Movimentos
Ag. Brasil
O festival da juventude rural é comparado ao Grito de Terra e a Marcha das Margaridas
Os filhos têm as mesmas reivindicações dos pais. Comparado ao Grito da Terra e a Marcha das Margaridas, o 2º Festival Nacional da Juventude Rural (FNJR), que acontece essa semana em Brasília, reúne milhares de jovens do campo que reivindicam dos poderes públicos: reforma agrária e trabalho. Nesta quarta-feira (28), eles fizeram uma caminhada pela Esplanada dos Ministérios como parte da programação do evento promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
A primeira parada dos manifestantes foi no Ministério do Desenvolvimento Agrário. Na seqüência, realizaram atos políticos em frente aos ministérios da Educação e do Trabalho. Também pararam em frente ao Congresso Nacional. O tema central do evento - "Sucessão Rural com Terra, Meio Ambiente Sustentável, Trabalho e Renda", fez parte das palestras, dos discursos e palavras de ordem.
O secretário de Política Agrária, Willian Clementino, afirma que a expectativa da direção da Contag com a caminhada é dar visibilidade às bandeiras de luta da juventude rural. “Queremos deixar uma mensagem para o governo federal sobre a necessidade de resolver as questões estruturantes e de priorizar a educação do campo”, esclareceu.
Os jovens que engrossaram a enorme fila “verde” – todos vestiam camisas verdes da Contag e carregavam bandeiras da entidade – também demonstraram confiança no sucesso do evento. Rérisson Leite, do município de Alto Floresta (MT) disse que “a minha expectativa é que a nossa mobilização tenha progresso. Queremos alcançar um poder maior e conseguir todas as propostas colocadas no plenário do Festival.”
Sílvia Soares, de Fundão (ES), também demonstra otimismo. “O meu desejo é que as nossas reivindicações, que estão na Carta Proposta, sejam atendidas pelo governo.” Adriana Dias Almeida veio de Araçuaí, em Minas Gerais, revelou que “estamos nos organizando há três meses para chegar aqui hoje. Esperamos que o festival contribua para avançar a nossa luta”, disse.
Mundo melhor
Ao abrir o evento, na terça-feira (27), o presidente da Contag, Alberto Broch, cobrou dos representantes do governo que estavam presentes mais comprometimento com as necessidades da juventude rural. Segundo Broch, eventos como este traduzem o mais puro sentimento de um mundo melhor. “A juventude está mostrando para o País a garra que o campo tem na discussão de temas importantes como a sucessão rural e a soberania alimentar”, declarou.
Ele também defendeu um investimento do governo federal na educação do campo. “Vamos formar engenheiros, médicos, advogados para ficar na roça e fortalecer a agricultura familiar”, lançou o desafio.
O tom da cobrança também foi adotado pela secretária de Jovens da Contag. “A evasão da juventude do campo é resultado da falta de políticas públicas capazes de garantir qualidade de vida no campo. É preciso estender para os jovens do campo a mesma atenção e valor que é dado a outros segmentos da sociedade brasileira”, cobrou Elenice Anastácio.
Também presente ao evento de abertura, o secretário nacional de Juventude da CTB, Paulo Vinicius, destacou o protagonismo do Sistema Contag. “Para ter um futuro que queremos, temos que ter muita massa organizada. E quando a Contag realiza esse festival, ela se mantém na vanguarda desse movimento”, concluiu.
Após a abertura política do festival, os jovens participaram de debates sobre assuntos de interesse da juventude, como reforma agrária, Política Nacional de Crédito Fundiário, a relação entre a juventude rural e as políticas de desenvolvimento territorial e de fomento da agricultura familiar. O Festival é também um espaço para a prática de esportes e acesso à cultura.
De Brasília
Márcia Xavier
Com informações da Contag
O secretário de Política Agrária, Willian Clementino, afirma que a expectativa da direção da Contag com a caminhada é dar visibilidade às bandeiras de luta da juventude rural. “Queremos deixar uma mensagem para o governo federal sobre a necessidade de resolver as questões estruturantes e de priorizar a educação do campo”, esclareceu.
Os jovens que engrossaram a enorme fila “verde” – todos vestiam camisas verdes da Contag e carregavam bandeiras da entidade – também demonstraram confiança no sucesso do evento. Rérisson Leite, do município de Alto Floresta (MT) disse que “a minha expectativa é que a nossa mobilização tenha progresso. Queremos alcançar um poder maior e conseguir todas as propostas colocadas no plenário do Festival.”
Sílvia Soares, de Fundão (ES), também demonstra otimismo. “O meu desejo é que as nossas reivindicações, que estão na Carta Proposta, sejam atendidas pelo governo.” Adriana Dias Almeida veio de Araçuaí, em Minas Gerais, revelou que “estamos nos organizando há três meses para chegar aqui hoje. Esperamos que o festival contribua para avançar a nossa luta”, disse.
Mundo melhor
Ao abrir o evento, na terça-feira (27), o presidente da Contag, Alberto Broch, cobrou dos representantes do governo que estavam presentes mais comprometimento com as necessidades da juventude rural. Segundo Broch, eventos como este traduzem o mais puro sentimento de um mundo melhor. “A juventude está mostrando para o País a garra que o campo tem na discussão de temas importantes como a sucessão rural e a soberania alimentar”, declarou.
Ele também defendeu um investimento do governo federal na educação do campo. “Vamos formar engenheiros, médicos, advogados para ficar na roça e fortalecer a agricultura familiar”, lançou o desafio.
O tom da cobrança também foi adotado pela secretária de Jovens da Contag. “A evasão da juventude do campo é resultado da falta de políticas públicas capazes de garantir qualidade de vida no campo. É preciso estender para os jovens do campo a mesma atenção e valor que é dado a outros segmentos da sociedade brasileira”, cobrou Elenice Anastácio.
Também presente ao evento de abertura, o secretário nacional de Juventude da CTB, Paulo Vinicius, destacou o protagonismo do Sistema Contag. “Para ter um futuro que queremos, temos que ter muita massa organizada. E quando a Contag realiza esse festival, ela se mantém na vanguarda desse movimento”, concluiu.
Após a abertura política do festival, os jovens participaram de debates sobre assuntos de interesse da juventude, como reforma agrária, Política Nacional de Crédito Fundiário, a relação entre a juventude rural e as políticas de desenvolvimento territorial e de fomento da agricultura familiar. O Festival é também um espaço para a prática de esportes e acesso à cultura.
De Brasília
Márcia Xavier
Com informações da Contag
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