Correio Político
23 Novembro 2011
Fazer greve à greve
A greve geral de amanhã demonstra que os líderes sindicais ainda vivem no século passado, antes da queda do Muro de Berlim em 1989
Estamos perante mais uma greve ideológica, com fins políticos imediatos, que não se destina a defender os direitos dos trabalhadores, mas a provar o poder de Carvalho da Silva e da CGTP – ou seja, do PCP –, uma vez que a UGT de João Proença só costuma aparecer nestas lutas por arrasto, quando o PS não está no Governo.
As centrais sindicais tornaram-se plataformas de defesa dos direitos adquiridos dos funcionários do Estado e não representam quem não tem emprego. A greve geral preocupa-se com os 700 mil funcionários públicos, mas esquece os 700 mil desempregados do sector privado.
Quando se ouve Carvalho da Silva discursar, parece que o Estado Social é eterno e auto-sustentável por obra e graça do Espírito Santo – perdão, de Karl Marx. O mais grave é que, no final, seremos todos nós a pagar a conta, trabalhadores e desempregados.
Dia a dia
A greve geral do dia 24
Há 100 anos, a greve geral era vista como o último passo para a revolução e a tomada do poder. Hoje, é o primeiro passo que as centrais sindicais nascidas de interesses partidários diferentes encontram para protestar contra medidas governamentais de executivos eleitos democraticamente [VN - na base da mentira, miostificação e fraude].
- 20 Novembro 2011
Há 100 anos, pensava-se que, para ser decisiva, uma greve geral devia conseguir a adesão de funcionários públicos e parar alguns serviços do Estado. Hoje, as greves gerais da CGTP e UGT são sobretudo de funcionários públicos e dos sectores estatizados da economia, e quem sofre as consequências são os cidadãos. A greve geral afecta sobremaneira quem paga impostos e serviços e neste dia não é servido. Só não prejudica os especuladores financeiros da dívida porque cobram na mesma juros a Portugal, esteja o País em greve ou a trabalhar.
Os líderes da CGTP e da UGT, o investigador de Ciências Sociais Carvalho da Silva e o investigador auxiliar do INETI João Proença, não descobrem melhor do que a greve geral para atacar a crise. Imagino que alguém a viver 100 anos atrás sinta um orgasmo revolucionário. No mais, a greve geral é absoluta demagogia. E logo num dia 24, a evocar o pior.
- Diamantes Verdes e Maria Odete Pais Gonçalves gostam disto.
Maria Odete Pais Gonçalves Gentalha q menospreza a GREVE GERAL,devia de ter pedras p comer...!há 2 horas · · 1
Maria Odete Pais Gonçalves Quem será o estupido,nojento e fascista q escreveu isto!!!??? Comerá o q,este sacana???há 2 horas ·
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