A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht
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segunda-feira, julho 19, 2010

Fidel diz ser improvável Obama deter conflito com Irã


Mundo

Vermelho - 18 de Julho de 2010 - 20h56


O líder cubano Fidel Castro disse neste domingo (18) que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está impossibilitado e desinteressado em deter um possível conflito bélico com o Irã que, na sua opinião, desencadearia uma catástrofe nuclear.

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"Por todos os elementos da realidade que percebo, não vejo a mínima possibilidade" de que vença o senso comum e se evite a guerra, uma realidade que "nem Obama poderá alterar, nem mostrou em nenhum momento a decisão de fazê-lo", afirmou Fidel em um artigo publicado no site "Digital Cubadebate".
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Fidel, que está perto dos 84 anos -- sendo os últimos quatro deles afastado do poder por conta de uma doença -- dedicou nove artigos ao tema, publicados desde 1º de junho, e nos últimos 10 dias fez cinco aparições públicas onde abordou o assunto.
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"Penso que seria muito mais prático que nossos povos se preparassem para encarar a realidade. Nisso consistirá nossa única esperança", afirmou no artigo, escrito poucas horas depois de uma mensagem ao ex-presidente Nelson Mandela, onde pede a ele que use sua influência para manter a África do Sul longe das bases militares dos Estados Unidos e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
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Disse também que o Irã já conseguiu fabricar 20 quilos de urânio enriquecido a 20%, "suficientes para construir um artefato nuclear, o que enlouquece ainda mais aqueles que há pouco tempo adotaram a decisão de atacá-los".
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Essa guerra nuclear "seria a última da pré-história de nossa espécie", sentenciou.
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Fidel diz que, apesar dos riscos, "a humanidade ainda pode preservar-se dos golpes demolidores da tragédia nuclear que se aproxima, e da ambiental que já está em andamento".
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Fonte: France Press
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sábado, julho 10, 2010

Fechamento de Guantánamo deixa de ser prioridade do governo Obama


Aumenta no Congresso a resistência ao fechamento da prisão, e senadores veem poucos esforços do governo Obama para superá-la

The New York Times | 28/06/2010 16:17
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Bloqueado por políticos da oposição e concentrado em outras prioridades, o governo Obama marginalizou seus esforços para fechar o centro de detenção localizado na Baía de Guantánamo, o que torna improvável que o presidente Barack Obama cumpra sua promessa de fechar a prisão antes do término de seu mandato, em 2013.
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Quando a Casa Branca admitiu no ano passado que perderia o prazo inicial de janeiro de 2010 dado por Obama para o fechamento da prisão, também declarou que os prisioneiros acabariam sendo transferidos para uma penitenciária em Illinois. Mas os obstáculos para esse plano se acumularam no Congresso, e o governo está fazendo pouco para superá-los.
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A Casa Branca insiste que ainda está determinada em fechar a prisão. O governo afirma que Guantánamo é um símbolo do antigo abuso de prisioneiros do mundo muçulmano, citando a opinião de militares de que seu funcionamento contínuo ajuda a impulsionar os terroristas.
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Entrada da prisão no Campo Delta, na Baía de Guantánamo, Cuba 
(08/06/2010)
Foto: The New York Times
Entrada da prisão no Campo Delta, na Baía de Guantánamo, Cuba (08/06/2010)
Ainda assim, algumas autoridades de alto escalão dizem reservadamente que o governo tem feito sua parte, incluindo a identificação da prisão em Illinois - um centro de segurança máxima vazio localizado em Thomson, a 150 quilômetros a oeste de Chicago -, onde os presos poderiam ser detidos. Eles culpam o Congresso por não executar sua parte do plano. "O presidente não pode apenas acenar uma varinha mágica e dizer que Guantánamo será fechada", disse sob condição de anonimato um oficial graduado do governo.
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A política de fechamento da prisão claramente piorou após a tentativa de atentado em um avião no dia 25 de dezembro e na Times Square em maio, bem como diante das críticas republicanas de que transferir os detidos para uma prisão nos Estados Unidos poria em perigo os americanos.
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Quando Obama tomou posse, uma ligeira maioria apoiava o fechamento. De acordo com uma pesquisa realizada em março de 2010, 60% querem que ela permaneça aberta.
Várias autoridades do governo expressaram a esperança de que os ventos políticos mudem caso, por exemplo, líderes de alto escalão da Al-Qaeda sejam mortos ou se os legisladores se concentrarem no quão cara é a operação de uma prisão isolada.
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Um estudo recente do Pentágono, obtido pelo The New York Times, mostra que os contribuintes gastaram mais de US$ 2 bilhões entre 2002 e 2009 com a prisão.
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Autoridades do governo acreditam que os contribuintes poupariam cerca de US$ 180 milhões por ano em custos de operação se os prisioneiros de Guantánamo fossem transferidos para Thomson, que esperam que o Congresso permita que o Departamento de Justiça compre do Estado de Illinois, pelo menos para presos federais.
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Em qualquer caso, disse um oficial graduado, mesmo se o governo concluir que nunca fechará a prisão, não poderá reconhecê-lo, pois ressuscitaria Guantánamo como a imagem dos EUA no mundo muçulmano. "Guantánamo é um símbolo negativo, mas isso é muito atenuado porque todos acreditam que estamos tentando fechar a prisão", disse. "Fechar Guantánamo é bom, mas lutar para fechar Guantánamo é OK. Admitir que não conseguimos seria pior."
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* Por Charlie Savage
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Reforma em Guantánamo custa US$ 500 mi aos EUA

Pentágono moderniza antiga base com restaurantes, praças, quadras e até pista de kart

AFP | 07/06/2010 10:08
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O Pentágono gastou pelo menos US$ 500 milhões em melhorias da base naval americana e sua prisão para supostos terroristas na Baía de Guantánamo, informou hoje o jornal "The Washington Post".
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"Essa despesa transformou o que outrora foi uma base esquecida no Caribe em uma das instalações militares e prisões mais seguras do mundo", acrescenta o artigo. "E essa despesa não inclui os bônus por construção que, habitualmente, rondam os milhões de dólares".
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Foto: Getty
Cerca de 200 pessoas ainda seguem presas em Guantánamo
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Na entrada da base naval - localizada em um território cubano que os Estados Unidos alugaram - há um "elegante letreiro eletrônico sobre dois pilares de concreto. Em amarelo esmaltado sobre um fundo azul metálico há um mapa de Cuba 'a pérola das Antilhas', e em cima se lê a hora e a temperatura". "Bem-vindos a bordo", diz o luminoso.
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Segundo o "Post" esse letreiro e outro menor perto do aeroporto custaram US$ 188 mil. Uma quadra de vôlei abandonada custou US$ 249 mil, uma pista para corridas de kart, que não é usada, custou US$ 296 mil, e outros US$ 3,5 milhões foram gastos em 27 pracinhas de jogos que frequentemente estão vazias.
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"O Pentágono também gastou US$ 683 mil para renovar um café que vende salgados e cafés Starbucks, e US$ 773 mil para remodelar um edifício que abriga um restaurante KFC/Taco Bell", enumera a matéria.
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O jornal esclareceu que nos US$ 500 milhões também não estão incluídos os custos anuais de operação da base e da prisão, de cerca de US$ 150 milhões.
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"Soma-se a isto os rombos no orçamento secreto, tais como o Campo 7 que abriga os presos de 'alto valor', apelidado de Campo Platinad, e a fatura da base de 117 quilômetros quadrados facilmente se aproxima aos US$ 2 bilhões", disse o jornal.
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O governo dos Estados Unidos começou a deter em janeiro de 1982 centenas de homens capturados em diferentes partes do mundo como supostos terroristas na base de Guantánamo.
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O presidente Barack Obama, que tinha prometido fechar a prisão em seu primeiro ano de mandato, mas encontrou problemas para realocar alguns prisioneiros e julgar outros. Assim, permanecem em Guantánamo ao menos 200 presos.
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terça-feira, abril 20, 2010

Chávez: Venezuela nunca mais será colônia ianque

 
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, fala em um evento na casa 
do herói nacional Simon Bolívar, em Caracas, 18 de abril de 2010. Chávez
 iniciou as comemorações neste domingo do aniversário de 200 anos de 
independência do país, mas os críticos aproveitaram o momento para 
acusá-lo de transformar a nação em um ditadura ao estilo cubano. 
REUTERS/Miraflores Palace/Divulgação
Foto: Reuters: O presidente da Venezuela, Hugo Chávez,
fala em um evento na casa do herói nacional..

América Latina

Vermelho - 20 de Abril de 2010 - 13h03

Chávez: Venezuela nunca mais será colônia ianque

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, assegurou que seu país "nunca mais será uma colônia ianque, nem de ninguém". A declaração foi durante o desfile cívico-militar em comemoração ao bicentenário da Independência do país. "Chegou a hora definitiva de nossa verdadeira independência, 200 anos depois", completou o presidente, que também convocou à integração regional.

Ele dirigiu um trecho da fala ao presidentes latino-americanos presentes, "para que, juntos, possamos garantir o que (o escritor Jorge Luis) Borges chamou de pátria perpétua".

Milhares de venezuelanos participaram da comemoração. O verde oliva dos uniformes militares misturava-se ao vermelho que coloria camisas em referência à "revolução bolivariana". Bandeiras do país balançavam ao vento.

"Estamos juntos e somos hoje uma só coisa: civis e militares unidos para garantir a independência da Pátria", disse. Insistindo na união popular e regional, ele citou o líder latino-americano: "Simon Bolívar, o pai, disse uma vez que a Venezuela nasceu na unidade."

Participaram do desfile os presidentes de Cuba, Raúl Castro; da Argentina, Cristina Fernandez de Kirchner; da Nicarágua, Daniel Ortega; da Bolívia, Evo Morales; da República Dominicana, Leonel Fernandez; de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonçalves; e da Dominica, Roosevelt Skerrit.

Ainda em seu discurso, o presidente Chávez disse que "a independência da Venezuela não seria possível sem a independência de nossa América Latina e Caribe. Nós conseguimos juntos e essa é a única forma de construir a pátria". O presidente da Venezuela defendeu ainda que o século XXI é o período da "consolidação definitiva da independência da América Latina", e que o conjunto dos povos do subcontinente "ressussitaram do túmulo para nunca mais dormir."

Chávez sublinhou que, nos últimos dez anos - ele chegou ao poder em 1999 - produziu-se uma revolução na Venezuela e na América Latina, que continua neste momento e continuará no futuro. "É uma revolução que está acontecendo. Muito diferente, muito espontânea, mas uma revolução de valores, idéias", disse o presidente, citado pela Radio Nacional de Venezuela. Ele avaliou que suas políticas socialistas são parte "da mesma batalha travada por Bolívar para a independência do país".

"Completam hoje duzentos anos exatamente desde aquele dia em que se iniciou o processo de independência do nosso povo. Caracas sempre foi um berço do fogo que contribuiu para acender toda a pradaria", acrescentou. "Em honra a Bolívar, aos pais libertadores, à pátria socialista, à revolução bolivariana, dizemos 'Pátria Socialista ou Morte'", exclamou o mandatário.

Defesa

Na conclusão do desfile, Chávez voltou a defender que a modernização das Forças Aermadas venezuelanas tem caráter estritamente defensivo. Ele indicou que se acusa, com perversidade, o seu país de estar se armando para a guerra, mas recordou que a Venezuela é o que tem sido agredida pelo império norte-americano e ameaçada permanentemente.

O mandatário reivindicou o direito de seu país, como república independente, de estar preparado para defender "até o último milímetro de sua terra". Chávez, que considerou o desfile o mais majestuoso de toda a história nacional, ressaltou seu caráter popular e de festa de grande conteúdo cultural, político, revolucionário nacionalista e independentista.

Ele disse que havia sido "o mais completo cortejo, florido, o mais profundo, de homens, mulheres, meninos e meninas que já passou aqui por essa avenida, em mais de meio século." Referindo-se aos presidentes que acompanharam o ato, ele disse que "nunca esta tribuna foi decorada com tantas pátrias". Ao todo, cerca de 12 mil pessoas participaram do desfile.

Cristina

A presidente da Argentina, Cristina Fernandez de Kirchner, também fez um discurso no parlamento venezuelano. Ela afirmou que, como há 200 anos, a América Latina também está agora em um período de grande mudança, e condenou uma ordem internacional na qual os estados poderosos impõem sua vontade impunemente às nações mais fracas, que são vítimas de todas as formas de abuso.

"Neste novo cenário internacional, quero exercer o multilateralismo seriamente em todas as áreas. Temos finalmente que conseguir que os direitos de todos sejam respeitados", disse, mostrando-se uma forte defensora da integração progressiva de todos os países latino-americanos.

A presidente da Argentina também fez uma defesa apaixonada das idéias como "ferramenta para conseguir a libertação do povo", e sublinhou o caráter universal de muitas delas. "A liberdade e a igualdade não têm nacionalidade: são valores universais e atravessaram a história muito antes de 1810", disse.

"O grande poder estava nas idéias, essa força que é capaz de que um povo faça sacrifícios extremos para conseguir a liberdade. Não há nenhum poder militar que possa com a determinação de um povo quando ele decide se libertar", disse ela.

Chávez elogiou a intervenção do sua homóloga na Argentina, enquadrando suas palavras nas mudanças ocorridas na região nos últimos tempos. "Quantas coisas tiveram que acontecer para que uma mulher peronista venha aqui discursar na Assembleia Nacional da Venezuela, e diga o que ela nos disse com essa clareza, com essa coragem, esse valor, essa chama, com esse fogo patriótico!", afirmou.

Com agências
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Chávez comemora bicentenário da independência venezuelana cercado de aliados
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CARACAS — O presidente venezuelano, Hugo Chávez, reuniu seus aliados, esta segunda-feira, em Caracas, para comemorar o bicentenário da independência, uma festa que começou diante do túmulo de Bolívar e terminará com uma cúpula extraordinária da Alba, dedicada a analisar os caminhos rumo à "independência definitiva".
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As celebrações se iniciaram com uma homenagem ao libertador Simón Bolívar, durante a qual Chávez depositou flores no Panteão Nacional, acompanhado dos colegas cubano, Raúl Castro; argentina, Cristina Kircher; boliviano, Evo Morales; nicaraguense, Daniel Ortega, e dominicano, Leonel Fernández.
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Também participaram do ato os primeiros-ministros de Dominica, Antigua e Barbuda, bem como de San Vicente e Granadinas.
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"Todos juntos, presidentes e companheiros, quisemos vir aqui homenagear as cinzas do pai Simón Bolívar e testemunhar nosso fervor, nosso amor, nosso compromisso de unidade e de libertação", disse Chávez, que se considera um herdeiro do libertador.
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"Completam hoje duzentos anos exatamente desde aquele dia em que se iniciou o processo de independência do nosso povo. Caracas sempre foi um berço do fogo que contribuiu para acender toda a pradaria", acrescentou.
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Todos os chefes de Estado e governo - aos quais depois se somou o presidente equatoriano, Rafael Correa - participarão depois da cúpula extraordinária da Alternativa Bolivariana para os Povos da América (Alba), iniciativa de integração regional impulsionada por Venezuela e Cuba, cujo histórico líder, Fidel Castro, é forte aliado de Chávez.
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Durante o encontro, "avaliarão o estado atual da independência no continente (...) frente a tantas agressões permanentes", disse o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro.
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Após a homenagem a Bolívar, teve início uma pomposa parada militar no extenso Passeio dos Próceres, em Caracas, onde diante de milhares de espectadores desfilaram as Forças Armadas Venezuelanas, bem como os corpos milicianos formados por Chávez, além de estudantes, trabalhadores, indígenas e esportistas.
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"Simón Bolívar, o pai, disse um dia que a Venezuela nasceu em unidade e aqui estamos juntos e somos de novo uma só coisa: civis e militares unidos, povo e milícia, garantindo a independência da Venezuela", disse Chávez no início do ato, vestindo uniforme de gala e boina vermelha.
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Durante o desfile, caças Sukhoi-30 russos e aviões de combate K-8 chineses, comprados pela Venezuela, rasgaram os céus de Caracas.
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"Nunca mais a Venezuela será colônia ianque, nem colônia de ninguém. Chegou a hora da nossa verdadeira independência, 200 anos depois", acrescentou o presidente, crítico feroz dos Estados Unidos na região.
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"Em honra a Bolívar, aos pais libertadores, à pátria socialista, à revolução bolivariana, dizemos 'Pátria Socialista ou Morte'", exclamou o mandatário, sentado à esquerda do governante cubano, Raúl Castro, na tribuna, de onde assistiram ao desfile militar.
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Após a parada, Evo Morales cumprimentou a Venezuela pela data comemorativa.
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"Parabéns à Venezuela. Continuamos trabalhando para conseguir uma verdadeira libertação dos povos da nossa América", declarou.
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O presidente da Nicarágua comemorou, por sua vez, "a grande batalha pela independência, a liberdade e a justiça".
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À tarde, os chefes de Estado tinham previsto participar de uma sessão especial da Assembleia Nacional (Parlamento), na qual a principal oradora será a presidente argentina, Cristina Kirchner. Posteriormente será celebrada a cúpula da Alba.
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Em 19 de abril de 1810 foi semeada a semente da luta pela independência da Venezuela com a instalação de uma primeira forma de governo autônomo, em um momento em que na Espanha, o rei Fernando Fernando VII, havia sido deposto pelas tropas napoleônicas.
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A independência da Venezuela se concretizou, finalmente, após a batalha de Carabobo, em 24 de junho de 1821.
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Copyright © 2010 AFP. Todos os direitos reservados
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Chávez celebra 200 anos da independência da Venezuela sob críticas da oposição

18/04/2010 - 20h29 | da Folha Online


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, iniciou neste domingo as comemorações do aniversário de 200 anos de independência do país, mas os críticos aproveitaram o momento para acusá-lo de transformar a nação em um ditadura ao estilo cubano.

O líder socialista, que se considera herdeiro do líder venezuelano do século 19, Simon Bolívar, deve receber as visitas de líderes esquerdistas de outros países, incluindo o dirigente cubano, Raul Castro, e Evo Morales, da Bolívia.

Nesta segunda-feira, quando a Venezuela completa exatos 200 anos da declaração de independência da Espanha, os líderes da aliança Alba, liderada por Chávez, devem organizar uma reunião de cúpula em Caracas.

"Nós estamos há poucas horas da grande festa", escreveu Chávez. "Uma alegre comemoração de 200 anos de luta. Fraternidade, socialismo ou morte."

Além de adotar a linguagem de seu amigo e mentor Fidel Castro, ex-ditador de Cuba, Chávez tem se apresentado em seus 11 anos de governo como o líder capaz de levar a Venezuela ao que chama de verdadeira independência após décadas de regime capitalista.

Festas nas ruas e eventos especiais estão acontecendo neste domingo na Venezuela. Exércitos de funcionários e voluntários --vestidos com camisas vermelhas e o quepe utilizado por Chávez-- se espalharam por Caracas.

Críticas da oposição

A oposição, que venceu Chávez apenas uma vez desde 1998, irritou-se ao ver o presidente transformar o aniversário de independência do país em uma festa de apoio ao seu governo.

Alguns partidários do Primeira Justiça saíram às ruas de Caracas pedindo por uma "declaração de independência" alternativa.

"Após 200 anos, nós estamos novamente sob uma detestável dominação estrangeira", disse o líder do partido Primeira Justiça, Julio Borges, acusando Chávez de se "submeter indignamente" aos irmãos de Castro. "Os defensores da liberdade há 200 anos não lutaram por... ditadura."
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http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2010/04/18/chavez-celebra-200-anos-da-independencia-da-venezuela-sob-criticas-da-oposicao.jhtm
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.VENEZUELA » Correio Brasiliense  Publicação: 18/04/2010 09:57
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Hugo Chávez militariza a festa do bicentenário da independência Acossado pelo desemprego alto, pela crise energética e pela deterioração dos serviços. Adversários veem na comemoração uma manobra pirotécnica para maquiar a impopularidade do presidente
Viviane Vaz


A Venezuela celebra amanhã 200 anos de independência da Espanha. Com a popularidade em baixa, o presidente Hugo Chávez talvez não se atreva a imitar hoje o espanhol Vicente Emparán, que em 1810 perguntou ao povo reunido na Praça Maior se queria que ele continuasse no comando. A multidão caraquenha disse que “não”, ele renunciou ao cargo e voltou para a Espanha. Na sexta-feira, Chávez destacou que “a oligarquia apátrida nunca mais voltará a governar o país”, e que “estão se matando” por um assento no Congresso Nacional.

O professor de ciência política Trino Márquez, da Universidade Central da Venezuela (UCV), afirma que a conjuntura política e econômica do país não dá motivos para comemorar. “O cenário é de alto desemprego, inflação e crise nos serviços públicos”, disse ao Correio, por telefone. “Esta ligação, por exemplo, que toda hora cai, é fruto da estatização da telefonia. Desde que a empresa foi estatizada, não há manutenção nas redes.” Desde o início do ano, os venezuelanos sofrem também com os apagões e com o racionamento de eletricidade.

Nos últimos seis meses, a popularidade de Hugo Chávez caiu de 60% para 40%. Trino avalia que o presidente está utilizando o bicentenário “para tentar maquiar a situação do país e a dele mesmo”. Em primeiro lugar, o analista indica que os festejos e pequenas obras públicas na cidade de Caracas serviriam para diminuir a deterioração interna da imagem de Chávez e esconder o fracasso de seu “socialismo do século 21”. Em segundo lugar, seria uma tentativa de relançar o presidente no plano internacional. “Há dois dias, Barack Obama se reuniu com (a presidenta argentina) Cristina Kirchner, com (o presidente colombiano) Álvaro Uribe e com alguns líderes da América Central. Mas Chávez nunca foi convidado pela Casa Branca para uma reunião bilateral”, ilustra.

O analista ressalta ainda que alguns aliados do venezuelano se afastaram. “O presidente Lula, apesar de todas as aparições públicas com Chávez, em termos reais se distancia. Um exemplo é esse novo acordo de defesa entre Brasil e Estados Unidos”, exemplifica. Entre outros países, Trino cita Chile e Panamá, “onde a centro-direita ganhou as eleições” e não se alinhou com Chávez.

Convidados
O governo venezuelano vai comemorar o bicentenário da independência com um desfile militar em Caracas, para o qual foram convidados os presidentes dos países que integram a Aliança Bolivariana para as Américas (Alba): Cuba, Bolívia, Nicarágua, Honduras, Equador, São Vicente e Granadinas, Dominica e Antígua e Barbuda. A presidenta argentina será a oradora dos atos oficiais no Congresso.

“Raúl Castro vem para a cúpula bolivariana deste domingo e para a celebração do bicentenário”, anunciou Chávez na sexta-feira, em um ato pelo sétimo aniversário do programa social Bairro Adentro, desenvolvido com o apoio de Cuba. O venezuelano agradeceu a participação dos médicos e professores cubanos e destacou que “o que vem é revolução, revolução e mais revolução, socialismo e mais socialismo”. Por sua vez, o ministro da Defesa, general Carlos Mata Figueroa, prometeu que o desfile militar será o “mais grandioso e monumental da história da Venezuela”.

O historiador venezuelano Manuel Caballero criticou o fato de o governo de Chávez celebrar a data com um grande desfile militar. “É uma contradição, porque o que aconteceu naquela data (1810) foi um acontecimento puramente civil”, apontou. O acadêmico considera que os venezuelanos deveriam “resgatar o verdadeiro significado do 19 de abril” como uma data cívica. “Uma coisa foi a declaração da independência, que foi um fato civil, e outra a guerra da independência, que foi militar”, afirmou Caballero.

Para saber mais
Revolução popular


A revolução de 1810 foi um movimento popular ocorrido em Caracas, em 19 de abril, marco inicial da luta pela independência da Venezuela, na mesma época em que a chama da emancipação política se alastrava pela América do Sul — com mais intensidade nas colônias espanholas. Os moradores da cidade recusaram-se a aceitar Vicente Emparán, governador indicado por Napoleão Bonaparte, que tinha invadido a Espanha e derrubado o rei Fernando VII, na esteira do impulso republicano e expansionista que se seguiu à Revolução Francesa (1789). Na Praça Maior (hoje Praça Bolívar), os representantes da aristocracia e da burguesia locais recusaram-se a reconhecer Emparán.

Inconformado com a postura da elite crioula, o espanhol foi até a janela da prefeitura e perguntou ao povo reunido se queria que ele continuasse no governo. O padre José Cortés de Madariaga teria feito gestos para que a multidão gritasse que “não”. Emparán decidiu então voltar para a Espanha. Com a assinatura do ato de 19 de abril de 1810, foi instituída uma junta de governo, que decidiu estabelecer juntas provinciais, liberar o comércio exterior e proibir o tráfico de escravos. Apenas três províncias decidiram manter-se leais ao governo espanhol: Maracaibo, Coro e Guayana. Mas a independência da Espanha só ocorreria oficialmente depois da Batalha de Carabobo, em 24 de junho de 1821. (VV)


Ciberguerrilha chavista

Como parte das comemorações do bicentenário, o governo de Hugo Chávez criou na semana passada os “comandos de guerrilha das comunicações”. A iniciativa é controversa e reforçou as críticas dos que acusam o presidente de buscar o controle total sobre a informação. A orientação geral dos organizadores é capacitar cidadãos, principalmente adolescentes, para usar a internet como plataforma de contra-ataque à mídia “burguesa”.

“Pretendem recrutar jovens entre 13 e 17 anos, que manejam ferramentas tecnológicas como internet e Twitter, para navegar pela rede, defender a revolução bolivariana e atacar a oposição”, explica o cientista político venezuelano Trino Márquez. A ideia partiu da chefe de governo de Caracas imposta pelo presidente, Jaqueline Faría, e da ministra da Comunicação, Tania Díaz.

Na segunda-feira passada, foram juramentados os “comandos de guerrilha”, formados por estudantes. A vice-ministra de Gestão Comunicacional, Helena Salcedo, celebrou o ato. “Está ativada a guerrilha das comunicações, que se insere dentro da programação bicentenária e é uma atividade fundamental, pedida e exigida pela Lei Orgânica da Educação”, afirmou Salcedo.

Por sua vez, Faría detalhou que os participantes passam por um processo de formação, iniciado em fevereiro e com previsão de estender até julho, no qual receberão quatro horas semanais de “treinamento extracurricular”. Segundo ela, o “plano piloto” da guerrilha inclui 100 jovens. Sob o lema “prepare-se, indique, crie”, o treinamento já chegou a alguns colégios da capital, como a Unidade Educativa Simón Rodríguez de Sarría.

“Minha tia é chavista e me estimulou a vir aqui”, disse um adolescente da sétima série ao jornal El Universal. “Sabíamos que ia dar problema terem posto o nome de guerrilha”, reconhece o jovem. “A formação do ‘guerrilheiro’ inclui módulos de análise crítica de meios, mensagens radiofônicas, estrutura audiovisual e páginas web”, explicou o instrutor Enrique de Armas.

“Essa proposta está sendo muita questionada. Todo o país tem criticado essa iniciativa de caráter militarista, que nega a diversidade e estimula o ódio dos jovens contra quem pense diferentemente”, afirma Trino. O presidente da Federação Venezuelana de Professores, Orlando Alzuru, classificou a proposta como uma “aberração”, que “impõe aos jovens atividades de ódio e ressentimento em suas atividades escolares”. (VV) 
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http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/18/mundo,i=186973/HUGO+CHAVEZ+MILITARIZA+A+FESTA+DO+BICENTENARIO+DA+INDEPENDENCIA.shtml
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domingo, fevereiro 28, 2010

Ilha da Madeira: equipes de resgate procuram por vítimas de enchentes


 

 

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Portugal

Ilha da Madeira: equipes de resgate 

procuram por vítimas de enchentes

Veja.com - 22 de fevereiro de 2010


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Carros foram soterrados no distrito de Ribeira Brava (Foto: AFP)
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As escavadeiras e pás mecânicas trabalhavam nesta segunda-feira em Funchal, capital da Ilha da Madeira, onde as equipes de resgate ainda buscam novas vítimas das enchentes do fim de semana. A procura se concentra nos estacionamentos subterrâneos dos centros comerciais ainda alagados.
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Mais de 270 máquinas pesadas e 148 caminhões foram enviados à região para ajudar nas tarefas de limpeza dos escombros e da lama, arrastados pelas chuvas torrenciais que afetaram a ilha no sábado, provocando inundações e deslizamentos que mataram 42 pessoas, de acordo com um balanço provisório.
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Em Funchal, as operações de limpeza são muito difíceis em consequência do estado, em alguns casos impraticável, das ruas, que têm crateras e montanhas de escombros. Desde a manhã de domingo, dezenas de bombeiros trabalham para tentar retirar a água dos estacionamentos subterrâneos de vários centros comerciais, onde testemunhas afirmam que muitas pessoas se refugiaram quando a chuva se tornou mais intensa no sábado.
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A situação no centro comercial de Anadia, que fica na parte baixa da cidade e ficou completamente destruído, provoca apreensão. De acordo com o canal de televisão SIC, apesar do trabalho incessante das bombas de água, os bombeiros só conseguiram baixar em um metro o nível da água no estacionamento.
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A água ainda está no nível da entrada do estacionamento, que tem dois andares subterrâneos. No sábado, o prefeito de Funchal, Miguel Alburquerque, revelou o temor de um número de vítimas maior.
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O presidente do governo regional, Alberto João Jardim, pediu aos habitantes que permaneçam em casa, para não atrapalhar as equipes de resgate e evitar riscos. As escolas dos distritos de Funchal, Ribeira Brava e Câmara de Lobos, no sul da ilha, permanecerão fechadas pelo menos até terça-feira.
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(Com agência France-Presse)
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