Victor Nogueira Depois de casa roubada, trancas à porta. Eanes, Este Vasco que não é Gonçalves mas Lourenço e o Grupo dos 9 com a conivência do do ferrabrás Otelo estiveram por detrás da queda dos Governos de Vasco Gonçalves que culminou no 25 de Novembro de 1975, abrindo a passadeira a outro farsante PS/Mário Soares e dando início às tríades PSD)CDS e CAP/CIP/CCP que o voto ou abstenção da maioria dos eleitores permitiram chegasse a Estado Súcial em que nos encontramos.
DEFESA
por Lusa22 Outubro 2011
O capitão de Abril referiu este sábado que o poder foi tomado por um "bando de mentirosos", justificando a conclusão com um vídeo que "corre" na Internet com declarações de Passos Coelho que foram "renegadas" nos actos do Governo.
O presidente da Associação 25 de Abril falava aos jornalistas no final de um encontro que juntou cerca de um milhar de militares e que, por proposta das associações (de oficiais, de sargentos e de praças), foi decidido por maioria esmagadora promover uma concentração de protesto, dia 12 de Novembro, no Rossio, em Lisboa, contra as medidas de austeridade impostas pelo Governo aos portugueses e aos militares.
"Ao ver aquele vídeo, eu tenho que chegar à conclusão que são um bando de mentirosos, de mentirosos puros", declarou Vasco Lourenço, observando que, ao fazer o confronto entre o vídeo e a realidade, o primeiro-ministro "renega nos actos tudo aquilo que acabou de dizer há muito pouco tempo".
O militar de Abril disse ter visto o "vídeo" e ficado "absolutamente indignado" e "escandalizado", ironizando que se diziam que José Sócrates era o "Pinóquio", este primeiro-ministro comparado com ele "cuidado".
Nas palavras de Vasco Lourenço é "preciso desmascarar os indivíduos que ocupam o poder" e que "o estão a roubar", vincando que se "sente roubado".
O capitão de Abril lembrou ainda as recentes declarações do bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, de que o que se está a passar é "terrorismo puro".
Vasco Lourenço prevê que as medidas de austeridade impostas, ultrapassando qualquer política neo-liberal e criando um "PREC de direita", vai provocar "convulsão social", porque, certamente, a população "não vai aceitar de bom grado" estas medidas.
Questionado sobre se não estava a falar de uma revolução, o capitão de Abril contrapôs que "o que se está a passar" com estas medidas é uma revolução, só que em sentido contrário.
"Não me venham dizer que a reacção de não aceitar este tipo de situação é que será uma revolução. Não, não vou por aí", sublinhou.
O presidente da Associação Nacional de Sargentos, Lima Coelho, afirmou que os militares estão disponíveis para "todos os sacrifícios", mas "não estão disponíveis para serem sacos de pancada", nem para serem "enxovalhados ou usados politicamente de forma que não merecem ser usados".
"Não queremos ser tratados à parte. Queremos apenas um tratamento justo que a nossa condição militar exige", sintetizou Lima Coelho.
Quanto à concentração de 12 de Novembro, no Rossio, será seguida de desfile que terminará no Terreiro do Paço, em frente ao Ministério das Finanças.