos que é inevitável que a DGI, de cujas fraquezas e males ninguém quer falar, um dia tenha uma quebra na produtividade. É uma questão de tempo. Com Paulos ou com Pedros. A exaltação de Paulo destina-se apenas a que nesse dia (tão certo como a morte) se desencadeie mais uma imoral campanha de perseguição ao Governo porque não colaborou com a farsa e não manteve o ‘salvador’ da pátria. É a gestação de mais uma canalhice.

João Marques dos Santos, Advogado




In Correio da Manhã, 2 Março 2007