«Amamos e estimamos os religiosos mas nós não o somos e nenhuma autoridade no mundo – nem mesmo na Igreja – poderá obrigar-nos a sê-lo... (P. Escrivá de Balaguer, citado por Vittorio Messori in “Opus Dei”).
«O Opus Dei é acusado de ter como objectivo fundamental o controlo das esferas do poder. Mas a sua influência na sociedade é muito difícil de dimensionar, uma vez que os responsáveis afirmam não dispor de estatísticas sobre a condição sócio-profissional dos seus membros para poder classificá-los. Nas diferentes situações reais que a Obra enfrenta, utiliza-se uma terminologia corrente noutras instituições: professores, académicos, funcionários, etc...» (idem, idem, Vittorio Messori).
«Como o Estado nasceu da necessidade de refrear antagonismos de classes, resulta que ele é sempre o agente da classe mais poderosa e economicamente dominante a qual, como consequência da sua riqueza, se transforma na classe politicamente dominante e adquire, assim, novos meios para oprimir e dominar as classes dominadas» (F. Engels, prefácio à “Crítica do Programa de Gotha”).
Se a História não se repete, não menos é certo que os dados de sistemas históricos tidos como destruídos tendem a reagrupar-se. É assim que entendemos os sinais dos acontecimentos que precederam o pesadelo nazi-fascista e vamos agora reencontrar no actual panorama político, económico e social: o desastre financeiro, a subida galopante dos preços, o Estado saqueador, a prosperidade das grandes fortunas, o desemprego e a luta pelo domínio capitalista de novos mercados; o desabar das políticas, o retorno da ideia de imperialismo como solução, a multiplicação dos conflitos locais, o imparável crescimento das indústrias bélicas e a preparação de nova guerra a nível mundial; a derrocada dos valores éticos ocidentais, a imposição de uma Igreja corrupta minada pelos escândalos, pelo materialismo e pelos negócios «sujos», as chorudas trapaças que se escondem por detrás das imagens da Filantropia e da Caridade e… muitíssimo mais.
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Assim, globalização é repetição. Nada há de novo debaixo do sol. Mas para os tecnocratas continua a existir uma saída para a crise. E persistem na ideia de que o Estado capitalista é democrático. São cegos que conduzem outros cegos. Porque a globalização vai polarizar ao extremo a luta de classes.
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A hierarquia da Igreja, como sempre, continua de pedra e cal. Lucra com os grandes negócios e sempre que necessário lança na fornalha os mitos que destilam o ópio do povo. Agora, por exemplo, decorre uma intriga talhada à imagem dos soldados-catequistas de Loiola. Não insistiremos nesse episódio da luta pelo poder que opõe de vez em quando Maçonaria e Opus Dei mas também não o ignoraremos. Porque, na verdade, nesta fase de passagem ao imperialismo dos monopólios, as sociedades secretas nas suas diferentes formas (grupos de pressão, lóbis, seitas, fundações, agência militares e paramilitares…) transformaram-se nas verdadeiras detentoras do Poder. Nessa dimensão global devem ser olhadas. Pode ilustrar-se esta afirmação com uma imagem extraída do xadrez político português. A Igreja, à qual incumbe desinformar o povo, pegou no discurso anti-maçónico e deu nova demão às esbatidas tintas da diabolização. Sob reserva ficaram por esclarecer duas dúvidas antigas – que significa ao certo sociedade secreta equantas sociedades secretas funcionam em Portugal – a fim de que todos os males da conspiração capitalista fossem atribuídas à Maçonaria.
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Choveram mentiras e falsidades assinadas por bispos e cardeais «situacionistas»: a Igreja apenas trata de assuntos da fé e é alheia a este enredo; os grupos de pressão do sector empresarial são meras entidades consultivas; a economia portuguesa apenas obedece às «leis de mercado»; Portugal é uma democracia cujas instituições representativas respeitam a Constituição da República; só um deputado é do OD, etc.
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Lembremos ao episcopado que em Portugal conspiram livremente (como a Igreja bem sabe) agentes das mais diferentes sociedades secretas, directa ou indirectamente ligadas ao Vaticano: Opus Dei, Clube de Bilderberg, Trilateral, Rosacruzes, Caveira e Ossos, Clube de Roma, Greenpeace, Foreign Council, Fundação Rockefellker, organizações dos Templários e dos Jesuítas, etc., etc. São eles que fazem e desfazem as leis.
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Acima de todos, no topo da pirâmide, moram os «illuminati»…
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A seguir, iremos tentar esboçar o perfil destes «iluminados»