O secretário geral da CGTP-IN anunciou hoje a realização de uma grande manifestação nacional no dia 29 de maio em Lisboa, na sua intervenção no final das comemorações do 1º de Maio.(Ver vídeo no fim do texto)
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Lusa
19:54 Sábado, 1 de Maio de 2010 - Expresso
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Carvalho da Silva afirmou na sua intervenção hoje em Lisboa que a manifestação nacional visa "exigir novas políticas para o desemprego, a defesa do direito ao emprego e melhores condições salariais".
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"Vamos fazer do dia 29 de maio um momento alto da luta dos trabalhadores. Da luta a favor dos trabalhadores, do progresso social e do desenvolvimento do país", disse o sindicalista perante os milhares de pessoas que participaram na manifestação do Dia do Trabalhador.
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A manifestação anunciada por Manuel Carvalho da Silva foi ratificada pelos manifestantes, que aprovaram uma resolução em que consideram o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) "uma declaração de guerra aos direitos e ao nível de vida dos trabalhadores, dos reformados e dos pensionistas, à proteção social e às funções sociais do Estado".
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No longo discurso que fez, Carvalho da Silva também fez duras criticas ao PEC, dizendo que ele representa apenas "uma politica cega de consolidação orçamental" que impõe mais sacrifícios aos trabalhadores mas "não garante que daqui a 4 ou 5 anos a divida seja ainda maior".
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"O défice é resultado dos milhares de milhões de euros que foram rapinados do Orçamento do Estado para tapar buracos do setor financeiro, que aconteceram por má gestão", acusou.
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O sindicalista considerou, no entanto, que "o país tem futuro" mas para isso "é preciso cortar nas despesas desnecessárias". Carvalho da Silva salientou a importância da contratação coletiva na distribuição da riqueza e na melhoria das condições de vida e de trabalho.
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"Na segunda metade do século XX não houve nenhum instrumento de governação que tivesse tanto efeito na distribuição da riqueza como a contratação coletiva", disse. "Por isso vamos continuar a mobilizar os portugueses e vamos intensificar a luta", acrescentou.
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Aos jornalistas, Carvalho da Silva disse, no final do comício, a elevada participação dos trabalhadores neste primeiro de maio mostra que "a luta dos trabalhadores está em linha ascendente". "A mobilização vai crescer e teremos uma enorme manifestação a 29 de maio", afirmou.
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Segundo Carvalho da Silva, que disse que a CGTP cruzou os seus dados com a polícia, participaram na manifestação de Lisboa cerca de 90 mil pessoas.
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Mas no resto do país participaram também muitos milhares de pessoas, lembrou, citando os 4.000 participantes das manifestações de Évora ou Coimbra e os 5.000 de Aveiro.
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Preservativos e panfletos para convencer trabalhadores sexuais a aderirem ao 1º de Maio
Três activistas e dois trolleys carregados de preservativos e gel lubrificante percorrem a noite no Conde Redondo, Lisboa. Saíram à rua para fazer prevenção junto de trabalhadoras/es sexuais e apelar à adesão à manifestação contra o estigma no Dia do Trabalhador.
Muitas/os já sabem do que lhes falam. Na semana passada, outros rostos informaram-lhes sobre o MayDay e a inclusão das/os trabalhadoras/es sexuais na marcha do 1º de Maio.
"Prostituição é trabalho sexual. Trabalho sexual é trabalho!" são as palavras de ordem da convocatória, que desta vez partiu de quem faz do aluguer do corpo uma ocupação.
Não há organizadores formais, nem associações promotoras. Todos serão, hoje, entre o Largo de Camões e a Alameda, trabalhadoras/es sexuais.
"Apareçam no Martim Moniz às duas e meia", pedem-lhes, enquanto distribuem caixas com uma centena de preservativos. "Vamos estar todos de guarda-chuvas vermelhos", sinalizam.
Entre os três activistas - que pediram anonimato - há duas estreantes. O terceiro é uma cara já conhecida de muitas das pessoas que aguardam nas esquinas de uma das zonas de prostituição de Lisboa.
O movimento não é muito, mas lá se vão lançando olhares de carros, frequentemente de alta cilindrada. "É a crise, dantes gastava dez a quinze preservativos, agora até cinco é difícil. Eles passam, mas só olham, são sempre os mesmos", partilha um transgénero.
A idade começa a pesar, a paciência a faltar, confessa. Hoje com 44 anos, recorda como aos 20 "tudo era uma fantasia", enquanto abre os braços em pose de diva.
Já ouviu falar da manifestação de hoje - talvez lá passe - mas entretanto teve "algum juízo" e foi tratando "da reforma". Porque "tudo tem um princípio e um fim".
Uma e meia da manhã e à porta de uma "casa de hóspedes" várias mulheres esperam clientes que nem sempre vêm. "Apanho três autocarros para vir para aqui e pago 25 euros para voltar para casa de táxi. Por isso, nem sempre venho", conta uma.
Manifestação? Nem pensar. "Tenho roupa para lavar e para passar. E só de pensar que a família poderia descobrir..."
Os preservativos e os panfletos entregam-se no primeiro andar. Uma senhora de bata cor-de-rosa abre a porta, com ar de dona de casa.
"Isto está muito vazio para final do mês", diz o activista repetente. O trolley palmilha mais umas quantas ruas, em direcção à zona das imigrantes brasileiras. Dois travestis confirmam os boatos - a polícia tem avisado: não saiam à rua quando o papa estiver de visita.
"Eles pensam que se vive da paz do senhor, que se come com a paz do senhor, que se veste com a paz do senhor, que se paga a renda com a paz do senhor", ironiza um.
Provavelmente não virá trabalhar nos dias em que Bento XVI estiver em Portugal. Até porque problemas com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras já tem de sobra: faltam poucos dias até que a ordem de expulsão seja uma realidade.
Partilha dúvidas com o grupo: "E se me casasse com um português? Agora posso, não é?"
Ainda não, se calhar é melhor apostar num contrato de trabalho, aconselham.
Lusa
Prostitutas exigem a legalização da actividade e acesso à Segurança Social
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Notícias Dinheiro | 01/05/2010
Contra o trabalho precário: parada MayDay juntou-se às manifestações pelo 3º ano consecutivo
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