Que nenhum voto se perca !
«Mas ai deles quando os mais de três milhões de trabalhadores que participaram na greve geral perceberem a força que têm; ai deles se os dois milhões de pobres tomarem consciência que pesam mais do que os dois mil muito ricos; ai deles se o milhão e meio de reformados, o milhão e 200 mil precários, os mais de 700 mil desempregados e os micro, pequenos e médios empresários perceberem que têm mais força que os deputados do PS e do PSD que votaram favoravelmente este Orçamento injusto», afirmou [Jerónimo de Sousa].
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Um genuíno projecto político de esquerda
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No Comício do Campo Pequeno, o secretário-geral do PCP frisou que «nenhum outro candidato se apresenta perante os trabalhadores e o povo com um genuíno projecto político de esquerda», e sublinhou que «é preciso que nenhum voto se perca».
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(…) «nenhum outro candidato se apresenta perante os trabalhadores e o povo com um genuíno projecto político de esquerda, capaz de enfrentar a gravidade da situação a que o País chegou e lançar a patriótica tarefa de colocar Portugal no caminho do desenvolvimento, da justiça e do progresso social».
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Continuando assinalar distinções entre a candidatura de Francisco Lopes e as demais, o dirigente comunista acrescentou que a nossa «é a única que assume sem rodeios e sem dissimulações uma frontal oposição com a política de direita de Sócrates, Passos, Cavaco e companhia, e que jamais meteu as mãos no atoleiro da hipocrisia política reinante».
Cavaco não é solução
(…) Cavaco Silva (…) «Vem agora pedir aos políticos que falem verdade», continuou o secretário-geral do PCP, «como se ele não fosse por inerência do cargo o mais responsável dos políticos portugueses, e não fosse igualmente um dos mais responsáveis pelas decisões que conduziram o País ao declínio». (…) «O candidato não sabe como chegámos aqui? Nós lembramos», prosseguiu.
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«Cavaco chora lágrimas de crocodilo pelos atingidos, pelos pobres, pelos trabalhadores da administração pública. Como estamos na capital do fado, apetece dizer que só falta a guitarra e a viola para cantar o fado da desgraçadinha», atirou. Mas a verdade é que ele «sabe bem como chegámos até aqui. Sabe que o esbulho dos portugueses que vivem do seu trabalho contou não apenas com o seu silêncio mas com o seu aval, o aval da chancela das inevitabilidades em nome da fraude da acalmia dos mercados».
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Assim, para o secretário-geral do PCP, Cavaco Silva (…) representa um futuro de «continuação do mesmo rumo de declínio nacional e aprofundamento da crise».
«Que nenhum voto se perca!»
(…) «Não faltam por ai propagandistas, disfarçados de comentadores isentos, a fazer crer que as eleições estão decididas. Que já há um vencedor antecipado e na primeira volta. Querem com as suas calculistas e nada inocentes previsões desarmar os portugueses que lutam pela verdadeira mudança, por uma real alternativa. Querem fazer crer que o voto dos que não aceitam e se opõem a esta vergonhosa política está condenado ao fracasso. Querem desvalorizar o próprio direito ao voto», alertou.
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«Mas ai deles quando os mais de três milhões de trabalhadores que participaram na greve geral perceberem a força que têm; ai deles se os dois milhões de pobres tomarem consciência que pesam mais do que os dois mil muito ricos; ai deles se o milhão e meio de reformados, o milhão e 200 mil precários, os mais de 700 mil desempregados e os micro, pequenos e médios empresários perceberem que têm mais força que os deputados do PS e do PSD que votaram favoravelmente este Orçamento injusto», afirmou.
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(…) «Ainda é hora de ir ao encontro dos muitos milhares de homens e mulheres que no passado votaram nas forças políticas e nos candidatos que suportam anos de governação à direita, e dizer-lhes que chegou a hora de mudar e ultrapassar preconceitos; que a solução não é a abstenção, que não é hora para se ficar calado ou desistir».
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Cumprir o dever até ao fim
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- José Casanova
(…) Há aquele amigo hesitante, que não sabe se vai ou não votar, porque isto não dá nada e, por isso, não vale a pena; há aquele vizinho que acha que o melhor é votar no candidato que os jornais, rádios e têvês dizem que já ganhou; há aquele familiar que diz que as sondagens...; há aquele colega que de tanto ouvir nas rádios, têvês e jornais que eles são todos iguais, acha mesmo que é assim…
A todos eles é necessário dizer – e isso pode e deve ser feito até ao último momento – que não é assim: que não só vale a pena como é imperioso votar para mudar; que quem diz que o tal candidato já ganhou são os cães de guarda dos responsáveis pela situação existente; que as sondagens são instrumentos de propaganda ao serviço de mais do mesmo – e é necessário demonstrar, com os muitos e sólidos argumentos da verdade, que eles não são todos iguais, isto é: que o candidato Francisco Lopes é diferente dos que são todos iguais. E que o voto em Francisco Lopes é um voto diferente de todos os outros: porque é o único que conta para a mudança.
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- Filipe Diniz
Estas eleições vão deixar marcas
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(…) Mas quaisquer que sejam as votações obtidas por cada candidato nas eleições de domingo próximo, uma coisa é certa: vão deixar marcas.
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Vão deixar marcas em Cavaco Silva, cuja face autoritária e arrogante ficou mais visível do que nunca; cujo verniz «impoluto» ficou irremediavelmente manchado pelas pouco recomendáveis companhias que há muito conserva e pelas mal esclarecidas embrulhadas em que apareceu metido; que ficará definitivamente identificado pela hipocrisia e desfaçatez com que pretendeu desresponsabilizar-se da situação que o País atravessa; que não poderá mais disfarçar o profundo reaccionarismo que lhe preenche a pouco ginasticada cabeça.
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Vão deixar marcas em Manuel Alegre, no PS e no BE, cúmplices activos numa candidatura e numa campanha de mistificação e de desresponsabilização da governação de Sócrates. Cúmplices activos numa campanha que pretendeu inculcar a absoluta e antidemocrática falsidade de que as opções existentes se resumiriam à alternativa entre Cavaco e Alegre, entre política de direita e política de direita.
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Vão deixar marcas em Fernando Nobre, o «dedicado humanitário» cujo pensamento político reaccionário e em muitos aspectos fascizante se coloca à direita do próprio Cavaco Silva.
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Vão deixar marcas na já reduzida credibilidade de «comentadores» e dos grandes média, que assumiram do primeiro ao último dia a tarefa de distorcer e ocultar as reais alternativas em confronto e de condicionar a opinião do eleitorado.
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Vão deixar marcas em todos aqueles que fizerem a corajosa e coerente opção de votar Francisco Lopes. Porque este voto é bem mais do que uma cruz num boletim. É uma exigência de mudança, patriótica e popular. É uma afirmação de esperança e um compromisso de luta.
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De uma luta que a magnífica e combativa campanha de massas mobilizada por esta candidatura confirma que continua.
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Esta campanha teve a marca da luta e das aspirações dos trabalhadores e do povo a uma vida melhor. Nada apagará essa marca.
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Avante, 2011.01.20
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Sublinhados de Victor Nogueira
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