O nazismo sionista
Por Rolando Lazarte em 01/06/2010
Os últimos acontecimentos no Oriente Médio, envolvendo mais um dos infindáveis atos terroristas de um estado que se diz constantemente ameaçado por terroristas, obrigam a algumas reflexões. O mundo constata, não sem estupor, que a lei do mais forte continua a preponderar nas relações internacionais, sem qualquer contrapeso das Nações Unidas, mais uma vez a reboque dos interesses dos que mandam.
Isto não é novidade, em se tratando de Israel na sua política de genocídio contra o povo palestino. Mas isto, mesmo não sendo novo, nos leva a refletir sobre por que algumas culturas e povos que foram objeto de terrorismo de estado, tornam-se terroristas de estado. Israel mantém uma relação violenta com os palestinos desde a sua criação, e isto não é por acaso.
Um estado de guerra permanente interessa a quem vive da guerra e para a guerra, os fabricantes de armas e os países cujos governos vivem do terror. Da ameaça de guerra e da guerra. Leia-se: Estados Unidos, Inglaterra, e seus sócios: França, Alemanha, etc. E ao mundo, o que interessa?
O Brasil tem entrado no cenário internacional, a través da figura e da atuação do presidente Lula, para tentar o que não querem os senhores e senhoras da guerra: o diálogo, a escuta do outro, a negociação.
As Nações Unidas dizem condenar a matança israelense dos que navegavam na barca atacada, que levava ajuda humanitária para os palestinos em Gaza. Uma condena que não condena, não é condena, todos sabemos. A ordem política internacional, na contramão da ampla caminhada da sociedade civil em prol dos direitos humanos e da coexistência pacífica entre os diferentes, continua na perspectiva e sob a égide da lei do mais forte, da prepotência, da mentira, da enganação, da impunidade. Esta nova matança judaica não pode nem deve permanecer impune. O nazismo que se esconde sob as práticas do estado sionista, deve ser condenado pelo mundo inteiro, como o está sendo.
Neonazistas: por omissão, ignorância ou ideologia
Por Herivelto Quaresma em 01/06/2010
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“A política genocida do estado judeu com relação aos palestinos é equivalente à que foi praticada contra os judeus durante o regime nazista. Não aprenderam nada, a não ser a repetição das crueldades a que foram submetidos. E a ‘ordem internacional’, dominada pelo grande capital, deixa acontecer.”
Com estas palavras, o escritor Rolando Lazarte, colaborador da Revista Consciência.Net, encerra o que representam os atuais mandatários do governo genocida de Israel. Praticando o conhecido e temeroso terrorismo de Estado, que o escritor Noam Chomsky há tantos anos denuncia, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu demonstrou algo que os EUA temem… no Irã: falta de confiança. Os EUA irão propor ao Conselho de Segurança da ONU sanções a Israel, pela falta de trust building?
A saber, a imprensa internacional relatou esta segunda-feira, dia 31 de maio: em águas internacionais, as forças israelenses atacaram de surpresa o comboio de seis navios contendo ajuda humanitária, que também transportava centenas de ativistas, com mais de dez pessoas sendo mortas.
O Relator Especial das Nações Unidas sobre a situação dos Direitos Humanos no território ocupado da Palestina, Richard Falk, um veterano funcionário da ONU, declarou que “Israel é culpado por um comportamento chocante, usando armas letais contra civis desarmados a bordo de navios que se encontravam em alto mar, onde existe liberdade de navegação, de acordo com a lei dos mares”.
Junto com o Secretário-Geral e a Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, ele pediu uma investigação sobre o súbito ataque, observando que “é essencial que os israelenses responsáveis por este comportamento ilegal e assassino, incluindo líderes políticos que deram as ordens, sejam penalmente responsabilizados pelo seus atos equivocados”.
Um governo que não tem a maturidade para lidar com uma situação aparentemente tão simples – ativistas que se unem para romper de modo pacífico (desde quando bola de gude é arma?!?) um bloqueio que a quase totalidade dos países condenam – não tem capacidade de possuir um arsenal militar tão poderoso.
É por isso que hoje Israel – e seu maior aliado e financiador, os norte-americanos de Barack Obama – é uma das maiores ameaças do mundo para a paz mundial. Deve ser considerado um Estado terrorista, não só pelo seu potencial destruidor, como pela completa incapacidade de dialogar com o mundo.
E aqueles que apóiam tal terrorismo de Estado, de um modo ou de outro, são os mesmos que, junto com Hitler, apoiaram seu líder máximo no extermínio de minorias na Europa do século XX. São cúmplices deste Estado terrorista. Por omissão, ignorância ou ideologia. Tanto faz. O resultado é o mesmo: o nazismo reificado.
A Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, afirmou que “nada pode justificar o resultado terrível dessa operação”. Infelizmente, não é assim que pensa o último prêmio Nobel da Paz, que foi nomeado tal por causa de suas “ideias de ‘boas intenções’ para reforçar o papel da diplomacia internacional e a cooperação entre os povos”. O presidente Barack Obama – este que ganhou o prêmio máximo da “paz” – expressou, segundo nota da Casa Branca, “profunda lamentação pela perda de vidas no incidente de hoje [segunda 31] e preocupação com os feridos. O presidente também expressou a importância de conhecer todos os fatos e circunstâncias sobre o trágico evento desta manhã o mais rápido possível”. Nada de um firme repúdio ao ataque: apenas o que há de mais demagogo na diplomacia
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ALEMANHA GANHA UM PONTO COM O MUNDO
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Pelo menos uma ótima notícia, nesta triste segunda-feira: o presidente alemão Horst Koehler renunciou. Para quem não ficou sabendo, Koehler – que é ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e aliado da conservadora Angela Merkel – foi eleito em 2004 e reeleito no ano passado, mas não suportou politicamente as críticas este mês, após afirmar que um país dependente das exportações como a Alemanha às vezes precisa defender seus interesses econômicos – indo à guerra, por exemplo.
Koehler, coitado, se disse “mal interpretado”. Mas a gente relembra a fraca memória dele. Em entrevista publicada dia 20/09/2002 no jornalHerald Tribune, este mesmo cidadão alemão declarou: “Uma ação militar de curta duração contra o Iraque tem um impacto menor na economia mundial e, inclusive, poderia ter um efeito positivo, ao eliminar a incerteza que paira no mercado financeiro internacional, suscitada pela atual situação”. A declaração teve repercussão na matéria “FMI acha guerra positiva” um dia depois, no Jornal do Brasil.
Na época, a Revista Consciência.Net publicou, a respeito: “Além de reconhecimento pelo ‘bom senso’ de sempre, estes dirigentes deveriam ganhar algum tipo de prêmio neonazista de bizarrices sociológicas. Atualmente, Koehler é o presidente alemão, o que por lá não quer dizer muita coisa.” [aqui e aqui]
Portanto, nada de novo. É o mesmo Horst Koehler, um desses senhores caducos que vaga pelo mundo com muito poder e dinheiro. Poderiam perfeitamente se aposentar, prestando um grande serviço à Humanidade.
Xeque à ONU
Por Celso Lungaretti em 01/06/2010
Tanta gente destaca as semelhanças entre a Alemanha nazista e Israel que nem vou me dar ao trabalho de relacionar os pontos comuns. Saltam aos olhos.
Só acrescentarei um, que até agora tem passado despercebido.
A impotência da Liga das Nações em conter Adolf Hitler levou à sua dissolução.
Se a Organização das Nações Unidas, que a sucedeu, continuar sendo incapaz de enquadrar Israel, também não terá razão nenhuma para continuar existindo.
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Que seja dissolvida, pois, evitando dispêndios cuja única contrapartida, nas situações agudas, tem sido a produção de retórica inócua.
Pois o que acaba de acontecer, por mais que a propaganda israelense tente embaralhar e maquilar os fatos, não passou de um ataque pirata, em águas internacionais, contra embarcações que cumpriam uma missão humanitária.
Houve pessoas assassinadas e houve pessoas sequestradas; uma ofensa gravíssima a nações livres e a seus cidadãos.
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Isto não pode ser aceito passivamente, de forma nenhuma.
Assim como não poderiam ter ficado sem resposta enérgica os horrores denunciados no Relatório Goldstone.
Assim como não poderia estar sendo permitido que um país com liderança tão insensata e truculenta desenvolva um projeto nuclear sem controle internacional de nenhuma espécie..
Respaldado no poder econômico e de mídia de judeus do mundo inteiro, Israel aplica, há décadas, a lei do mais forte.
A ONU terá de agir da mesma maneira, se quiser ser respeitada: fazendo valer a força maior de que teoricamente dispõe.
Para começar, exigindo o imediato levantamento do bloqueio israelense a Gaza.
Depois, impondo a rigorosa apuração desse episódio de pirataria em alto mar, seguida da não menos rigorosa punição dos responsáveis.
E passando a colocar em mesmíssimo plano, na discussão de sanções contra projetos nucleares clandestinos, os casos do Irã e de Israel.
Ou o que vale para um vale para o outro, ou é melhor deixarmos de palhaçada. Da forma parcial como está equacionando o problema, a ONU perde toda autoridade moral.
Israel colocou a sucessora da Liga das Nações em xeque; cabe-lhe decidir se é mate ou ainda tem fibra para virar o jogo.
Só existe uma certeza: se não sair da posição defensiva, sua derrota será inevitável.
E o mundo virará terra de ninguém, com a prevalência da força sobre a razão, como Israel tudo faz para que aconteça.
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